quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Changi, que levou Galeão, quer fechar mais negócios no país


Em entrevista exclusiva à EXAME.com, See Ngee Muoy, vice-presidente executiva da companhia de Singapura, diz que busca novas oportunidades no Brasil


Luis Ascui/Getty Images
Avião da Singapore Airlines no Aeroporto de Changi, em Cingapura

Aeroporto de Changi: "Galeão será motivo de orgulho para os brasileiros, como Changi é para Singapura", diz See

São Paulo – As péssimas condições do sistema aéreo brasileiro não assustam a Changi, empresa que levou a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, junto com a Odebrecht. Pelo contrário: “são uma ótima oportunidade de investimento”, afirmou See Nge Muoy, vice-presidente executiva da Changi Airport International, que cuida dos negócios estrangeiros da companhia, em entrevista exclusiva à EXAME.com.

Segundo ela, a Changi está à procura de novos investimentos no país, mas enquanto eles não acontecem, a companhia faz planos de tornar o Galeão um dos melhores aeroportos do mundo. As melhorias começam já no próximo ano. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida por See, que conversou com EXAME.com por e-mail:

EXAME.com: Além do aeroporto do Galeão, vocês têm novos planos de negócios para o Brasil?

See Nge Muoy: Esta é a primeira vez que nós participaremos da administração de um aeroporto na América Latina, mas já prestamos consultoria para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais. No momento, estamos envolvidos nas obras de ampliação do aeroporto de Brasília. Além disso, continuamos à procura de oportunidades no Brasil e no continente, que têm grande potencial de crescimento no setor de aeroportos.

EXAME.com: O Changi de Singapura foi eleito várias vezes o melhor aeroporto do planeta. Vocês administram outros 40 pelo mundo. Como fazem para manter o padrão de excelência?

See: Como planejadores, consultores, administradores e investidores de aeroporto, nosso objetivo é compartilhar nossa experiência com os clientes de modo que eles consigam elevar o padrão de qualidade deles, não importa onde estejam. O objetivo é que todas as necessidades que os passageiros possam ter dentro de um aeroporto sejam atendidas ali, e que eles tenham sempre a melhor experiência possível.

EXAME.com: No Galeão, quais são as melhorias que podemos esperar no curto prazo? 

See: As tarefas imediatas serão a apresentação de um novo planejamento de investimentos e a melhora do nível dos serviços básicos, como banheiros, wi-fi e outras instalações.

EXAME.com: E no médio e longo prazo?

See: Num médio prazo, construiremos estacionamentos para 21 aeronaves e 26 novos portões de embarque. Além disso, ampliaremos o estacionamento para carros e a área de manobra dos aviões. O plano é aumentar a capacidade em 70 milhões passageiros, consolidando, assim, o Galeão como o principal portão para o Brasil e para a América do Sul.

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