terça-feira, 19 de agosto de 2014

São Paulo supera Berlim em influência global, diz estudo


São Paulo empata com Madrid e é a cidade mais influente da América Latina em ranking do Civil Service College com a Chapman University

Caio Pimenta / SPTuris
Catedral da Sé, no centro de São Paulo
Catedral da Sé, no centro de São Paulo: cidade é a mais influente da América Latina

São Paulo - São Paulo é a cidade mais influente da América Latina, de acordo com um estudo do Civil Service College de Singapura e da Chapman University.

Entre 58 áreas metropolitanas, ela fica em 23º lugar - empatada com Bruxelas, Boston, Dallas-Forth Worth, Madrid e Melbourne.

O ranking geral é liderado por Londres, Nova York, Paris, Singapura e Tóquio. 
A análise foi feita pelo escritor e professor de desenvolvimento urbano Joel Kotkin em parceria com o ex-consultor da Accenture Aaron Renn e o demógrafo Wendell Cox.

A ideia central foi dar mais importância para eficiência, acesso a capital e informação e laços com o resto do mundo do que métricas tradicionais como tamanho do PIB.

Os critérios do ranking premiam cidades com muitos habitantes de origem estrangeira e que dominam alguma indústria específica - o que faz São Francisco, por exemplo, aparecer em 10º lugar, graças ao Vale do Silício.

Foram analisadas 8 dimensões: diversidade, investimento estrangeiro direto, importância estratégia para indústrias globais, relevância em tecnologia e mídia, rede de serviços de apoio à produção, número de sedes de empresas no Fortune Global 2000, conectividade aérea e serviços financeiros.

Segundo os autores, o primeiro lugar de Londres mostra que há um grande elemento de "inércia" no poder da cidades. No entanto, sua hegemonia, assim como a de Nova York, já não é mais a mesma e sofre competição de outras localidades, principalmente de fora da Europa.

Genebra está na 34ª posição e Berlim na 37ª enquanto Xangai ficou em 19º, Abu Dhabi em 20º e Istambul em 29º.

Em relação a São Paulo e outras estrelas do mundo emergente, Joel diz que "enquanto estas áreas não desenvolverem infraestrutura adequada - de estradas, transporte e pontes até um sistema judiciário relativamente sem corrupção - nenhuma pode esperar entrar no top 10, ou mesmo top 20, pelo menos por uma década".

As empresas campeãs na preferência dos estudantes de direito


Ranking de empregadores preferidos de universitários da área de direito, divulgado hoje pela Universum, traz Petrobras, Banco do Brasil e Google no topo




Getty Images
jovens olham para o alto
Geração Z: eles olham para a geração Y como referência do que não fazer, segundo especialista

São Paulo – Quando a opção é seguir carreira no mundo corporativo, Petrobras, Banco do Brasil e Google são as empresas preferidas dos estudantes de direito. A informação parte do ranking de 2014 dos Empregadores IDEAIS™ no Brasil divulgado hoje pela empresa de consultoria e de pesquisa global Universum.

A pesquisa leva em conta apenas empresas, escritórios de advocacia não foram destacados pela Universum. Participaram do levantamento 4.721 jovens universitários de cursos de direito.

Além das três companhias citadas, o destaque fica com o Banco Bradesco que subiu expressivamente na preferência dos estudantes de direito. Em um ano, o banco saltou da 32ª para a 5ª posição, sendo a empresa preferida de 11,8% dos futuros advogados. Veja a lista com as 100 empresas mais citadas pelos estudantes de direito como sendo empregadoras ideais: 

