quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Petrobras confirma adiamento da reunião do conselho, de 22 para 29/11


Por Valor
Divulgação

SÃO PAULO  -  A Petrobras informou, em comunicado, que foi adiada para o dia 29 de novembro a reunião do Conselho de Administração para “aprofundamento das discussões sobre as matérias previstas para o dia 22 de novembro, inicialmente.”

A informação sobre o adiamento da reunião do conselho havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista exclusiva ao Valor, na qual indicou que a data da próxima reunião do Conselho de Administração da estatal seria transferida do dia 22 para o dia 28 ou 29 de novembro.

Segundo Mantega, o objetivo é fazer uma discussão mais profunda e mais acurada da proposta da nova metodologia de cálculo de reajuste do preço dos combustíveis derivados do petróleo.

O ministro não confirmou se o primeiro reajuste da gasolina decorrente da aplicação da fórmula será de 5%. Ele garantiu que não há, no momento, qualquer decisão sobre isso.


Brasil terá 422 novos hotéis para os Jogos Olímpicos de 2016


Relatório prevê que investimento nesses estabelecimentos até 2016 seja de R$ 12,2 bilhões, o qual aumentará a capacidade hoteleira em 70.531 vagas


Eduardo Monteiro/GUIA QUATRO RODAS
Bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro
Bondinho do Pão de Açúcar: Belo Horizonte e Rio de Janeiro se beneficiarão com a abertura de 42 e 23 estabelecimentos hoteleiros, respectivamente

Rio de Janeiro - O governo prevê a inauguração de 422 novos hotéis no país até 2016, data em que o Rio de Janeiro sediará a próxima edição dos Jogos Olímpicos, segundo um estudo elaborado pela empresa de consultoria BSH International em colaboração com o Ministério do Turismo.

O relatório, divulgado nesta quinta-feira pela Presidência, também prevê que o investimento nesses estabelecimentos até 2016 seja de R$ 12,2 bilhões, o qual aumentará a capacidade hoteleira em 70.531 vagas.

De acordo com o estudo, o crescimento em questão também deverá gerar quase 34 mil novos empregos diretos, a maior parte deles na região sudeste do Brasil, onde se se concentrará a maior parte do investimento previsto - 59%, concretamente.

Além da percentagem prevista para região sudeste, o investimento também chegará ao nordeste (13%), ao sul (11%), ao centro-oeste (10%) e, inclusive, ao Norte, na Amazônia (7%).

Por cidades, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, cidades que abrigarão partidas da Copa do Mundo em 2014, se beneficiarão com a abertura de 42 e 23 estabelecimentos hoteleiros, respectivamente.

Das instalações previstas, 158 se incluem dentro da categoria "econômica", que observará um maior crescimento, seguida dos hotéis considerados "midscale", que contam com bons serviços e instalações (150), e dos incluídos na escala de supereconômicos (56).

Durante o próximo ano, com o estímulo do Mundial, o relatório prevê que 164 instalações já deverão estar operando.

Por fim, o relatório conclui que a construção destas infraestruturas para o torneio dará trabalho para aproximadamente 14 mil pessoas. 

Três fatos sobre empresas que pensam diferente


Veja três características comuns a empresas que sabem estimular a criação de novas ideias, segundo especialista:

Getty Images
Mulher segura lâmpada gigante
Mulher segura lâmpada: de acordo com professora da FGV, permitir que o criador participe de todo o processo de implementação de sua ideia é essencial

São Paulo -  Vijay Govindarajan, 5º pensador de gestão mais influente do mundo segundo o Thinkers50, já disse que empresa que não inova não tem estratégia, porque estratégia significa liderar no futuro. Assim, qualquer companhia que deseja se destacar, deve estar preocupada em estimular internamente a criação de novas ideias. Segundo especialista, empresas que pensam diferente

... não possuem muitos níveis hierárquicos e abrem mão da burocracia

"Se tiver que pedir muita bênção, ninguém cria nada", diz Silvana Pereira, professora e membro  do  Fórum de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EASP). Ela defende que, se uma empresa quer que seus funcionários tenham ideias inovadoras, precisa dar a eles liberdade para criarem e pensarem.

