Você é uma pessoa elegante? Não basta um Armani
Ser elegante é muito mais do que usar um terno bem cortado ou um tailleur novo — o duro é lembrar disso no dia a dia
São Paulo - Ser elegante vai além de saber escolher a roupa correta do
dia a dia. Uma pessoa elegante nunca atrasa. Recentemente, acabei
deixando de prestar solidariedade a amigos num momento de luto
e tristeza porque já havia assumido um compromisso de trabalho e não
queria causar transtorno aos profissionais envolvidos.
Na hora H, a empresa se atrasou em mais de 2 horas do horário
combinado previamente. Levantei e fui-me embora sem dor na consciência
nem receio. Não sei se já notaram que gente deselegante adora desdenhar
dos clientes, negam-se a colaborar ou a socorrer algum cliente
que necessite de seus serviços ou de sua orientação.
Se todos trabalharem pelo cliente, o resultado é um esforço em equipe e
pessoas muito mais bem atendidas e satisfeitas com seu trabalho. Diz o
ditado popular que gosto não se discute. Mas sabemos que há
consenso público sobre coisas de bom gosto e coisas que são, sim, de
extremo mau gosto e vulgares.
Você decide o que quer eleger como preferência, mas, quando decide,
estou certa de que sabe quando escolheu algo de qualidade e quando
escolheu algo que, definitivamente, é parte daquela lista de coisas de
mau gosto — na música, na literatura, na programação dos canais de TV.
E democracia é isso. Cada um de nós tem o direito de eleger o que nos
agrada mais, e aí se incluem as coisas de gosto duvidoso. Só que, ao
fazê-lo, tenha cuidado e seja sábio ao comentar e partilhar essas suas
escolhas pouco ortodoxas. Na frente de um cliente ou de um superior
hierárquico da empresa, jamais.
Seu gosto musical ou suas preferências literárias de mau gosto podem
acabar sendo muito ruins para a imagem da empresa e pior ainda para a
sua imagem. Cada vez mais, o silêncio é um luxo que, num
universo superpovoado como este nosso, é para poucos.
Assim, faça sua parte para que consigamos estender o benefício do
silêncio e da tranquilidade a mais pessoas. Fale baixo em sua
empresa, no condomínio onde você mora, no hotel onde você se hospeda.
Ouça música num volume também baixo — afnal, seus ouvidos agradecem
por poder se exercitar, e as pessoas a seu redor também lhe
agradecem por não obrigá-las a ouvir um estilo de música que talvez não
seja o delas.
Comecei a lista e, por causa de espaço limitado, terei de parar por
aqui. Mas espero que você refita sobre o tema e mude seus hábitos.
Célia Leão escreve sobre etiqueta corporativa. É autora de Boas Maneiras de A a Z e consultora de etiqueta empresarial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário