quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Fidelity National comprará SunGard em acordo de US$9,1 bi


Divulgação
Ferramenta da Sungard
Ferramenta da Sungard: empresa foi comprada por 11,4 bilhões de dólares em 2005
 
Da REUTERS

A desenvolvedora de software para o setor financeiro Fidelity National Information Services anunciou que comprará a SunGard Data Systems por 9,1 bilhões de dólares incluindo dívidas, se apossando de um dos investimentos detidos por mais tempo na história do private equity.

A Fidelity National, que estava em conversas exclusivas para comprar a SunGard e conseguir acesso aos seus milhares de clientes de trading e gestão de recursos, disse que pagará 45 por cento em dinheiro e 55 por cento em ações para a companhia.

A SunGard foi comprada por 11,4 bilhões de dólares em 2005 por Silver Lake Partners, TPG Capital, Bain Capital, Blackstone Group, Goldman Sachs Capital Partners, KKR e Providence Equity Partners em uma das maiores compras alavancadas antes da crise financeira de 2008.
A SunGard, que tinha 4,67 bilhões de dólares em dívidas em 30 de junho, havia dado entrada em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em junho.

A Fidelity National disse que espera refinanciar a dívida. A companhia combinada, que atenderá clientes nos setores bancários, de seguros e de gestão de ativos, terá receita anual de 9,2 bilhões de dólares e 55 mil funcionários em mais de 100 países, de acordo com a Fidelity National.

TCU dá 15 dias adicionais para Dilma explicar contas de 2014


Divulgação/TCU
Tribunal de Contas da União (TCU)
Tribunal de Contas da União: a Presidência terá 15 dias para responder os novos questionamentos
Luciana Otoni, do Estadão Conteúdo


Brasília - Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) acabam de conceder mais prazo para a presidente Dilma Rousseff esclarecer e se defender de distorções nas contas de 2014 encontradas pelos auditores do tribunal e pelo Ministério Público e que inicialmente não faziam parte dos questionamentos do TCU. Com isso, a presidente terá agora prazo adicional de 15 dias para responder.

A proposta foi encaminhada na tarde desta quarta-feira, 12, pelo ministro Augusto Nardes, relator do processo de análise das contas de 2014 no TCU.

"Dois novos elementos que não foram contemplados no relatório inicial, em virtude de terem sido apresentados pelo Ministério Público fora do prazo regimental.
Devemos agora realizar oitiva complementar à presidente Dilma Rousseff para que, caso entenda ser necessário, pronuncie-se acerca desses dois novos indícios de irregularidade", disse Nardes.

"Vamos fazer todos os esforços para que o processo volte ao colegiado (de ministros) o mais breve possível", disse o relator.

As novas questões foram levantadas pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas, que atua junto ao TCU, e pelo ministro substituto André Luís de Carvalho.

Entre elas, constam questionamentos sobre a edição de decretos presidenciais de abertura de crédito suplementar pelo Ministério do Trabalho, no valor de R$ 9,2 bilhões, e omissões sobre os financiamentos concedidos pelo BNDES a grandes empresas.

Foi a pedido da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, realizado ontem, que o TCU decidiu conceder novo prazo. O colegiado aprovou um requerimento solicitando a prorrogação com amplo apoio da base aliada, num contexto de reaproximação entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O governo vê com bons olhos o prazo adicional uma vez que dará tempo também para o caso das pedaladas fiscais "esfriar". As pedaladas constituem a principal distorção nas contas de 2014 e podem fazer o TCU rejeitar as contas federais, impulsionando no Congresso Nacional, o responsável pela decisão final deste processo, um pedido de impeachment da presidente por parte da oposição.

O prazo extra atende ao interesse do Planalto, que tenta adiar a apreciação do caso na corte de contas para depois de setembro. A aposta é que, até lá, as crises política e econômica esfriem, abrindo caminho para um desfecho favorável a Dilma.
 

Mais prazo


Inicialmente, Nardes propôs 10 dias, mas o ministro Bruno Dantas solicitou 30 dias. Ele também chamou de "novela" a análise das contas federais de 2014 da presidente Dilma Rousseff. "Não vemos mais a hora de encerrar esse tema e concluir essa apreciação.

Essa é a posição dos ministros, dos procuradores e dos nossos auditores, tenho certeza", disse ele.

