quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Calote da Argentina faz fundo dos Correios derreter


Postalis, fundo de pensão da categoria, vê seus investimentos ruírem 51% após ter aplicado em títulos da dívida argentina


Ueslei Marcelino/Reuters
Cristina Kirchner, presidente da Argentina
As perdas do Postalis chegam a 200 milhões de reais após calote argentino

São Paulo – A dramática novela sobre calote argentino ganhou mais um capítulo nesta semana – e agora quem sofrerá graves consequências é o brasileiro.

O Postalis, fundo de pensão dos Correios, vê seus investimentos ruírem 51% após ter aplicado em títulos da dívida argentina. As perdas chegam a 200 milhões de reais.

As aplicações foram feitas por um fundo (Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de Dívida Externa FIDEX) operado pelo Bank of New York Mellon, que comunicou o prejuízo na última quarta-feira.

O Postalis disse por meio de nota que é o único investidor deste fundo. As aplicações chegaram a 370 milhões de reais e foram realizadas entre 2005 e 2008.

O comunicado do Postalis afirma ainda que o fundo já contratou advogados no Brasil e nos Estados unidos para buscar uma solução para o caso.


No tribunal


O juiz norte-americano responsável pelo caso de default da dívida da Argentina determinou na quarta-feira que o Bank of New York Mellon continue retendo a quantia que o país depositou para pagar os detentores de títulos reestruturados.

A Argentina havia dito na terça-feira que exigiria que o BNY Mellon distribuíssem entre seus credores reestruturados os 539 milhões de dólares que caíram em um limbo devido à decisão judicial que impediu o país de finalizar o pagamento de juros antes da data limite de 30 de julho.

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