segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Petrobras perde R$ 20 bilhões em valor só hoje

Rodrigo Constantino


O cobertor é curto. O governo do PT usou a Petrobras para fins políticos desde o começo de sua gestão. De olho na inflação já em patamar muito elevado, o governo segurou o preço do combustível em nível bem abaixo do de mercado.

Como a estatal lida com uma commodity internacional, e o Brasil ainda precisa importar derivados de petróleo, esse preço artificialmente baixo penaliza diretamente os acionistas da Petrobras. Para piorar a situação, a empresa possui um gigantesco plano de investimentos.

O resultado tem sido a sistemática destruição de valor da Petrobras. Na semana passada, as ações chegaram a esboçar leve recuperação, na expectativa de que o governo finalmente permitiria um aumento razoável no preço da gasolina e do diesel. A decisão saiu na sexta-feira, após o fechamento do mercado.

Só que o aumento permitido foi tímido demais. Não elimina a grande defasagem de preços. A gasolina subiu apenas 4%, muito abaixo do que esperava o mercado. O diesel subiu 8%. A reação dos investidores? As ações da Petrobras despencam quase 10% agora, enquanto escrevo esse artigo!

Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg

Isso representa cerca de R$ 20 bilhões em valor de mercado, evaporados em um único dia! Ou o governo deixa o preço flutuar livremente ao sabor do mercado, ainda mais quando se trata de um produto internacional como o petróleo; ou ele transfere renda dos acionistas da Petrobras e dos pagadores de impostos para os usuários de gasolina e diesel.

Em outras palavras, o governo tem optado por subsidiar os poluidores à custa dos detentores de ações da Petrobras. A continuar nesse ritmo, em breve a destruição da Petrobras será irreversível durante a era petista. Mas lembrem-se: o petróleo é nosso!

Nós, os Benjamin Buttons do Mercado!





Gladis Costa
Na medida em que envelhecemos, não temos mais que evitar a tentação. Ela mesma nos evita” (Autor Desconhecido)

Scott Fitzgerald publicou em 1922 um pequeno clássico que deu origem ao filme O Curioso Caso de Benjamin Button, grande sucesso nos cinemas quando foi lançado por aqui. A história conta a jornada de Benjamin, uma criança que nasce misteriosamente velha e é deixada numa instituição para idosos pelo pai, horrorizado pela aparência da criança e fragilizado pela morte da esposa durante o parto. Benjamin não é por dentro o que representa  externamente. A vida desta criança é complicada, vive num corpo senil e rejuvenesce a cada dia.

O filme é uma história recheada de aventuras, descobertas e paixões, mas também é uma metáfora da força do tempo, que neste caso voluntariamente conspira a favor desta criança idosa, pois cada dia vivido é um dia ganho em aparência e em experiência que se consolida.

É possível aqui fazer uma reflexão sobre a ação do tempo  no ambiente de trabalho – trata-se de um exercício bem interessante, pois em funçao do tempo, todos temos que gerenciar a questão da maturidade, da experiência no mercado de trabalho, só  que ao invés da  vantagem oferecida a Benjamin, nós os experientes profissionais do mercado o tempo nem sempre conspira a nosso favor – a fórmula experiência versus juventude nem sempre mostra um resultado favorável para nós, considerados “jurássicos” nalgumas rodas, vamos e venhamos! Benjamin tem que passar a vida entre o conflito de não ser por fora o que é por dentro, e isto é exatamente o que nós, profissionais “experientes”, tentamos mostrar o tempo todo – que não somos o que nossa idade cronológica  aponta, muito pelo contrário, queremos fazer e acontecer, por que não?

Claro que não temos o vigor dos primeiros anos de trabalho – mas em tempos de discussão de qualidade de vida, quem é mesmo que quer trabalhar 15 horas por dia? Porém, se não temos a energia da juventude, temos a experiência da maturidade, a flexibilidade, a calma para tomar decisões mais acertadas e guiadas pela lógica, não pelo impulso de “fazer bonito” ou “mostrar trabalho”. Consigo visualizar a luta dos Benjamin Buttons no mercado de trabalho. Consigo  vê-los redigindo um currículo resumido, omitindo alguns feitos memoráveis, porque sua história completa daria muitas páginas e os headhunters dizem que o currículo só pode ter duas. Vejo este profissional apresentando uma versão compacta, algo como “melhores momentos” de sua carreira profissional. E vai para a entrevista, animado como uma criança visitando o zoológico pela primeira vez ou talvez com a excitação juvenil do primeiro encontro romântico.

