sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Para presidente do BNDES, calote da OGX é "acidente histórico"

Por Francine De Lorenzo | Valor
 
Regis Filho/Valor

SÃO PAULO  -  O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, classificou de "acidente histórico" o calote promovido pela OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, e disse que o episódio não afeta a imagem do Brasil no exterior. 

“O mercado internacional sabe diferenciar perfeitamente. Acidentes acontecem, não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse após participar do 5º Seminário de Renda Fixa e Derivativos de Balcão, promovido pela  Associação Br asileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta sexta-feira em São Paulo. 

Segundo ele, os investidores do mercado de ações têm consciência dos riscos que esses papéis embutem. Exemplo de que a decadência do império de Eike Batista não afetou a percepção dos investidores em relação ao Brasil, disse Coutinho, foram as emissões de debêntures realizadas durante a crise das companhias do grupo X, que em sua avaliação foram bem sucedidas.  

De acordo com Coutinho, a recuperação judicial da OGX representa risco zero para o BNDES. “O BNDES não tem nenhuma exposição de crédito que não esteja garantida. Temos fianças bancárias, de instituições financeiras muito sólidas, que não serão afetadas [pelo calote]”,  disse ele, acrescentando que a exposição do banco à companhia de Eike Batista é pequena. 

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