domingo, 2 de março de 2014

Diplomacia inerte

02 de março de 2014 | 2h 05
 
 

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - O Estado de S.Paulo

Domingo de carnaval, convenhamos, não é o melhor dia para ler artigo sobre política internacional. Mas que fazer? Coincidiu que o dia de minha coluna fosse hoje e não tenho jeito nem vontade de escrever sobre as alegrias de Momo. Por mais que nos anestesiemos no carnaval, o meio circundante não alenta alegrias duráveis.

Comecemos do princípio. Acho que houve um erro estratégico desde o governo Lula na avaliação das forças que predominariam no mundo e da posição do Brasil na ordem internacional que se transformava. 

Não me refiro ao que eu gostaria que ocorresse, mas às tendências que objetivamente se foram configurando. Nossa diplomacia se guiou pela convicção de que um novo mundo estava nascendo e levou o presidente, em sua natural busca de protagonismo, a ser o arauto dos novos tempos. A convicção implícita era a de que pós-Muro de Berlim, depois de breve período de quase hegemonia dos Estados Unidos, pregada por seus teóricos do neo conservadorismo, e da corte de equívocos da política externa desse país (invasão do Iraque, do Afeganistão, isolamento da Rússia, apoio acrítico a Israel em sua política de assentamentos de colonos, etc.) e dos desastres provocados por essas atitudes, assistiríamos a uma correção de rumos.

De fato, houve essa correção de rumos, mas a direção esperada pela cúpula da diplomacia brasileira e por setores políticos sob influência de alas antiamericanas do PT era a do "declínio do Ocidente", com a perda relativa do protagonismo americano e a emergência das forças novas: a China (o que ocorreu), o mundo árabe, em especial os países petroleiros, a África e, naturalmente, a América Latina como parte deste "Terceiro Mundo" renascido. Essa visão encontra raízes em nossa cultura diplomática desde os tempos da "política externa independente", de Jânio Quadros, e encontra eco nos sentimentos de boa parte dos brasileiros, inclusive de quem escreve este artigo. Sempre sonhamos com um mundo multipolar no qual "os grandes" tivessem de compartilhar poder e nós, brasileiros, pouco a pouco nos tornássemos parceiros legítimos do grande jogo de poder global.

Contudo uma coisa é desejar um objetivo, outra é analisar as condições de sua possibilidade e atuar para que, dentro do possível, buscando ampliar seus limites, nos aproximemos do que consideramos o ideal. Nisso é que o governo Lula calculou mal. Se a Europa, sobretudo depois da crise financeira de 2008, perdeu tempo em tomar decisões e está até hoje embrulhada na indefinição sobre até que ponto precisará integrar-se mais (compatibilizando as políticas monetárias com as fiscais), ou voltar, na linguagem de De Gaulle, a ser a "Europa das Pátrias", nem a China se perdeu nos devaneios maoistas nem os Estados Unidos no neoconservadorismo que acreditava que a América poderia agir como se fosse uma hiperpotência. Ao contrário, a China lançou-se às reformas para inverter o polo investimento/consumo, diminuindo aquele e aumentando este, e os americanos deixaram de lado a ortodoxia monetarista, recalibraram a sua política externa e se jogaram à inovação das fontes de energia. Hoje propõem uma coexistência competitiva, mas pacífica, com a China, baseada no comércio, e lançam cordas para que a Europa saia do marasmo e se incorpore aos Estados Unidos, que funcionariam como dobradiça entre a China e a Europa, formando um formidável tripé.

Enquanto isso, o Brasil faz reuniões com os árabes, que não deixam de ter sua importância, propõe negociações sobre o Irã em coordenação com a Turquia (imagine-se se os turcos fariam o mesmo, propondo-se a ajudar o Brasil para resolver o litígio das papeleiras entre Uruguai e Argentina...), abre embaixadas nas mais remotas ilhas para, com o voto de países sem peso na mesa das negociações, chegar ao Conselho de Segurança (da ONU). Por outro lado, comporta-se timidamente quando a Petrobrás é expropriada pela Bolívia, interfere contra o sentimento popular em Honduras, abstém-se de entrar em bolas divididas, como no conflito argentino-uruguaio, além de calar diante de manifestações antidemocráticas quando elas ocorrem nos países de influência "bolivariana".

Noutros termos: escolhemos parceiros errados, embora, em si mesma, a relação Sul-Sul seja desejável, e menosprezamos os atores que estão saindo da crise como principais condutores da agenda global, exceção parcial feita à China (neste caso, não há menosprezo, mas falta de estratégia). Perdemos liderança na América Latina, hoje atravessada pela cunha bolivariana que parte da Venezuela com apoio de Cuba, estende-se acima até a Nicarágua, passa pelo Equador e, abaixo, desce direto à Bolívia e chega à Argentina. No outro polo se consolida o Arco do Pacífico, englobando Chile, Peru, Colômbia e México, e nós ficamos encurralados no Mercosul, sem acordos comerciais bilaterais e, pior, calados diante de tendências antidemocráticas que surgem aqui e ali.