Mas isto é por dentro, porque por fora, eles têm rugas, eles podem ter cabelos grisalhos, mas eles estão lá, firmes e fortes – ansiosos por um lugar ao sol, querendo mostrar para todo mundo que a idade nunca foi impedimento para nada, que eles não têm culpa se tudo aconteceu tão rápido. Oras, ontem eram jovens universitários, dormiram e acordaram hoje com 50 anos – praticamente da noite para o dia, ninguém viu, ninguém sabe como aconteceu, mas tudo passou a jato. De quem é a culpa?


Sobre a autora:


Gladis CostaGladis Costa, Gerente de Marketing e Comunicação da PTC para a América Latina. A PTC é líder no segmento de soluções para o gerenciamento do ciclo de vida do produto. Em março de 2009 criou o grupo “Mulheres de Negócios”, maior rede feminina de negócios do portal LinkedIn com mais de 4600 associadas. É colunista em vários sites onde publica artigos sobre marketing, serviços, comportamento, carreira e cultura. É formada em Letras pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo, Comunicação Social e especialização em Tecnologia e Negócios pela PUC-SP. Em 2005 lançou seu primeiro livro de crônicas, “O homem que entendia as Mulheres”.

Fecharam 20 das 70 indústrias de biodiesel


LEONEL ROCHA
 
Mamona (Foto: Ernesto de Souza/ Editora Globo)



O governo Lula inventou e apresentou o programa de biodiesel como uma panaceia. A mamona, o dendê e assemelhados se converteriam no maná dos pequenos agricultores. Teriam um mercado cativo porque as refinarias teriam de adicionar 5% desse produto ao diesel, o que ajudaria o país a reduzir emissões de carbono, como prometido à ONU.

O que aconteceu em dez anos? Vinte das 70 indústrias de biodiesel fecharam por falta de mercado. O governo tenta achar uma saída para livrar as 50 restantes da falência. Uma alternativa é aumentar a proporção de biodiesel misturada ao diesel.



O QUE PODE SER TRANSPORTADO COMO BAGAGEM?














De acordo com o inciso II do art. 2º da IN RFB nº 1.059/2010, serão considerados bagagem os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais.

Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2 de agosto de 2010, e Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto 6.759/09.


Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB, Aduaneiras e Jefferson Nascimento.

O Masp e a casa da sogra


Há duas semanas o "Estadão" defendeu em seu editorial o cercamento do vão livre do Masp como forma de proteger o museu da ameaça de "viciados", "traficantes", "moradores de rua" e "grupos de manifestantes" que tomaram conta do espaço. 

O jornal reverberou declarações do curador do museu, Teixeira Coelho, que, diante da recusa do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional em aceitar seu pedido de instalação de grades no vão livre, classificou tal posição como "um atraso". 

Outra solução levantada pelo editorial seria "uma ação enérgica" da polícia, "para colocar cada um no seu devido lugar", já que o vão livre se tornou "a casa da sogra", "onde qualquer um faz o que bem entende". 

Reportagem da Folha da última sexta-feira estampa barracas de camping ocupando o espaço, servindo de moradia a pessoas sem teto, e reitera a imagem de "abandono" do lugar. 

Não é à toa que o Masp se tornou um dos símbolos de São Paulo, além de um dos lugares mais apropriados pelos paulistanos. Poucos são os espaços da cidade que estabelecem uma relação tão bem-sucedida entre o público e o privado, a cultura, a arte e a vida cotidiana dos cidadãos. 

Na contramão dos equipamentos culturais desenhados para serem monumentos de celebração a uma arte-mercadoria, glamourizada e identificada com as elites, o Masp nasceu para ser uma espécie de antimuseu, radicalmente aberto para a cidade. 

Em filme de 1972, Lina Bo Bardi, autora do projeto, fala sobre o Masp: "[...] minha preocupação básica foi a de fazer uma arquitetura feia, uma arquitetura que não fosse uma arquitetura formal, embora tenha ainda, infelizmente, problemas formais. Uma arquitetura ruim e com espaços livres que pudessem ser criados pela coletividade. Assim nasceu o grande belvedere do museu, com a escadinha pequena. A escadinha não é uma escadaria áulica, mas uma escadinha-tribuna que pode ser transformada em um palanque. Eu quis fazer um projeto ruim. Isto é, feio formalmente e arquitetonicamente, mas que fosse um espaço aproveitável, que fosse uma coisa aproveitada pelos homens". 

