segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Resolva problema da mobilidade de SP e ganhe curso na NASA


Para participar, candidato deve ser maior de idade, estar cursando ou já ter concluído o ensino superior e precisa apresentar solução relacionada com tecnologia

Jéssica Miwa, do
Andrew Harrer/Bloomberg News
Carros no trânsito da Avenida 23 de Maio, em São Paulo
Trânsito da Avenida 23 de Maio: Call to Innovation presenteará dono da melhor ideia para solucionar trânsito caótico da cidade de São Paulo com curso de dez semanas na NASA

O tema mobilidade urbana deu o que falar em 2013. Não falta, porém, empenho e interesse da parte dos paulistanos para desatar o grande nó do transporte.

Então, aqui vai mais uma motivação: uma bolsa de estudos no valor de U$ 30 mil – o equivalente a, aproximadamente, R$ 71,1 mil.

Parceria entre a Fiap – Faculdade de Informática e Administração Paulista e a Singularity University, o desafio Call to Innovation presenteará o dono da melhor ideia para solucionar o trânsito caótico da cidade de São Paulo com curso de dez semanas na NASA – Agência Espacial Americana, entre junho e agosto de 2014. 

As aulas, sediadas na Califórnia, reunirão empreendedores do mundo inteiro.
Além disso, o vencedor do desafio terá direito a uma bolsa integral para cursar qualquer MBA da Fiap.

Para participar, o candidato deve ser maior de idade, estar cursando ou já ter concluído o ensino superior e precisa apresentar uma solução relacionada com tecnologia. Inscrições abertas até 16/03, pelo site da Fiap.

Dia mais triste do ano, Blue Monday é uma ação de marketing


Terceira segunda-feira de janeiro foi taxada à fama de dia mais melancólico do ano em pesquisa encomendada por marca


Stock.Xchange
Depressão - tristeza
Ttristeza: estudo estabeleceu que a terceira segunda-feira de janeiro é o dia do ano na qual as pessoas se sentem mais tristes

São Paulo - Há alguns anos, a terceira segunda-feira de janeiro ganhou a inglória fama de Dia Mais Triste do Ano. A data ficou conhecida como Blue Monday, e seu renome de descoberta cientítica espalhou-se como lenda urbana mundo afora, principalmente nos países de língua inglesa.

O que poucos sabem é que a ideia anunciada como fruto de pesquisa matemática é, na verdade, uma ação de marketing transformada em verdade para a sorte da marca anunciante, o canal de TV britânico Sky Channel, explicam o jornal inglês The Guardian e a revista Inc

Tudo começou com o estudo de um certo psicólogo Cliff Arnall, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que chegou à uma equação que apontaria o dia mais melancólico do ano. Publicado em 2005, o cálculo levaria em consideração a meteorologia do período, as dívidas realizadas no Natal, a queda da motivação e uma crescente cobrança para realizar conquistas no ano que se inicia. 

Por mais que janeiro possa ser um mês difícil, a pesquisa de Arnall não tem embasamento científico e foi feita por encomenda da anunciante, afirmam os veículos. Seu artigo não fora publicado em nenhum jornal acadêmico, e sim diretamente em um material de divulgação da Sky Travel. E virou verdade depois disso. 

A ideia da marca, descobriu-se, era promover o desejo de viajar e estimular possíveis clientes a espantar a tristeza através do turismo. Considerando que todos os anos a data volta à tona, a estratégia de gosto duvidoso ajudou a Sky Travel a fazer (muito) barulho até hoje.

*Atualizada às 16h04.

Dilma vai a Davos pela primeira vez para atrair investidores


Presidente tentará convencer a elite empresarial do mundo de que o país ainda é um bom investimento, apesar do baixo crescimento

Anthony Boadle, da
Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 Mobilidade Urbana
Dilma Rousseff durante cerimônia em Belo Horizonte: viagem será a primeira da presidente ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça

Basília - A presidente Dilma Rousseff tentará convencer nesta semana a elite empresarial do mundo em Davos de que o país ainda é um bom investimento, apesar de três anos de baixo crescimento.

Será a primeira visita de Dilma ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O objetivo é assegurar aos ricos e poderosos que ela adota uma postura amigável com empresas e responsável pelo lado fiscal.