Ainda agora, na crise da Venezuela, é incrível a timidez de nosso governo em fazer o que deve: não digo apoiar este ou aquele lado em que o país rachou, mas pelo menos agir como pacificador, restabelecendo o diálogo entre as partes, salvaguardando os direitos humanos e a cidadania. O Mercosul desabridamente se põe do lado do governo de Maduro. O Brasil timidamente se encolhe, enquanto o partido da presidente apoia o governo venezuelano, sem nenhuma ressalva às mortes, ao aprisionamento de oposicionistas e às cortinas de fumaça que querem fazer crer que o perigo vem de fora, e não das péssimas condições em que vive o povo venezuelano.

Agindo assim, como esperar que, chegada a hora, a comunidade internacional reconheça os direitos que cremos ter (e de fato poderíamos ter) de tomar assento nas grandes decisões mundiais? Fomos incapazes de agir, ficamos paralisados em nossa área de influência direta. A continuar assim, que contribuição daremos a uma nova ordem global? Chegou a hora de corrigir o rumo. Que a crise venezuelana nos desperte da letargia.


SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE
DA REPÚBLICA

Lula o Trapalhão da Politica Brasileira - Leia detalhes e conheça mais uma faceta desse farsante


Ser Humano em seu eterno conflito de sensações e verdades, cultiva e idolatra personagens fictícios. Fuga de realidade que tenta buscar. Identificação com o que gostaria de ser ou simplesmente acreditar na possibilidade do existir.

Teria inúmeros exemplos. Concentro-me nos Trapalhões. Grupo que fez história no humor da TV brasileira.
Composto de quatro elementos; Didi, Dedé, Muçum e Zacarias.

A diferença entre as figuras tornava o grupo homogêneo. Ao mesmo tempo que fazia rir, emocionava. Cativava.

O Protagonista Maior, Didi Mocó, simbolizou gerações. Arrebanhou admiradores.
Personificação da malandragem pura. Bondade com pitadas de espertezas de um bom vivã. Unanimidade no Universo Infantil. Respeitado entre os Adultos.

Para os desavisados,  Grupo esbanjava amizade e parceria. A realidade era bem outra.

Ao contrário de Didi, o ator e Empresário Renato Aragão, nada tem de Engraçado e amigo de todos.
Trapalhões na verdade era uma Empresa. Renato Aragão o Patrão.

Austero. Sisudo. Hábil negociador. De pouca conversa. Prático. Extremamente centralizador, agressivo e ambicioso.

Detinha 80% dos ganhos. Restante dividido entre outros três.
No início da década de 80, Didi, Muçum e Zacarias, cansados de exploração, pressionaram o chefe e cobraram maior participação. A briga foi feia. Aconteceu o Racha.

O Trio de dissidentes criou a DEMUZA. Partiu para voo solo, sem sucesso.
Renato Aragão manteve o Horário na Globo, mas a audiência despencou. Pressionado pela Emissora foi obrigado a ceder às exigências dos ex parceiros. Só, Didi não tinha o carisma que imaginava ter e passou a conviver com o Fantasma de perder o espaço na emissora.

Novamente unidos, os Trapalhões se suportaram, até que a morte decidiu separá-los.
Quem conviveu com o Grupo sabe:
O simpático Muçum, homem que imortalizou o "mé", foi dessa para melhor, com uma grande frustração:
- Não deu uma porrada no meio das fuças de Renato.

Na Política temos o nosso Didi; O Lulinha Legal. 
Mentira imposta em doses homeopáticas. Operário. Homem humilde, semi analfabeto que venceu na vida. Criado para ludibriar a População, via demagogia, lendas urbanas e populismo.
 
Quem conviveu com Luis Inácio da Silva sabe muito bem a inverdade, que caracteriza esse personagem.
Até a jogada de Mestre, de acrescentar "Lula" ao nome de batismo, fez parte da construção do Personagem. Aproximando criatura do criador. Dando a falsa impressão de serem a mesma pessoa.
 
Ambicioso, grosso, centralizador, não aceita oposição e impõem: A última palavra é sempre a sua.
Ardiloso, dissimulado, capaz de tudo para alcançar objetivos. Quando falo tudo, é tudo mesmo.
Calculista, mente com a facilidade de um artista. Falso até o último fio de cabelo.

