terça-feira, 16 de setembro de 2014

Redução do IR sobre lucro no exterior será ampliada para toda a indústria


A partir de outubro, alíquota passa de 34% para 25%.
Programa que devolve parte do valor de produto exportado será retomado.

Patrícia Basílio Do G1, em São Paulo
 

Em outra medida para incentivar a indústria, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (15) a redução da alíquota de Imposto de Renda sobre lucros no exterior de empresas brasileiras, de 34% para 25%. O anúncio foi feito na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, após reunião com executivos da indústria nacional.

A medida já valia para os setores de alimentos, bebidas e construção civil. A partir de outubro, o benefício será estendido a todo o setor manufatureiro.

Ele funciona da seguinte maneira: as multinacionais brasileiras ganham um crédito presumido de 9% no imposto devido sobre o lucro no exterior. Ou seja, a alíquota, que atualmente é de 34%, passará a ser de 25%.

Mantega afirmou que o objetivo das medidas é que as empresas paguem os impostos e mantenham a competitividade. "Na prática, a desoneração tributária representa um equilíbrio entre empresas brasileiras e estrangeiras", disse Mantega.

“Redução de tributos é uma demanda do setor manufatureiro. Outra demanda é o crédito. Lá fora, a indústria paga 2%, 3% para pagar máquinas e equipamentos. Procuramos fazer as mesmas coisas aqui no Brasil com o Programa PSI [Programa de Sustentação dos Investimentos]", completou.

Ainda nesta segunda foi publicado o decreto sobre a retomada do Reintegra, programa que também incentiva exportações por meio da devolução de uma parte do valor da venda dos produtos industrializados por meio de créditos do PIS e Cofins. Ele passa a abranger o álcool e o açúcar.

O novo Reintegra ainda não está valendo: segundo a Receita Federal, ainda falta Mantega publicar uma portaria com a alíquota de devolução dos tributos neste ano, que será de 0,3%. Em 2015, o percentual de devolução será maior, de 3%, confirmou o ministro.
 

Juros altos
 

Mais cedo, ao participar de um fórum da Fundação Getúlio Vargas, também em São Paulo, o ministro afirmou que, em 2015, em um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, serão feitos "ajustes" na economia, mas de forma gradual, sem "tratamento de choque". Segundo ele, são esperados ajustes no superávit primário (economia para pagar juros da dívida), juros e câmbio.

"A indústria reclamou do juros altos, mas lembramos que precisamos combater a inflação. Isso é passageiro, porque temos que continuar condições para que a inflação fique sob controle e a política monetária seja mais flexível”, destacou Mantega na CNI.

Segundo o ministro, as desonerações feitas pelo governo para driblar a crise internacional ainda não trouxeram benefícios fiscais. E as últimas medidas, disse ele, não tratarão impactos imediatos. "Como estamos em uma crise, ainda não conseguimos transformar as desonerações em arrecadação. Por este motivo, não podemos fazer toda a desoneração de uma vez só. Temos que graduar isso de acordo com o desempenho fiscal".


Protestos em frente à CNI

 
O ministro foi recebido com protestos em frente à sede da CNI. Sindicalistas da Força Sindical assaram sardinhas na porta do prédio da confederação, criticando o que consideram um descaso com os trabalhadores. A Força Sindical reivindicou o fim do Fator Previdenciário (fator aplicado ao valor dos benefícios previdenciários que leva em conta o tempo de contribuição, idade e expectativa de vida do segurado), a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e a redução da jornada de trabalho.

O ato tinha faixa com a mensagem "Mantega de aviso prévio", em referência à confirmação, feita pelo ministro em entrevista ao jornal O Globo, de que não participará de um eventual segundo mandato de Dilma, por "questões familiares".

Participaram do encontro com o ministro Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, Benjamin Steinbruch, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do conselho da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Marcelo Odebrecht, presidente da Construtora Odebrecht, Nelson Salgado, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da Embraer, Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, entre outros executivos brasileiros.

Protesto da Força Sindical em frente à sede da CNI, em SP, onde esteve o ministro da Fazenda, Guido Mantega (Foto: Patrícia Basilio)

Independência da Escócia e o Estado de São Paulo






 Independência da Escócia e o Estado de São Paulo





Votem SIM pela saída do Estado de São Paulo da Federação




O plebiscito por independência do Estado Escocês poderá iniciar uma onda separatista. 

Vários grupos em São Paulo estão se movimentando para criar um Plebiscito para votar a saída do Estado de São Paulo da Federação Brasileira. 

O que seria excelente para os demais estados. 

São os impostos de São Paulo que sustentam Brasília, estes políticos, esta corrupção, esta incompetência. 

Sem São Paulo, o PT, o PMDB, o Sarney e o Renan morrerão de fome, e terão de trabalhar. 

Se São Paulo se retirar, mesmo que seja somente por 20 anos, o Brasil avançará 500. 

Votem SIM pela saída do Estado de São Paulo da Federação. 

O movimento já tem apoio do Partido Comunista, do PSOL, do Partido Trotskista, do PT,  por ser a forma mais rápida de eliminar o capitalismo, os banqueiros, os empresários do Brasil. 

Sem poder espoliar o Brasil o Estado de São Paulo morrerá de fome, e o Brasil se tornará finalmente rico e próspero.  

Apoiem.


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Sociedade lixo: algumas considerações importantes sobre logística reversa


 Administradores 30/08/20014 - Renato Binoto
 
 


Poderíamos ser taxados como “sociedade lixo”, pela forma que dispomos o nosso resíduo gerado, ou mesmo pela era industrial em que vivemos que é altamente geradora de produtos de baixa durabilidade?

Inicialmente, se faz importante destacar que a logística reversa não é sinônimo de gerenciamento de resíduos sólidos, e sim, um meio viabilizador da sistemática de coleta e destinação adequada para reciclagem, reuso ou mesmo disposição final em aterros sanitários.

A logística reversa se subdivide em canais de pós-venda e pós-consumo, ou seja, canais de pós-venda estão associados à fidelização de clientes, feedback, processos de garantia e necessidade de troca atrelado ao mercado consumidor, recall de veículos quando necessário e, propriamente, outras atividades que demandam um fluxo de retorno para suporte ou reparo. Já em se tratando de canais de pós-consumo, este canal se fortaleceu com a chegada da Lei Federal 12.305/2010 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404/2010, a qual dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os perigosos; as responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis, que este mês completa um ano de existência.

Estamos próximos à aprovação de acordos setoriais, dentro da política nacional de resíduos sólidos.
Perante este avanço brasileiro, fica o questionamento, como dimensionar a responsabilidade compartilhada dentro dos acordos setoriais?

O artigo 30 da PNRS inova quando estabelece a responsabilidade compartilhada entre os atores envolvidos no processo de geração dos resíduos sólidos, os quais são os fabricantes, atacadistas, varejistas, importadores, poder público e consumidores finais. Além disso, estabelece a necessidade de criação de canais reversos para equacionar a necessidade de gerenciamento dos resíduos e para isso há a necessidade premente da constituição de acordos setoriais, visando tornar a gestão dos resíduos sólidos e a implantação da logística reversa de forma viável economicamente e também sustentável.

Abrindo um pouco mais o cenário, temos hoje devido ao consumo descontrolado agregado a globalização um problema de destinação de resíduos sólidos em nível mundial. Dentro deste cenário mundial, em comparativo da legislação de resíduos brasileira as legislações da união europeia têm a chamada responsabilidade estendida, ou seja, é de responsabilidade de todos a destinação correta do resíduo gerado, porém de porcentagem maior ao gerador. Complementando o cenário europeu, já existem alguns sistemas de triagem e conscientização e educação ambiental melhores implantados e permanentes para quebras de gargalos logísticos na operação do sistema.

Claro que não podemos comparar o desenvolvimento europeu ao brasileiro se tratando de infraestrutura, porém, algumas boas práticas podemos desfrutar. Dentro do cenário de acordo setorial, dimensionando projeto de logística reversa através da responsabilidade compartilhada, fazendo uso de agentes cooperados, não existindo uma fiscalização adequadamente implantada, vejo saída para o aceite e aprovação de acordos setoriais que de certa forma possam ser viáveis apenas no papel e na pratica não tragam os resultados esperados.

Faço o alerta pelo ótimo avanço que a politica trouxe ao país, portanto, devemos nos unir e executar as boas práticas estipuladas pela política nacional de resíduos sólidos. Devemos parar de enxergar a política apenas como ganho ambiental e sim, também, como vantagem competitiva as empresas que se beneficiarem de matéria-prima vinda de reuso ou reciclagem.

Sustentabilidade é uma Utopia ou uma meta? Partindo do principio que o ser humano é insustentável, vamos mudar o cenário e criar ambientes realmente ambientalmente sustentáveis. Principalmente no Brasil, não temos a cultura da doação de do reuso, pergunta clássica, quem não possui um aparelho celular antigo em alguma gaveta?

Damos muito valor a produtos sem valor. Como mudar a cultura, onde sabemos que o comportamento é diferente da atitude?

Está na hora de chamarmos de resíduos sólidos urbanos, o que o mundo já vem chamando de produtos ou subprodutos!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Transformational Leaders Overcome the Tyranny of the Urgent

Hypothetically speaking, the last thing you do at the end of a week is review your month’s plan by week and adjust accordingly. As you do this, you notice that the same items on your plan continue to be bumped into the following week. Then out of curiosity you look over the past quarter on your calendar and notice that you move the top three strategic organizational priorities each week to the following week. You realize you don’t spend time on what is important in your professional role and the organization. Then you begin to ask “why”. If you relate to this introduction and desire to know the answer to the question, keep reading.