É uma grande reviravolta para a presidente, que desenvolveu uma reputação por medidas de mão pesada que apertaram os lucros de algumas companhias e prejudicaram os preços das ações. Dissipar o ceticismo sobre o futuro do Brasil será uma tarefa difícil antes do processo eleitoral em outubro.

"Ela tentará convencer a comunidade empresarial internacional de que é mais pragmática que ideológica, mas ninguém realmente espera que o governo faça um esforço imenso para equilibrar a política fiscal no ano eleitoral", afirmou o analista político da MCM Consultores, Ricardo Ribeiro.

A economia brasileira cresceu apenas 1 por cento em 2012 e as saídas de capitais tiveram o maior fluxo desde 2002. Os gastos públicos registraram gradual expansão e as receitas tributárias desaceleraram devido ao fraco crescimento e às maiores desonerações feitas com objetivo de estimular indústrias, elevando o risco de rebaixamento de crédito neste ano.

O Brasil não é mais a menina dos olhos de Wall Street que foi durante a expansão alimentada por commodities na época do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Ele, ao contrário de Dilma, participava regularmente de Davos.


Promovendo o Brasil 


Assessores presidenciais disseram que Dilma decidiu que era o momento de uma visita pessoal a Davos para mostrar a investidores que o Brasil está aberto a negócios, explicando as concessões privadas para rodovias, ferrovias, aeroportos e outros tipos de infraestrutura fortemente necessários.

"Os mercados financeiros não estão entendendo bem o Brasil", afirmou o ministro da Secretaria de Assuntos Especiais e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri.

"Investimento privado é fundamental para o Brasil e a presidente precisa mostrar o potencial do país e ouvir investidores de forma que a maneira como fazemos as coisas possa ser ajustada", disse Neri à imprensa estrangeira na semana passada.

Dilma falará publicamente em Davos na sexta-feira e comparecerá a uma sessão lotada privada com investidores, economistas e executivos das principais companhias multinacionais.

O interesse na presidente não é uma surpresa: espera-se amplamente que ela conquiste um segundo mandato e decida a direção da sétima maior economia do mundo por mais quatro anos.

Após Davos, Dilma viajará a cúpula regional em Cuba, onde ela e o presidente cubano, Raúl Castro, inaugurarão um terminal de contêineres de 900 milhões de dólares construído no porto de Mariel pela Odebrecht , um dos maiores conglomerados multinacionais brasileiros.

Espera-se que Mariel torne-se um importante porto caribenho quando o embargo comercial dos EUA contra Cuba for revogado.

O gabinete de Dilma sublinhou que a visita dela a Cuba deve-se a negócios mais do que a política. "Isso não diz respeito a ideologia esquerdista. O Brasil está se posicionando estrategicamente ao investir na Cuba pós-Castro", disse um assessor da presidência.

Quem é a Oriental Brewery, a compra bilionária da AB InBev


Cervejaria sul-coreana foi adquirida por US$ 5,8 bilhões e só produz bebida à base de arroz


Divulgação/Oriental Brewery
Cerveja da Oriental Brewery
Oriental Brewery: uma das principais cervejarias da Coreia do Sul

São Paulo – A Anheuser-Busch InBev anunciou, nesta segunda-feira, a aquisição da Oriental Brewery (OB) por 5,8 bilhões de dólares.

A operação, considerada a maior já anunciada na Ásia envolvendo fundos de private equity, foi fechada com o KKR e Affinity Equity Partners.

A OB já pertenceu à InBev no passado, mas em 2009 foi vendida ao fundo KKR por 1,8 bilhão de dólares.

Na época, o dinheiro levantado com o negócio ajudou a pagar a dívida da aquisição da Anheuser-Busch, anunciada um ano antes pela companhia belga.

Com o acordo de venda, a Anheuser-Busch InBev, companhia formada com a fusão da Anheuser-Busch e da InBev,  teria o direito de recomprar a cervejaria sul-coreana em até cinco anos e foi isso o que aconteceu, mesmo ela pagando três vezes a mais pela operação.


Quem é a OB


Fundada no início da década de 50, a Oriental Brewery produz  as cervejas mais populares da Coreia do Sul, entre elas a OB, Cass, número um por lá, e a Cafri.

O curioso é que nenhuma cerveja da OB é feita a partir da cevada, todas elas são fabricadas à base de arroz, como boa parte das bebidas alcoólicas orientais.    

Segundo Carlos Brito, presidente-executivo da AB InBev, a OB irá fortalecer a posição da companhia na região.

“Estamos muito animado para investir na Coreia do Sul e de trabalhar com a Oriental Brewery novamente”, afirmou o executivo, em comunicado.

Entre 2009 e 2012, o mercado de cerveja na Coreia do Sul apresentou taxa de crescimento de  2%. Nos próximos 10 anos, no entanto, esse crescimento deve ser de 13% na região - o que justifica o interesse da AB Inbev na OB.

Cade aprova aquisição da colombiana OFD pela Yara


A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 20

Luci Ribeiro, do
Rogério Montenegro/EXAME
Transporte de fertilizante
Transporte de fertilizante: Cade aprovou, sem restrições, aquisição de diversas empresas do grupo Abonos Colombianos, que atua na indústria de fertilizantes, pela Yara International

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de diversas empresas do grupo Abonos Colombianos, que atua na indústria de fertilizantes, pela norueguesa Yara International.

A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 20. A operação, conforme explica o Cade, será implementada por meio da compra, pela Yara, de todas as ações da OFD Holding, que controla diversas companhias do grupo Abonos Colombianos.

O negócio, anunciado em novembro do ano passado, foi fechado por US$ 425 milhões e compreende instalações da OFD em Cartagena, na Colômbia, e empresas de distribuição em toda a América Latina. 

As principais companhias envolvidas na transação são a Abocol (Colômbia), Misti (Peru), Omagro (México), Fertitec (Panamá e Costa Rica), Cafesa (Costa Rica) e Norsa (Bolívia).

A Yara é a controladora do Grupo Yara, que oferece, no Brasil e mundialmente, produtos e serviços relacionados à produção de fertilizantes, incluindo extração mineral e produção de fertilizantes básicos, além de soluções industriais.

O Cade explica que a operação não resulta em integração vertical. "Há apenas uma sobreposição horizontal mínima que afeta o mercado brasileiro, considerando que tanto a Yara quanto o Grupo Abocol exportam fertilizantes básicos à base de nitrogênio para o Brasil".

"Do ponto de vista da Yara, a operação se justifica por garantir uma sólida posição downstream e uma plataforma em crescimento na América do Sul e na América Latina, complementando a aquisição do negócio de fertilizantes downstream da Bunge no Brasil", diz documento do Cade. 

"Do ponto de vista da Abocol, o grupo entende que o seu negócio de fertilizantes chegou em um nível de maturidade que o tornou atrativo para empresas globais interessadas na América Latina, especialmente nos países em que o Grupo Abocol tem focado suas atividades (Colômbia, Peru, Bolívia, México, Costa Rico e Panamá). Assim, tornou-se interessante para os vendedores desinvestirem o Grupo Abocol para um grupo capaz de melhorar sua performance - no caso a Yara", acrescenta.

Accenture prepara compra da provedora ClientHouse


Aquisição faz parta de um plano da companhia para expandir suas capacidades na Europa

Angel Navarrete/Bloomberg
Estande da Accenture no na abertura do Sapphire Now and TechEd, em Madri
Accenture: companhia está adquirindo uma provedora de serviços de computação em nuvem

Nova York - A Accenture disse nesta segunda-feira que comprará a provedora de serviços de computação em "nuvem" ClientHouse como parte de um plano para expandir suas capacidades na Europa.

Os termos do acordo não foram revelados.

A ClientHouse é a provedora independente de serviços de computação em nuvem da Salesforce.com, assim como a Veeva Systems, que presta serviços para empresas de biotecnologia, disse a Accenture em comunicado.

