sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Credit Suisse prevê manutenção do ritmo de fusões em 2015


Fabrice Coffrini/AFP
Logomarca do banco suíço Credit Suisse
Credit Suisse: banco liderou o ranking de assessores financeiros de fusões no Brasil em 2014
 
Aluisio Alves e Guillermo Parra-Bernal, da REUTERS

São Paulo - O mercado brasileiro de compra e venda de participações de empresas deve manter neste ano o ritmo de 2014, apesar da estagnação da economia, apoiado principalmente pelo maior apetite de investidores estratégicos, disse um executivo do Credit Suisse.

"Nada impede que tenhamos em 2015 um movimento parecido com o que tivemos no ano passado, que foi um bom ano", disse o chefe da área de banco de investimentos do Credit Suise, Fábio Mourão, em entrevista à Reuters.

Segundo ele, a maturidade desse mercado no país deve manter um fluxo relativamente constante de operações, movimento conduzido por investidores com perspectivas de prazos mais longos, como os fundos de private equity.

Nos últimos meses, grandes gestores de fundos como Advent International, Pátria Investimentos e Carlyle anunciaram mais de 4 bilhões de dólares em captações de recursos para investimentos no Brasil e na América Latina.

No curto prazo, disse Mourão, a depreciação do real frente ao dólar é um possível gatilho para anúncios de novas operações, que tendem a ser bastante diversificadas setorialmente.

A economia estagnada e a queda de 12,5 por cento do real em 2014 depreciou ativos domésticos, reduzindo a diferença entre os preços pedidos e os oferecidos, dando fôlego para negócios complexos, como cisões, fechamentos de capital e reestruturações de dívidas, tendência que Mourão espera que seja mantida neste ano.

O Credit Suisse liderou o ranking de assessores financeiros de fusões no Brasil em 2014, segundo levantamento da Thomson Reuters, assessorando 25 negócios no valor de 35,05 bilhões de dólares.

No período, as fusões envolvendo empresas brasileiras movimentaram 77,1 bilhões de dólares, avanço de 6,9 por cento em relação ao ano anterior.

As fusões e aquisições tendem a seguir como a área mais ativa entre os bancos de investimentos, dado que a perspectiva para segmentos como as ofertas de ações, por exemplo, deve continuar fraca, por refletirem mais de perto o ânimo dos investidores em relação à economia.

Segundo o executivo, os bancos podem ter dificuldades para "encontrar uma janela de oportunidade que fique aberta o suficiente para concluir os negócios". No ano passado, apenas uma empresa abriu o capital no Brasil, no pior resultado em pelo menos 11 anos.

Mourão evitou comentar operações de fusão lideradas pelo Credit Suisse para este ano. Ele observou que a receita por assessoria, conhecida como "fee", vai repetir seu desempenho do ano passado para a indústria, ressalvando acreditar que "os bônus para executivos do banco devem ser bons".

Oi diz que fusão com PT está "juridicamente concluída"


Nacho Doce/Reuters
Logo da Oi é visto em uma loja da companhia em um shopping de São Paulo
Oi: companhia brasileira afirmou que a venda dos ativos não vai gerar "nenhum descumprimento nos termos da fusão com Portugal Telecom" 

 
 
São Paulo - A Oi afirmou nesta sexta-feira que a fusão com a Portugal Telecom está juridicamente concluída após a operação de aumento de capital com troca de ativos ocorrida no ano passado e defendeu a venda de ativos do grupo português, alvo de críticas em Portugal.

Segundo a Oi, a assembleia de acionistas da Portugal Telecom SGPS no próximo dia 22, sobre venda de ativos portugueses da empresa, é a "melhor oportunidade para assegurar o futuro sustentável da PT Portugal e da Oi".

A companhia brasileira afirmou que a venda dos ativos não vai gerar "nenhum descumprimento nos termos da fusão com Portugal Telecom".

Quanto ganham os advogados de empresa no Brasil


Remuneração em 23 estados



São Paulo - Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal são os estados onde os advogados de empresas têm os maiores salários no Brasil.