Posição no ranking em 2014 Empresa Percentual de estudantes que escolheram a empresa Posição no ranking em 2013
1 Petrobras 29,73% 2
2 Banco do Brasil 26,13% 4
3 Google 22,07% 1
4 Apple 18,92% 3
5 Banco Bradesco 11,85% 32
6 Microsoft 11,00% 9
7 Itaú Unibanco 10,06% 8
8 Facebook 9,01% -
9 Rede Globo 8,91% 5
10 Vale 8,88% 11
11 HSBC 8,35% 44
12 Itaú BBA 7,78% 17
13 The Coca-Cola Company 7,37% 6
14 Editora Abril 6,41% 10
15 Grupo Santander 6,07% 15
16 Ambev 5,60% 7
17 TAM Airlines 5,39% 36
18 Samsung 4,93% 41
19 Nestlé 4,61% 26
20 Eletrobrás 4,58% 20
21 BMW Group (BMW, Mini, Rolls-Royce Motorcars) 4,51% 24
22 Sony 4,03% 34
23 GOL Linhas Aéreas Inteligentes 3,70% 68
24 Volkswagen Group (incl. Audi, Porsche, SEAT) 3,67% 21
25 Heineken 3,59% 14
26 Toyota 3,50% 64
27 Odebrecht 3,34% 29
28 Honda 3,15% 59
29 Votorantim 3,11% 13
30 Natura 2,83% 19
31 Embraer 2,71% 22
32 Ford do Brasil 2,62% 67
33 Camargo Corrêa 2,52% 16
34 Gerdau 2,42% 39
35 Ipiranga - Produtos de Petróleo 2,37% 58
36 LVMH (Louis Vuitton, Dior, Sephora) 2,31% 25
37 Dell 2,23% 50
38 GM - General Motors 2,23% 35
39 Unilever 2,14% 47
40 L'Oréal Group 2,11% 23
41 Deutsche Bank 2,06% 45
42 PwC (PricewaterhouseCoopers) 2,04% 12
43 SulAmérica Seguros 2,01% 57
44 Johnson & Johnson 1,86% 31
45 Grupo Boticário 1,85% -
46 Grupo Volvo 1,82% 75
47 adidas group (incl. Reebok, TaylorMade) 1,76% 43
48 Renault do Brasil 1,75% 116
49 IBM 1,70% 52
50 Fiat Group 1,69% 49
51 Bank of America Merrill Lynch 1,51% 28
52 Intel 1,44% 63
53 Volvo Car Group 1,44% 72
54 Andrade Gutierrez 1,38% 48
55 Walmart 1,36% 62
56 The Boston Consulting Group (BCG) 1,29% 46
57 EY (Ernst & Young) 1,15% 18
58 CSN - Companhia Siderúrgica Nacional 1,07% 87
59 GPA ? Grupo Pão de Açúcar 1,07% 30
60 KPMG 1,03% 33
61 Usiminas 1,00% 69
62 3M 1,00% 108
63 Souza Cruz - British American Tobacco 0,97% 38
64 Bayer 0,97% 54
65 Deloitte 0,95% 37
66 BRF - Brasil Foods 0,94% 27
67 J.P. Morgan 0,93% 42
68 JBS - Friboi 0,93% 74
69 Shell 0,88% 77
70 ArcelorMittal 0,87% 119
71 Bosch 0,87% 92
72 PepsiCo 0,87% 80
73 Danone 0,86% 66
74 Philip Morris International 0,83% 112
75 Carrefour 0,77% 86
76 Ferrero 0,77% 101
77 Renner 0,76% -
78 ALL Logística 0,76% -
79 C&A 0,75% -
80 Braskem 0,75% 97
81 Lenovo 0,73% 100
82 Citi 0,71% 91
83 Monsanto 0,69% 53
84 HP 0,69% 110
85 Cielo 0,69% 76
86 Hypermarcas 0,64% 79
87 Siemens 0,63% 97
88 Goldman Sachs 0,63% 61
89 Scania 0,61% 93
90 Cargill 0,59% -
91 Procter & Gamble (P&G) 0,56% 51
92 Philips 0,56% 60
93 Daimler/Mercedes-Benz 0,54% 84
94 Bunge 0,54% 88
95 BTG Pactual 0,52% 94
96 Credit Suisse Hedging-Griffo 0,51% 78
97 ABB 0,49% 115
98 Raízen 0,48% 106
99 GE - General Electric 0,48% 40
100 Pfizer 0,45% 56

Os 2 lados da polêmica sobre a nova profissão de paralegal


Projeto de lei que institui uma nova figura no mercado de trabalho jurídico enfrenta oposição da OAB; conheça argumentos favoráveis e contrários à sua aprovação

Getty Images
Juiz
Direito: mesmo sem aprovação no Exame da OAB, o paralegal poderia exercer algumas funções

São Paulo - O mercado para quem trabalha como advogado no Brasil pode mudar nos próximos tempos. Pelo menos se o Senado aprovar a proposta regulamentadora da profissão de paralegal, que já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados no início de agosto.

