SÃO PAULO - O
último relatório da Unctad sobre a tendência do investimento global
estima que o fluxo de investimento externo direto (IED) no primeiro
semestre de 2013 foi de US$ 745 bilhões, um crescimento de 4% em relação
ao mesmo período do ano passado. Fusões e aquisições e a retenção de
lucros das filiais das empresas multinacionais impulsionaram o atual
fluxo.
Houve uma queda do IED para os países desenvolvidos, que foi
compensada com o aumento da entrada de capital estrangeiro nos
emergentes, cuja participação IED global é de 60%, que representa um
recorde.
A queda nos países desenvolvidos aconteceu principalmente pela menor
recepção nos maiores países do grupo (Estados Unidos, França e
Alemanha), com exceção do Reino Unido, que continua aumentando a atração
de IED e se tornando o maior receptor no período.
Nos emergentes, o aumento foi impulsionado pelas aquisições
realizadas na América Central e Caribe e pelo recorde de entrada de
capital estrangeiro na Rússia. Apesar da pequena queda dos fluxos aos
asiáticos, os países dessa região continua recebendo mais da metade do
IED direcionado aos países emergentes, que equivale a um quarto do fluxo
global.
A Unctad estima que o fluxo de 2013 continua próximo do de 2012,
apesar da melhora das condições macroeconômicas nos países
desenvolvidos. Além dos riscos relacionados à zona do euro e os
problemas político em torno da política fiscal americana, a transição
para um padrão de crescimento menor dos mercados emergentes e o consumo
menor nos desenvolvidos pode ter um impacto negativo no fluxo de IED
este ano. Para 2014, Unctad prevê um aumento do fluxo global.