Domina como poucos o Poder de persuasão. Aperfeiçoou a técnica do criar uma mentira. Massificá-la e repeti-la, até que se torne verdade.
 
Criou uma nova versão para a História Brasileira. Tentativa de apagar benefícios recebidos de antecessores e se outorgar a Paternidade do crescimento econômico, surgido após Plano Real e fim da Inflação.
Consegue mutilar Poder de Raciocínio de Multidões.
 
Prova maior, a Lenda criada sobre o Operário que chegou ao Poder.
Ao assumir, estava a 30 anos fora de fábrica, onde ficou pouco tempo, no inicio de sua vida profissional.
Todo mundo começa um dia. Muitos como boys, outros como estagiários.

Jamais ouvi falar que um ex officeboy assumiu comando de Multi Nacional.
Quem chegou à Presidência foi um Poderoso Lider Partidário, um Inescrupuloso  Líder Sindical e Ex Deputado Federal. De Operário e pobre, só tinha o desejo de fazer com que as pessoas acreditassem ser.
Mede as pessoas pelo que pode lucrar com elas.Manipula e descarta, caso percam a utilidade.
Sedento de Poder. Sempre acalentou sonho de Ditadura. Subiu pisando e traindo muita gente.
Manipula e se deixa manipular, conforme interesses temporários.
 
A Imagem de semi analfabeto e a forma que fala, compõem o personagem.
Quem com ele conviveu, sabe. Auto Didata. Vivia com livros em sua companhia.
Profundo conhecedor de Marx, Trotski, Lenin e outros.

Conhece como ninguém a Teoria Socialista. Tanto que a põem em prática com sutileza e habilidade.
Segue os preceitos de Lenin. Reza na Cartilha de Fidel Castro.
 
Disciplinado. Astuto. Só aparece em público travestido do Personagem.
Aprendeu a hora de aparecer e a de se esconder no casulo.

Hipócrita, debochado, ironiza aqueles que diz representar.
 
Muitas vezes tripudiou sobre "pobres" e militantes. Ingênuos que manipula, conforme determinam os cordões.

Esse Perfil não está em "Google", "Wekpédia" ou na antiga Barsa.
 
Luletes não encontrarão Links comentando e partirão para a defesa, exigindo provas e me rotulando de Coxinha pra cima.

Provas????
Didi e Lula limitam-se no querer acreditar, da ilusão inocente dos que necessitam de ídolos para viver.
Somem instantaneamente no tirar da maquiagem e o surgimento de Renato Aragão e Luis Inácio.  
Cena essa que acontece, só longe das Câmeras.
Personagens fictícios só existirão, enquanto puderem contar com a audiência de fiéis seguidores.
Eles viverão para negar a existência dos atores, seres repletos de defeitos e atitudes condenáveis.
DÊ A UM TIRANO MILITANTE FANÁTICO E ESCREVA PÁGINA VERGONHOSA NA HISTÓRIA
Gente sem Valores, comandada por Gente sem Valor.
Coisas de uma Pais que virou uma coisa.
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda.

Obrigado por prestigiar o Sofa de Pobre.
Sua presença, incentivo a continuar.
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sábado, 1 de março de 2014

Famato estima perdas de R$ 500 mi com chuva e estradas ruins em MT


Clima e realocação de verba para obras da Copa são apontados como causas do problema que atrapalha a colheita e o escoamento da safra

Por Rodrigo Vargas, de Cuiabá (MT)
agricultura_soja_danos_mt (Foto: Aprosoja-MT)

As fortes chuvas que atingem quase todas as regiões de Mato Grosso desde o início do ano vêm causando grandes dificuldades na colheita e no escoamento da supersafra de soja 2013/2014.

Seis municípios decretaram situação de emergência na região do Araguaia, nova fronteira agrícola do Estado. Na região médio-norte, pólo da produção nacional, estradas de acesso às propriedades estão em péssimo estado.

"Nossas preocupações são dentro da porteira e, principalmente, fora dela, pois se continuar nesta situação o custo de produção desta safra irá aumentar", disse o presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Rui Prado.

Campeão mundial em produção de soja, o município de Sorriso (400 km de Cuiabá) é um dos que mais sofre que a situação. Segundo levantamento da prefeitura, os mais de 2,6 mil quilômetros de estradas não-pavimentadas da cidade estão quase intrafegáveis.

"Cerca de 80 pontes e pontilhões também precisam de reparos diversos, sendo que destas, seis não resistiram às constantes chuvas e ao alto nível dos rios", apontou a federação, em nota.

O prejuízo, de acordo com estimativa do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola), já equivale a quase 2% da produção total do Estado sendo que, em algumas propriedades mais atingidas, o percentual de perdas chegou a 30%.

