terça-feira, 1 de outubro de 2013

O dinheiro é o mais importante para ser feliz no trabalho?


Em pesquisa feita pelo Ateliê de Pesquisa Organizacional, 78% dos profissionais responderam que sim

Redação, Administradores.com.br
 
 
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O tema felicidade no trabalho está em voga no mundo corporativo e é uma das prioridades das áreas de Recursos Humanos. Pesquisas têm sido feitas por diversas instituições exatamente para lançar algum entendimento sobre o tema que, por ser uma novidade, é bastante abstrato e até cercado de muito romantismo. Isso ocorre porque o assunto é de grande complexidade e invariavelmente é incluído entre os conceitos e melhores práticas de RH, como clima organizacional, engajamento e política de retenção de talentos profissionais.
Nesse sentido, o Ateliê de Pesquisa Organizacional divulgou um estudo sobre o tema. Com abordagens qualitativas (quatro grupos de discussão) e quantitativas (200 entrevistas), gestores e não gestores de companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio de Janeiro responderam e indicaram o entendimento e a experiência que possuem da própria felicidade no trabalho. O propósito central do estudo foi conhecer e abordar, de forma dinâmica e profunda, como esses profissionais percebem e caracterizam a condição de felicidade nas empresas em que trabalham.

Em síntese, o que a pesquisa revela sobre felicidade no trabalho para os profissionais ouvidos? Eles mesmos apontam: é ganhar dinheiro, relacionar-se com pessoas, ter desafios, trabalhar em equipe. É contar com relações seguras e confiáveis entre colegas, ser reconhecido, sentir-se motivado, satisfeito, competente e alegre na empresa, entre outros sentimentos.

Outro tema relevante e que também entrou na pesquisa, diz respeito à infelicidade no trabalho. Os participantes apontaram várias compreensões : ter disputas internas, sofrer pressões, ambiente tenso, colegas fingidos, adoecimentos, pouco tempo para coisas pessoais, ausência de reconhecimento e líderes inadequados, entre outros fatores.

O estudo produziu algumas conclusões. Uma delas indica os fatores individuais bastante presentes na determinação do estado de (in)felicidade dos profissionais, e também a influência dos fatores externos e coletivos, com ênfase, porém, um pouco menor do que se costuma considerar. Outra conclusão provoca uma reflexão sobre a novidade (ou não) do conceito de felicidade no trabalho, uma vez que os próprios profissionais quando a definem usam conceitos como motivação, realização no trabalho, clima e ambiente, que são velhos conhecidos da área de Recursos Humanos.

Veja os principais resultados da pesquisa:

– Para 78%, o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os outros.

– Para 79% dos entrevistados, eles estão felizes ou muito felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes ou muito infelizes.

– Para 46%, eles são os responsáveis e não a empresa pela própria felicidade no trabalho.
 

Mulheres vs. homens

 

– Entre as mulheres, 84% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho. - Entre os homens, 75% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho.
 

Paulistas vs. cariocas

 

– Os cariocas (85%) consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho.

– Os paulistas (71%) consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho.

– O dinheiro tem muito mais peso para os cariocas (84%) do que para os paulistas (73%).
 

Excesso de trabalho

 

– Trabalhar é importante para o crescimento pessoal e profissional, disseram 45% dos entrevistados; 44% disseram que trabalham para sentir-se realizado.

– Para 57%, trabalhar mais de 8 horas por dia é motivo de satisfação. Apenas 17% responderam que trabalhar além do horário é motivo de insatisfação.

O que causa felicidade no trabalho

– Para 49%, relacionar-se com pessoas é uma das situações que deixa feliz no trabalho. Para 41%, trabalhar em equipe é a principal situação.

– Para 68%, quando estão felizes no trabalho, sentem-se motivados.

– Para 36% (60% deles do Rio de Janeiro), nada os deixa infelizes no trabalho.

– Para 48%, a infelicidade no trabalho traz o sentimento de desmotivação.
 

Saúde

 

– A maioria dos entrevistados (63%), não tiveram qualquer problema de saúde nos últimos meses. Mas 37% deles apontaram estar sofrendo de dor de cabeça (43%), cansaço exagerado (25%) e dor de estômago (18%), entre outros adoecimentos.