"Como se trata de tema bastante novo e efervescente, não poderíamos simplesmente examinar dois novos pontos sem reabrirmos o prazo para a defesa", disse Bruno Dantas, que justificou seu pedido por prazo adicional por um risco de "judicialização".

"Na sessão de junho, demos 30 dias para a presidente esclarecer 13 irregularidades. Agora que temos mais duas, fico a me perguntar se não correríamos o risco de abrir um flanco de judicialização. Um questionamento sobre um prazo de 30 dias antes e agora somente 10 dias", disse Dantas.

"Isso realmente precisa acabar", reforçou o ministro José Múcio Monteiro, que relatou outro processo dramático para o governo, exclusivo sobre as "pedaladas fiscais", realizado em abril.

Na ocasião, o TCU condenou, de forma unânime, a prática do governo de atrasar propositalmente o repasse de recursos do Tesouro Nacional para a Caixa, que precisou usar recursos próprios para continuar pagando em dia programas obrigatórios, como Bolsa Família e seguro-desemprego.

De todas as irregularidades encontradas pelos técnicos do TCU nas contas de 2014, as pedaladas são as mais dramáticas para o governo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dólar cai com realização de lucros e fecha em R$ 3,45


thinkstock
Dólares:
Dólar à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia
Denise Abarca, do Estadão Conteúdo

São Paulo - O cenário político local menos tenso nesta segunda-feira, 10, de agenda esvaziada abriu espaço para realização de lucros no mercado de câmbio. 

O dólar fechou abaixo de R$ 3,50, na medida em que cessaram, por ora, novidades negativas do noticiário em Brasília e o governo parece estar se mobilizando em torno da recuperação da governabilidade.

O dólar começou o dia em alta ante o real, mas ainda pela manhã virou para baixo e o sinal negativo perdurou até o fechamento. A moeda à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia.
Na máxima, logo após a abertura, chegou a subir 0,43%, a R 3,5250. Nessas duas sessões seguidas de queda, apurou declínio de 2,43% ante o real. O dólar para setembro, às 16h34, cedia 1,67%, a R$ 3,4760.

Os investidores seguiram acompanhando a movimentação em Brasília em torno das medidas fiscais que têm de ser votadas no Congresso.

Diante das críticas de que o Congresso tem dificultado a aprovação das pautas do ajuste econômico, ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse, em sua conta no Twitter, não ser culpado pelas derrotas do governo e que não tem como controlar os votos dos parlamentares.

Já a presidente Dilma quer se encontrar com líderes dos partidos aliados para tentar recompor sua base de apoio nos próximos dias, pois no domingo estão marcados protestos contra o governo por todo o país.

Nesta segunda-feira, durante entrega de casas do Minha Casa Minha Vida, no Maranhão, ela fez um apelo para que as lideranças coloquem o país em primeiro plano.

Segundo ela, o Brasil precisa mais do que nunca de pessoas que pensem primeiramente no bem do país e não "em seus partidos e projetos pessoais".

"Quando há dificuldades, não adianta brigar um com outro, porque não vai resolver a situação. É necessário que medidas urgentes sejam tomadas."

Em outra frente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniram nesta tarde para discutir sobre o projeto que revê a política de desoneração da folha, que passa a trancar a pauta do Senado nesta semana.

Nesta tarde, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o governo quer votar a medida e encerrar o ajuste fiscal e que o Senado apresentará em até 20 dias "medidas para um horizonte econômico".

No exterior, a moeda americana operou em queda ante o euro, mas o desempenho ante as emergentes foi misto ao longo da sessão. Às 16h12, recuava 0,12% ante o peso mexicano, mas subia 0,26% em relação ao rand sul africano. O euro avançava a US$ 1,102.


Vamos repudiar o vale-tudo contra os governos, diz Dilma


Roberto Stuckert Filho/ PR/ Fotos Públicas
Dilma na entrega de casas no Maranhão

Dilma Rousseff entrega casas do programa Minha Casa, Minha Vida em São Luís, no Maranhão
Denise Griesinger, da AGÊNCIA BRASIL


A presidente Dilma Rousseff disse hoje (10) que vai repudiar de forma sistemática o que chamou de vale-tudo contra qualquer governo – federal, estadual e municipal. “Quem acaba atingido pela política do ‘quanto pior, melhor’ é a população”, disse.