"Estimamos que já perdemos aproximadamente R$ 500 milhões em função das chuvas e das dificuldades para escoar a produção pelas estradas", disse Rui Prado.

Nesta semana, em reunião com o governador Silval Barbosa, representantes do setor produtivo cobraram medidas emergenciais para amenizar os problemas vivenciados no campo. Ouviram que o governo do Estado irá repassar aos municípios atingidos cerca de cinco milhões de litros de óleo diesel para serem empregados nos trabalhos de recuperação das vias de escoamento.

"Com o apoio do governo em disponibilizar óleo diesel e o apoio dos produtores, que estão identificando os locais mais críticos e emergenciais, acredito que vamos conseguir colher a safra", avaliou o presidente.

Copa
 
 
A má condição das estradas no Estado não pode ser atribuída exclusivamente ao clima. Desde 2009, por um decisão do governo estadual, 30% de um fundo destinado a financiar obras na malha viária estadual (Fethab) são reservados para obras da Copa do Mundo em Cuiabá.

Até 2013, a fatia reservada à competição somou quase R$ 900 milhões. No ano passado, a Famato criticou o desvio de finalidade das verbas do fundo, que são arrecadadas sobre operações internas envolvendo soja, gado em pé, algodão, madeira e óleo diesel.

Nesta semana, pressionado pela proximidade do evento, o governo publicou um decreto orçamentário destinando R$ 56 milhões em verbas suplementares para a secretaria responsável pela gestão das obras para o evento em Cuiabá (Secopa).

Mais da metade dos recursos saiu do orçamento da pasta de Transportes e Pavimentação Urbana: R$ 33,4 milhões, que originalmente seriam usados para recuperar pontes e pavimentar rodovias.

Patriotismo, um sentimento em extinção




O orgulho pelos símbolos nacionais está cada dia mais em baixa no Brasil

 

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Por Alexandre Fogaça e Soraia Sene 

O que é um patriota?


O patriota é aquele que ama seu país e procura servi-lo da melhor foram possível, mas cuidado com idéias ultrapassadas, que podem invadir sua mente neste exato momento. Na acepção contemporânea, esse cidadão é um ser pensante, não se submete a toscos fanatismos e está disposto a participar de mudanças que conduzam, de fato, a comunidade onde vive para um patamar de vida melhor.

Nesse contexto, os símbolos nacionais de um país e seu significado histórico, especialmente a bandeira nacional e o hino que lhe corresponde, não são coisa do passado. Ao contrário, revelam muito da educação e do que vai na mente e coração de um povo e de sua capacidade, como nação, de trilhar um destino comum. O lema “ordem e progresso”, estampado em nossa bandeira, considerada uma das mais belas do mundo, evidencia o valor e o objetivo que os brasileiros abraçam com prioridade. Mas uma coisa é a teoria, outra, a prática. Basicamente, só em temporada de Copa do Mundo o orgulho de exibir o verde-azul-amarelo vivos de nossa flâmula ganha os corpos, as mentes e os corações da brava gente brasileira.

Há, ainda, outras pedras nesse caminho: a letra do hino nacional é conhecida e cantada corretamente por pequena parcela da população. O governo também aboliu do calendário nacional a data comemorativa do Dia da Bandeira (leia quadro nesta matéria) e nas escolas, do ensino fundamental ao superior, ninguém mais fala do significado e importância dos símbolos nacionais. Há repartições públicas que nem mesmo hasteam a bandeira nacional e outras instituições privadas que o fazem, mas às vezes exibem, de forma inconsciente, mas desrespeitosa, bandeiras desbotadas pela ação do tempo.

“O orgulho nacional é para os países o que a auto-estima é para os indivíduos: uma condição necessária para o aperfeiçoamento. O patriotismo é uma forma de orientação política”, afirma o filósofo norte-americano Richard Rorty, professor de literatura comparada e filosofia da Universidade de Stanford e autor de vários livros – o mais recente deles, lançado no Brasil, é Ensaios Pragmatistas, publicado pela DP&A Editora.

Por aqui, os estudiosos do fenômeno são unânimes: o sentimento patriótico está em extinção no Brasil. E isso não é bom, pois sinaliza uma série de problemas.

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Heródoto Barbeiro com Pinheiro Pedro nos Estúdios da Record

Confusão com a ditadura

Para o jornalista e historiador Heródoto Barbeiro, da Rádio CBN e TV Cultura de São Paulo, circunstâncias históricas fragilizaram o sentimento patriótico em nosso país.“A ditadura militar se apropriou dos símbolos nacionais. Então, a oposição e quem era contra a ditadura rechaçaram completamente essas demonstrações cívicas”, explica Barbeiro.