Juiz encerra processo contra Chevron e Transocean por vazamento no Rio


Jeb Blount
 
No Rio
  • Efe
    O vazamento de petróleo de uma plataforma da Chevron foi um dos maiores desastres ambientais de 2011 O vazamento de petróleo de uma plataforma da Chevron foi um dos maiores desastres ambientais de 2011
Um juiz federal encerrou uma ação contra a petroleira norte-americana Chevron e a empresa de perfuração Transocean, encerrando uma batalha jurídica de quase dois anos de duração a respeito de um vazamento de óleo ocorrido na costa do Rio de Janeiro em novembro de 2011.

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Vazamento de petróleo na bacia de Campos

18.nov.2011 - Barcos trabalham na contenção de óleo na plataforma da Chevron na bacia de Campos Leia mais Rogério Santana/Governo do Rio de Janeiro

O Ministério Público pedia uma indenização de R$ 40 bilhões por danos após o vazamento de 3.600 barris no campo de Frade, operado pela Chevron.

O juiz federal Raffaele Felice Pirro encerrou o processo após aceitar um termo de ajustamento de conduta com a Chevron, que obriga a empresa a gastar cerca de R$ 300 milhões em ações compensatórias e disse que a Transocean não tinha nenhuma responsabilidade no vazamento.

Petroleira de Eike diz que não pagará US$ 45 mi que deve a estrangeiros

Do UOL, em São Paulo

A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, informou que optou por não pagar US$ 44,5 milhões a credores estrangeiros, dívida que venceria nesta terça-feira (1º). Esse é o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.

O valor é referente a juros remuneratórios de bônus emitidos no exterior. No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de US$ 3,6 bilhões.

O não pagamento dos juros referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022, emitidos pela OGX Austria, controlada da OGX, já era amplamente esperado, diante da crítica situação de caixa da petroleira.

Em comunicado ao mercado na manhã desta terça-feira (1º), a OGX disse ainda que os contratos dos bônus garantem à companhia "30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida".

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de R$ 280 milhões ao governo por direitos exploratórios.

A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa.

A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira brasileira.
(Com Reuters)

Aluno se nega fazer trabalho sobre o Max

 





O estudante João Victor Gasparino cansou da doutrinação marxista nas universidades e se rebelou, recusando-se a escrever um trabalho sobre o autor comunista. Escreveu para o professor dele uma carta-manifesto, que segue abaixo:


Caro professor,

Como o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que ele representa e representou na história da humanidade, sendo um profundo exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre ele por mais de meia hora. Aproveito através deste trabalho, não para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos ideais liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as próprias palavras.

Me é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental, vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a Constituição e destruir a democracia, sendo que foram estes os meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas cujo consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores morais, destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. 

Tudo isso sintomas da revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso através da educação, o velho e ‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou ‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros sofrem lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em nosso país, os meios culturais, acadêmicos, midiáticos e artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.

Agora gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas, todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS, China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático talvez tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já foram capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os centros urbanos e transferiram toda a população para as zonas rurais. 

As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a 25% da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos, desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de concentração no interior. Crianças também não escaparam, separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias da Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou um pouco de água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta contra um recém-nascido indefeso.

Bem, com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante de um mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade, me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí ainda, assombrando este mundo sofrido.

Para concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado, caro professor, pela compreensão.
João Victor Gasparino da Silva.

Nota: João Victor Gasparino da Silva é estudante do curso de Relações Internacionais da Universidade do Vale do Itajaí (Univali)

O decálogo de Lênin, ainda que soe verdadeiro para quem conhece o leninismo, é falso até onde sei. O que não tira o mérito do manifesto. Sim, o aluno deveria fazer o trabalho, SE a avaliação fosse imparcial. Eis o problema: estamos cansados de conhecer casos em que o professor prejudicou o aluno não por erros ou má qualidade do texto, e sim pelo viés ideológico distinto. Quantos não conhecem pessoas que tiveram que elogiar ou parecer neutros em relação a essa corja comunista só para não repetir de ano? Pois é…

O motivador japonês


Paulo Bellini trouxe do Japão, em 1986, a metodologia empresarial que transformaria a Marcopolo na maior fabricante de carrocerias de ônibus do mundo

Por Ricardo Lacerda

O sangue é italiano. Mas o jeito de trabalhar é japonês.    Afinal, foi do Japão que Paulo  Bellini trouxe, em 1986, a metodologia  empresarial  que  transformaria a  Marcopolo na  maior fabricante  de carrocerias de ônibus do mundo. Naquela época, ele já acumulava 36 anos de experiência no setor –   mesmo assim, não hesitou em abrir mão de tudo que sabia para alterar o modus operandi da empresa.  “Trouxemos o desafio de introduzir aqueles programas no chão de fábrica”, explica.        No final de 1987, a Marcopolo já havia formado mais de 50 turmas de funcionários que frequentavam aulas em horários fora do expediente. “Eram 2,5 mil pessoas participando, com engenheiro e porteiros misturados, todo mundo entusiasmado”, relembra ele.

