sexta-feira, 16 de maio de 2014

Crítica sobre inflação causa saia justa em evento do BC


"Como está sendo a inflação com relação à meta? Tem sido acima da meta em boa parte da amostra", afirmou economista da University College London

Daniela Amorim, Fernando Dantas e Idiana Tomazelli e Mariana Durão, do
Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado, em Brasília
Tombini: mais cedo, ele tinha afirmado que Brasil vive há 15 anos com inflação sob controle

Rio - As previsões para a inflação no Brasil vêm trazendo sucessivamente números subestimados, segundo estudo apresentado por Wagner Gaglianone, economista do Banco Central, durante o XVI Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio.

Para a economista Raffaella Giacomini, da University College London, que foi escalada pelos organizadores para comentar o estudo, uma das possíveis explicações para a sistemática subestimação seria o fato de que o país vem apresentando taxas de inflação acima do centro da meta, o que acaba criando expectativas por um arrefecimento.

De acordo com um economista de uma gestora de recursos, a explicação de Raffaella colocou o Banco Central, que organizou o seminário, numa "saia justa".

"Como está sendo a inflação com relação à meta? Tem sido acima da meta em boa parte da amostra", afirmou Raffaella. 

Segundo a economista, os analistas erroneamente acreditaram que a inflação poderia convergir para o centro da meta, mas essa prova de confiança na habilidade do BC de controlar a inflação arrefeceu após serem vistas seguidas violações da meta. 

"As previsões erradamente acreditavam que a inflação poderia ser trazida para baixo na meta", acrescentou.
Mais cedo, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tinha afirmado que o Brasil vive há 15 anos com a inflação sob controle.

Outra fonte do mercado financeiro explicou que, como o IPCA está há muito tempo longe do centro da meta, isso coloca sempre nas projeções de inflação um viés esperando que convirja para o centro.

"Ela fez uma crítica ao BC. Como o BC está há muito tempo com inflação fora do centro da meta, acaba colocando viés nas projeções. Não foi uma crítica direta, mas ficou esse recado", avaliou a fonte ao Broadcast.

IBC-Br cai 0,11% em março, fecha 1º tri com alta de 0,30%

Economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano

REUTERS/Ueslei Marcelino 

Sede do Banco Central, em Brasília
Banco Central: nalistas esperavam queda de 0,10% na comparação mensal

São Paulo - A economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano, destacando a fragilidade da atividade em meio a um cenário de inflação ainda alta e confiança abalada.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,11 por cento em março sobre fevereiro, quando o indicador havia ficado praticamente estável, com leve expansão mensal de 0,02 por cento. Este dado foi revisado, de alta de 0,24 por cento, pelo BC.

Em janeiro, também na comparação mensal, o IBC-Br --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- havia crescido 1,47 por cento.

"A trajetória (do IBC-Br) é inequívoca ao mostrar estagnação da economia, os números não são convincentes. O crescimento do PIB no primeiro trimestre não deve ser mais do que 0,5 por cento", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que vê o PIB crescendo neste ano em torno de 1,6 por cento.

Segundo o IBC-Br, o primeiro trimestre deste ano teve expansão de 0,30 por cento sobre os três últimos meses de 2013. No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,7 por cento sobre o período anterior, fechando 2013 com crescimento de 2,3 por cento, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mensal do IBC-BR de março ficou em linha com a expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,10 por cento. Em 12 meses, o avanço foi de 2,11 por cento também em março. 

A economia brasileira não consegue mostrar recuperação neste ano, afetada pelo mau desempenho de importantes setores, como o industrial, e pela falta de confiança dos agentes econômicos. 

O cenário também inclui vendas no varejo sem força, em meio à inflação elevada e crédito mais caro, vindo da política de aperto monetário adotado pelo BC há um ano e que tirou a Selic da mínima histórica de 7,25 por cento para os atuais 11 por cento.

"Considerando-se outros indicadores coincidentes, continuamos acreditando que o PIB do primeiro trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior", afirmou em nota o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros. 

Em março, a produção industrial recuou 0,5 por cento em meio à perda de força dos investimentos, enquanto as vendas no varejo sofreram com os preços altos e caíram 0,5 por cento. 

A expectativa de economistas ouvidos pelo BC, via pesquisa Focus, é de que o PIB crescerá apenas 1,69 por cento neste ano, abaixo dos 2,3 por cento vistos em 2013.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga no dia 30 de maio os dados sobre o PIB do primeiro trimestre deste ano.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

 
 
 
 
 
Por Elisa Soares | Valor
 
 
RIO DE JANEIRO  -  O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) firmaram, nesta quarta-feira, 14, acordo de cooperação técnica para disseminar a cultura da propriedade intelectual (PI) e do fomento à ciência, tecnologia e inovação (C,T & I). O alvo são as empresas brasileiras.

