segunda-feira, 13 de abril de 2015

Fusões e aquisições caem no país com credibilidade em baixa


Thinkstock
Ambev
Ambev: protagonista de uma das maiores aquisições de fevereiro, com a compra da Wals
 
 
 
 
São Paulo - A valorização do dólar poderia facilitar a vida dos investidores estrangeiros dispostos a colocar mais dinheiro no Brasil. Porém, não é isso o que está acontecendo conosco, segundo mostra uma pesquisa da PwC.

De acordo com a pesquisa, as incertezas com o mercado brasileiro e a instabilidade política reduzem a credibilidade e, por consequência, o apetite de risco para negócios de fusões e aquisições de empresas.

Como resultado, o mês de fevereiro teve 54 transações concluídas, número 20,59% inferior ao mesmo período de 2014 e 2% abaixo da média dos anos entre 2011 a 2015.

“Essa redução ainda não deve ser considerada alarmante, pois, além de ser o mês mais curto, nesse ano ocorreram as festividades de Carnaval”, afirma a consultoria por meio do relatório.

A maioria dos negócios fechados foi fechada no sudeste do país - 71,1% das transações feitas no país em fevereiro vieram desta região.

Apenas São Paulo foi responsável por 51,8% deste total.
 

Mais estrangeiros


O relatório da PwC apresenta um cenário inédita nesse setor: pela primeira vez investidores estrangeiros estão presentes em mais da metade do mercado nacional.

“O acumulado entre o período de janeiro a fevereiro foi concluído com investidores estrangeiros com 53% do mercado brasileiro e subsequentemente 47% para investidores nacionais”, afirma o estudo.

Compras de participação majoritária lideram a procura pelo mercado e correspondem a 48,2% do total de transações anunciadas.

Os setores que lideram os negócios são o de TI, seguido por serviços financeiros e auxiliares, como o de engenharia e infraestrutura.

Após fusão, editoras formam novo grupo Companhia das Letras


Getty Images
Pilha de livros
Livros: para os próximos meses, está prevista a integração das áreas administrativas e do depósito



A fusão das duas editoras começou em 2014 com mudanças na estrutura editorial (em busca de uma gestão participativa, segundo o comunicado) e a junção das equipes de vendas.

Para os próximos meses, está prevista a integração das áreas administrativas e do depósito.
A sede do Grupo será em São Paulo, mas a editora Objetiva continua a operar em um escritório no Rio.

O novo grupo será comandado por Luiz Schwarcz, fundador da Companhia das Letras, e sua diretoria será composta por Sergio Windholz (administrativo e financeiro), Lilia Moritz Schwarcz (educação, infantil & juvenil e publicações acadêmicas), Elisa Braga (produção) e Matinas Suzuki Jr. (divulgação, marketing e vendas).

Roberto Feith, que estava desde 1991 no comando da Objetiva, passa a ser consultor da diretoria, editor especial e representante nas entidades de classe do Grupo Companhia das Letras, ainda de acordo com o comunicado.

Uma área que terá suas atividades intensificadas com o novo grupo é a edição de livros de divulgação escolar e para projetos do governo.

Os selos que integram o novo grupo são: Alfaguara, Alfaguara Infantil, Boa Companhia, Breve Companhia, Claro Enigma, Companhia das Letras, Companhia das Letrinhas, Companhia de Bolso, Foglio, Fontanar, Objetiva, Panelinha, Paralela, Penguin-Companhia, Ponto de Leitura, Portfolio-Penguin, Quadrinhos na Companhia, Seguinte e Suma de Letras. Segundo a nota, todos os autores continuarão a ser publicados em seus respectivos selos.


Oportunidade no Brasil é citada em compra da BG pela Shell


 
Shell oferece boas condições
Shell: os campos de exploração marítima da petroleira britânica em águas profundas no Brasil é um dos motivos que levaram a Shell a fazer a oferta
 
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo

Londres - O Brasil e a Austrália tiveram papel de destaque no negócio que criou a nova gigante do setor de petróleo e gás. 

Entre os motivos declarados que levaram a anglo-holandesa Shell a fazer uma oferta pela BG, estão os campos de exploração marítima da petroleira britânica em águas profundas no Brasil.

No comunicado enviado aos investidores, há um trecho com "antecedentes e razões para a recomendação" de compra da britânica.

"A produção da BG é atualmente fornecida por uma base de ativos em dez países e projetos-chave para o crescimento no Brasil e na Austrália", cita o texto.

"O início do projeto de gás natural em Queensland (na Austrália) e a introdução continuada de novas plataformas no Brasil foram sucessos operacionais notáveis", ressalta a Shell.

Além do elogio à operação nos dois países, a anglo-holandesa avalia que a BG "está bem posicionada para gerir a crise dos preços do petróleo, uma vez que está chegando ao fim de um ciclo de aumento de despesas de capital e continuará aumentando a produção em 2015 no Brasil e Austrália".

A Shell argumenta que a compra vai "acelerar o crescimento estratégico em gás natural e águas profundas".

"A combinação aumentará as reservas comprovadas de petróleo e gás em 25% e a produção em 20% na comparação com 2014 e fornecerá à Shell uma melhor posição competitiva em novos projetos de petróleo e gás, particularmente em gás natural na Austrália e em águas profundas no Brasil", diz o comunicado da companhia.

Farmacêutico Fagron busca aquisições no Brasil, Europa e EUA



 
DivulgaçãoFagron
Fagron: grupo não anunciou aquisições no primeiro trimestre
 
Da REUTERS




Bruxelas - O grupo de farmacêuticos manipulados Fagron está em negociações para fazer aquisições na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, disse seu presidente-executivo nesta quinta-feira.

O grupo, que vende ingredientes para que farmacêuticos fabriquem medicamentos manipulados, não anunciou aquisições no primeiro trimestre.

"Isso não significa que eu não estou regularmente avaliando aquisições. Temos algumas a caminho", disse o presidente-executivo da empresa, Ger van Jeverren, à Reuters.

"Estamos avaliando aquisições nos EUA e na Europa para a Fagron Compounding Services e na Europa e no Brasil para a Fagron Compounding Essentials", acrescentou.

Mais cedo nesta quinta-feira, o grupo disse que as vendas no primeiro trimestre subiram 29,8 por cento ante o ano passado, para 117,8 milhões de euros (126,92 milhões de dólares).


Conheça os 'Mad Men' da vida real que inspiraram a série


 
A série "Mad Men", que chegou à sua temporada final esse mês, é famosa por retratar o mundo da publicidade nos anos 1950 e 1960, em Nova York.
O nome "Mad Men", segundo o próprio seriado, é uma gíria criada pelos publicitários nos anos 1950 para se referirem a eles mesmos, que trabalhavam na Madison Avenue.

O personagem principal é Don Draper, um respeitado profissional, complexo em suas relações de trabalho e familiares, envolto em muitos problemas pessoais, mulheres, bebidas e cigarros.

Alguns publicitários daqueles anos dourados do mundo da propaganda inspiraram o criador da série, Matthew Weiner.

Segundo a Business Insider, quatro homens foram as principais fontes para criar o personagem Draper.

Confira:

 

Draper Daniels


O personagem Don Draper ganhou esse nome graças à Draper Daniels, um executivo de Chicago famoso por criar o "Marlboro Man", o cowboy das campanhas de cigarro dos anos 1950.

Daniels era um grande sedutor, como Don Draper. Ele teria convencido uma colega de trabalho a se casar com ele, mesmo ela já estando noiva de outro.

Myra, esposa de Daniels, veio à público mais tarde dizer que ele agora era um homem casado e de apenas um mulher. Inclusive, tinha parado de beber por sua causa. 

Ele morreu de câncer em 1983.

 

Albert Lasker


Para muitos, Lasker é considerado o pai da publicidade moderna. Ele teria sido o primeiro publicitário a dizer às pessoas para comprarem algo, não apenas produzir um anúncio informando o que o produto fazia.

Ele era dono da agência Lord & Thomas de Chigado durante a primeira metade do século 20. Ele ajudou a Lucky Strike a vender cigarros para as mulheres ao dizer que fumar ajudava a perder peso. 

Lasker também liderava a conta da marca de cigarro quando foi criado o famoso slogan "It's toasted". Na série, esse dilema sobre a Lucky Strike aparece logo no primeiro episódio. Don Draper quem, em um momento epifânico, inventa a frase.

A mente brilhante de Lasker também moldou o consumo dos lares americanos. Ele quem teve a ideia de vender suco de laranja como algo a ser consumido diariamente no café da manhã ou durante o dia (suco criado apenas porque a California Fruit Growers Exchange estava com um estoque de frutas enorme, mais do que conseguia vender).

Os lenços, tão práticos e universais, também eram apenas "removedores de maquiagem" naquele tempo, Ele quem pensou em lenços descartáveis para vários usos.
Lasker morreu em 1952.

 

Emerson Foote


O "F" da atual agência FCB vem de Emerson Foote.
Ele ficou famoso por, em 1964, renunciar ao cargo de presidente da McCann-Erickson por se recusar a fazer anúncios que promoviam a venda de cigarros.

O fato inspirou um episódio da quarta temporada, quando Don Draper promove um anúncio no New York Times para explicar que sua agência, a Sterling Cooper Draper Pryce, iria parar de aceitar clientes da indústria do tabaco.

Assim como Draper, Foote chegou a trabalhar com a conta da Lucky Strike no começo da carreira.
Foote trabalhou na American Cancer Society quando começou sua cruzada contra o tabaco. Na série, a associação trabalha em parceria com a firma de Draper após o anúncio no NYT. A secretária até chega a anunciar em uma cena que "alguém chamado Emerson Foote" tinha telefonado.

Foote morreu em 1992, por complicações de uma apendicite. 

 

George Lois


Lois começou sua carreira como diretor de arte na agência Doyle Dane Bernbach em 1959. Nessa época, a agência foi pioneira no trabalho que levou o mundo da propaganda a um novo patamar - mais criativo, inteligente, assertivo, dinâmico.

Depois, trabalhou em agências que ele mesmo criou e ficou famoso por campanhas da Xerox e pelo slogan da MTV "I want my MTV!". Lois também desenhou mais de noventa capas da revista Esquire.

Don Draper, vivido pelo ator, Jon Hamm, é parecido fisicamente com Lois. Vem de Lois também a caracaterística arrogante e intempestiva do personagem Draper. Conta-se que, uma vez, Lois bateu em um homem por tentar editar um trabalho seu.

Ele ainda está vivo.

Como transformar informação em negócio


iStockPhoto
nativa_accenture_abril.jpeg
Carro conectado: motorista terá sistemas de navegação, mídia social e entretenimento no veículo
Conteúdo Patrocinado Accenture
A imensa quantidade de dados digitais circulando pelo mundo cria oportunidades sem precedentes para a inovação e a diferenciação competitiva de empresas. São dados apresentados em múltiplas plataformas, que vão desde planilhas dos departamentos internos da companhia, localização de clientes por georreferenciamento dos celulares, tuítes e postagens nas redes sociais até como as pessoas estão usando a internet das coisas.

O desafio é fazer com que essa imensa massa de informação seja reunida, organizada e processada para que as empresas possam agir rapidamente. É nesse cenário que o analytics pode fazer diferença. “A ferramenta veio para ficar e é o que vai distinguir as empresas no futuro. Não importa o sistema ou o computador de última geração que possuem, mas o que elas estão tirando de valor das informações hoje disponíveis”, explica Pietro Delai, da consultoria especializada IDC Brasil.

O chamado segmento de business intelligence e analytics das empresas deve receber investimentos da ordem de 788 milhões de dólares em 2015, segundo a consultoria. A área de analytics já deixou de ser uma para ser a prioridade das companhias. Uma prova disso é que a IDC Brasil prevê que, em 2018, esses investimentos já estejam em 1,3 bilhão de dólares.


Na prática

Uma pesquisa recente da Harvard Business Review Analytic Services, realizada com mais de 500 executivos e administradores, indicou que as novas tecnologias, incluindo computação em nuvem, mídias sociais, big data e analytics, já estão ajudando as empresas a aumentar a produtividade e as vendas, ao mesmo tempo que reduzem o risco dos negócios e cortam os custos operacionais.

Para desenvolver a sua plataforma de futuros carros conectados, a Fiat montou parcerias com empresas de ponta em sistemas de navegação, mídia, mídia social e entretenimento. Em breve, os motoristas terão a possibilidade de possuir praticamente um escritório inteligente dentro de seus veículos – e até com direito a entretenimento para as horas de trânsito parado.

Em um projeto pioneiro, a Thames Water, maior provedora de serviços de água e esgoto no Reino Unido, vem monitorando sua extensa rede de abastecimento. Com as informações obtidas, ela é capaz de antecipar falhas de equipamentos e responder em tempo quase real situações críticas, como vazamentos ou os impactos no sistema de uma tempestade que se aproxima.

A aplicação de técnicas de aprendizado de máquinas e de ciências analíticas também tem permitido esmiuçar e prever o comportamento potencial do consumidor e o desempenho da empresa. A Macy’s, por exemplo, é capaz de informar, por meio de um aplicativo, as promoções do dia e os descontos especiais aos clientes enquanto eles realizam suas compras nas lojas de Nova York e São Francisco.

Já uma empresa de serviços financeiros consegue detectar fraudes quase instantaneamente – evitando prejuízos milionários. Uma grande companhia de teatro, a britânica Royal Shakespeare Company, vem aumentando a venda de bilhetes apenas sugerindo espetáculos mais adequados a cada um dos seus fiéis espectadores.

Os novos donos do poder


Na visão do presidente da Fecomércio-RS, sem mudar as regras o poder continuará a enfeitiçar os bons políticos

Por Luiz Bohn*

 

A confusão entre o público e o privado na gestão do Estado não é uma questão nova. A frase mais emblemática nesse aspecto é a atribuída a Luiz XIV: L'État c'est moi (O Estado sou eu). No Brasil, a mistura entre o público e o privado foi brilhantemente descrita por um gaúcho de Vacaria que mostrou que nossos os governantes não atuam como mandatários temporários da vontade popular. Ao contrário, eles acreditam ser “os donos do poder”.

O Petrolão é emblemático nesse sentido. A proximidade entre políticos e gestores de empresas públicas gera resultados negativos para todos, produzindo corrupção e ineficiência. Vale lembrar declaração do ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcante. Disse ele à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, tentando colocar um afilhado na diretoria de Exploração e Produção da Petrobras: “O que o presidente me ofereceu foi aquela diretoria que fura poço e acha petróleo. É essa que eu quero.” As diretorias com maior orçamento para contratação e licitação são as mais procuradas pelos políticos pelo maior “potencial de arrecadação”.

A operação Lava Jato não é surpresa para quem viu o mensalão e o escândalo do Detran-RS. Usar dinheiro público para fins partidários é uma prática conhecida. As manifestações de 15 de março reafirmaram a ojeriza popular à corrupção. Mas temos de passar da indignação para a ação, cobrando punição para os culpados e uma redução na influência política sobre as estatais.

Muitos achavam que a corrupção era fruto de maus políticos. A eleição de bons políticos mudaria tudo. Ledo engano. Parece que o poder tem um feitiço que transforma bons em maus políticos. Assim como nós, os políticos não são bons ou maus, eles apenas agem, a cada momento, seguindo os incentivos dados pelas regras do jogo existentes. Precisamos, então, mudar as regras do jogo, privatizando, despolitizando a gestão das estatais e punindo os corruptos.

O diligente e patriótico trabalho de alguns juízes, como Joaquim Barbosa e Sérgio Moro ajudam a mudar o Brasil. Colocar corruptos na cadeia é o primeiro passo para uma mudança de comportamento que registre na mente dos brasileiros que o crime não compensa.

*Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac.

- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/208#sthash.sfdOOgRB.dpuf

Os novos donos do poder

Na visão do presidente da Fecomércio-RS, sem mudar as regras o poder continuará a enfeitiçar os bons políticos

Por Luiz Bohn*

A confusão entre o público e o privado na gestão do Estado não é uma questão nova. A frase mais emblemática nesse aspecto é a atribuída a Luiz XIV: L'État c'est moi (O Estado sou eu). No Brasil, a mistura entre o público e o privado foi brilhantemente descrita por um gaúcho de Vacaria que mostrou que nossos os governantes não atuam como mandatários temporários da vontade popular. Ao contrário, eles acreditam ser “os donos do poder”.
O Petrolão é emblemático nesse sentido. A proximidade entre políticos e gestores de empresas públicas gera resultados negativos para todos, produzindo corrupção e ineficiência. Vale lembrar declaração do ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcante. Disse ele à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, tentando colocar um afilhado na diretoria de Exploração e Produção da Petrobras: “O que o presidente me ofereceu foi aquela diretoria que fura poço e acha petróleo. É essa que eu quero.” As diretorias com maior orçamento para contratação e licitação são as mais procuradas pelos políticos pelo maior “potencial de arrecadação”.
A operação Lava Jato não é surpresa para quem viu o mensalão e o escândalo do Detran-RS. Usar dinheiro público para fins partidários é uma prática conhecida. As manifestações de 15 de março reafirmaram a ojeriza popular à corrupção. Mas temos de passar da indignação para a ação, cobrando punição para os culpados e uma redução na influência política sobre as estatais.
Muitos achavam que a corrupção era fruto de maus políticos. A eleição de bons políticos mudaria tudo. Ledo engano. Parece que o poder tem um feitiço que transforma bons em maus políticos. Assim como nós, os políticos não são bons ou maus, eles apenas agem, a cada momento, seguindo os incentivos dados pelas regras do jogo existentes. Precisamos, então, mudar as regras do jogo, privatizando, despolitizando a gestão das estatais e punindo os corruptos.
O diligente e patriótico trabalho de alguns juízes, como Joaquim Barbosa e Sérgio Moro ajudam a mudar o Brasil. Colocar corruptos na cadeia é o primeiro passo para uma mudança de comportamento que registre na mente dos brasileiros que o crime não compensa.
*Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac.
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/208#sthash.sfdOOgRB.dpuf