SÃO PAULO - O
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Luciano Coutinho, classificou de "acidente histórico" o calote
promovido pela OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, e
disse que o episódio não afeta a imagem do Brasil no exterior.
“O mercado internacional sabe diferenciar perfeitamente. Acidentes
acontecem, não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse após
participar do 5º Seminário de Renda Fixa e Derivativos de Balcão,
promovido pela Associação Br asileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta sexta-feira em São Paulo.
Segundo ele, os investidores do mercado de ações têm consciência dos
riscos que esses papéis embutem. Exemplo de que a decadência do império
de Eike Batista não afetou a percepção dos investidores em relação ao
Brasil, disse Coutinho, foram as emissões de debêntures realizadas
durante a crise das companhias do grupo X, que em sua avaliação foram
bem sucedidas.
De acordo com Coutinho, a recuperação judicial da OGX representa
risco zero para o BNDES. “O BNDES não tem nenhuma exposição de crédito
que não esteja garantida. Temos fianças bancárias, de instituições
financeiras muito sólidas, que não serão afetadas [pelo calote]”, disse
ele, acrescentando que a exposição do banco à companhia de Eike Batista
é pequena.
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