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São Paulo - A geralmente previsível Suíça chocou os mercados ontem. Com uma pequena nota, o Banco Nacional Suíço (BNS) anunciou o fim da cotação mínima de 1,20 franco por euro adotada há 3 anos.
Na época, o BNS estava preocupado com a supervalorização do franco e
queria garantir que dele continuasse relativamente fraco (e
competitivo). Agora, a economia "se ajustou" e o país tem condições de
voltar para o câmbio flutuante, diz o banco.
Há uma grande expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE)
lance uma nova rodada de estímulo econômico na semana que vem, e
ficaria caro demais defender a cotação alta diante de uma avalanche de
recursos.
Para desestimular os especuladores e evitar um aperto exagerado, a
Suíça também empurrou suas taxas de juros para território ainda mais
negativo: de -0,25% para -0,75%.
O mercado respondeu com uma queda de 10% na bolsa e uma valorização de 30% do franco em relação ao euro em questão de minutos.
A alta acabou sendo menos intensa, mas a tendência é mesmo de um franco
mais forte, o que vai deixar relativamente mais cara a vida de quem vai
visitar o país e ainda não comprou os seus.
Neste grupo está toda a nata da elite econômica e financeira mundial,
que desembarca quarta-feira na cidade de Davos para a 45ª edição do
Fórum Econômico Mundial. Entre eles, o presidente do Banco Central
Alexandre Tombini e o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
A decisão também terá consequências para a economia suíça: o UBS prevê
uma queda de 20% das exportações e de 0,7 ponto percentual no
crescimento.
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