Executivo já foi presidente da Vivo e Credicard e fazia parte do conselho da empresa desde 2012
São Paulo – Roberto Lima, novo presidente da Natura como antecipado por EXAME hoje, terá uma missão e tanto pela frente: a de ampliar os negócios da empresa sem deixar que ela perca sua identidade.
O executivo entra no lugar que era de Alessandro Carlucci, por dez anos presidente da Natura e eleito o oitavo líder de melhor reputação do país, segundo a Merco.
Se depender de sua trajetória, o desafio tem tudo para ser cumprido.
Foi sob a batuta de Lima, entre 2005 e 2011, que a Vivo
(antiga Telesp Celular) ajeitou a casa depois de uma série de
integrações com outras operadoras e tornou-se a maior em telefonia móvel
do país.
Sua saída aconteceu pouco tempo depois da Telefônica virar a dona da
Vivo, com a compra da parte da Portugal Telecom no negócio.
Lima ainda ficou no conselho da Telefônica Brasil antes de assumir, no
início deste ano, o cargo de chairman no país da Publicis Groupe, um dos
maiores conglomerados de mídia do mundo.
A experiência de 17 anos no comando da rede Accor no Brasil e na
presidência do Grupo Credicard, de 1999 a 2005, contribuíram para isso.
Na Natura, ele também terá de lidar com a expansão de negócios pela qual a companhia passa hoje.
Nova maquiagem
Neste ano, a empresa anunciou a inclusão de itens de moda e decoração
em seu portfólio, que até então contava apenas com cosméticos.
Trata-se de seguir o mesmo caminho de concorrentes como a Avon, com a oferta de mais itens nas vendas porta-a-porta.
O início das vendas pela web e dos planos de ampliação das
lojas-conceito da marca, como a da Rua Oscar Freire, em São Paulo,
também são prioridades, bem como a expansão internacional.
O desafio é manter toda essa nova maquiagem dentro dos preceitos éticos
e sociais, que fizeram com que a empresa fosse eleita a de melhor
reputação do país por dois anos seguidos.
Além de currículo, Lima tem como seu aliado o conhecimento adquirido
como conselheiro de administração da empresa, nos últimos dois anos.
Resta saber se a essência da sustentabilidade empresarial exalada pela
empresa desde sua criação será absorvida por ele com facilidade.
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