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Dólar à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia
Denise Abarca, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O cenário político local menos tenso nesta segunda-feira,
10, de agenda esvaziada abriu espaço para realização de lucros no
mercado de câmbio.
O dólar
fechou abaixo de R$ 3,50, na medida em que cessaram, por ora, novidades
negativas do noticiário em Brasília e o governo parece estar se
mobilizando em torno da recuperação da governabilidade.
O dólar começou o dia em alta ante o real, mas ainda pela manhã virou
para baixo e o sinal negativo perdurou até o fechamento. A moeda à vista
negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do
dia.
Na máxima, logo após a abertura, chegou a subir 0,43%, a R 3,5250.
Nessas duas sessões seguidas de queda, apurou declínio de 2,43% ante o
real. O dólar para setembro, às 16h34, cedia 1,67%, a R$ 3,4760.
Os investidores seguiram acompanhando a movimentação em Brasília em torno das medidas fiscais que têm de ser votadas no Congresso.
Diante das críticas de que o Congresso tem dificultado a aprovação das
pautas do ajuste econômico, ontem, o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB), disse, em sua conta no Twitter, não ser culpado
pelas derrotas do governo e que não tem como controlar os votos dos
parlamentares.
Já a presidente Dilma quer se encontrar com líderes dos partidos aliados
para tentar recompor sua base de apoio nos próximos dias, pois no
domingo estão marcados protestos contra o governo por todo o país.
Nesta segunda-feira, durante entrega de casas do Minha Casa Minha Vida,
no Maranhão, ela fez um apelo para que as lideranças coloquem o país em
primeiro plano.
Segundo ela, o Brasil precisa mais do que nunca de pessoas que pensem
primeiramente no bem do país e não "em seus partidos e projetos
pessoais".
"Quando há dificuldades, não adianta brigar um com outro, porque não vai
resolver a situação. É necessário que medidas urgentes sejam tomadas."
Em outra frente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, se reuniram nesta tarde para discutir sobre o projeto que revê a
política de desoneração da folha, que passa a trancar a pauta do Senado
nesta semana.
Nesta tarde, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o governo quer
votar a medida e encerrar o ajuste fiscal e que o Senado apresentará em
até 20 dias "medidas para um horizonte econômico".
No exterior, a moeda americana operou em queda ante o euro, mas o
desempenho ante as emergentes foi misto ao longo da sessão. Às 16h12,
recuava 0,12% ante o peso mexicano, mas subia 0,26% em relação ao rand
sul africano. O euro avançava a US$ 1,102.
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