O ideal, segundo Silvana, é que cada colaborador possa ter autonomia para colocar suas ideias em prática, sem medo de que a sugestão pegue mal, ou que não seja aceita. "Não é uma coisa de muita regra, de muita gente mandando". 

... têm gestão participativa

Para Silvana, companhia alguma inova se a sua liderança não capacita o time para gerar novas ideias.  "Os gestores precisam ter uma visão participativa de que todo mundo deve contribuir para o negócio crescer", defende ela. 

... adotam processos de inovação estruturados

Segundo a professora, ter um circuito pelo qual as ideias entrem, sejam processadas e implementadas - ou não - é essencial. "Esse processo é importante porque estrutura, faz com que as pessoas saibam ondem têm que colocar as ideias". Porém, ela diz não acreditar em sistemas em que toda sugestão precisa ser aprovada por um comitê de inovação, sem a participação de quem teve a ideia.

"Toda vez que você dá a ideia para um terceiro, ocorrem distorções no processo de comunicação. É preciso que haja participação em todo o projeto de implementação da solução", afirma. Remunerar as boas contribuições é outra prática com qual ela discorda. "Pagar para alguém fazer algo que deve ser parte do seu trabalho, não funciona. O importante é reconhecer".

O mistério da floresta da Fibria



FLORESTA DA FIBRIA: empresa brasileira vende terra para Parkia

A compra de 210 000 hectares de terras da fabricante de celulose Fibria por 1,4 bilhão de reais deu origem a um mistério: de onde surgiu a Parkia, a desconhecida empresa compradora? Os acionistas da Parkia não foram revelados — o que levantou a suspeita de que estavam por trás do negócio investidores estrangeiros, que não podem comprar terras no Brasil. 

EXAME apurou que a Parkia tem entre seus sócios a gestora canadense Brookfield. Procurada, a Fibria afirmou que os controladores são brasileiros e que a composição acionária da Parkia só será definida em dezembro. Talvez aí acabe o mistério.

Escalada para executivos negros fica um pouco menos difícil

A promoção da diversidade nas empresas tem aumentado a presença de executivos negros. mas, para acelerar esse processo, é preciso elevar o acesso dos afrodescendentes ao ensino superior

Leandro Quintanilha, da
Omar Paixão / VOCÊ S/A
Edgar Antunes dos Santos, da IBM

Edgar Antunes dos Santos, da IBM: apoio da empresa à igualdade de oportunidades permitiu a ascensão profssional

São Paulo - Na pauta da greve que parou os bancos no mês passado, ao lado do pedido de reajuste salarial, uma das reivindicações dos sindicatos  dos bancários chamava a atenção: o preenchimento de pelo menos 20% das vagas por colaboradores negros.

Foi a primeira vez que a promoção da diversidade racial foi incluída nas bandeiras da categoria. "Os poucos negros contratados pelos bancos têm menos chance de ser promovidos. Você raramente vê um gerente ou uma gerente negra", afirma a secretária de políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do ramo Financeiro (Contraf), Andréa de Freitas Vasconcelos.

Essa realidade não está restrita às empresas do setor financeiro. Apenas 5,3% dos postos de comando das grandes companhias brasileiras são ocupados por executivos negros ou pardos, segundo levantamento do iInstituto Ethos nas 500 maiores empresas do Brasil.

Isso acontece em um país onde mais da metade da população brasileira é afrodescendente, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE). Esse quadro já foi pior. Há dez anos, apenas 1,8% dos executivos brasileiros no topo da hierarquia corporativa eram negros.

Por trás desse ligeiro avanço, há uma série de mudanças: do maior acesso à educação superior a uma nova postura das companhias quando o assunto é diversidade. Medidas que devem tornar a ascensão profissional dos negros que estão entrando agora no mercado de trabalho menos difícil.

"A geração de executivos negros que começaram a carreira na década de 70 tem uma história de ascensão individual, enquanto os mais jovens, que entraram no mercado a partir do início dos anos 2000, já fazem parte de uma geração que se beneficia das políticas de afrmação", diz Pedro Jaime Coelho Júnior, professor do Centro de Ciências Sociais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que pesquisou a trajetória de executivos negros em seu doutorado.