Os 6 dilemas que acompanham as mulheres empreendedoras


Especialista em empreendedorismo feminino afirma que toda empreendedora deve saber o básico de finanças para gerenciar o seu negócio

Editado por Camila Lam, de
Getty Images
Mulher escreve em papel e usa computador
Os principais desafios das mulheres empreendedoras
Respondido por Ana Fontes, especialista em empreendedorismo feminino


É fato que elas estão empreendendo mais: hoje, quase 45% dos pequenos negócios são conduzidos por empreendedoras. Mas este é um fenômeno recente e como tudo que é novo apresenta uma série de desafios. Empreender exige estômago e nervos de aço e muita dedicação. Nestes quesitos as mulheres são ótimas. Vamos falar aqui dos principais desafios para ter um negócio de sucesso.

1. Tenho de fato um negócio?

Eu tenho de verdade um negócio ou tenho um meio de sobrevivência? O melhor dos mundos é você ter um negócio que foi criado para atender as necessidades de um grupo de clientes. Mas, a maioria cria um negócio e depois vai buscar os clientes e aí que a dificuldade aparece. Além disso, a grande maioria trabalha com serviços e em áreas de conforto delas; o desafio é encontrar dentro da sua área de conforto uma oportunidade de negócio com produtos ou serviços. Uma dica: leia muito e acompanhe o que acontece no mundo, normalmente bons negócios surgem de problemas.

2. Sou gestora e não sou a melhor empregada do negócio

As mulheres culturalmente gostam de ter o domínio sobre todas as situações e isto pode causar uma série de transtornos, pois um negócio depende muito mais da capacidade de gestão do que da capacidade de cuidar dos assuntos. Uma dica importante: aprenda a delegar e a aceitar que as pessoas trabalham de formas diferentes e organize suas atividades considerando sempre o que é mais importante para sua empresa, os clientes e o futuro do negócio. 

3. Sei fazer, mas não sei vender

Este é um grande dilema para as empreendedoras, a grande maioria não se vê como vendedora, pois sabe produzir seu produto ou serviço, mas tem dificuldade na hora de vender e divulgar. Já dizia Steve Jobs que todo empreendedor tem que ser vendedor. É uma questão de sobrevivência, afinal uma empresa sobrevive sem muitas coisas, mas não sobrevive sem vender. Faça cursos rápidos com técnicas de vendas e comunicação e se capacite para vender. Ou, se sua estrutura permitir contrate um bom vendedor, mas acompanhe de perto o trabalho dele. 

4. Não gosto de finanças

Normalmente, as mulheres são responsáveis pelas finanças da casa, mas tem muito receio de lidar com as finanças da empresa. Um dos motivos é a grande burocracia que envolve uma pequena empresa hoje, além das várias obrigações legais, impostos, folha de pagamento, entre outras. Você tem que saber o básico de como conduzir as finanças da sua empresa: precisa saber a formação de preços dos seus produtos ou serviços, a margem necessária e acompanhar na ponta do dedo o caixa da sua empresa, afinal é ele que determina a sua saúde financeira.

5. Preciso divulgar meu produto ou serviço

O mundo da internet abriu uma vastidão de oportunidades com as redes sociais, blogs e tudo mais. Isto é muito bacana, mas exige tempo e estratégia. A primeira dica é (acredite) saber quem é de fato seu cliente, muitas empreendedoras não sabem responder a esta pergunta ou respondem de forma muito abrangente.
Sabendo quem é seu cliente, estabeleça uma boa estratégia de marca e comunicação, comece tendo um site bem feito. Se você domina algum conteúdo interessante crie um blog, mesmo que não ligado ao nome da sua empresa. Tenha um bom cartão de visita, participe de redes de contatos e eventos de networking. Defina quem cuidará de redes sociais e capacite com cursos e treinamentos que existem no mercado, muitos deles gratuitos. 

6. Não consigo focar

Sim, queremos dominar o mundo e principalmente agora. Mas dominar o mundo exige tempo, portanto foque no que é importante, ou seja, o futuro do seu negócio. Muitas vezes, dedicamos a maior parte do nosso tempo a resolver coisas urgentes e não as que de fato são importantes, por isso aprender a delegar é necessário para o crescimento do seu negócio. E por fim, aproveite! Você faz parte de um grupo de pessoas que tem o perfil diferenciado, afinal não é qualquer um que pode cuidar de uma empresa, família, casa e filhos.

Ana Fontes é fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do NATHEIA.