Perspectiva semelhante é da psicóloga social Nanci Gomes, da Universidade Metodista de São Paulo.
“Após a ditadura militar, ocorreu em nossa sociedade um movimento para abolir a expressão do nacionalismo e desvincular os símbolos nacionais do exercício da cidadania”, afirma Nanci.

O procurador de Justiça, Roberto Liviano, membro do Movimento do Ministério Público Democrático e secretário geral da Federação de Associações e Juízes para a Democracia da América Latina e Caribe, diz que a ausência de patriotismo é um fenômeno que vai além de nossas fronteiras e tem a ver com a febre do individualismo. “As pessoas deixaram de colocar o interesse coletivo como prioridade, fazendo prevalecer os interesses individuais”, aponta o procurador.

Educação

Um dos aspectos mais destacados pelos entrevistados foi a importância da educação no desenvolvimento de um genuíno comportamento cívico. Vale lembrar que, até meados da década dos 80, os então chamados cursos primário e secundário (atuais fundamental e médio) e até superior, de instituições de ensino público ou privado, tinham na grade curricular disciplinas como Educação Moral e Cívica ou Organização Social e Política Brasileira, cujo objetivo era promover o conhecimento e sentimento de patriotismo nos alunos desde tenra idade. Taxativo, o jornalista Heródoto Barbeiro diz que ressuscitar essas matérias não surtiria o efeito desejado.

“É hora de entendermos a expressão patriotismo sob o olhar da cidadania, e não de uma classe social, que se apropria disso e aqueles que forem contrários à sua perspectiva são tidos como anti-nacionalistas, anti-brasileiros e por aí afora”, comenta Heródoto.

“Se hoje estamos falando sobre a falta de patriotismo do povo brasileiro é porque essas aulas não deram certo. Esse não é o caminho. O patriotismo não é para ser imposto, mas sim conquistado pelas pessoas por meio de acesso a educação de boa qualidade, emprego, vida digna”, aponta o jornalista, enfatizando que é preciso manter essa questão longe do uso político.

Outra opinião tem o governador do Distrito LC2 do Lions Clube de São Paulo, Frederico Dimov Júnior, para quem não se pode dissociar o processo educacional do sentimento de patriotismo.

“A forma como é tratada a educação no país ainda é muito ruim. O ensino fundamental deveria trabalhar nas crianças os valores de cidadania, que são cruciais para uma boa atuação em sociedade e para criar laços de amor pela nossa pátria”, argumenta Dimov.

Quem também defende a importância da educação no desenvolvimento do patriotismo é o tenente-coronel Ildefonso Bezerra Falcão Junior, comandante do 2º Batalhão de Polícia do Exército de São Paulo. O militar cita o exemplo das Forças Armadas no desenvolvimento do sentimento de patriotismo em seus soldados.

“O Exército é uma grande escola de cidadania. Aqui os jovens aprendem valores cívicos e morais, que fazem toda diferença para um bom convívio em sociedade. E levam isso para o resto de suas vidas”, afirma o coronel, que entende o civismo como um sentimento de amor à pátria e de respeito uns pelos outros que deve ser semeado desde a mais tenra idade.

Civismo saudável

Nos dias de hoje, o que seria então um bom, equilibrado e saudável patriotismo? Para a psicóloga social Nanci, necessariamente algo capaz de motivar sentimentos e atitudes de todo povo em decorrência não apenas de sua identificação com os tradicionais símbolos nacionais, mas de sua percepção, enquanto coletividade, que o país e seus governantes valorizam as pessoas, combatem a corrupção, promovem participação e inclusão de todos os nacionais no acesso às riquezas, no respeito à natureza e desenvolvimento econômico que resulta em ordem e progresso.

“É preciso promover um amplo projeto de desenvolvimento nacional. O verdadeiro patriotismo acontece quando não houver, por exemplo, crianças pedindo esmolas nas ruas”, resume a docente.

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Mario Mantovani

Patriotismo planetário

Não se pode perder de vista que as mudanças trazidas pela globalização também contribuem para a forma como hoje se pensa e pratica o patriotismo. “Em um mundo cada vez mais interligado econômica e culturalmente, a conscientização e os cuidados em relação à preservação dos recursos naturais têm força para despertar, em todo um povo, o sentimento de amor e responsabilidade por sua pátria”, afirma o ambientalista Mário Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica. E conclui:

“Os governos e seus interesses menos nobres, os nacionalismos xenófobos, isso tudo cai por terra. O patriotismo ambiental é, sem dúvida, o caminho para superarmos todas as atuais barreiras e lacunas”.