A história do superintendente do Mais Shopping, de São Paulo, Marco Antônio Ferreira, de 47 anos, é emblemática da forma como muitos executivos negros, em décadas anteriores, contornaram as barreiras que dificultam seu crescimento profissional.

 "É muito comum que, para alcançar os melhores cargos, os negros recebam apoio de um 'padrinho', que vê o potencial daquela pessoa e resolve investir nela", explica Andréa Souza, professora do departamento de administração da PUC de minas Gerais e pesquisadora do tema.

No caso de Marco, esse padrinho foi um antigo patrão que percebeu sua capacidade de liderança e negociação na época em que ambos trabalhavam na Central de abastecimento de Guarulhos. Em 2004, o ex-chefe convidou-o a assumir o posto de superintendente de um shopping center do qual era sócio.

Marco permaneceu nesse posto até 2011, quando recebeu a proposta do mais Shopping. "Se eu não tivesse tido a ajuda dele, não teria mostrado meu valor ao mercado nem chegado aonde cheguei", diz.

Outra forma pela qual alguns executivos negros atingem o topo da hierarquia das empresas brasileiras, segundo a pesquisadora Andréa Souza, é vir de famílias numerosas que elegem um de seus membros — aquele com maior potencial, na opinião dos pais — para receber os melhores investimentos em educação.

Dessa forma, eles adquirem uma formação mais sólida e passam no filtro das empresas, que costumam selecionar profissionais egressos das melhores faculdades do país e com um segundo idioma.

Você é uma pessoa elegante? Não basta um Armani

Ser elegante é muito mais do que usar um terno bem cortado ou um tailleur novo — o duro é lembrar disso no dia a dia

Célia Leão, da
Getty Images
Homem de terno e gravata
Ser elegante vai além das roupas

São Paulo - Ser elegante vai além de saber escolher a roupa correta do dia a dia. Uma pessoa elegante nunca atrasa. Recentemente, acabei deixando de prestar solidariedade a amigos num momento de luto e tristeza porque já havia assumido um compromisso de trabalho e não queria causar transtorno aos profissionais envolvidos.

Na hora H, a empresa se atrasou em mais de 2 horas do horário combinado previamente. Levantei e fui-me embora sem dor na consciência nem receio. Não sei se já notaram que gente deselegante adora desdenhar dos clientes, negam-se a colaborar ou a socorrer algum cliente que necessite de seus serviços ou de sua orientação.

Se todos trabalharem pelo cliente, o resultado é um esforço em equipe e pessoas muito mais bem atendidas e satisfeitas com seu trabalho.  Diz o ditado popular que gosto não se discute. Mas sabemos que há consenso público sobre coisas de bom gosto e coisas que são, sim, de extremo mau gosto e vulgares.

Você decide o que quer eleger como preferência, mas, quando decide, estou certa de que sabe quando escolheu algo  de qualidade e quando escolheu algo que, definitivamente, é parte daquela lista de coisas de mau gosto — na  música, na literatura, na programação dos canais de TV.

E democracia é isso. Cada um de nós tem o direito de eleger o que nos agrada mais, e aí se incluem  as coisas de gosto duvidoso. Só que, ao fazê-lo, tenha cuidado e seja sábio ao comentar e partilhar essas suas escolhas pouco ortodoxas. Na frente de um cliente ou de um superior hierárquico da empresa, jamais.

Seu gosto musical ou suas preferências literárias de mau gosto podem acabar sendo muito ruins para a imagem da empresa e pior ainda para a sua imagem. Cada vez mais, o silêncio é um luxo que, num universo superpovoado como este nosso, é para poucos. 

Assim, faça sua parte para que consigamos estender o benefício do silêncio e da tranquilidade a mais pessoas. Fale baixo em sua  empresa, no condomínio onde você mora, no hotel onde você se hospeda.

Ouça música num volume também  baixo — afnal, seus ouvidos agradecem por poder se exercitar, e as pessoas a seu redor também lhe agradecem por não obrigá-las a ouvir um estilo de música que talvez não seja o delas. 

Comecei a lista e, por causa de espaço limitado, terei de parar por aqui. Mas espero que você refita sobre o tema e mude seus hábitos.