Segundo o projeto de lei 5749/13, de autoria do deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), o bacharel em Direito sem aprovação no Exame da OAB poderia exercer algumas atividades num escritório de advocacia, desde que acompanhado por um advogado com registro. 

Segundo explica o autor do projeto, que altera o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, o paralegal não poderia exercer certas funções restritas a advogados, como assinar petições ou fazer sustentações orais em julgamentos.

No entanto, ele poderia auxiliar o advogado a preparar documentos e fazer pesquisas. O detalhe é que a profissão vem com um "prazo de validade" de três anos. Depois desse período, se o indivíduo não for aprovado no Exame da OAB, volta a ser bacharel.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é contrária à proposta. “O paralegal é um advogado parcial, que acabaria sendo levado a uma situação precária”, afirma Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente do Conselho Federal da OAB.

Segundo ele, seriam criados níveis desiguais de atuação. “Não podem existir cidadãos, e nem advogados, de primeira ou de segunda linha”, diz. “Como determinar qual dos dois vai cuidar de um atendimento ou outro? Não existe uma causa mais ou menos importante do que outra”.

O presidente do Conselho Federal da OAB também enxerga a proposta como um “desestímulo ao estudo”. “É só uma forma de acomodar quem não passa no Exame da Ordem”, afirma.
 

Profissão existe em outros países
 

Em resposta à controvérsia, o autor do projeto de lei, o deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), afirma que teve como inspiração países como Estados Unidos e Canadá, onde existe a figura do paralegal.

“É uma experiência que já deu certo em muitos outros países e pode ser boa para nós”, afirma. Segundo ele, essa seria uma solução para “retirar do limbo” um grande número de bacharéis sem status jurídico no Brasil.

“Há um sem número de profissionais formados em Direito que desejam seguir carreiras alternativas à de advogado, como delegado por exemplo”, explica o deputado. Segundo ele, além de ser mais uma opção no mercado de trabalho, a figura do paralegal seria muito útil para o trabalho nos escritórios de advocacia.

 
Demanda do mercado

 
De fato o mercado de trabalho apresenta demanda pelo trabalho do paralegal, segundo o advogado Fábio Salomon, da consultoria Salomon e Azzi. “Os escritórios de advocacias muitas vezes precisam de alguém para apagar incêndios, e esses profissionais fariam esse papel”, afirma.

No entanto, isso é uma má notícia para os estagiários, segundo ele. “Com a recente mudança na lei do estágio, os estudantes só podem trabalhar 6 horas por dia, o que não é suficiente para suprir a necessidade de trabalho dos escritórios”, diz.

Assim, no lugar de contratar um estagiário com limitações de tempo, o empregador provavelmente irá preferir o paralegal, na opinião de Salomon. “Em termos de empregabilidade, o jovem estudante sai perdendo”, afirma.

Mas o estagiário não é o único prejudicado, de acordo com ele. “O paralegal não tem plano de carreira, porque só pode atuar durante três anos. O que acontece com ele depois desse período?”, diz o advogado.

Para o deputado Sergio Zveiter, autor da proposta, não há conflito entre as funções do estagiário e do paralegal. “Um é um acadêmico que busca contato com a prática, o outro é um profissional de fato”, afirma.

Quanto à dificuldade de se traçar um plano de carreira para o paralegal, Zveiter responsabiliza a própria OAB. “Foi por pressão deles que tivemos que incluir o prazo de três anos para a atividade. Na proposta original, seria por tempo indeterminado”, diz o deputado.