Desconhecimento gera flagrante desrespeito

 

A bandeira brasileira foi instituída pelo Decreto n. 4, do governo provisório chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 1889. Sua criação é do professor Raimundo Teixeira Mendes.
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Raimundo Teixeira Mendes

Os 26 estados e o Distrito Federal estão representados nas estrelas, distribuídas em sua exata localização na esfera celeste, daí o circulo em azul. As cores verde e amarela, ao contrário do que o leigo pode imaginar, não representam nossa fartura de ouro, sol e florestas. São as cores dos brasões das casas reais de Bragança, da qual fazia parte o imperador Dom Pedro I, e dos Habsburg, à qual pertencia sua consorte, a imperatriz Dona Leopoldina.

Entre nós, 19 de novembro é o Dia da Bandeira, mas a data não é um feriado nacional festivo, como é o 7 de setembro. Só as Forças Armadas ainda seguem à risca o que determina a lei: no dia 19/11, a bandeira é hasteada ao meio dia, em solenidade especial. Nessa ocasião são incineradas as flâmulas consideradas inservíveis devido ao desgaste natural ou defeitos de fabricação, entregues por qualquer interessado na corporação (descartá-las no lixo é crime contra a pátria).

O que também pouca gente sabe: em dias normais, onde estiver exposta, a bandeira brasileira deve ser hasteada diariamente. Entre 8h e 18h é permitida sua exibição e, após esse período, deve ser recolhida. Em hipótese alguma a bandeira pode pegar chuva ou ficar em local desprotegido.

Coração e mente de um patriota

 

O senhor Gino Sttrufaldi, de 92 anos, lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, movimento que se transformou em uma batalha sangrenta do povo paulista contra os desmandos de Getúlio Vargas (saiba mais na seção Um Ambiente Legal).

“Naquela época, as pessoas tinham orgulho do Brasil e davam a própria vida para proteger os interesses da sociedade. Nos dias atuais, esse patriotismo parece ter desaparecido”, lamenta o ex-combatente.

Ele recorda o hábito, especialmente entre crianças, que cantavam diariamente o hino nacional nas escolas onde estudavam. “Existia instrução de moral e cívica nos estabelecimentos de ensino. Era um aprendizado agradável e dava para cada um de nós a medida e importância do interesse comum. Durante a Revolução de 32, o povo paulista colaborou muito porque tinha a noção do que estava em jogo. Quem não se alistou, pedia para prestar serviços para o movimento. Eram barbeiros, enfermeiras e costureiras querendo nos ajudar de alguma forma”, lembra o veterano de invejável memória e lucidez.
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Ainda segundo o Sr. Gino, os combatentes de 32 eram vistos com grande simpatia pela população, pois todos estavam ligados por um forte sentimento de amor à pátria. “É por isso que, ainda hoje, nossa associação empenha-se em levar para as escolas e outras entidades essa conscientização cívica. Temos o compromisso de não deixar o sentimento de patriotismo morrer”, conclui.


Patriotismo: Identificação com a Pátria


“A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do cidadão. Sem essa identificação o indivíduo não exerce sua cidadania sequer no seu lar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, no seu estado, quanto mais na defesa do seu País.”  Assim relaciona o Advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, a cidadania com o sentimento de identificação do indivíduo com o meio em que vive.

Para o advogado e consultor ambiental, sem esse sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania. ” Grande parte dos problemas relacionados à educação e ao civismo, está justamente na falta de ambientação dos jovens no bairro onde moram.  O avanço da conurbação urbana, desacompanhada de uma efetiva presença do governo na melhoria das condições de vida, da infraestrutura, da educação, da criação de espaços de lazer, arborização e segurança, faz com que imensos espaços sejam destinados à marginalidade, relegados a bairros-dormitórios, destinados ao desprezo dos próprios ocupantes. Pergunto, que sentimento podem estes nutrir pelo pedaço de chão em que vivem, se sequer onde moram se sentem queridos pelo Estado que os gerencia?”

De toda forma, alerta o advogado, “há que se resgatar o patriotismo a partir da educação básica, pois, se o governo nada entende desse assunto, hoje, a geração educada em meio a esses valores, poderá efetivamente mudar a situação e reivindicar, com amor à pátria, as mudanças necessárias, dignas de formarmos uma Nação.”

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nii considera vender Nextel Brasil e México após prejuízo


Ao ser perguntado sobre possibilidade de vender dois dos maiores ativos da Nii, a Nextel México e a Nextel Brasil, CEO confirmou que poderia ser opção

Germano Lüders/EXAME.com
Loja da Nextel

Nextel: vender a Nextel Brasil pode não ser boa ideia. Além de ser negócio com mais receitas e base, foi justamente mercado cujo desempenho promete recuperar crescimento

A Nii Holdings tentou se reposicionar no mercado em 2013 ao vender ativos como torres e as operações no Peru, mas nada disso impediu um ano complicado para a companhia norte-americana, com queda na base, nas receitas e prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão.