No matter how much we plan to accomplish in a day, the tyranny of the urgent seems to take over. For example, you take time before coming to work on Monday to plan for the week. When you arrive to the office, the following events take place. A key employee is out for the week unexpectedly, a significant error occurs impacting your customers, a major piece of equipment breaks down and the financial resources to repair it quickly require your review of the issue and approval for the expense, someone hacked into your computer system over the weekend and now has access to your employee files, and your board president hears from a key community stakeholder that your company is planning to do something that may harm the stakeholder’s hundred year old business.

All of the above examples are urgent, not all of them are important in terms of your businesses survival and success over time, but each circumstance provides the opportunity to take you away from any planning for the day, week and sometimes month. Every leader experiences a similar set of happenings and constantly must make choices about how to spend each day. Depending on the size of an organization, you might be able to delegate some of the problem solving, but it is enticing to jump in to help. Particularly when planning means thinking, thinking means brainstorming and dreaming and that just seems like a luxury. And so it goes, day after day with no time spent on planning the future and it is justified by the interruptions that continue to arise.

How do you deal with the tyranny of the urgent? To say it is easy to deal with and manage is an understatement. Typically business problems that arise each day do need to be dealt with. However, time spent on strategic visioning is the job of the executive and it won’t be done without devoted attention. No matter the size of your organization, you can’t escape the quantity of urgent items that pop up in a day.

These proven strategies will help you overcome the tyranny of the urgent:
    1. When something arises, assess carefully its urgency for resolution and if possible, delay any resolution to allow for a planned approach.
    2. Analyze every event that occurs spontaneously in terms of your need to be involved.
    3. Delegate as much of the analysis process and problem solving as you can to one of your competent managers or employees. Expect your problem solver to think through solutions that prevent the occurrence for repeating itself in the future, to the degree possible.
    4. Become an avid calendar user for blocking out time for strategic visioning time for planning. Treat this time as you would an important appointment with a client. Start by blocking two consecutive hours a month (if time is of great concern).
    5. Never cancel this strategic planning time unless it is a true emergency – a fire, death, etc.
    6. Use this planning time to think through, research and study ideas making the strategic visioning process enjoyable and innovative – dream the impossible.
    7. Create an incentive and reward yourself when you accomplish this planning session for two consecutive months.
    8. Study your behaviors that cause you to actively or passively procrastinate and overcome any obstacles that get in the way for you to honor this planning time.
In conclusion, we live in a society where everything is at our fingertips 24/7, such as smart phones, cell phones, tablets, I-pads, laptops, etc. This means we must find a way to deal with urgent happenings that occur every day. Challenge yourself to improve how you deal with your time and the demands upon you each day.

Transformational leaders understand the importance of planning and treat it as an essential function of their role. Leaders who take planning for their company’s future seriously find a way to make it a priority. How do you deal with the tyranny of the urgent, is it your master? When was the last time you took time to just think through your business, its current direction and where it needs to head to thrive? If you haven’t had the opportunity, take time this month and overcome the urgency tyrant!

Terri Wallin, CEO of Wallin Enterprises, dares and inspires passionate leaders to embrace transformation. This article first appeared on WallinEnterprises.com. Let’s connect: LinkedIn | Twitter

Investimentos da Minerva podem chegar a R$ 250 milhões


O total investido, segundo o diretor-presidente da companhia, considera tanto os investimentos em manutenção dos ativos da empresa, quanto em expansão

Gabriela Vieira, do
Divulgação
Caminhões da Minerva
Frigorífico da Minerva: neste ano, companhia já realizou três importantes aquisições

São Paulo - O montante investido pela Minerva em 2014 pode chegar a R$ 250 milhões, afirmou o diretor-presidente da companhia, Fernando Galetti de Queiroz, nesta quarta-feira, 10.

O total, segundo o executivo, considera tanto os investimentos em manutenção dos ativos da empresa, quanto em expansão

Neste ano, a companhia já realizou três importantes aquisições: frigorífico Carrasco, no Uruguai; planta em Janaúba, em Minas Gerais; e as duas unidades de bovinos da BRF, em Mato Grosso.

De acordo com Queiroz, no acumulado do ano até o momento, o Capex (capital expenditure -despesas de capital ou investimento em bens de capital) já soma cerca de R$ 150 milhões. "

Se considerarmos que o Capex de manutenção gira em torno de R$ 40 milhões por trimestre, chegaremos em torno disso (R$ 250 milhões)", explicou o diretor financeiro da companhia, Edson Ticle.

Após a consolidação das recentes unidades adquiridas, a alavancagem da Minerva deve cair para 2,8 vezes, afirmou Ticle. 

"Será o menor índice de alavancagem das empresas do setor", comentou durante almoço com jornalistas.
Ao final do segundo trimestre de 2014, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda da empresa era de 3,4 vezes. 

Ao excluir os bonds perpétuos, a alavancagem da companhia seria de 2,4 vezes.

A Minerva espera a consolidação dos ativos adquiridos da BRF e da unidade de Janaúba.
A expectativa, segundo Ticle, é de que a Janaúba inicie as operações em setembro, enquanto as unidades compradas da BRF devem começar a operar em outubro.

Dunkin´ Donuts terá rosquinhas com sabor do Brasil


Executivo detalhou planos da rede para o país em entrevista ao WSJ, entre eles, a abertura de 150 lojas por aqui




Getty Images/Rachel Murray
Rosquinhas da Dunkin´Donuts
Dunkin´Donuts : rede planeja ter rosquinhas para agradar paladar de brasileiro

São Paulo - Depois de deixar o Brasil em 2005, a Dunkin´ Donuts planeja retorno em grande estilo por aqui. A famosa marca de rosquinhas americana prevê a abertura de 150 lojas no país nos próximos anos.

Os planos da rede de rosquinhas para o Brasil foram detalhados por Jeremy Vitaro, vice-presidente de desenvolvimento internacional da marca, em uma entrevista ao jornal americano Wall Street Journal

Entre as novidades, a companhia planeja também oferecer um cardápio diferenciado por aqui, com itens que tenham a ver com a culinária local a fim de agradar o paladar dos brasileiros.

Segundo o executivo, a primeira loja deve ser inaugurada nos próximos seis meses, ainda sem um local definido.

A rede já possui contrato com a OLH Group, que será responsável pela expansão da marca na região centro-oeste do país.  A empresa também busca potenciais franqueados para o Rio de Janeiro e São Paulo. 

Governo popular pode sinalizar futura crise em emergentes


Alta na popularidade do governo em países emergentes acende sinal amarelo para futura eclosão de crise financeira, diz estudo da VoxEU

GettyImages
Balão na Capadócia, Turquia
Balão na Turquia, onde a crise em 2000 foi precedida por um aumento forte na popularidade do governo

São Paulo - Uma das coisas mais difíceis no mundo da economia é prever a eclosão de uma crise financeira.

Especialistas costumam olhar para números de expansão do crédito ou preço de ativos financeiros, mas um novo trabalho aponta para outro fator: a popularidade de um governo.

"Booms políticos, definidos como um aumento da popularidade de um governo, precedem crises financeiras em mercados emergentes. A opinião pública em relação ao governo atual melhora significativamente na escalada para a quebra financeira de um país", diz o estudo publicado na VoxEU por Helios Herrera, do HEC Montreal, Guillermo L. Ordoñez, da Universidade da Pennsylvania, e Cristoph Trebesch, da Universidade de Munique.

Se o processo vem junto com um boom de crédito, a tese fica ainda mais forte: "um mercado emergente que experimentou um boom político e de crédito ao mesmo tempo tem muito mais chance de sofrer com uma crise do que um país que experimentou apenas um deles".

Curiosamente, a explicação não vale para países desenvolvidos, onde ocorre o contrário: uma queda na popularidade nos 5 anos antes da crise estourar.

Em média, os 5 anos pré-crise registram aumento de 53% na popularidade do governo em países emergentes e uma queda de 21,5% em períodos equivalentes no caso de mercados avançados. O Brasil não está entre os países analisados.


Razões


Os autores argumentam que isso ocorre porque uma regulação mais forte tem alto custo político. Em uma situação normal, cabe a um governo avaliar se a expansão econômica é saudável e sustentável, para aplicar remédios preventivos caso o rumo precise ser corrigido.

Mas isso pode revelar ao público que a situação não é tão boa quanto parece, enquanto simplesmente surfar no crescimento e popularidade rende dividendos pelo menos no curto prazo.

Os autores também encontraram nos países emergentes uma correlação negativa entre regulação financeira e popularidade do governo, na qual um afrouxamento de regras favorece aqueles no poder: "Nestes mercados, a maior parte das crises foi precedida por um afrouxamento regulatório (não um aperto), sugerindo que essa era uma das razões por trás de crises"

A tese é que os países em desenvolvimento são mais suscetíveis a esse processo porque seus políticos costumam ter, em média, uma popularidade menor e menos confiança da população do que os políticos de países desenvolvidos.

Isso torna a opinião pública mais sensível a melhorias de cenário e aumenta o incentivo para que os políticos de países emergentes que estão no poder aproveitem booms econômicos a qualquer custo para se destacar de seus concorrentes.