Aprovados e reprovados
 

Para Salomon, a existência do paralegal esvaziaria a importância da OAB e desgastaria a imagem do advogado perante a sociedade. “Há uma perda moral para quem é aprovado no Exame da Ordem, ao mesmo tempo em que o jovem é desestimulado a buscar a habilitação”, opina.

Segundo Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente do Conselho Federal da OAB, o exame propõe questões básicas, que qualquer advogado deveria ser capaz de responder. “Quem não é aprovado precisa estudar mais, e não há limite para tentativas”, afirma.

Ele afirma que as reprovações no Exame da Ordem têm a ver com a baixa qualidade do ensino superior na área. “O projeto de lei é só um ‘jeitinho’ para acomodar uma situação grave causada pela multiplicação desenfreada dos cursos de Direito”, diz Coelho.

O deputado Zveiter afirma que o Exame da OAB, em si, não é o objeto da proposta. “Não estamos discutindo a OAB e nem o Exame, estamos apenas falando de uma possibilidade de atuação para bacharéis em Direito”, afirma.

Expandir será a missão de Roberto Lima na Natura


Executivo já foi presidente da Vivo e Credicard e fazia parte do conselho da empresa desde 2012

LUIS FERNANDO/EXAME
Roberto Lima, presidente da Vivo
Roberto Lima: executivo já presidiu a Credicard e Vivo antes de assumir desafio na Natura

São Paulo – Roberto Lima, novo presidente da Natura como antecipado por EXAME hoje, terá uma missão e tanto pela frente: a de ampliar os negócios da empresa sem deixar que ela perca sua identidade.

O executivo entra no lugar que era de Alessandro Carlucci, por dez anos presidente da Natura e eleito o oitavo líder de melhor reputação do país, segundo a Merco.

Se depender de sua trajetória, o desafio tem tudo para ser cumprido.
Foi sob a batuta de Lima, entre 2005 e 2011, que a Vivo (antiga Telesp Celular) ajeitou a casa depois de uma série de integrações com outras operadoras e tornou-se a maior em telefonia móvel do país.

Sua saída aconteceu pouco tempo depois da Telefônica virar a dona da Vivo, com a compra da parte da Portugal Telecom no negócio.

Lima ainda ficou no conselho da Telefônica Brasil antes de assumir, no início deste ano, o cargo de chairman no país da Publicis Groupe, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo.

A experiência de 17 anos no comando da rede Accor no Brasil e na presidência do Grupo Credicard, de 1999 a 2005, contribuíram para isso.

Na Natura, ele também terá de lidar com a expansão de negócios pela qual a companhia passa hoje.

 
Nova maquiagem


Neste ano, a empresa anunciou a inclusão de itens de moda e decoração em seu portfólio, que até então contava apenas com cosméticos.

Trata-se de seguir o mesmo caminho de concorrentes como a Avon, com a oferta de mais itens nas vendas porta-a-porta.

O início das vendas pela web e dos planos de ampliação das lojas-conceito da marca, como a da Rua Oscar Freire, em São Paulo, também são prioridades, bem como a expansão internacional.

O desafio é manter toda essa nova maquiagem dentro dos preceitos éticos e sociais, que fizeram com que a empresa fosse eleita a de melhor reputação do país por dois anos seguidos.

Além de currículo, Lima tem como seu aliado o conhecimento adquirido como conselheiro de administração da empresa, nos últimos dois anos.

Resta saber se a essência da sustentabilidade empresarial exalada pela empresa desde sua criação será absorvida por ele com facilidade.

Saudades da gaiola dourada




Hoje vejo a velha roda do lado de fora da gaiola e fico pensando, para que fui fugir da gaiola?…

Olho para o lado vejo hamsters felizes girando a roda como se não houvesse amanhã, suas gaiolas, muitas douradas são equipadas com um monte de tralha, quanto mais bonita e vistosa a gaiola, mais rápido gira a roda. Impressiona ver o hamster cansado se jogar da roda no sofá e ligar  o Imbecilizador, onde uma programação audiovisual o leva para um mundo de sonhos e consumo, que mostra o quanto é bom consumir, consumir, consumir… Veja como são belos e felizes os hamster consumistas, veja só aquele hamster do lado, diz a esposa, eles tem um cagador turbo, grande e confortável, e nos aqui neste cagador pequeno, você não tem vergonha não?!

