quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O que o livro "A Arte da Guerra" ensina aos administradores modernos


Lida e relida exaustivamente, essa obra milenar continua atual e é uma base interessantíssima para todo administrador na hora de traçar estratégias

Shutterstock


O livro "A Arte da Guerra", do filósofo e general estrategista Sun Tzu, foi escrito cerca de 500 anos a.C. Dividida em 13 capítulos, a obra mostra diversas maneiras de encarar conflitos, enfrentar inimigos, atacar a fraqueza do adversário evitando a força, além de estratégias, planejamento etc.

Nos fundamentos de Sun Tzu, está a compreensão de que o conflito é parte inexorável da vida humana, devendo ele ser bem administrado para que não traga sérias consequências. Abordando as diversas estratégias que fazem um exército vencer, Sun Tzu fala da cautela que se deve ter antes de entrar em uma guerra, visto que nela são determinados a vida ou morte.

Como evitar o fracasso


Trazendo isso para as empresas, nota-se que é indispensável o conhecimento da empresa concorrente antes de competir, pois assim como um mau planejamento conduz o exército à desgraça, conduz a empresa à falência.

Para que isso não aconteça, um bom administrador deve sempre recorrer a estratégias, pesquisas, conhecer os pontos fortes e fracos do concorrente, para com isso buscar soluções eficazes para driblar todo e qualquer problema que possa afetar negativamente a  empresa.

Na guerra, o objetivo principal é a vitória e, para que isso aconteça, é salutar que seja ágil, pois com a vitória, o líder obtém respeito e confiabilidade, cabendo aos administradores estar atentos às oportunidades que o mercado tem a oferecer, observar os fatores de sucesso da empresa e potencializá-los, levando a empresa a obter destaque e vantagem competitiva.

No que diz respeito às propagandas, o autor alerta sobre a questão da campanha demorada que o exército faz, dizendo assim que, com a demora, o estado acaba os recursos. Por isso, a empresa deve fazer campanhas publicitárias que definem o produto com clareza e rapidez, evitando, com isso, o esquecimento  da empresa e garantindo o alcance dos  objetivos traçados.

Assim como o comandante de uma guerra, o administrador deve traçar metas que diferenciam a empresa das outras, garantir a qualidade, o prestígio, ser eticamente responsável, buscar conquistar seus clientes, garantindo a preferência e a durabilidade da empresa.

Dirceu não era chefe de quadrilha; mas o que isso muda?


Até ontem, José Dirceu era o chefe da quadrilha do mensalão. Quem dizia era o STF. Hoje, o ex-ministro e mais sete condenados foram absolvidos. Veja o que isso significa

Antonio Cruz/ABr
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
José Dirceu: ele não chefiou quadrilha - até porque não existiu uma, decidiu o STF. Mas eles se reuniram e praticaram crimes, de qualquer modo

São Paulo – O Supremo Tribunal Federal reverteu, agora há pouco, a condenação de oito réus por formação de quadrilha no processo do mensalão. A decisão acaba com uma das linhas de raciocínio do Ministério Público, que dizia há anos que José Dirceu era o chefe da quadrilha do “mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção” do Brasil.

Mas antes que o ex-ministro da Casa Civil e os demais comecem a propagar a própria inocência aos quatro ventos, vale lembrar: o STF entendeu que todos eles efetivamente infringiram a lei  - mais de uma vez, aliás - entre 2003 e 2005 (veja tabela ao final com o que muda para cada um deles).

Mesmo os ministros do Supremo que votaram pela absolvição afirmaram que os envolvidos se reuniram para praticar crimes. Só não chegaram a formar uma associação.

“'O que houve aqui foi a reunião de pessoas para práticas criminosas. Não está demonstrada a presença do dolo especifico da criação de crime de quadrilha”, afirmou hoje o ministro Teori Zavascki.

O voto dele e de Luís Roberto Barroso – ambos os mais novos magistrados a entrar na Corte e os únicos que não haviam votado nas sessões de 2012, que na época terminaram com um placar de 6 a 4 pela condenação – foram os responsáveis por reverter a balança.

Trocando em miúdos o que disse o ministro: os réus se reuniram e cometeram crimes, mas não chegaram a formar uma quadrilha. Disso – e apenas disso - saem agora ilesos.

“Você não pode mais atribuir a eles o crime de formação. Eles não fizeram parte de associação criminosa. Sempre que se fizer referência a ‘quadrilha’ como algo técnico, não se poderá inclui-los no comentário”, afirma o professor de Direito Penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Alexis Couto de Brito.

Dentre os beneficiados com a decisão, estão também os petistas José Genoino e Delúbio Soares. Ambos cumprem pena em Brasília em regime semiaberto por corrupção ativa.

O professor da área penal lembra, contudo, que a palavra quadrilha é usada, cotidianamente, de forma bem menos rigorosa que a determinada pelo Código Penal

“A utilização leiga da palavra quadrilha ocorre mais na acepção de ‘Alibabá e os 40 ladrões’”, acredita o professor.

O artigo 288 do código estabelece que o crime de formação depende necessariamente da união de três ou mais pessoas com o específico fim de cometer delitos.

A palavra “quadrilha” chegou a ser utilizada 42 vezes na acusação final da Procuradoria Geral da República, segundo os advogados de defesa dos agora absolvidos

Esta versão, para o STF, não ficou provada. E, portanto, deixa de valer. Mas é conceitual, no entendimento da ministra Rosa Weber, que hoje reiterou o mesmo voto apresentado em 2012.

“Eu reconheci que os réus praticaram juntos delitos. O ponto central da minha divergência é conceitual. É necessário que esta união se faça para a específica prática de crimes”, disse ela nesta quarta.

O crime de formação de quadrilha, aliás, nem existe mais: uma lei sancionada no ano passado fez com que ele seja chamado agora de “associação criminosa”.

Veja abaixo o que mudou para cada condenado.

  Condenação que restou Quanto era a pena Como fica agora
José Dirceu Corrupção ativa 10 anos e 10 meses (fechado) 7 anos e 11 meses (semiaberto)
José Genoino Corrupção ativa 6 anos e 11 meses  (semiaberto) 4 anos e 8 meses (semiaberto)
Delúbio Soares Corrupção ativa 8 anos e 11 meses (fechado) 6 anos e 8 meses (semiaberto)
Marcos Valério Corrupção ativa, peculato, lavagem e evasão de divisas 40 anos e 4 meses (fechado) 37 anos e 4 meses (fechado)
Kátia Rabello Gestão fraudulenta, evasão de divisas e lavagem 16 anos e 8 meses (fechado) 14 anos e 5 meses (fechado)
Ramon Hollerbach Corrupção ativa, lavagem, evasão e peculato 29 anos e 7 meses (fechado) 27 anos e 4 meses (fechado)
Cristiano Paz Corrupção ativa, lavagem e peculato 25 anos e 11 meses (fechado) 23 anos e 8 meses (fechado)
José Roberto Salgado Lavagem, evasão de divisas e gestão fraudulenta 16 anos e 8 meses (fechado) 14 anos e 5 meses (fechado)

PIB pode cair R$30 bi com feriados da Copa, diz FecomercioSP


Para assessor da FecomercioSP, cálculo tomou por base produção diária em vários segmentos econômicos, incluindo comércio, serviços, indústria e agricultura

Marli Moreira, da
Dado Galdieri/Bloomberg
Propaganda da Copa do Mundo 2014 no aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro
Propaganda da Copa do Mundo: em empresas onde não houver dispensa de funcionários em dias de jogos, gastos adicionais na folha de pagamento poderão atingir R$135 bi

Um estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o Brasil pode deixar de produzir, em um mês, o equivalente a R$ 30 bilhões durante os 64 feriados previstos para as 12 cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo, em junho e julho deste ano.

"Para cada 10% de pessoas [trabalhadores] que ficarem em casa [de folga em dias de jogos], haverá perda correspondente a 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto)”, disse o assessor econômico da FecomercioSP, Fábio Pina.

De acordo com ele, o cálculo tomou por base a produção diária nos vários segmentos econômicos, incluindo o comércio, os serviços, a indústria e a agricultura.

O levantamento da Fecomercio SP também indicou que, nas empresas onde não houver dispensa de funcionários em dias de jogos, os gastos adicionais na folha de pagamento poderão atingir R$ 135 bilhões. 

O valor inclui os encargos trabalhistas e as horas extras em dias de feriados, quando os empregados têm direito a receber o dobro do que ganham em dia normal de trabalho.

Brasil pode cair para 9ª posição entre maiores economias


Com baixo crescimento e desvalorização do real, Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias mundiais, de acordo com EIU

Getty Images
Moedas de Real - dinheiro
Moedas de Real: Brasil pode cair no ranking das maiores economias mundiais

São Paulo - Até o final de 2014, o Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias do mundo em termos nominais.