Célia Leão escreve sobre etiqueta corporativa. É autora de Boas Maneiras de A a Z e consultora de etiqueta empresarial.

O que faz um relacionamento com clientes ser realmente bom?


Especialista em marketing fala sobre os desafios de manter um bom relacionamento

Editado por Priscila Zuini, de
Ales Cerin/SXC
Aperto de mãos
O que faz um relacionamento com clientes ser realmente bom?
Respondido por Eduardo Andrade, especialista em marketing


Vivemos tempos difíceis, tempos controversos. Vivemos em um momento de busca por profissionalização no atendimento, em paralelo ao desrespeito ao consumidor. Gastam-se fortunas com treinamentos com custos jurídicos dirigidos a clientes insatisfeitos.

Temos a impressão de que convivemos com várias empresas sem rosto, que mudam seus produtos de nomes e versões de quando em quando. Sempre mais do mesmo com algum sobrenome ponto zero. Acostumamo-nos a call centers com milhares de atendentes de vozes idênticas, doutrinados em comportamentos quase robóticos e decisões rasas e engessadas. Ecoam gerundismos de forma orquestrada e pedem repetidas vezes os mesmos dados que já foram entregues a uma máquina.

Estimulam-nos expectativas de produtos que não são nem razoavelmente cumpridas, quanto mais superadas; e esperam que recompremos. Vivemos tempos de discursos maravilhosos sobre a importância do cliente e recordes de ocorrências nos Procons. Fala-se ruminosamente no quanto é mais caro recuperar um cliente a mantê-lo na carteira. Curiosamente o maior budget de marketing continua com a promoção de vendas e não em ações de relacionamento. Esses são tempos de desafios.

Como recuperar a confiança do cliente e tratá-lo verdadeiramente como alguém que é a razão de ser da empresa? Nunca acharemos uma resposta baseada em um único elemento para essa pergunta. Na verdade, um conjunto de ações e políticas de gestão de relacionamento com o cliente (não confunda CRM com software) deve ser seriamente conduzido.

Aqui não cabem discursos sem prática, promessas sem entrega. Da validação da experiência do cliente, depende a sobrevivência de qualquer negócio. No final de tudo, marketing é simplesmente uma guerra de percepções. Portanto, se o cliente não percebe valor na experiência com a marca, no trato relacional, no serviço prestado ou no bem consumido, tudo se perde.

Todos buscam a fidelidade do cliente. Ainda que seja aquela utopia romântica vendida em palestras motivacionais. Mas fidelização não significa exclusividade até o fim dos tempos. Pode ser entendida como um compromisso de comprar ou recomendar repetidamente um produto ou serviço no futuro. Levando-se em consideração a super oferta de produtos, a facilidade da compra à distância, a explosão informacional e as sedutoras promoções da concorrência, fica fácil entender porque fidelizar é uma tarefa hercúlea.

Relacionamento com o cliente envolve mais que fluxo de pedido, venda e pós-venda. Criar pretextos relevantes para manter contato com o cliente pode ser a diferença entre ter ou não sucesso no negócio. Nas segundas e terceiras intenções de uma gestão de relacionamento com o cliente, não importa quem entrou em contato primeiro, a empresa ou o cliente.

Tão pouco a forma como essa comunicação se deu. Mas sim, como a empresa pode e deve aproveitar esse momento para continuar aprendendo e entendendo sobre o comportamento e as preferências do cliente. Aqui vale a máxima: entender para atender. Em alguns segmentos o “namoro” com o produto, antes mesmo da concretização do negócio, já deve ser cercado de atenções e entendimento do “querer” do prospect.

Com dedicação na área descobre-se que são muitas as táticas e práticas de uso do CRM: pipeline, cross-sell, up-sell, re-sell, categorização de prospects e clientes, geração de leads e tantas outras. Contudo, na labuta do cruzamento de variáveis e no garimpo de dados, algo se descobre com o tempo. Quem de fato dá valor à informação, cria conhecimento e gera oportunidades criativas para relacionamento é você, e não o software de CRM. 
Eduardo Andrade é professor e coordenador do CBA Marketing do Ibmec/MG Envie suas dúvidas com a palavra marketing no assunto da mensagem para examecanalpme@abril.com.br