O dado foi extraído da ferramenta online "Salariômetro", criada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e alimentada por informações do CAGED, do Ministério do Trabalho e do Emprego. 

A profissão pesquisada é a de número 241010 na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). A remuneração média de admissão para dvogado empresarial é calculada com base em informações de contratações no período entre junho e novembro de 2014.  

Clique nas fotos para ver a lista. Alagoas, Roraima e Tocantins não aparecem porque a ferramenta não inclui dados sobre a profissão nesses estados.

ONU abre inscrição de programa gratuito de estudos na Suíça


REUTERS/ Joshua Lott
Logo da Organização das Nações Unidas (ONU)
ONU: programa de estudos acontece em julho em Genebra, na Suíça 


São Paulo – Boa oportunidade para quem mira carreira internacional na ONU (Organização das Nações Unidas). Até o dia 27 de fevereiro estão abertas as inscrições para temporada de estudos em Genebra, na Suíça, marcada para o mês de julho, entre os dias 6 e 17.

O Programa de Estudos de Pós-Graduação da ONU é voltado quem tem entre 23 e 35 anos de idade, fala inglês e francês, está matriculado em programa de pós-graduação, e quer observar e entender melhor como funciona o sistema das Nações Unidas.

A seleção será feita com base na formação e experiência acadêmicas. A motivação e o impacto na carreira dos interessados no programa também serão levados em conta pela equipe da ONU.

Um dos requisitos da seleção é apresentar uma carta de recomendação que pode ser de uma instituição de ensino superior ou de autoridade governamental. No site da ONU é possível acessar o formulário online de inscrição.

A lista de aprovados deve sair em abril. O curso é gratuito, mas a ONU não paga despesas de estadia e viagem dos participantes.


SERVIÇO:




Quando: de 6 a 17 de julho de 2015.
Onde: Genebra, Suíça.
Inscrições: até 27 de fevereiro por meio de formulário online disponível no site da ONU.

Prejuízo será gigantesco com cortes de contratos, diz Braga


Tânia Rêgo/Agência Brasil
 
Petrobras
Petrobras: segundo Eduardo Braga, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um "prejuízo gigantesco"
 
Vinícius Lisboa, da AGÊNCIA BRASIL

Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu hoje (16) que órgãos de fiscalização e jurídicos encontrem uma saída para que os contratos da Petrobras com empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não sejam interrompidos. 

Segundo Braga, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um "prejuízo gigantesco".

"Creio, sim, que vivemos um grande risco, um risco para o país muito sério, porque temos grandes contratos, esses contratos já foram implementados, e são estes investimentos que estão permitindo que a curva de [produção de] petróleo da Petrobras esteja ascendente. Empresas envolvidas na Lava Jato estão em parte desses contratos e, se não encontrarmos uma solução jurídica que não interrompa o ritmo de investimento e de obras, o prejuízo será gigantesco", afirmou ele.

Segundo Braga, por outro lado, não é possível continuar com os contratos sem que o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia Geral da União encontrem alternativas legais para dar transparência aos investimentos. 

"Um dos desafios importantes é encontrar uma regra de transição jurídica para que não tenhamos um prejuízo maior ainda para o povo brasileiro".

Uma das consequências da paralisação de obras e investimentos seria não alcançar a produção de petróleo necessária para os próximos anos: "Isso terá graves e sérios problemas para o programa energético brasileiro", disse.

O ministro afirmou que a Justiça brasileira já mediou soluções como essa em outros episódios, mas reconheceu que nunca foi feito algo com a dimensão dos contratos entre a estatal e as empreiteiras.

Os países onde há mais mulheres nos conselhos das empresas


Simon Dawson/Bloomberg
Mulher executiva: mãos de Christine Lagarde
Liderança: segundo pesquisas, mulheres no comando ajudam companhias a crescer
 
 
 
São Paulo - Apesar dos avanços, as mulheres ainda têm muito espaço a conquistar dentro das empresas.

Segundo um levantamento divulgado nesta semana pela organização sem fins lucrativos Catalyst, a Noruega possui a maior representação feminina nos conselhos de administração  e ela é de apenas 33,5%.