O acordo tem duração de cinco anos e ampla agenda de trabalho definida. Ela envolve a criação de grupo de trabalho para elaboração de políticas e procedimentos de uso da propriedade intelectual nos mecanismos de apoio do BNDES à inovação; capacitação dos técnicos do banco para temas relacionados à PI, com ênfase nos mecanismos de proteção e busca em bancos de patentes nacionais e internacionais; e pesquisas de tecnologias estratégicas para a indústria nacional.

“Os atuais desafios à inovação impõem uma nova agenda, por isso é muito importante a cooperação mais estreita e coordenada entre as duas entidades”, afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.


Inovação


Na visão do presidente do Inpi, Otávio Brandelli, o acordo permitirá melhor atuação das duas instituições no estímulo à inovação. “A parceria entre INPI e BNDES terá importante papel de fazer a informação tecnológica chegar às empresas a partir da base de patentes do Inpi. Além disso, contribuirá para aproximar investidores de inventores, um dos gargalos no sistema de inovação”, afirmou.

O acordo prevê, ainda, o compartilhamento de informações entre as duas entidades no que diz respeito a agentes da propriedade intelectual, nos pedidos de registro e contratos de transferência de tecnologia e nos levantamentos de patentes ou outros registros relacionados ao tema da propriedade intelectual.

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Contrato bilionário entre IBM e Caixa é ilegal, diz jornal


Segundo reportagem do Estadão, Ministério Público e TCU desaprovaram parceria de R$ 1,2 bilhão

Andrevruas/Wikimedia Commons 

Agência da Caixa
CAIX: contrato com a IBM não é legal, diz MP e TCU

São Paulo – Uma parceria fechada entre a Branes, empresa controlada pela IBM, e a Caixa Econômica Federal no valor de 1,2 bilhão de reais foi considerada ilegal pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, desta quinta-feira.

De acordo com a reportagem, a parceria fechada com a Branes para tocar um projeto de processamento e originação do crédito imobiliário da Caixa não poderia ocorrer sem licitação.

No documento, conseguido pelo Estadão, é recomendado o rompimento do contrato entre as duas companhias. 

A Caixa se defende alegando que possui participação de 49% na Branes e, por isso, poderia contratar a companhia sem licitação. Mas o controle, no entanto, pertence à IBM.

Em fevereiro do ano passado, o TCU já havia determinado cautelarmente a suspensão do contrato entre a Caixa e a IBM. Na época, a Caixa afirmou que se tratava de um negócio estratégico para o banco.

7 áreas que todo empreendedor deve dominar

Medo de falar em público? Supere isso porque você irá precisar para promover seu negócio

Editado por Priscila Zuini, de
Getty Images
Homens trabalhando em frente a janela
7 áreas que todo empreendedor deve dominar 
Respondido por Cynthia Serva, especialista em empreendedorismo

Empreender é ter a capacidade de transformar uma ideia em uma oportunidade de negócio. Portanto, ser empreendedor é ser capaz de identificar oportunidades, de ter a habilidade de fazer uma leitura do ambiente tentando se antecipar às demandas (e até mesmo criá-las!), ser capaz de fazer as pessoas acreditarem em suas ideias, de assumir riscos e aprender com os erros, de ser um profundo conhecedor do todo e não só de algumas partes.

Lançar-se numa jornada empreendedora exige uma boa dose de humildade em reconhecer que não se sabe tudo e buscar o conhecimento e desenvolvimento de algumas competências absolutamente necessárias.

Medo de falar em público? Supere isso porque você irá precisar para promover seu negócio. Tímido demais para falar de dinheiro? Acostume-se com isso porque você terá que fazer isso quase que todos os dias na busca por investimento ou negociando melhores preços. Acanhado sobre pedir ajuda ou gerenciar pessoas? O sucesso não vai acontecer sem a uma boa equipe de colaboradores.

Se você não tem algumas das características ou habilidades listadas abaixo, não fique frustrado ou com medo: lembre-se de que conhecimento e competências podem ser aprendidos. 

1. Automotivação: esta talvez seja a habilidade mais importante de um empreendedor. É a capacidade de acordar pela manhã e começar a trabalhar. Parece simples, mas se você não fizer isso, você pode literalmente desperdiçar o dia fazendo coisas que não têm nenhum benefício para o seu negócio. 

2. Acreditar no que faz: a autoconfiança é fundamental para um empreendedor. Dúvidas e inseguranças são comuns, mas saber superar a insegurança é uma das principais características que o empreendedor precisa desenvolver.