Durante cerimônia de entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, em São Luís (MA), Dilma admitiu que o governo enfrenta um momento de dificuldade, mas garantiu que o período é passageiro e que os programas sociais não serão interrompidos.

“Períodos de dificuldade geralmente causam incerteza e apreensão nas pessoas. Não fiquem inseguros, nem apreensivos. Esta é uma situação temporária. Ela vai passar e vai passar rápido. Mesmo durante essa travessia, não abandonaremos os programas sociais”, destacou.
Em seu discurso, a presidenta cobrou ainda que a população pense primeiramente na nação como um todo e só depois em seus partidos e projetos pessoais. “O Brasil precisa de estabilidade para fazer essa travessia”, disse. “Quando há uma dificuldade, não adianta um ficar brigando com o outro porque não resolve a situação”, completou.

Ao final da cerimônia, Dilma confirmou o lançamento da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, no dia 10 de setembro, quando deve ser anunciada a contratação de 3 milhões de novas moradias. Hoje, foram entregues as chaves de 4.467 casas em quatro cidades: São Luís (MA), Caxias (MA), Campo Grande (MS) e Anastácio (MS).

As unidades habitacionais destinadas a famílias com renda até R$1,6 mil devem beneficiar mais de 17 mil pessoas. Divididas em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, elas contam ainda com pavimentação, redes de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e acesso ao transporte público.

TAM e LAN têm nova marca e muito trabalho pela frente



Reprodução
 
Novo logo da Latam, marca que unirá a TAM e a LAN
Novo logo da Latam: marca substituirá TAM e LAN
 
 
 
São Paulo - As companhias aéreas TAM e LAN anunciaram nesta quinta-feira (6) que passarão a operar sob uma única marca: a Latam. Mas o grupo, originado após a fusão das duas empresas, em 2012, ainda terá um longo trabalho de integração pela frente.

Apesar de ter sido revelada hoje, a nova identidade da empresa será lançada progressivamente ao longo de três anos.
Esse é o tempo que levará para que toda a frota ganhe o novo logo e para que os sistemas, a comunicação dentro e fora dos aviões e os uniformes dos funcionários sejam padronizados.
O processo será gradual, primeiramente, porque é caro. A transição de marca custará à Latam de 30 a 40 milhões de dólares, fora os investimentos em campanhas publicitárias. Cerca de 80% dos gastos serão destinados à pintura de aviões.

"Não é viável para nenhuma empresa fazer tudo isso de uma só vez", disse Jerome Cardier, vice-presidente de marketing da holding, durante evento para divulgação da marca nesta quinta, em São Paulo.

"As aeronaves que comprarmos já virão com a nova identidade. As que já temos, serão modificadas quando passarem por manutenção periódica", explicou. O primeiro avião com a marca Latam chegará ao mercado no primeiro semestre de 2016.

Além do peso nas contas, uma transformação de identidade gradativa é absorvida com mais facilidade pela empresa e pelo consumidor, segundo Cardier. "Não se nasce de um dia para o outro", afirmou.
 

Plataformas


Nos próximos meses a Latam vai lançar um site pelo qual os passageiros poderão comprar bilhetes tanto da TAM quanto da LAN. Hoje, é necessário acessar dois endereços diferentes.

A plataforma de reservas por trás do canal para o consumidor, porém, só será unificada entre o fim de 2016 e o início de 2017.

"A partir do momento que houver só um sistema, conseguiremos ser mais eficientes, inovar mais rápido e pensar campanhas de comunicação que atravessem toda a América Latina", disse Cardier.

Enquanto isso não acontecer, segundo ele, a maneira de calcular o excesso de bagagem e as possibilidades de alteração de passagem de cada companhia serão diferentes.

Os ganhos em sinergias com a integração das operações foram calculados, segundo Cardier, mas não podem ser divulgados.

Em algum momento, sem previsão, a Latam também vai criar um canal único para atendimento ao cliente.
 

O que já funciona


Desde que a fusão entre LAN e TAM foi concluída, em 2012, alguns processos dentro do novo grupo já foram integrados.

"Antes cada uma das empresas tinha 160 aeronaves, hoje somos um grupo com 330 aeronaves. Seja para o fornecimento de avião, papel, ou qualquer insumo, a negociação hoje é muito mais forte e é feita de maneira unificada", disse Claudia Sender, presidente da TAM.
 