A estimativa é da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de inteligência da revista The Economist, e foi revelada hoje por uma reportagem do site de Veja.

Se o Brasil crescer 1,7% este ano, como estimado pelo mercado, e o dólar ficar em uma média de R$ 2,44, como prevê o governo no Orçamento, o PIB do país vai cair de US$ 2,2 trilhões para US$ 2,1 trilhões.
Isso colocaria o Brasil atrás da Índia (US$ 2,15 trilhões) e da Rússia (US$ 2,24 trilhões), que devem crescer 6% e 2,8% este ano, respectivamente, de acordo com as projeções atuais.

Em meados de 2012, o Brasil chegou a ocupar brevemente a sexta posição no ranking, na frente da Grã-Bretanha.

Da mesma forma que o câmbio sobrevalorizado inflava a posição do país no passado, o câmbio mais fraco agora derruba a posição do país em dólar.

Com base no conceito de paridade de poder de compra, que estima o valor da moeda com base em uma determinada cesta de produtos, o Brasil já é a nona maior economia do mundo, de acordo com os últimos dados consolidados do Banco Mundial.

Brasil teve terceiro maior crescimento do mundo… ignorando-se dez países!




Rodrigo Constantino

Análises de um liberal sem medo da polêmica



Escrevi um comentário sobre o resultado medíocre de nossa economia em 2013, e logo começaram a surgir respostas iguais de alguns leitores, todos repetindo a mesma mentira: como pode ter sido ruim se foi o terceiro maior crescimento do mundo em 2013?

Espantado com a falácia, fui procurar a fonte, e a encontrei, em um blog do Estadão. A manchete está lá: Brasil tem o 3º maior crescimento econômico do mundo em 2013. Chamada bastante, como direi?, tendenciosa. E cerca de 10 mil pessoas (petistas?) já tinham curtido e recomendado o absurdo. Eis o quadro:
Fonte: IBGE, Estadão
Fonte: IBGE, Estadão

Como petista aceita a valor de face mentiras que ajudam o governo, não é mesmo? Quando fui ver os países da lista, qual não foi minha surpresa ao notar a ausência de simplesmente todos aqueles que cresceram mais que o Brasil?! Comparar com países europeus em meio a uma grave crise é barbada, não? Por que os demais emergentes não estão na lista? E os países da Aliança do Pacífico? Que critério estranho de escolha foi esse?

O autor responde: são dados de 13 economias que já apresentaram seus resultados, selecionadas pelo IBGE. Ou seja, somente aqueles países que já divulgaram os dados fechados para 2013 estão na lista. E os petistas saem por aí repetindo que fomos a terceira economia que mais cresceu? Sério?

Como sou chato (pela ótica petista), resolvi fazer um novo quadro, dessa vez com 10 países simplesmente ignorados no quadro anterior, pois ainda não entregaram os dados oficiais do ano todo. Usei, nesses casos, o crescimento de setembro de 2013 contra setembro de 2012, o que dá uma ideia bem fiel do crescimento do ano. Vejam:


Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg

O leitor notou alguma diferença entre ambos? Pergunto: o que levou tanta gente a celebrar o resultado encontrado no blog do Estadão a ponto de vir no meu blog me acusar de medíocre, em vez de reconhecer o desempenho medíocre de nossa economia? Pois é…


Rodrigo Constantino

Loja colaborativa leva conceito da web 2.0 a negócio físico




Óculos escuros, canecas, vestidos, camisetas, miniaturas, brincos, colares, chapéus, ímãs de geladeira, cinzeiros, chaveiros, lenços, anéis. Cada item de uma marca, a poucos passos de distância do outro e sem nenhum vendedor para apresentá-lo. Com a proposta de ser uma “loja colaborativa”, a Endossa vem conquistando clientes e empreendedores graças a um modelo que aplica princípios do e-commerce a um estabelecimento concreto.

“A Endossa é fruto de diversas tentativas de adaptar conceitos da web 2.0 para um negócio físico. Buscamos criar um modelo que ajudasse as pessoas a ‘publicar’ seus produtos, e que ao mesmo tempo incorporasse mecanismos de ‘ranking e sugestão’ comuns em sites e e-commerces”, explica Carlos Margarido, um dos sócios do empreendimento.