3. Organização e planejamento: para que qualquer negócio tenha chance de crescer e dar certo é preciso planejar com antecedência o que será realizado. Mas um planejamento bem feito só irá funcionar se houver organização de ideias e do ambiente de trabalho. 

4. Habilidade de vendas: para a maioria dos candidatos a empreendedores isso pode ser muito assustador, pois muitos não se reconhecem como vendedores. Um desafio será desenvolver os tipos de vendas que melhor funcionam para o seu negócio. 

5. Saber buscar, utilizar e controlar recursos: os recursos são fundamentais para o andamento de qualquer negócio, por isso o empreendedor deverá saber como obtê-los, utilizá-los para minimizar (ou evitar) perdas e como investir estes recursos para obter lucros. 

6. Trabalho em equipe: o empreendedor terá que lidar com um grupo de pessoas que estarão ao seu lado, nessa convivência deverá ser uma pessoa que transmita autoridade, mas sem ser autoritária, e o mais importante, inspiradora.

7. Liderança: a capacidade de liderança inclui saber motivar a equipe, corrigir desvios de caminho, avaliar o planejamento, saber selecionar os membros da equipe e estabelecer os desafios para que as metas da empresa sejam atingidas.

Cynthia Serva é coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do Insper.

A rede Coco Bambu, de frutos do mar, cresce contra a maré


A rede cearense de restaurantes de frutos do mar Coco Bambu faturou 200 milhões de reais em 2013 adotando estratégias contrárias às mais comuns para ganhar escala

Rita Azevedo, da
Drawlio Joca / EXAME PME
Afrânio Barreira e sua mulher, Daniela
Afrânio Barreira e sua mulher, Daniela: decoração caprichada e porções para dividir

São Paulo - Após alguns minutos de espera, a empresária paulista Cristina Corazza, de 62 anos, consegue uma mesa para quatro pessoas no 3o andar de um restaurante na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo. Para fugir do movimento dos fins de semana, ela escolhe uma quarta-feira para apresentar à nora, Patrícia Farhat, relações-públicas de 34 anos, uma de suas novas descobertas.

“É um lugar onde os pratos com peixes e mariscos são fartos; e os preços, relativamente acessíveis”, diz. Acomodadas próximas ao terraço, as duas dividem uma porção de camarão com molho branco, batata palha e temperos nordestinos. Cada prato do cardápio custa, em média, 120 reais e serve de três a quatro pessoas.

Para garantir elogios como o de Cristina, o engenheiro Afrânio Barreira, de 56 anos, e sua mulher, Daniela, de 47, fundadores da rede­ de restaurantes Coco Bambu, criaram uma estratégia de gestão que, em certos aspectos, foge das formas mais usadas para ganhar escala.

A rede especializada em frutos do mar, nascida em Fortaleza, no Ceará, tem 13 unidades em seis estados, e em 2013 faturou 200 milhões de reais — 40% mais do que no ano anterior. Em vez de uma administração centralizada, as lojas funcionam como empresas autônomas — cada uma com três sócios gestores, que dedicam 100% de seu tempo à gestão.

“Em cadeias de restaurantes é comum que haja queda na qualidade porque o dono nunca está presente”, diz Barreira, que, além de ser sócio de todas as unidades, promove auditorias mensais e cuida das finanças.

Na unidade do Itaim Bibi, o dia a dia é tocado pelo advogado Ronald Aguiar, de 29 anos, mais dois sócios. Desde as 8 horas da manhã, quando os primeiros funcionários chegam, até a meia-noite, quando a loja se prepara para fechar, um deles sempre está presente. “Desde o controle do desperdício na cozinha e o fechamento dos caixas até o recebimento das mercadorias, dividimos todas as responsabilidades”, afirma Aguiar.

Outro exemplo que foge às regras mais comuns de uma rede é a maneira de comprar os insumos. Em vez de fazer compras em conjunto, que poderia viabilizar um bom desconto, cada loja faz negociações independentes com fornecedores diversos.

“Se fizéssemos de outro jeito, teríamos de gastar com centros de distribuição e logística”, diz Barreira. “Além disso, grande parte das matérias-primas precisa chegar fresca ao restaurante.”

O cardápio também reflete uma escolha diferente do que recomendam alguns manuais de gestão. Em tese, menus mais enxutos ajudam a padronizar os pratos e a concentrar a produção em alguns poucos ingredientes. Na Coco Bambu, há mais de 150 opções, entre massas, peixes e outras carnes.

“A ideia é atrair públicos variados para lotar todas as mesas”, afirma Daniela Barreira, responsável pela criação das receitas. “A fila na entrada é nosso termômetro.” As lojas têm de 500 a 1 000 lugares e ficam localizadas em áreas centrais de cidades como Goiânia, Brasília e Salvador.
Foi Daniela quem incentivou Barreira, até então dono de uma construtora, a investir em restaurantes.