O vão livre do Masp é, portanto, o próprio museu. E os moradores da cidade, celebrando este belo presente, afirmam todos os dias seu caráter público: heterogêneo e múltiplo, ocupado e povoado por todo e qualquer tipo de gente, de evento e de situação, afirmando ali a dimensão pública da arte, da cultura e da cidade. 

Se nos choca e indigna ver o vão do Masp (e outros espaços públicos) ocupado por pessoas viciadas em crack e moradores sem teto, é de políticas públicas decentes de saúde mental, de moradia e de assistência social que necessitamos, com urgência. 

Não são as grades nem a repressão policial que vão enfrentar a situação de vulnerabilidade em que se encontram muitos paulistanos. Se eles estão ali, expondo a precariedade e a situação limite de sua existência, é porque, simplesmente, não há nada nem ninguém que os acolha, propondo alternativas reais para essa situação. 

A imagem das barracas armadas no Masp só afirma a urgência de implementação de políticas que avancem nesta direção. Uma boa gestão de cidade mantém a qualidade de seus espaços públicos cuidando tanto de seu estado físico de conservação quanto da vulnerabilidade de parte de seus cidadãos. 

Se o vão livre do Masp tem sido cada vez mais palco de manifestações, é justamente por acolher de forma tão eloquente uma das reivindicações centrais dos protestos recentes: a necessidade de constituição de uma esfera verdadeiramente pública no Brasil. 

raquel rolnik Raquel Rolnik é urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada

domingo, 1 de dezembro de 2013

Quero falar com o gerente


O que os donos do hotel Saint Peter em Brasília ganharam do governo e do PT para, em troca, empregar o mensaleiro José Dirceu com salário de R$ 20 mil. Até o Cade entrou na jogada

Josie Jeronimo e Izabelle Torres
 
Localizado no degradado Setor Hoteleiro Sul de Brasília, o Hotel Saint Peter não é o que se pode chamar de um empreendimento de luxo. Nos corredores, carpetes manchados e restos de material de obra. Nas varandas, roupas penduradas para secar ao sol dão a impressão de um alojamento decadente e deixam claro que o perfil dos hóspedes do local não é dos mais exigentes. A propaganda para atrair clientes mostra o que o hotel considera seu ponto forte: “profissionais qualificados trabalham focados para fazer de sua hospedagem um momento único e especial”. Se de fato são “qualificados” e “focados”, só quem se hospeda lá poderá atestar. Uma coisa é certa: o hotel abrigará um profissional ilustre da política. 

Quem adentrar na recepção e perguntar pelo gerente irá se deparar com o ex-ministro condenado ao regime semiaberto no processo do mensalão, José Dirceu. O ex-chefe da Casa Civil de Lula apresentou à Justiça a carteira de trabalho já assinada pelo hotel com o salário de R$ 20 mil para atuar como gerente-administrativo. Pelo combinado, Dirceu vai ganhar uma pequena sala próxima ao lobby do hotel e oficialmente terá a missão de resolver problemas “complexos” como a reforma da piscina e a recuperação da área da cobertura.
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NO LOBBY
Localizado no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, o Hotel Saint Peter topou
empregar José Dirceu como gerente-administrativo. O mensaleiro
vai ganhar uma pequena sala próxima ao lobby do hotel

Mas não foi o talento para resolver problemas de reformas ou a experiência como lobista que levaram Dirceu até o novo emprego. Seus amigos estavam com dificuldades para encontrar um local de trabalho adequado e que aceitasse o desgaste público de tê-lo como funcionário. Foi então que petistas resolveram cobrar dos donos do Hotel Saint Peter, Paulo Masci de Abreu e seu filho Raul Rothschild, uma antiga dívida com o PT, mostrando que a troca de favores entre governo e os empresários vai muito além do fato inusitado de encontrar José Dirceu dando expediente em hotel decadente.

Os Rothschild Abreu atuam no ramo empresarial e de comunicação desde a década de 1990, mas o poder da família deu um salto a partir de 2005. Nesse ano, Paulo Masci de Abreu ganhou o direito de explorar por dez anos concessão de frequência da Fundação Assistencial, Educacional e Cultural Áudio, entidade sem fins lucrativos. Depois disso, a lista de rádios só cresceu, assim como a chegada de verbas publicitárias oficiais nas contas das empresas.

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TROCA DE FAVORES
As rádios do dono do Saint Peter, Paulo Masci de Abreu, recebem
recursos do Ministério da Integração, da Previdência,
do Ministério do Trabalho e do Banco do Brasil

Além de apoio em publicidade institucional, os Rothschild Abreu conquistaram vitórias importantes no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, justamente na mesma semana em que Dirceu assinou seu contrato de trabalho com o Hotel Saint Peter. Desde outubro de 2011, os empresários aguardam parecer da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Cade sobre a operação de compra de três emissoras de tevê UHF. Paulo de Abreu escalou seus filhos Raul e Cintia para solicitar a compra das tevês, mas, como os nomes dos dois constam no quadro societário de outras concessões de empresas de comunicação, o empresário nomeou duas outras pessoas para assumir o negócio.

Apesar do drible na legislação, a Anatel não se opôs e deu parecer positivo em consulta sobre suposta concentração de veículos de comunicação com um mesmo dono. Mas para o negócio – de cerca de R$ 500 milhões – ser fechado não bastava o aval da Anatel. O Cade também precisava se pronunciar, mas o processo estava parado havia quase dois anos. Na véspera da decretação da prisão de Dirceu, no dia 14 de novembro, o processo entrou na pauta do conselho e no dia 20 recebeu parecer favorável à realização do negócio. Isso apesar de existir lei federal limitando o número de empresas concentradas em um mesmo grupo.

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INFERNO ASTRAL
A vinculação política e econômica do hotel que empregou Dirceu com
o governo federal pode prejudicar a contratação do ex-ministro 

Os favores concedidos pelo governo petista ao milionário Paulo de Abreu e sua família não param por aí. O Ministério das Comunicações tem feito ao longo dos anos acompanhamento superficial nas concessões e outorgas das rádios da família. Não por acaso, pelo menos dez delas possuem autorização para funcionar em locais isolados, mas suas antenas estão em áreas privilegiadas das grandes cidades. Mudanças feitas sem qualquer autorização. Na Polícia Federal, quatro investigações sobre o grupo de comunicação e o descumprimento de leis caminham a passos lentos e nunca tiveram um desfecho. Paulo de Abreu ainda mantém contratos de gavetas em que ele é o proprietário de pelo menos outras cinco rádios que ainda constam no nome de antigos proprietários.

As rádios do novo chefe de Dirceu têm recebido apoio institucional de vários órgãos do governo federal. Só da Secretaria de Comunicação da Presidência da República foram mais de R$ 150 mil nos últimos três anos para a Mundial FM, uma das 13 empresas de comunicação registradas em nome da família. A rádio é comandada por Luci Rothschild Abreu, mulher de Paulo. As rádios da família Rothschild Abreu também recebem recursos do Ministério da Integração, da Previdência, do Ministério do Trabalho e do Banco do Brasil para veicular publicidade institucional. Os valores desses repasses não são públicos.

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Enquanto os donos do Hotel Saint Peter comemoram as recentes conquistas dos seus negócios, a Justiça analisa as condições e os termos do contrato de Dirceu. A primeira etapa é o parecer do Ministério Público. Depois, uma junta de assistentes sociais da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal visitará os empregadores para uma entrevista e somente depois sairá a decisão. 

O presidente da Associação Nacional de Magistrados Estaduais (Anamages), Antonio Sbano, explica que a vinculação política e econômica do hotel que empregou Dirceu com o governo federal pode prejudicar a contratação do ex-ministro. “Se for comprovado que é uma coisa que está mascarando alguma situação, o juiz de execução pode negar.” Para o advogado de Paulo de Abreu, Miguel Pereira, não há qualquer risco de o pedido ser negado sob alegação dessa proximidade. 

“O trabalho é idôneo. Essa proximidade com José Dirceu não existe. Se colocar os dois na mesma sala com outras pessoas, é capaz de Dirceu nem saber quem é o Paulo”, diz. O desafio para Dirceu será mostrar que seu trabalho no hotel será mesmo gerenciar os problemas administrativos e que isso nada tem a ver com a imensa lista de favores que Paulo Abreu vem recebendo dos petistas.  


Fotos: TERCIO TEIXEIRA/FUTURA PRESS; Adriano Machado; Nacho Doce/Reuters

Conheça as tendências do marketing de escritórios nos EUA

Hora de fazer planos para 2014. Para os advogados americanos, qualquer planejamento inclui estratégias para aumentar a base de clientes do escritório e diferentes técnicas de marketing precisam ser avaliadas. Uma seção exclusiva deve ser dedicada a um dos maiores fenômenos da era digital: a internet. De uma maneira geral, nos EUA, as bancas estão mais dispostas a investir em marketing digital, do que em marketing convencional. A relação custo-benefício é melhor. A possibilidade de violar o Código de Ética é mínima, se a rede for usada com inteligência.

Por isso, a organização “The Rainmaker Institute” divulgou uma pesquisa em que a WebDAM, “uma empresa de gerenciamento de ativos digitais, baseada na Web”, perguntou a marqueteiros bem-sucedidos, incluindo os que assessoram escritórios de advocacia, quais são as tendências para 2014, com base no que viram em 2013. Nenhuma das constatações é surpreendente. São práticas que vêm crescendo ano a ano.


Leia abaixo as orientações que os profissionais de marketing apontam para o mercado americano. De acordo com o instituto, servem para escritórios de advocacia de todos os portes — com a observação de que não substituem os métodos tradicionais de marketing jurídico.
  • De todos os executivos de marketing entrevistados, 55% declararam que aumentaram seu orçamento para marketing digital em 2013;
  • Desses entrevistados, 78% acreditam que o futuro do marketing é o conteúdo sob medida (mais explicações abaixo sobre o "custom content");
  • Cerca de 50% dos escritórios (como de qualquer empresa que investe em marketing) já têm, atualmente, estratégias de marketing de conteúdo ("content marketing") e uma grande parte compra conteúdo de profissionais especializados;
  • Testemunhos e comentários de clientes em marketing de conteúdo têm o maior índice de eficácia: 89%;
  • A probabilidade de que clientes entrem em contato com os escritórios que escrevem blogs é 67% maior do que com escritórios que não o fazem;
  • Os escritórios estão, cada vez mais, conquistando clientes nas redes sociais, como Linkedin, Twitter e Facebook, desde que o trabalho seja bem feito; 52% dos marqueteiros declararam que conquistaram clientes através do Facebook em 2013; 43% encontraram clientes no Linkedin.
  • O marketing dirigido para dentro (inbound marketing), feito através de blogs, podcasts, vídeos, eBooks, mídia social, boletins eletrônicos, etc., que levam os clientes para o website do escritório, é 54% mais eficiente do que o marketing dirigido para fora (outbound marketing), que é feito através de anúncios, mala direta e outras ferramentas do marketing convencional;
  • Anúncios e outras ferramentas de marketing feito pela Internet irão representar 25% do marketing de todo o mercado, não só de escritórios, até 2015;
  • As dotações orçamentárias dos escritórios (e de todas as empresas) para o marketing pela rede social vão dobrar nos próximos cinco anos;
  • E-mails com botões para compartilhamento nas redes sociais aumentam os índices de cliques em 158%;
  • A otimização de mecanismos de busca (SEO) é cada vez mais importante, porque 33% do tráfego originado nas buscas orgânicas do Google vão para o primeiro item na lista de resultados;
  • Entre os profissionais que utilizam o PPC (pague por clique), 72% planejam aumentar seus orçamentos para essa estratégia em 2014;
  • Vídeos no site aumentam o "índice de conversão" do visitante em cliente em 86%; pelo menos 65% da audiência é constituída por pessoas que aprendem mais visualmente; imagens visuais são processadas pelo cérebro 65 mil vezes mais rapidamente do que textos. Os infográficos estão cada vez mais "quentes".
A vez do conteúdo

O conteúdo não visa "vender", de uma forma direta, qualquer produto ou serviço. O conteúdo sob medida (custom content) visa desenvolver a afinidade — ou criar empatia — com uma audiência já existente. Reforça a "marca", comunica o valor dos serviços, cria novas oportunidades. É uma forma de comunicação com os atuais clientes.

O marketing de conteúdo visa atrair novos clientes. Pode ser uma forma indireta de mobilizar clientes, através de blogs ou mídia social, por exemplo, com temas que interessam a eles e não se referem, especificamente, aos serviços prestados pelo escritório. É como se o escritório "patrocinasse" uma publicação de interesse de seu público-alvo. Um exemplo seria um guia do divórcio publicado por um escritório especializado em Direito de Família.