PauloBellini-2-350Boa parte dessa história foi contada no livro Sua Viagem   Começa   aqui,    escrito  por  Bellini  e lançado no ano passado.       Segundo ele, muita coisa mudou na Marcopolo.  Hoje, eu ando pela fábrica e pergunto aos funcionários mais antigos: Pô,  tu  ainda  está  aqui?”,  brinca. Aos 86 anos, agora como presidente emérito,  Bellini  pode se dedicar  a  um papel que sempre  lhe  agradou: o de motivador.        “Venho quase todos os dias à empresa e sigo desempenhando esse papel.     A verdade é que sou meio viciado nisso.” Além das reuniões  do  Conselho,   às   quais  não costuma faltar, o fundador da companhia gosta de conversar e orientar executivos – ser um “mentor”,  como ele diz.

Mas nem só de trabalho ele vive. Às sextas-feiras, a agenda é preenchida com o já tradicional jogo de golfe em  um clube  de  Caxias do Sul –  cidade  onde  gosta  de  se mover a bordo de um Mini Cooper de duas cores. “É ligeirinho, pequeno e fácil de manobrar”, explica.             Outra paixão são as pescarias, feitas de preferência em rios da Bacia Amazônica, em Rondônia.     Uma aventura que costuma ser capitaneada por outro octogenário bastante conhecido da região sul. “A gente vai com o Adelino, que é o chefão da turma. Ele tem um avião e pousa do ladinho da pousada”, relata Bellini, referindo-se a Adelino Colombo, diretor-presidente da Lojas Colombo, de Farroupilha (RS) – e que também já passou dos 80.           Em abril, os empresários e outros amigos passaram alguns dias na divisa do Mato Grosso com o Pará, aventurando-se no leito do rio Teles Pires, um dos melhores da região, segundo Bellini.

O fundador da Marcopolo olha para trás com satisfação e para a frente com entusiasmo.          Em 2012, a receita líquida da empresa bateu em R$ 3,8 bilhões. Para 2013, se tudo sair conforme o planejado, a receita líquida (pelos critérios tradicionais de contabilidade,  que  foram alterados neste ano) deve   chegar a R$ 4,3 bilhões. Como se vê, o rio está para peixe.

Casais empreendedores que deram certo (no amor e nos negócios)


Muita gente tem medo de envolver trabalho e vida pessoal. Casos marcantes do Vale do Silício mostram, no entanto, que casais que empreendem juntos podem, sim, conseguir muito sucesso

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Sorte no amor e nos negócios

Houve uma época no Vale do Silício em que venture capitals não gostavam da ideia de financiar casais. No entanto, Cisco e 3Com - duas importantes startups do Vale - foram fundadas por casais. Hoje, o mundo das startups parece nutrir ainda mais romances. Às vezes, ele é o CEO, outras vezes ela é. Às vezes, eles invertem os papeis. Para ter um filho, ou vários. Ou não. De qualquer maneira, o preconceito contra casais empreendedores precisa acabar. O empreendedorismo é um caso de paixão. Um afrodisíaco poderoso. Melhor conhecer o fenômeno.
 

Julia e Kevin Hartz (Eventbrite)

 

Foi necessário um pedido de casamento e uma oferta de trabalho em um novo negócio conjunto para que Kevin Hartz conseguisse trazer sua noiva Julia para o Vale do Silício. O antigo emprego de Julia em Los Angeles era simplesmente na indústria do entretenimento, mas ela mostrou bastante entusiasmo ao lidar com o início do negócio. Em 2006, o casal conseguiu um terceiro co-fundador e lançou o Eventbrite, uma plataforma online de vendas de ingressos que promove uma conexão com outros participantes do evento. 
 
No começo de 2008, alguns dias antes do Eventbrite receber sua primeira rodada de investimento anjo, Julia deu à luz o primeiro filho do casal. Determinada a continuar durante o momento de sucesso, Julia permaneceu trabalhando em casa durantes cinco meses antes de retornar. Kevin ocupa a posição de CEO e Julia a presidência, enquanto cuida das duas filhas. Ela e Kevin usam a combinação ajuda da família e babá durante a semana. Durante as sextas, Julia trabalha em casa. Kevin e Julia continuam trabalhando como um time, balanceando seus negócios e a vida familiar.
 