Por conta disso tudo, durante conferência para analistas nesta sexta-feira, 28, o CEO da empresa, Steve Shindler, disse estar “claramente desapontado com o desempenho operacional” e afirmou que está avaliando que ações tomar para reverter esse quadro, incluindo uma possível venda da Nextel Brasil.

Ao ser perguntado por um analista sobre a possibilidade de vender dois dos maiores ativos da Nii, a Nextel México e a Nextel Brasil, Shindler confirmou que isso poderia ser uma opção. 

“A percepção é de que a companhia como um todo reconhece os problemas de liquidez. Acho que é certo dizer que vamos avaliar todas as alternativas e vamos ver o que pode acontecer para nós que possa permitir gerar o crescimento”, disse. 

“Não há nada específico, mas estamos abertos ao que for necessário”, completa, especificando que não há ofertas, definição de quais mercados seriam vendidos e tampouco uma avaliação de preços. “Se alguém nos abordar com uma proposta de valor adequado vamos conversar”, disse.

Vender a Nextel Brasil, entretanto, pode não ser uma boa ideia. Além de ser o maior negócio, com mais receitas e maior base, foi justamente o mercado cujo desempenho promete recuperar o crescimento. 

Segundo o COO da Nii e presidente da Nextel Brasil, Goukul Hemmady, o ano de 2013 chegou a ser desafiador para a companhia, mas encerrou com crescimento na base 3G após o lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro. 

“Em 2014, esperamos que a tendência continue com resultados melhores”, disse. A ideia também é lançar o serviço de 4G no Rio de Janeiro (conforme antecipado por este noticiário) e no México.

Outra possibilidade seria se desfazer de operações menores, como na Argentina ou Chile, mas isso obviamente significaria menor retorno.

“Não há nenhum mercado específico que queiramos vender, falamos apenas que no Chile e na Argentina vamos minimizar investimentos e maximizar caixa”, declara Steve Shindler.

“Achamos que teremos liquidez em 2014, mas precisamos tomar atitudes, como moderar o crescimento, vender ativos, procurar aumentar o capital e refinanciar o débito”, explica o CEO, ressaltando a dificuldade em tomar cada uma dessas medidas para melhorar o caixa.

Essa geração de caixa pode ser conseguida também com a venda de ativos menores. No final do ano passado, a Nii vendeu à American Tower 1.940 torres no Brasil por R$ 813,8 milhões, sobrando ainda 850 torres que a empresa espera poder vender "até a metade do ano”.

Mas de uma coisa o grupo não pretende abrir mão: “Espectro é uma peça-chave para nosso crescimento, então não esperamos vender nenhum ativo desses”, declara. 


Perdas 


Os números demonstram bem a insatisfação da diretoria. O prejuízo líquido da companhia foi de US$ 1,649 bilhão, piora de 115,58%.

Pouco menos da metade disso foi no último trimestre, com prejuízo de US$ 745,8 milhões, 25,79% mais do que no mesmo período do ano anterior. O prejuízo operacional foi de US$ 510,9 milhões, quase 20 vezes mais do que em 2012, quando registrou prejuízo operacional de US$ 25,4 milhões.

A Nii Holdings registrou queda de 16,31% nas receitas em 2013, fechando o período com US$ 4,573 bilhões. Somente no quarto trimestre, a queda para a controladora foi de 22,44%, totalizando US$ 1,022 bilhão.

Grande parte disso se deu por conta do recuo de 11,24% nas receitas operacionais no México, que totalizaram US$ 1,873 bilhão, graças ao desligamento de 637,2 mil acessos no país.

Segundo o CEO Steve Shindler, o consumidor mexicano não ficou satisfeito com a qualidade da rede 3G após o desligamento da rede iDEN da Sprint/Nextel nos Estados Unidos, além de impossibilidade de realizar chamadas para os EUA com tarifas locais. 


Brasil 


A Nextel Brasil também observou recuo nas receitas, 23,91%, totalizando US$ 2,208 bilhões. No último trimestre de 2013, a queda foi de 25,24%, total de US$ 502,6 milhões. Os ganhos no segmento durante o ano foram de US$ 311,1 milhões, queda de 53,88%.

Esse desempenho resultou em uma queda de 18,37% (ou US$ 9) no retorno médio por usuário (ARPU), que atingiu US$ 40 em dezembro. Considerando somente os últimos três meses do ano, o ARPU chegou a US$ 34, contra US$ 47 em 2012.