Na prática, a loja funciona como uma ponte entre pequenos fabricantes e consumidores. O espaço é formado por vários pequenos nichos em forma de quadrado, que são alugados para diferentes produtores exporem seus produtos. Cada locatário é responsável por customizar o seu quadrado. Já o consumidor circula livremente pelo estabelecimento, escolhe o que é do seu agrado e paga diretamente no caixa, onde o item é liberado para deixar o local sem disparar o alarme da entrada.

“Ao assinar contrato com a loja, o empreendedor se compromete a bater determinada meta de vendas. Caso ele não atinja o ‘endosso’ do consumidor por três meses consecutivos, será substituído por outro vendedor na lista de espera. Somos construídos pelas ideias de quem vende e pelas escolhas de quem compra”, afirma Helena Napoleone, gerente do check-in (administração da entrada de produtos) da loja.

A Endossa surgiu em São Paulo, em março de 2008, criada por três estudantes de publicidade e marketing. Pensada como um espaço para transformar ideias em negócios concretos e colocar novas marcas no mercado, ela hoje é uma franquia com quatro lojas: duas em São Paulo (uma na rua Augusta, com 201 boxes, e outra no Centro Cultural São Paulo, que abriga 102 marcas); uma em Curitiba, com 47 nichos; e uma em Brasília, com 93 espaços expositivos.

“O expositor não precisa de funcionários ou burocracia. Ele acompanha as vendas em tempo real pela internet e tem todas as vantagens de um ponto de varejo físico para divulgar seus negócios”, acrescenta Carlos.

Os empreendedores interessados em participar da iniciativa têm de se cadastrar no site da Endossa para entrar em uma fila de espera. De acordo com o sócio, quem se cadastrar hoje na Augusta terá de aguardar cerca de 1 ano para conseguir um espaço. Já nas outras unidades, a espera é de no máximo dois meses. No entanto, a paciência promete ser bem recompensada. “Temos um público muito diversificado, na sua maioria jovem. Todos adoram o ambiente, tanto pela música como pela variedade de produtos que temos a oferecer, o que faz com que a concorrência seja grande para participar”, afirma Helena.

As lojas da franquia funcionam todos os dias da semana. De segunda a quinta, elas ficam abertas das 12h às 20h; na sexta e no sábado, das 12h às 22h; e no domingo, das 15h às 22h.

A empresa não tem ponto, como cobrar horas extras?


Especialista explica como receber o pagamento pelas horas extras mesmo quando a empresa não registra os horários da jornada de trabalho

Editado por Talita Abrantes, de
Divulgação
Relógio da marca Patek Philippe
A empresa deve ser responsável por registrar suas jornadas. Se não o faz, a sua versão é pressuposta como verdadeira perante a justiça

Trabalhei como CLT por oito meses sem nenhum tipo de registro de horário. Trabalhava cerca de 60 horas semanais. Posso cobrar essas horas-extras?

Resposta do advogado Marcelo Costa Mascaro Nascimento, sócio majoritário do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista.
Sim, você tem direito a todas as horas extras trabalhadas mesmo neste caso. E mais: quem teve sua jornada ampliada deve receber um adicional de no mínimo 50% sobre o valor do salário-hora para cada hora extra. Caso tenha trabalhado no domingo (ou no dia determinado para seu descanso), o acréscimo é maior, de 100%.

Agora, o que fazer se a empresa não faz registros de horários? Primeiro, é necessário entrar com uma ação na Justiça do Trabalho e requerer que a empresa junte cartões de pontos que comprovem a sua jornada de trabalho.

Se a companhia tiver mais de dez funcionários, cabe a ela controlar a jornada de trabalho de cada profissional e apresentar os registros ao juiz. Se ela não faz isso, a justiça entende como verdadeiro aquilo que foi descrito pelo funcionário.

Para dar mais peso à ação, é importante conseguir testemunhas que confirmem as horas extras declaradas por você perante o juiz. No máximo, escolha três pessoas que prestem este depoimento.

Dê preferência a colegas que trabalharam todo período com você, principalmente aqueles que o presenciaram executando as horas extras. (Conforme está descrito no Artigo 74 da CLT e na Súmula 338 do TST).

Por outro lado, se a sua empresa possui banco de horas regulamentado com o sindicato e caso você tenha compensado as horas trabalhadas a mais por descansos dentro das regras do banco de horas, não cabe este tipo de pagamento.