Vendo isto o hamster olha para o relógio e pula na roda de volta e corre como se fosse alcançar o próprio rabo, um desespero por um cagador… Chega finalmente o cagador novo na gaiola de nosso amigo hamster, um hamster sério e trabalhador que não tem tempo para muita prosa. Hoje é domingo, e o hamster vai tomar uma cervejinha e ver um futebol, afinal ele merece. Chega em casa bêbado e acorda de ressaca com a cabeça latejando toma um “estupidex” e vai para a roda, gira como ninguém, mas dai começa a pensar, para que pensar??? O hamster para, toma uma birita a volta para a roda, acha o maior barato girar junto com ela, toma outra e decide girar a roda ao contrario e logo toma um esporro do Bank hamster. Como assim, girar ao contrário, você tem noção do perigo que é ser diferente? Consuma, consuma! O bom e nobre hamster volta a girar a roda novamente, a esposa hamster respira aliviada, pois já esta pensando em pintar a gaiola de ouro.  O cagador turbo já “orkutizou”, chique agora é ter a gaiola dourada, é o novo conceito em moradia diz a esposa hamster. Conceito do caralho! Resmunga o marido hamster pensando em como foi divertido girar a roda ao contrário, ria da cara do Bank hamster.

Neste domingo foi diferente, o hamster não foi tomar cerveja e nem assistir futebol, ficou apenas contemplando a roda pensativo…  Preocupada a esposa hamster o reprimiu: Você não sabe que pensar é perigoso?!  Em seguida ligou o Imbecilizador para tentar distrair o marido hamster,  este bateu a porta e saiu sem dizer para onde ia. Mais tarde ele voltou com um livro debaixo do braço: “A roda” de Hamster Max.  A esposa hamster aos prantos ajoelhou na frente do marido e implorou para que ele devolvesse aquele livro, ela lembrou o fim trágico  de todos que provaram daquela droga. Olha a miséria meu amor, eles abandonaram a roda e ficam debatendo e estudando o tempo todo, nem mesmo  possuem uma roda na gaiola, quando muito uma gaiola, são uns verdadeiros perdedores! A esposa implorou e o marido fingiu aceitar.  Mais tarde ele pegou as ferramentas e montou um dispositivo na roda, agora ele pode pedalar e ler enquanto faz a roda girar, a esposa morria de vergonha  afinal os maridos das amigas dela corriam elegantemente dentro da roda, já o nosso hamster parecia um pensador pedalando e debochando…
Nosso hamster saiu novamente e comprou livros e mais livros, lia e pedalava sem parar, a pobre esposa não sabia mais onde enfiar a cara.  O hamster comecou a pensar novamente, a esposa coitada, não podia comprar aquela ração “premium plus ultra du kacete”, teve de comer milho. O nosso hamster, resolveu sair e bateu de gaiola em gaiola convocando os vizinhos para conversar sobre uma idéia que ele teve.

No dia seguinte a esposa hamster acordou assustada pois tinham um monte de hamster na frente da gaiola, e o marido falou, fica calma vamos nos mudar, e começaram a alinhas as gaiolas, colocando uma ao lado da outra, mas o pesadelo estava por vir…. bom pelo menos para a visão consumista da esposa hamster, para o nosso heroi um sonho sendo posto em prática… Ela comeca a ver que os outros hamsters estavam retirando a roda de suas gaiolas e colocando na frente e enchendo de terra….  chegam na gaiola de nosso hamster e ele encontra a esposa de malas prontas, dizendo você decide: ou a roda ou eu! Não preciso dizer que a Sra Hamster teve de ir para a casa da mãe dela. Enquanto isto os hamsters plantavam nas velhas rodas nosso heroi havia criado uma comunidade capaz de suprir-se sem a necessidade de girar a roda indefinidamente, ele percebeu que consumia um monte de bobagem inúteis, que na pratica ele não necessitava. O Imbecilizador foi trocado por um Inteligentador conectado na Internet. Pouco a pouco a idéia maluca de nosso heroi peludo foi sendo disseminada, o tempo vago agora era preenchido com leituras, debates e a produção de conteúdo para seus blogs, sem contar que tinham tempo de fazer o mais importante, de compartilhar amor e afeto e ver os filhotes crescerem e participar disto, sem ter de terceirizar com babas e escola como no passado.