Operação


Apesar de fazerem parte de uma só marca e buscarem processos padronizados, TAM e LAN continuarão a ser empresas independentes. Devido a questões regulatórias, um avião certificado no Brasil só pode ser operado por uma tripulação local, por exemplo.

"O que estamos trabalhando muito duro para alcançar é uma experiência única para o cliente", frisou Claudia Sender.

No ano passado, o grupo Latam transportou 70 milhões de pessoas. A companhia tem 53.000 funcionários e operações domésticas em sete países.

A Latam leva viajantes para mais de 140 destinos em 24 países. No segmento de cargas, são 144 destinos em 26 países.

Coca-Cola nega motivação fiscal em fusão de 3 engarrafadoras




Remy Gabalda/AFP
 
Fábrica da Coca-Cola na França
Fábrica da Coca-Cola: "é um acordo operacional e estratégico, não é nem de longe uma transação por motivos fiscais", disse executivo
 
Da EFE


Nova York - A Coca-Cola negou nesta quinta-feira que a fusão de três engarrafadoras que atuam na Europa Ocidental tenha ocorrido por motivos fiscais.

"É um acordo operacional e estratégico, não é nem de longe uma transação por motivos fiscais", disse em entrevista o executivo-chefe da Coca-Cola Enterprises, John Brock, após o anúncio da negociação.

Com um volume de negócios de US$ 12,5 bilhões, a Coca-Cola European Partners surge da união da Coca-Cola Enterprises e das engarrafadoras Coca-Coca Iberian Partners e da alemã Coca-Coca Erfrischungsgetränke.
A nova empresa transferirá a sede principal para Londres, sob o comando de Brock, como executivo-chefe. Sol Daurella, atual presidente-executiva da Coca-Cola Iberian Partners, estará à frente do conselho de administração.

"É um grande marco e uma transação importante que beneficiará todas as partes", disse o executivo-chefe da Coca-Cola Company, Muhtar Kent, em um encontro com investidores e acionistas para informar sobre a operação.

A fusão ocorre em meio a uma queda das vendas de refrigerantes que está em busca de reduzir os custos com esse tipo de negociação, tornando-se também mais eficiente, destacou em sua edição de hoje o "The Wall Street Journal".

Os acionistas da Coca-Cola Enterprises controlarão 48% da nova companhia. Coca-Cola Iberian Partners e a Coca-Coca Erfrischungsgetränke terão 34% e 18% das ações, respectivamente.

A fusão ainda precisa do sinal verde dos reguladores para ser confirmada. A empresa resultante contará mais de 50 fábricas na Europa e mais de 27 mil funcionários. 

Depois do Financial Times, Pearson deverá vender Economist



David Jones/Wikimedia
 
 
Sede da Pearson, em Londres
Sede da Pearson: o valor da venda de 50% da The Economist será de 400 milhões de libras, ou cerca de R$ 2,2 bilhões
 
 
 
 
São Paulo - A Pearson, que há poucos dias anunciou a venda de sua fatia no Financial Times, deverá anunciar ainda esta semana a venda da sua participação na The Economist.

De acordo com o Financial Times, o valor da venda de 50% do grupo de mídia será de 400 milhões de libras, ou cerca de 2,2 bilhões de reais.

A família Rothschild e o Exor, veículo de investimento da família italiana Agnelli, deverão ser os maiores acionistas no grupo Economist, mas os detalhes do acordo ainda estão em aberto.
A Pearsonhavia dito, no mês passado, que pretendia vender sua participação no The Economist. A circulação da publicação é de 1,6 milhão de exemplares.

Exor já possui uma fatia de 4,7% na The Economist, desde que John Elkann, presidente executivo, entrou no conselho de administração em 2009. Já Lynn Forester de Rothschild e seu marido, Evelyn, possuem atualmente 21% das ações do grupo. 

A fatia da Perason no Financial Times foi vendida no dia 23 de julho ao grupo japonês Nikkei Inc., por 844 milhões de libras, ou 4,3 bilhões de reais.

A partir de agora, a Pearson estará 100% focada em sua estratégia de educação global, segundo o presidente da Pearson, John Fallon, em comunicado na ocasião da venda do Financial Times.