Simon Dawson/Bloomberg
Liderança: segundo pesquisas, mulheres no comando ajudam companhias a crescer
São Paulo - Apesar dos avanços, as mulheres ainda têm muito espaço a conquistar dentro das empresas.
Segundo um levantamento divulgado nesta semana pela organização sem fins lucrativos Catalyst, a Noruega possui a maior representação feminina nos conselhos de administração – e ela é de apenas 33,5%.
Pioneiro em iniciativas para ampliar a diversidade de gênero no
ambiente corporativo, o país escandinavo ainda não consegue cumprir a
cota de 40%, exigida por lei desde 2008.
O "censo" foi elaborado em parceria com a consultoria Data Morphosis
Group (DMG) e abrange dados de companhias listadas em bolsas de 20
países da América do Norte, Ásia Pacífico e Europa. As informações foram
coletadas em outubro do ano passado.
Na segunda posição entre os locais que mais têm executivas no alto
escalão das empresas vem a Finlândia, com 29,9%, seguida pela França,
com 29,7%. Assim como na Noruega, em ambos os países a legislação prevê
medidas para diminuir a lacuna entre homens e mulheres nos conselhos.
Na França, será exigida uma cota de 40% a partir de 2017. A mesma regra
já está em vigor na Finlândia, mas apenas para empresas estatais.
Suécia, Bélgica e Reino Unido, que aparecem na sequência, também têm regulações neste sentido.
Pesquisas indicam que mulheres no comando ajudam as empresas a crescerem mais.
"Companhias que não tratam a diversidade nos conselhos como prioridade deveriam ficar envergonhadas", diz Deborah Gillis, presidente da Catalyst, em nota. "Líderes inteligentes sabem que eles podem encabeçar um movimento de impacto profundo e duradouro ou ser deixados para trás."
O estudo não englobou a América Latina. Entretanto, dados do DMG,
atualizados em maio de 2014, apontam que a participação feminina nos
conselhos no Brasil é só de 5,3%. No subcontinente, ela chega a 5,8%.
Na tabela, confira o levantamento completo.
País | Participação feminina nos conselhos |
---|---|
Noruega | 35,5% |
Finlândia | 29,9% |
França | 29,7% |
Suécia | 28,8% |
Bélgica | 23,4% |
Reino Unido | 22,8% |
Dinamarca | 21,9% |
Holanda | 21% |
Canadá | 20,8% |
Austrália | 19,9% |
Estados Unidos | 19,2% |
Alemanha | 18,5% |
Espanha | 18,2% |
Suíça | 17% |
Áustria | 13% |
Irlanda | 10,3% |
Hong Kong | 10,2% |
Índia | 9,5% |
Portugal | 7,9% |
Japão | 3,1% |
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