Mas o Bank hamster não estava gostando nada disto, as redes de imbecilização falavam diariamente dos perigos da Internet e do compartilhamento. Precisavam calar os hamsters revolucionários! Os Bank hamsters discutiram várias estratégias e começaram a coloca-las em prática, primeiro junto com a rede de imbecilização tentaram confundir as pessoas.  Diziam que os hamsters revolucionários eram produtores de “ratotóxicos”, e em nome da segurança trabalharam o mito de que as sementes plantadas em casa eram perigosas e poderiam ate mesmo produzir alucinações, por isto quem as consumia eram diferentes, agiam diferente, pensavam! Não colou! Muita gente estava trocando o Imbecilizador pelo Inteligentador e viram que a rede de imbecilizacao estava mentindo. Maldita Internet pensavam os Bank Hamsters, temos de eliminar a concorrência!

Os velhos e gordos Bank hamsters reuniram se em seu covil para discutir formas de  parar estes hamsters revolucionarios. Chegaram a conclusão de que o maior perigo não eram aquelas tribos de hamsters “sem rodas”,  poder estava mesmo é na Internet. Descobriram que os hamsters comuns usavam seus inteligentadores conectados à interner com a mesma eficiência dos imbecilizadores e sua rede decadente.
Perceberam que apenas os velhos hamsters, eram os poucos ainda controlados pelo sistema de imbecilização. Iniciaram a mais implacável campanha contra os Inteligentadores e a Internet, inventaram o “vicio em internet”, e para dar consistência ao factóide mostravam hamsters que haviam abandonado a roda por causa da Internet. Mostravam hamsters esclarecidos como sendo uma terrível consequência do excesso de informação, teve ate mesmo o Hamster Keen que escreveu um livro criticando os “sem roda” conectados, tentando provar que o modelo imbecilizante era melhor.

Vendo que não estavam surtindo efeito, os Bank hamsters se reuniram novamente, desta vez teremos de ser mais efetivos, temos de pensar numa forma de usar dogmas inquestionáveis para ter motivos para controlar a Internet, e dai surgiram os “maleficios” da rede foi um tal de falar em pedofilia e que hamsters velhinhos perdiam suas economias por causa de golpes virtuais.  Isto parece ter colado, mas será o benedito que ninguém parou para pensar que não existe pedofilia na Internet, e que os velhinhos são vitimas do desconhecimento e não da Internet. O que tem na Internet é pornografia infantil, resultado de um crime de pedofillia cometido em algum lugar, combater a pornografia infantil somente não vai resolver o problema. A Universidade de Hamstarvard fez um estudo mostrando que o aliciamento de menores pela Internet era insignificante, e mesmo assim as vitimas em geral já foram vitimas de aliciamento presencial. A culpa não era da Internet e sim dos pais hamsters, que so se preocupavam em rodar a roda, e terceirizavam a criação dos filhotes! Se não fosse isto teriam tempo de conversar com seus filhotes para orienta-los na Internet, mas como se eles mesmo não sabem usa-la?

Os Bank hasmters estavam conseguindo avançar, disseminaram medo, incertezas e dúvidas. Novas leia para “proteger” os filhotes e o hamsters velhos surgiam, e eram combatidas pelos “sem rodas”, que passaram a usar a rede como um canal de contra-informação.

Mais uma vez os Bank hamsters se reuniram no covil, desta vez  decidiram montar um verdadeiro plano de guerra, contrataram os melhores especialistas em Internet para desenvolver suas estratégias, perceberam que tinham de atuar em novas arenas, pois na legislativa era complicado, pois os “sem roda” sempre conseguiam ser ouvidos. Descobriram que regulamentar era mais fácil do que legislar, pois regulamento não precisa ser debatido. Mudaram de foco, na verdade abriram outras frentes, descobriram a governança da Internet, agora precisavam de uma forma de centraliza-la, assim tomariam o controle da Internet antes mesmo que os “Sem roda” pudessem fazer alguma coisa.  E assim decidiram juntar esforços com as empresas de telecomunicações, dando a elas mais lucro em troca de mais controle da rede. Só bastava agora colocar o plano em prática.

Bank hamsters do mundo todo decidiram formar acordos internacionais para controlar a Internet, o controle é importante contra os “sem roda”.  Redes sociais encantadoras foram cooptadas por reunir milhares ou até milhões de hamsters, formando verdadeiros jardins murados….  uma vez posicionados, em todas as arenas, os planos foram postos em pratica de forma simultânea, como se fosse uma verdadeira guerra, uma guerra desproporcional e com o objetivo de controlar o que antes era livre, uma guerra que tem por objetivo perpetuar o modelo da roda, o modelo que já não faz mais sentido. Não tem logica girar a roda continuamente, não queremos mais isto, fala o hamster revolucionario. Os ataques dos Bank hamsters são implacáveis, ao ponto do nosso revolucionário olhar para o lado e pensar: Quero voltar a ser um hamster burro, lobotomizado, não porque eu concorde com isto, mas porque já estou cansado desta guerra insana. Ao mesmo tempo percebe que sua mente não é mais a mesma, que agora ele é dono da própria subjetividade, e uma verdadeira dissonância cognitiva toma conta de seu corpo e sua alma, que o captura de seu momento de vacilo, para retornar a luta, a construção de um ideal, de um novo mundo do mundo dos hamsters sem roda…
.
Nota: Este texto foi criado num momento em que eu estava com um bloqueio de escrita, e brincando no Twitter produzi este texto, em pequenas pilulas de 140 caracteres em poucas horas.

João Carlos Caribé
 http://entropia.blog.br/2012/04/20/saudades-da-gaiola-dourada/



 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

BTG tem aprovação de Wall Street ao se tornar banco global


O BTG ganhou aprovação de analistas em seus esforços para se tornar a primeira empresa global de serviços financeiros brasileiros

Cristiane Lucchesi e Francisco Marcelino, da
CESAR GRECO/FOTO ARENA
André Esteves, dono do banco BTG Pactual.
André Esteves, do BTG Pactual: aquisição do BSI irá quase dobrar os ativos do BTG

São Paulo - O Grupo BTG Pactual ganhou aprovação de analistas do Goldman Sachs Group Inc. e do Deutsche Bank AG em seus esforços para se tornar a primeira empresa global de serviços financeiros brasileiros.

O acordo do BTG, no mês passado, para a aquisição do BSI Group Inc. por 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,7 bilhão) para construir uma plataforma internacional de private-banking “pode ajudar a estabilizar receitas que têm sido voláteis como resultado de linhas de negócio relacionadas ao mercado”, disse Carlos Macedo, analista do Goldman Sachs em São Paulo, que recomenda a compra das ações, em um relatório.

O BTG está construindo um negócio mundial de commodities e disse em 10 de julho que compraria a resseguradora Ariel Re Holdings Ltd., com sede nas Bermudas.

A expansão pode ajudar o BTG, que tem sede em São Paulo, a diversificar sua receita e a lidar com um “difícil ambiente macro no Brasil”, disse Tito Labarta, analista do Deutsche Bank. 

O BTG ainda precisa provar que pode navegar pelos riscos inerentes a qualquer fusão, incluindo o de integrar companhias com culturas e clientes diferentes, disse Labarta.

Os investidores da empresa ganharam neste ano o retorno total mais alto entre os bancos do Brasil, de 34 por cento até ontem, segundo dados compilados pela Bloomberg. 

O preço-meta de 12 meses da empresa, entre os analistas, está cerca de 14 por cento acima do preço de mercado, e o índice de consenso dos analistas para o banco é de 4,75.

Ambos os números são os mais altos entre seus pares, mostram os dados.
O consenso é calculado por meio da conversão da recomendação de cada analista em um número de um a cinco, no qual um é o equivalente a uma recomendação de venda.


Tornar-se global


O CEO André Esteves, que brincou que o nome da empresa significa “Better Than Goldman” (“Melhor que o Goldman”, em tradução livre), disse que o BTG está se tornando global em parte porque muitos concorrentes não podem tirar vantagem das oportunidades de fusão no momento.

“Os maiores bancos internacionais ainda estão lidando com as consequências da crise de 2008 e tentando recuperar capital e seus reguladores não gostariam de vê-los fazendo enormes aquisições”, disse Esteves, 46, em uma entrevista em São Paulo. 

“Nesse ambiente, foi deixado para os bancos de mercados emergentes a tarefa de ajudar a consolidar o sistema financeiro internacional”.

A aquisição do BSI, unidade suíça de private-banking do Assicurazioni Generali SpA, irá quase dobrar os ativos sob gestão do BTG, para mais de US$ 200 bilhões.

O preço da aquisição, equivalente a cerca de 1,7 por cento dos ativos sob gestão, está abaixo da média de 5,9 por cento paga por empresas latino-americanas de gestão de riqueza durante os últimos três anos, segundo Labarta, do Deutsche Bank.


"Essencialmente global"


No tocante às commodities, o negócio de vendas e negociação do BTG é, agora, “essencialmente global”, disse Esteves, e ajudou a empresa a registrar um aumento de 42 por cento em seu lucro líquido, para R$ 1,8 bilhão, no primeiro semestre de 2014, em comparação com um ano antes.

“Os preços de produtos como o açúcar e a soja são definidos na América Latina e é por isso que temos uma vantagem competitiva”, disse Esteves. 

O BTG tem cerca de 300 funcionários no negócio de commodities e pode contratar mais 50 neste ano, disse ele.

Em comparação, o Credit Suisse Group AG disse no mês passado que abandonaria a negociação de commodities em meio a perdas da empresa e o Barclays Plc, o JPMorgan Chase Co., o Morgan Stanley e o Goldman Sachs recuaram porque as regulações se tornaram mais restritivas e a receita caiu.

O BTG “adora movimentos contrários”, disse Esteves.
Depois que todas as aquisições anunciadas estiverem concluídas, mais de metade da receita do BTG virá de fora do Brasil, disse Esteves, acrescentando que à medida que o BTG crescer a participação continuará aumentando.

“Este é um movimento natural, porque o mundo é muito maior do que o Brasil”, disse ele.

Empresa beneficiada por Lei Rouanet pode ser obrigada a oferecer contrapartidas sociais



 
 
Acaba de chegar ao Senado o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 91/2014, que obriga as empresas beneficiadas por incentivos fiscais da Lei Rouanet (Lei 8.313/1991) a oferecer contrapartida social em apresentações teatrais e shows, por exemplo.

Segundo o texto que veio da Câmara, as pessoas jurídicas que atuam no setor cultural, aufiram lucro e forem beneficiadas com renúncia fiscal, como previsto na citada lei, deverão garantir compensações, como fazer apresentações gratuitas em comunidades carentes, além de ofertar ingressos com valores acessíveis para toda a sociedade, com o objetivo de formação de plateias.

A contrapartida aprovada determina que a venda de ingressos conte com preço reduzido, com apresentação trimestral gratuita do espetáculo para comunidades de baixa renda e outras ações previstas em regulamento a ser editado posteriormente.

Essas medidas de cunho social deverão durar durante todo o projeto financiado pela Lei Rouanet. O PLC 91/2014 é de autoria do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC) e, no Senado, deve passar pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde aguarda designação de relator.