Por outro lado, o churn (fuga de usuários da operadora) diminuiu 0,35 ponto percentual, ficando em 2,64% em 2013. Houve o desligamento de 201,6 mil acessos na rede iDEN no Brasil, compensado inteiramente pela adição de 313,5 mil conexões de WCDMA. Somente no quarto trimestre foram 123,1 mil novos acessos no país.

A Nextel agora possui um total de 3,958 milhões de acessos no mercado brasileiro, sendo a maioria (3,620 milhões) ainda na rede iDEN.

Segundo a Nii, a operadora fechou dezembro com 337,9 mil acessos WCDMA, número acima dos 318,1 mil acessos reportados (pela própria Nextel, diga-se de passagem) no relatório da base de serviço móvel pessoal da Anatel referente a dezembro de 2013. De acordo com esse mesmo levantamento da agência, desse total, 100,3 mil eram de conexões em handsets, e o restante (217,8 mil) de modems e tablets 3G.

Abilio Diniz empolga mercado e faz BRF disparar na Bovespa


Vamos surpreender vocês nos resultados deste ano, disse o empresário em teleconferência


Raul Junior/EXAME.com
Abilio Diniz
"Se compararmos o ano de 2013 com o de 2012, crescemos 38%", lembrou Abilio

São Paulo – As ações da BRF assumiram a ponta positiva do Ibovespa nesta sexta-feira, com uma dispara de 5,6% na máxima do dia. As palavras do presidente do conselho da companhia de alimentos, Abilio Diniz, trouxeram ânimo aos investidores.

Em teleconferência, Abilio afirmou que 2013 foi “ano de arrumar a casa” e que esperava que as medidas adotadas afetassem de alguma forma os resultados da empresa.

O lucro líquido da BRF recuou 60% no quarto trimestre de 2013, para 208 milhões de reais, por gastos financeiros e despesas operacionais mais elevados em um ambiente de vendas mais fracas no mercado interno. As ações da companhia chegaram a desvalorizar 1,2% no início dos negócios, mas depois ganharam forte fôlego.

"Se compararmos o ano de 2013 com o de 2012, crescemos 38%. Vamos surpreender vocês nos resultados deste ano", disse Abilio Diniz.

Os papéis da BRF encerraram a semana com alta de quase 7%, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, terminou o período com leve queda de 0,60%.



Depois que Barbosa sair, advogados querem anular mensalão


Defensores dos condenados pretendem entrar com pedido de revisão criminal, o que poderia levar, em último caso, à anulação completa das penas, segundo Folha de S. Paulo

Nelson Jr./SCO/STF
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, durante julgamento dos embargos infringentes sobre o crime de formação de quadrilha no processo do mensalão

Presidente do STF, Joaquim Barbosa: advogados pensam em fazer pedido de revisão criminal depois que ele se aposentar

São Paulo – Os advogados de condenados do mensalão não se contentaram com a exclusão do crime de formação de quadrilha para oito réus do processo, em decisão tomada nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida reduziu consideravelmente o tempo de prisão de figuras importantes como José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, mas parece não ter sido suficiente para a defesa.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, os advogados já se articulam para usar um novo artifício legal em busca da anulação das condenações: a revisão criminal do julgamento.

Diferente dos embargos infringentes - recursos finais que permitem mudança de posição do tribunal em casos que tenham havido ao menos quatro votos pela absolvição -, a revisão criminal é uma nova ação, que pode levar até à anulação completa do julgamento.

De acordo com a Folha, a possibilidade de sugestão da revisão criminal foi levantada pelo próprio ministro do STF Gilmar Mendes. Os criminalistas esperariam, então, a aposentadoria do presidente Joaquim Barbosa, que é também relator da ação, para entrar com o pedido.

Desde o início do julgamento, o ministro é um dos que defendem mais ferrenhamente a punição dos réus do processo. “Esta é uma tarde triste para o STF”, disse, por exemplo, após a decisão de ontem sobre a formação de quadrilha.

Apesar de estar longe dos 70 anos estabelecidos pela corte para aposentadoria compulsória de seus membros, Barbosa, aos 59, já indicou diversas vezes que não pretende ficar por muito mais tempo no cargo.

Com a vaga de Barbosa aberta na Corte, criminalistas enxergam um cenário mais favorável para então ingressar com a nova ação alegando erro judiciário e pedindo que sejam anuladas as condenações, segundo o jornal.

De acordo com o STF, a revisão criminal pode ser ajuizada individualmente pelos condenados quando já não cabe nenhum outro recurso, e há indicações de que a sentença foi injusta.

No entanto, o tribunal só aceitará o pedido nos seguintes casos: quando a sentença for contrária ao texto expresso na lei penal ou à evidência dos autos; quando a sentença condenatória se basear em provas falsas; ou quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine diminuição especial da pena.