Pioneiro em iniciativas para ampliar a diversidade de gênero no ambiente corporativo, o país escandinavo ainda não consegue cumprir a cota de 40%, exigida por lei desde 2008.

O "censo" foi elaborado em parceria com a consultoria Data Morphosis Group (DMG) e abrange dados de companhias listadas em bolsas de 20 países da América do Norte, Ásia Pacífico e Europa. As informações foram coletadas em outubro do ano passado.

Na segunda posição entre os locais que mais têm executivas no alto escalão das empresas vem a Finlândia, com 29,9%, seguida pela França, com 29,7%. Assim como na Noruega, em ambos os países a legislação prevê medidas para diminuir a lacuna entre homens e mulheres nos conselhos.

Na França, será exigida uma cota de 40% a partir de 2017. A mesma regra já está em vigor na Finlândia, mas apenas para empresas estatais.

Suécia, Bélgica e Reino Unido, que aparecem na sequência, também têm regulações neste sentido.
Pesquisas indicam que mulheres no comando ajudam as empresas a crescerem mais.

"Companhias que não tratam a diversidade nos conselhos como prioridade deveriam ficar envergonhadas", diz Deborah Gillis, presidente da Catalyst, em nota. "Líderes inteligentes sabem que eles podem encabeçar um movimento de impacto profundo e duradouro ou ser deixados para trás."

O estudo não englobou a América Latina. Entretanto, dados do DMG, atualizados em maio de 2014, apontam que a participação feminina nos conselhos no Brasil é só de 5,3%. No subcontinente, ela chega a 5,8%.
Na tabela, confira o levantamento completo.
País Participação feminina nos conselhos
Noruega 35,5%
Finlândia 29,9%
França 29,7%
Suécia 28,8%
Bélgica 23,4%
Reino Unido 22,8%
Dinamarca 21,9%
Holanda 21%
Canadá 20,8%
Austrália 19,9%
Estados Unidos 19,2%
Alemanha 18,5%
Espanha 18,2%
Suíça 17%
Áustria 13%
Irlanda 10,3%
Hong Kong 10,2%
Índia 9,5%
Portugal 7,9%
Japão 3,1%

BC da Suíça deixa mais cara a vida dos convidados de Davos



Getty Images
cidade de davos, na suíça
São Paulo - A geralmente previsível Suíça chocou os mercados ontem. Com uma pequena nota, o Banco Nacional Suíço (BNS) anunciou o fim da cotação mínima de 1,20 franco por euro adotada há 3 anos. 

Na época, o BNS estava preocupado com a supervalorização do franco e queria garantir que dele continuasse relativamente fraco (e competitivo). Agora, a economia "se ajustou" e o país tem condições de voltar para o câmbio flutuante, diz o banco. 

Há uma grande expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) lance uma nova rodada de estímulo econômico na semana que vem, e ficaria caro demais defender a cotação alta diante de uma avalanche de recursos.

Para desestimular os especuladores e evitar um aperto exagerado, a Suíça também empurrou suas taxas de juros para território ainda mais negativo: de -0,25% para -0,75%.

O mercado respondeu com uma queda de 10% na bolsa e uma valorização de 30% do franco em relação ao euro em questão de minutos. 

A alta acabou sendo menos intensa, mas a tendência é mesmo de um franco mais forte, o que vai deixar relativamente mais cara a vida de quem vai visitar o país e ainda não comprou os seus.

Neste grupo está toda a nata da elite econômica e financeira mundial, que desembarca quarta-feira na cidade de Davos para a 45ª edição do Fórum Econômico Mundial. Entre eles, o presidente do Banco Central Alexandre Tombini e o ministro da Fazenda Joaquim Levy.

A decisão também terá consequências para a economia suíça: o UBS prevê uma queda de 20% das exportações e de 0,7 ponto percentual no crescimento.

Isso sem falar no baque em países do leste europeu com hipotecas vinculadas ao franco, como a Polônia. No Twitter, um usuário lembrou que a Suíça tem tido um dos maiores superávits em conta corrente do mundo, "sugando" recursos da economia global: