quarta-feira, 24 de junho de 2015

Monsanto considera fazer oferta para aquisição da Syngenta


Gianluca Colla/Bloomberg
Syngenta
Syngenta: nessa terça, embora as negociações tenham avançado, a empresa rejeitou novamente a proposta da Monsanto, alegando que ela subestima o potencial da companhia suíça


Nova York - A Monsanto ainda está interessada na Syngenta e considera levar sua oferta de aquisição, de US$ 45 bilhões, diretamente aos acionistas da companhia suíça, disse nesta quarta-feira, 24, o CEO da Monsanto, Hugh Grant.

O executivo disse que as discussões neste mês com acionistas da Syngenta foram "animadoras", mas observou que prefere chegar a um acordo mais amigável.

"Ainda há muito a caminhar até chegarmos a esse ponto", afirmou Grant, referindo-se à possibilidade de fazer a proposta diretamente aos investidores. Contudo, a Monsanto tem incentivado os acionistas da Syngenta a pressionar o conselho de administração da companhia para que ele aceite negociar. Segundo Grant, a janela de oportunidade para a transação "é medida em meses, não em anos".
Nessa terça, a Syngenta rejeitou novamente a proposta da Monsanto, alegando que ela subestima o potencial da companhia suíça e não considera os obstáculos regulatórios que devem ser enfrentados para a conclusão do negócio. 

Estas previsões para a próxima década vão te causar arrepios

/ ThinkStock
 Gabriela Ruic, de EXAME.com 

Caos e desordem

São Paulo – A próxima década no mundo promete ser bagunçada. É o que prevê a edição 2015 do “The Decade Ahead”, um estudo produzido a cada cinco anos desde 1996 pela Stratfor Global Intelligence, consultoria dedicada a assuntos geopolíticos.

Nele, dezenas de especialistas investigam as tendências futuras para o cenário internacional nas diferentes regiões do planeta e fazem previsões arrepiantes sobre como estará costurado o panorama político e econômico global em 2025.

Na visão da consultoria, enquanto a União Europeia deve começar a operar de forma fragmentada, a crise entre Rússia e Ucrânia continuará no centro das atenções no âmbito mundial. A Turquia, por sua vez, surgirá como potência regional, já que acabará se envolvendo nos conflitos que acontecem à sua porta.

Na Ásia, a China segue no papel de potência econômica, mas não será mais uma força catalisadora de crescimento. Tal posição, enxerga a Stratfor, será assumida por ao menos 16 países. No que diz respeito às forças militares, veremos a ascensão do Japão como líder dominante no leste.

“Será um mundo confuso, com mudanças de liderança em muitas regiões”, prevê a consultoria. O que não deve mudar é o poder Estados Unidos, que estará mais maduro, será menos visível e bem menos utilizado na próxima década.

Vale lembrar que nestes quase vinte anos de previsões, a consultoria teve acertos e erros. “Antecipamos a inabilidade da Europa em sobreviver a crise econômica e o envolvimento dos EUA na guerra jihadista”, lembra a Stratfor. “Mas falhamos em não prever o 11 de setembro e, ainda mais importante, qual seria a intensidade da resposta americana”.

EXAME.com vasculhou a análise da consultoria e expõe aqui algumas de suas previsões mais alarmantes. Resta aguardar para conferir quais delas se tornarão realidade. 
 

Os Estados Unidos mais discreto

De acordo com a Stratfor, os Estados Unidos seguirão firme como potência econômica, política e militar. Contudo, o país irá interferir menos no contexto internacional que nos últimos anos. “As experiências do passado irão fazer com que o país seja mais cauteloso quanto ao seu envolvimento econômico e militar no resto do mundo”.

Na visão da consultoria, os EUA enfrentarão ameaças estratégias de maneira mais proporcional, “mas não assumirão o papel de socorrista que exerceu nos últimos anos”. 
 

O colapso da Rússia


“É improvável que a Rússia sobreviva da forma como conhecemos”, diz a consultoria. Até hoje, o país foi incapaz de conseguir usar as receitas obtidas no setor de energia para transformar a sua economia em autossustentável, fato que a deixa ainda mais vulnerável.

E é ai que mora o perigo, analisa a Stratfor: o governo não irá conseguir manter a sua estrutura nacional e regiões menores do país podem vir a formar alianças para sobreviver. Como resultado, a influência de Moscou deve murchar, abrindo um vácuo de poder. “E o que existirá neste vácuo serão pequenos fragmentos da Federação Russa”. 

Uma nova crise nuclear começa a se delinear


O enfraquecimento da Rússia trará à tona um problema ainda mais grave do ponto de vista internacional. Segundo a Stratfor, o país conta com um poderoso arsenal nuclear, distribuído em diferentes partes de seu território, mas o declínio do poder de Moscou deixará uma pergunta: quem irá controlar todos estes mísseis?

Novamente deve entrar em cena o poder de interferência dos Estados Unidos, mas a consultoria alerta que será praticamente impossível monitorar todo o arsenal. “Os EUA terão de aceitar a ameaça que isso pode representar ou tentar criar um ambiente de estabilidade econômica nas regiões envolvidas para minimizar estas ameaças ao longo do tempo”. 


Polônia entra na primeira divisão


No meio de uma confusão de crises econômicas e políticas, a Polônia virá a galope para assumir sua posição entre os países mais influentes na Europa.

Na visão da consultoria, a Polônia observou um impressionante crescimento econômico nos últimos anos, com a vantagem de que, embora sua população também venha a retrair, esta retração não acontecerá no mesmo ritmo de outros países europeus.

Mas a Stratfor vê mais transformações na Polônia: o país deve se consolidar como uma espécie de líder de uma coalizão mobilizada contra a Rússia e, em um segundo momento, esta aliança poderá influenciar o redesenho das fronteiras russas.

“A Polônia ainda se beneficiará da parceria com os Estados Unidos”, prevê a consultoria, “e sempre que uma potência global se relaciona com um parceiro estratégico, é de seu interesse que a economia deste parceiro seja a mais vigorosa possível”.

Ou seja...

As "novas Europas"

De acordo com a Stratfor, a União Europeia deve desmantelar nos próximos anos e é possível que surjam quatro pequenos blocos de países unidos entre si na defesa de seus interesses: Europa Ocidental, Leste Europeu, Escandinávia e outro composto pelas ilhas britânicas.

Isto porque, segundo a consultoria, nenhuma política do bloco serve para toda a Europa. Como resultado, “o que beneficia uma parte, traz prejuízos para outras”. Neste movimento, o surgimento de ondas nacionalistas deve contribuir ainda mais para esta fragmentação.

“A União Europeia poderá sobreviver de alguma maneira, mas a economia europeia, suas relações políticas e militares serão governadas por relações bilaterais ou multilaterais de pequeno porte”, prevê a consultoria. 

Turquia assume as rédeas no Oriente Médio


Enquanto seus vizinhos enfrentam ameaças de grupos jihadistas e movimentos insurgentes, a Turquia será forçada a olhar para o sul de sua fronteira. Seu envolvimento, contudo, se dará lentamente e será da menor intensidade possível. “A Turquia não conseguirá suportar anos de caos em suas fronteiras e não haverá outro país para carregar este fardo”, diz a consultoria.

A Stratfor leva ainda a força da Turquia para além do Oriente Médio e em direção ao Mar Negro: com o enfraquecimento da Rússia, os turcos irão investir esforços comerciais e políticos nesta região. Além disso, espera-se que o país aumente sua concentração nos Balcãs.

Mas antes que isso tudo possa acontecer, lembra a Stratfor, é preciso que a Turquia arrume a sua casa para encontrar o equilíbrio, especialmente por conta do fato de que, ao mesmo tempo em que é um país secular, é também um país muçulmano. 


A China terá problemas


O vigoroso crescimento chinês finalmente começa a dar sinais de normalização, prevê a Stratfor. O problema, daqui pra frente, será como a China irá lidar com as consequências políticas e sociais desta normalização, uma vez que, depois de anos investindo na sua região costeira, o país terá de expandir seus investimentos em infraestrutura para o interior.

Este movimento de transferência de riqueza deve fazer surgir um sentimento de descontentamento nas cidades costeiras e que pode vir a se tornar uma rebelião contra Pequim. Para manter o controle sobre a situação, o Partido deve se tornar ainda mais opressor no cenário interno, aumentando a centralização política econômica e incentivando o sentimento nacionalista.

China perde posto de potência econômica para 16 outros países

Com a diminuição do ritmo de crescimento econômico na China, fabricantes de todo o mundo devem levar seus investimentos para outros 16 países nos quais ainda será possível obter salários ainda mais baixos para a mão de obra e outras vantagens. Entre eles, cita a Stratfor, está o México, a Nicarágua, o Peru, além de países africanos como Uganda, Quênia e Etiópia. 

Japão e China na disputa no Mar do Sul da China


Levando em conta previsões de que a Rússia estará enfraquecida nos próximos anos e que a China se tornará cada vez mais nacionalista, a Strartfor prevê que o país pode tentar abocanhar o controle de áreas marítimas que um dia foram de interesse russo no Mar do Sul da China.

E é aqui que nasce outro problema: o Japão dificilmente deixará que seus vizinhos chineses aumentem a influência marítima na região.

A China tem o poder para construir uma grande frota naval. Contudo, lembra a Stratfor, tem pouca experiência em disputas navais e poucos comandantes capazes de desafiar marinhas tradicionais, como os Estados Unidos e o próprio Japão.


Japão se tornará uma potência naval


Nesta disputa marítima entre Japão e China, a Stratfor lembra que os japoneses tem toda a condição de construir uma marinha maior que a dos chineses, além de ter uma tradição naval respeitável. “O Japão irá aumentar seu poderio naval”, prevê a consultoria.

E fará isso não apenas para lidar com disputas com a China, mas também para assegurar a estabilidade de suas importações, uma vez que é altamente dependente da importação de materiais do Oriente Médio e do sudeste asiático.

Atualmente, contudo, conta com os Estados Unidos na mediação destas relações. Com a diminuição da interferência americana no contexto internacional, caberá ao Japão assumir as rédeas de seus interesses. 

Procon-SP multa operadoras em R$22,7 mi por bloqueio de Internet móvel


De acordo com o Procon-SP, as operadoras já receberam cópias das autuações e poderão recorrer da decisão

Luciana Bruno, Reuters,  
 
iStock
 
 
"No início deste ano, as operadoras decidiram bloquear a Internet móvel de usuários que utilizaram totalmente sua franquia de dados, em vez de reduzir a velocidade como vinha sendo feito anteriormente"

SÃO PAULO (Reuters) - O órgão de defesa do consumidor Procon-SP multou as operadoras de telefonia Oi, TIM, Claro e Vivo em um total de 22,7 milhões de reais por quebra de contrato devido ao bloqueio de Internet móvel nos planos vendidos como ilimitados.

No início deste ano, as operadoras decidiram bloquear a Internet móvel de usuários que utilizaram totalmente sua franquia de dados, em vez de reduzir a velocidade como vinha sendo feito anteriormente.

"Estas empresas burlaram e continuam burlando o Artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor que estipula dos direitos básicos do consumidor, principalmente quanto a direito a informação adequada e clara na contratação de produtos e serviços", disse a diretora-executiva do Procon-SP, Ivete Maria Ribeiro, em comunicado publicado no site do órgão.

"A informação é imprecisa, o consumidor não sabia que durante o contrato haveria mudanças", completou.

De acordo com o Procon-SP, as operadoras já receberam cópias das autuações e poderão recorrer da decisão, ou pagar o valor à vista com desconto, e ainda, parcelar o débito.

A Oi foi multada em 8 milhões de reais, enquanto a TIM recebeu multa de 6,65 milhões de reais. Já a Claro foi multada em 4,55 milhões de reais e a Vivo, em 3,55 milhões de reais.

A multa aplicada pelo Procon-SP deverá se somar à que foi decidida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em ação movida em 11 de maio pelo Procon-SP, que prevê pelo descumprimento a multa de 25 mil de reais por dia para as operadoras que descumprissem a decisão de manutenção dos serviços contratados pelos consumidores sem corte da Internet.

A TIM informou por meio de sua assessoria de imprensa que ainda não foi notificada pelo Procon-SP. Já a Vivo informou que pelo fato de a matéria estar sob apreciação judicial, não irá se manifestar sobre o tema. 

A Claro, do grupo América Móvil, disse que foi notificada e está avaliando os termos da autuação, enquanto a Oi declarou que não comenta ações em andamento.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Empresas optantes do SIMPLES estão dispensadas de recolher o adicional de 10% do FGTS


FGTS







A Lei Complementar nº 110/2001 instituiu a contribuição social devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% (dez por cento) sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas, da qual estão isentos os empregadores domésticos.

A referida contribuição se destina a saldar os valores devidos a título de complemento de atualização monetária sobre os saldos das contas vinculadas do FGTS existentes à época dos diversos planos econômicos, em decorrência de decisão do Supremo Tribunal Federal.

Vale dizer, se trata de contribuição social, de natureza tributária, que muito embora seja calculada à alíquota de 10% sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas, não é destinada aos trabalhadores e tampouco tem cunho trabalhista.

Tendo em vista que a contribuição em questão tem natureza tributária, as empresas que são optantes do Simples Nacional estão dispensadas do seu pagamento, nos termos do artigo 13, § 3º da LC 123/2006 que enuncia:

“Art. 13...

§ 3o As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o artigo 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo”
Finalmente ressalto, que a dispensa do pagamento se refere apenas às contribuições sociais e não abrange outros tributos, como impostos, taxas, contribuições de melhoria, etc.

Coty está a caminho de comprar negócios da P&G, dizem fontes



Bloomberg
Procter %26 Gamble
P&G: caso o negócio se efetive, a Coty assumiria marcas como os perfumes Gucci e Hugo Boss
Astrid Wendlandt, da REUTERS


Paris - A Coty está perto de comprar a unidade de beleza da Procter & Gamble, um negócio de 12 bilhões de dólares que tornaria a empresa de cosméticos norte-americana líder mundial em perfumaria e tratamento de cabelos, disseram fontes próximas ao assunto.

