sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Black Friday pode ser ilusão nos EUA e no Brasil

 
 
 
Por Valor, com Associated Press e agências internacionais
 
AP

SÃO PAULO  -  A temporada de compras nos Estados Unidos começou mais cedo neste ano, com vários varejistas abrindo suas lojas já na quinta-feira, no Dia de Ação de Graças. As vendas continuam hoje. O clima, no geral, é de calmaria, mas há notícias de algumas brigas e outros problemas.

O dia depois da Ação de Graças, conhecido como Black Friday, é, tipicamente, o maior dia de compras do ano nos EUA. Por uma década, é considerado o início oficial da época de compras de fim de ano. Nos últimos anos, porém, alguns varejistas começaram a abrir suas lojas na noite do feriado e muitos passaram a dar no início de novembro os descontos reservados para a Black Friday.

Os americanos vão às compras, apesar dos protestos de grupos de direitos dos trabalhadores, que se opõem que os funcionários trabalhem no feriado em vez de passarem o dia com a família.

A Federação Nacional do Varejo (NRF, na sigla em inglês) espera que as vendas do setor avancem 4% durante os últimos dois meses do ano, para US$ 602 bilhões. No ano passado, houve alta de 3,5%.
No Brasil, os varejistas copiaram a proposta americana e fazem liquidações e ofertas. 

Tanto nos Estados Unidos como aqui, os descontos podem ser uma ilusão. Para o Wall Street Journal (WSJ), os consumidores nos EUA assistem nessa época do ano a um teatro do varejo. 

"A crença mais comum é que os varejistas estocam mercadorias e depois reduzem os preços do que não conseguem vender, sacrificando grandemente os lucros. Mas não é assim que geralmente ocorre. Em vez disso, os grandes varejistas negociam com seus fornecedores de modo a terem um preço de saída que, após todos os descontos, ainda gera a margem de lucro que eles querem", reportou o WSJ.

A revista Forbes aponta, por sua vez, relata que, no Brasil, o Black Friday é um momento para fraudar os consumidores, ao contrário do que acontece nos EUA, onde é um dia de acordos. A publicação nota que o Brasil não é uma sociedade de litígio, diferentemente dos EUA, onde os consumidores são mais cientes de seus direitos.

Críticas à parte, há canais para os brasileiros manifestarem sobre eventuais abusos no comércio, como o Procon e sites de reclamações.

Apesar da natureza fabricada da maioria dos descontos, como revelou o WSJ, os consumidores parecem não ligar. "O que buscam, principalmente em períodos de fraqueza econômica, é a sensação de ter feito um bom negócio."

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