Victoria Ransom e Alain Chuard (Wildfire)

 

Assim como Julia Hartz, o interesse de Victoria Ransom em se tornar uma empreendedora foi estimulado pelo seu namorado. Victoria se uniu a Alain Chuard para fundar, em 2001, a Access Trips, uma empresa de planejamento de viagens voltada para jovens profissionais. Em 2007, quando o Facebook estava expandindo sua presença com as fanpages, Victoria e Alain criaram um aplicativo para executar sorteioa na rede. O app fez tanto sucesso que ganhou uma expansão independente. 
 
O Wildfire faz marketing nas mídias sociais, baseando-se nos efeitos virais para executar campanhas, gerenciar análises e desenvolver ações online. A empresa cresceu para aproximadamente 300 empregados e incluiu 30 marcas globais entre os clientes. Em julho de 2012, o Google bateu na porta e comprou a companhia de Victoria por aproximadamente U$ 350 milhões.
 
Durante o trabalho conjunto, o casal permaneceu como um time forte que joga com os pontos fortes. As habilidades de Alain o colocaram como chefe de produção com foco no design, engenharia e desenvolvimento. O instinto empreendedor de Victoria ajudou não apenas no desenvolvimento do produto, mas principalmente na hora de conduzir o show, mantendo o título de CEO. Victoria admira as mães no mundo dos negócios, mas não possui filhos. Ela continua a trabalhar no Vale do Silício, sendo uma das defensoras das mulheres no ramo da tecnologia.
 

Collis e Cyan Ta’eed (Envato)

 

Collis e Cyan Ta’eed viajaram de Papua Nova Guiné e Nova York, respectivamente, para se casarem na Austrália. Collis estava procurando um trabalho como designer e Cyan estava estudando Design quando se conheceram, e em 2004 eles começaram a trabalhar juntos como freenlancers.
 
A empresa deles, GoodCreative, se focou em design para trabalhos de caridade. A venda de arquivos em flash promoveu a Envato, um marketplace online, voltada para compra e venda de serviços criativos e bens digitais.
 
Hoje a Envato possui aproximadamente 10 milhões de visitas por mês, e um arquivo é vendido a cada 10 segundos. É o maior marketplace para web design, templates do Adobe After Effects e um mercado de música de fundo para uso em publicidade.
 
Em 2007, a incursão de Collis em blogs resultou em uma segunda dimensão para o site. A Envato agora possui um total de 12 sites de tutoriais sobre todos os assuntos, de desenvolvimento de jogos até o trabalho como DJ.


A afinidade de Cyan com o gerenciamento do projeto criou um fluxo de trabalho simples para o casal, em que "Collis criaria ideias fantásticas de negócios e Cyan, então, colocaria uma equipe para desenvolver esse trabalho."
 
Collis é o CEO da empresa, e afirma que é menos solitário que outros CEOs por que pode trabalhar com sua esposa. Assim como Victoria e Alain, o casal não tem filhos. Os dois são bem próximos e passam o dia inteiro juntos, dividindo a paixão pelo trabalho.
 

Amy Pressman & Borge Hald (Medallia)

 

Após se formar em Administração em Stanford em 1993, Amy Pressman passou a trabalhar em uma empresa de consultoria norueguesa, focando na queda dos padrões da manufatura americana. Enquanto formulava um plano de negócios para esse setor negligenciado, ela se apaixonou pelo seu marido Borge Hald, que também trabalhava no exterior, após estudar na escola de negócios de Stanford.
 
O casal voltou para a baía de São Francisco em 1999 para fundar o Medallia. A empresa oferece pesquisas baseadas na internet e um trabalho voltado para fidelização de clientes para os varejistas, hotéis e outros serviços orientados para empresas.
 
Após a procura por financiamento, o Medallia passou a ser lucrativo no final de 2002. Em 10 anos desde que começaram, Amy e seu marido construíram uma empresa considerável, que lucra aproximadamente US$ 30 milhões. Borge lida com o produto primário e a engenharia, enquanto Amy promove as vendas e procura novos negócios. Os dois dividem a liderança da companhia. Apenas quando o segundo filho do casal nasceu, houve a designação de Borge como o CEO e Amy como presidente. Mãe de três crianças, ela equilibra a vida profissional e familiar em encontros matinais com seu marido, para falar sobre o desenvolvimento da companhia. "A vida é um caos", admite Amy.
 

Wendy Tan White & Joe White (Moonfruit)

 

Após se formar em Ciências da Computação na Imperial College em London, Wendy Tan White foi chamada para ajudar a construir o banco online Egg.com. Foi um projeto que a apresentaria para Joe White e a inspiraria para criar o seu próprio negócio. Em 2000, Wendy fundou a Moonfruit, uma plataforma de desenvolvimento web sob demanda, que fornece uma interface simples para que os usuários pudessem compartilhar suas paixões. Joe e um amigo da faculdade foram seus co-fundadores; Wendy e Joe se casaram logo depois.
 
A estabilidade financeira da Moonfruit oscilou durante a Crise das Pontocom, momento em que Joe deixou a empresa para trabalhar em tempo integral com a McKinsey. Com ajuda de trabalhos freelancers e financiamento adicional, a Moonfruit se reergueu em 2005.
 
No meio do crescimento da Moonfruit, Joe voltou e Wendy se afastou da empresa de 2004 até 2008 para criar os filhos do casal. Ela continuou contribuindo para o crescimento da empresa estudando design e desenvolvendo campanhas de mídia.
 
Quando Wendy voltou ao trabalho, aconteceu a inversão de papéis. Agora, Wendy se tornou CEO e Joe o CFO. Os dois cuidam dos negócios, trabalhando fora do escritório uma vez por semana.
 
Eles têm um "encontro" semanal à noite e deixam os telefones fora de área ao chegar em casa todas as noites. É um sistema que parece funcionar bem, já que os lucros da Moonfruit em 2012 foram acima de US$ 5 milhões, com uma taxa de retenção 80-90% na plataforma de e-commerce do produto.
 
Então, veja: amor e empreendedorismo podem, sim, dar muito certo juntos!

O Brasil público que dá certo


Duas iniciativas exemplares (Ministério Público/Sebrae-AC e Tribunal de Justiça da Bahia) para demonstrar como é possível prestar serviço público de qualidade



“Sempre é hora de fazer o que é certo.”(Martin Luther King)

O histórico mês de junho de 2013 ficou marcado pelas manifestações que evidenciaram a insatisfação popular para com a gestão e os serviços públicos. Todavia, como há sempre exceções, gostaria de ilustrar dois casos exemplares de como é possível fazer o que é certo e fazer o que se espera em prol dos cidadãos.
O primeiro caso vem de Rio Branco/AC. Alarmado pelo número crescente de famílias entregando filhos para adoção, não por ausência de amor e afeto, mas por falta de condições financeiras para sustentá-los, o Ministério Público local firmou uma parceria singular envolvendo o Sebrae e o governo do Estado.

Ao Sebrae coube a capacitação de pessoas para atuarem como microempreendedores individuais promovendo cursos para formação de manicures, cabeleireiras, costureiras, cozinheiras, comerciantes, entre outros. Preparação e treinamento, propósitos essenciais do Sebrae, estimulando a economia local, valorizando o artesanato, a culinária e a cultura regionais, e possibilitando a pessoas de baixa renda o resgate da cidadania e da dignidade.

Ao governo do Estado coube, através da Secretaria de Pequenos Negócios, contribuir com infraestrutura para viabilizar a atividade empreendedora, mediante a cessão, a título de comodato, de equipamentos e utensílios diversos, tais como máquinas de costura.

Importante ressaltar a participação de outros atores nesta iniciativa, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD).

O segundo caso vem de Salvador/BA onde o Tribunal de Justiça do Estado criou o Balcão de Justiça e Cidadania, um projeto de mediação comunitária voltado à população de menor poder aquisitivo com objetivo de mediar conflitos de menor complexidade e oferecer orientação jurídica.

No decorrer de cinco anos, foram realizados mais de 341 mil atendimentos, 129 mil audiências e 72 mil acordos, a maioria relacionados a divórcio ou pensão alimentícia. O tempo médio entre o primeiro atendimento e a audiência inicial é de apenas nove dias, demonstrando a celeridade desta iniciativa. Quase 80% dos casos mediados chegam a um acordo com um índice de descumprimento de apenas 5,4%. A taxa de aprovação dos usuários supera a marca de 90%.

Mas o Tribunal não atua sozinho, contando com a parceria de faculdades de Direito, prefeituras, instituições religiosas e entidades da sociedade civil. As equipes de trabalho são formadas por advogados, estudantes (que têm a oportunidade de exercitar a teoria na prática com a devida orientação) e agentes comunitários.
É bom saber que em meio a tanta desfaçatez e malversação do dinheiro público, há pessoas trabalhando com criatividade, dedicação e afinco para promover a inclusão e a redução das gritantes desigualdades que afligem nosso país.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.