Caso o negócio se efetive, a Coty assumiria marcas como os perfumes Gucci e Hugo Boss, os produtos de tratamento para cabelos Wella e Clairol e maquiagens como Max Factor e Cover Girl, dentro da estratégia de reverter a queda das vendas.
Para a P&G, a venda é parte do plano de concentrar em menos marcas, mas de forte crescimento.
A maior fabricante mundial de produtos para o lar disse em agosto que poderia vender metade de suas marcas de crescimento lento nos próximos dois anos.

Em 2014, a P&G vendeu as pilhas Duracell para a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, por 4,7 bilhões de dólares e algumas de suas marcas de sabão para a Unilever.

A Coty disputa com a Henkel os negócios de tratamento de cabelo da P&G e ganhou um leilão no fim de semana, disseram as fontes, adicionando que os detalhes de uma complexa transação levarão provavelmente duas semanas para terminar.

Por questões fiscais, o negócio seria concluído por meio de uma "Reverse Morris Trust", pelo qual a P&G cindiria seus ativos de beleza em companhias diferentes que seriam então absorvidas por um negócio em ações com a Coty, disseram as fontes.

A JAB Holdings, empresa de investimento da Reimann, família bilionária que controla 75 por cento da Coty, ficaria com apenas um terço das ações no negócio combinado e cerca de 47 a 48 por cento dos direitos de voto, disseram as fontes.

P&G, Coty e JAB Holdings se recusaram a comentar.

Ministro é contra fusão entre empresas de telecomunicações


Jean-Philippe Ksiazek/AFP
O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron
O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron: posicionamento vem depois de rumores de que a Numericable-SFR estaria preparando uma oferta de 10 bilhões de euros para compra da Bouygues Telecom


Paris - O ministro da economia da França, Emmanuel Macron, se posicionou fortemente contra a consolidação de empresas de telefonia celular e telecomunicações, após uma reportagem alegar uma fusão entre as operações da segunda e quarta maiores empresas do ramo na França.

Macron afirmou que a fusão de companhias de telecomunicações "não é desejável para o setor atualmente" e que as operadoras devem focar em investimentos e inovação.
Os comentários, enviados à imprensa neste domingo, seguem uma reportagem baseada em informações de fontes não identificadas, publicada no jornal semanal Journal du Dimanche, que afirma que a Numericable-SFR estaria preparando uma oferta de 10 bilhões de euros (US$ 11,4 bilhões) para a compra da Bouygues Telecom. As duas empresas se recusaram a comentar as alegações.
Sem citar as companhias, Macron criticou o negócio, afirmando que "este não é o momento para fusões oportunistas que podem gerar algum lucro, mas sem servir ao bem comum".

Marfrig anuncia venda da Moy Park para a JBS por US$1,5 bi




Divulgação
Linha de produção de aves da Seara, do Grupo Marfrig
Marfrig: valor da operação é composto pelo pagamento à vista de 1,19 bilhão de dólares à Marfrig e a JBS assumirá dívida líquida da Moy Park de 200 milhões de libras
 
Da REUTERS


São Paulo - A Marfrig informou neste domingo que fechou contrato com a JBS, maior produtora de carnes do mundo, para a venda da Moy Park, unidade de frango e alimentos processados na Europa, por aproximadamente 1,5 bilhão de dólares.

Uma fonte com conhecimento do assunto havia informado a transação à Reuters mais cedo neste domingo.

Segundo fato relevante, o valor da operação é composto pelo pagamento à vista de 1,19 bilhão de dólares à Marfrig. Pelo acordo, a JBS assumirá dívida líquida da Moy Park de 200 milhões de libras. 

A transação está sujeita à aprovação por órgãos de defesa da competição da União Europeia. De acordo com o comunicado, o fechamento da operação está previsto para ocorrer entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano.
Segundo a Marfrig, a operação permite à empresa focar em áreas prioritárias como a exportação de carne bovina a partir do Brasil para a Ásia e para os Estados Unidos, cuja abertura é esperada para breve. O negócio segue a estratégia da JBS de crescer em alimentos processados. Além disso, dará à empresa uma maior atuação na Europa.

A Moy Park é uma das principais empresas de alimentos prontos da Europa, com unidades de processamento de aves na Inglaterra e na Irlanda do Norte. Também possui plantas na França e Holanda.

No primeiro trimestre deste ano, a receita líquida da Moy Park atingiu 1,543 bilhão de reais, ou 26 por cento do total da Marfrig.

Este não é o primeiro acordo entre a JBS e Marfrig. Há alguns anos, a empresa controlada pela família Batista concordou em comprar a unidade de processados Seara, da Marfrig, em um movimento que aumentou de forma considerável a participação de mercado da empresa.