Nos anos 80, o casal montou uma lanchonete especializada em pastéis. O negócio deu certo. Em 1999, foi inaugurada a primeira unidade da Coco Bambu, em Fortaleza. “A cidade estava despontando como polo econômico do Nordeste, mas faltava um ambiente cosmopolita, com atendimento descontraído, decoração caprichada e grandes porções para ser compartilhadas em grupo”, afirma Daniela.

A primeira loja fora do Ceará foi aberta em Salvador em 2005. “Na ocasião, convidei amigos empreendedores para assumir a operação junto comigo”, diz Barreira. Funcionou.

A Coco Bambu está inserida numa categoria de restaurantes que tem crescido 25% ao ano no país desde 2010 (o dobro da média do setor) — o casual dining. O conceito, criado nos Estados Unidos na década de 60, refere-se a uma zona intermediária entre o fast- food das lanchonetes e a gastronomia mais elaborada.

No Brasil, o exemplo mais conhecido é o Outback (que, aliás, também só trabalha com lojas próprias e sócios locais). A rede americana, com inspiração na cozinha da Austrália, chegou em 1997 e tem hoje no Brasil nove de suas dez lojas com maior faturamento no mundo.

“É um modelo em que os sócios cuidam de cada detalhe numa operação geralmente complexa e só deixam o restaurante depois que sai o último freguês”, diz Sérgio Molinari, diretor da consultoria em varejo GS&MD.

Até o fim deste ano, a Coco Bambu deverá passar das atuais 13 unidades para 17 em sete estados. Para 2015, o plano é mais ambicioso — exportar o tempero e a gestão brasileira com a abertura de uma loja em Miami, nos Estados Unidos. “Em 2016, a meta é faturar 500 milhões de reais”, diz Barreira. 

Clima econômico no Brasil não era tão ruim desde 1999


Indicador de clima econômico no país caiu para 71 pontos em abril - 20% a menos do que no início do ano e pior até do que no auge da crise econômica mundial


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homem olha para gráfico em queda
Clima econômico do Brasil foi de 95 para 71 pontos no espaço de seis meses
São Paulo - O pessimismo com a economia brasileira acaba de atingir um novo marco.

Em abril, o indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) chegou a 71 pontos no país - uma queda de 20% desde o início do ano e o pior índice desde janeiro de 1999.

No auge da crise econômica mundial, em janeiro de 2009, ele estava em 78 pontos. Nos últimos 10 anos, a média do país foi de 121 pontos.

Um número acima de 100 é considerado "favorável"; abaixo de 100, desfavorável. O indicador final é uma média de dois índices: o de "situação atual" (ISA) e o de expectativas (IE).

No Brasil, a avaliação da situação atual (68) é pior do que as expectativas em relação ao futuro (74).

A pesquisa é realizada trimestralmente desde 1989 por uma parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e tem como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES).

Em abril, foram ouvidos 1134 especialistas em 121 países. Eles também destacam, a partir de uma lista de dez tópicos, quais são os maiores entraves para o crescimento econômico. No caso do Brasil, os mais citados foram, em ordem:

1. Falta de competitividade internacional
2. Falta de confiança nas políticas do governo
3. Inflação
4. Déficit público
5. Falta de mão de obra qualificada
A falta de competitividade internacional é historicamente citada como um dos principais problemas em todos os países latino-americanos - com exceção da Bolívia.
O que chama a atenção, no caso brasileiro, é que desde o início do ano passado há uma preocupação crescente com o déficit público e uma grande perda de confiança nas políticas do governo.


Mundo


7 dos 11 países latino-americanos tiveram queda do índice em abril, mas a do Brasil foi a maior. O ICE só melhorou na Bolívia, no Peru e no Uruguai.

O ICE brasileiro é hoje menor que o da Argentina (de 75 pontos) e só ganha da Venezuela - que está no valor mínimo, 20 pontos, desde julho de 2013.

O índice para a América Latina como um todo está hoje em 90, abaixo do ICE para o mundo, de 113 - que está sendo puxado para cima por causa da melhora do clima na União Europeia e nos Estados Unidos. 

Entre os BRICS, só a Índia teve melhora no índice desde janeiro, enquanto a Rússia viu uma queda de 24%. O clima na China também vem piorando - foi de 112 para 88 nos últimos seis meses, o que fez o país passar da zona favorável para a desfavorável.

Veja os resultados comentados por Lia Valls, responsável pela pesquisa da FGV:

http://www.youtube.com/watch?v=j82ogmvLgeM