Jurista Tatiana Ribeiro explica cuidados que os
clientes devem ter
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Na
segunda-feira (3) o Bradesco assumiu todas as operações do banco HSBC,
inclusive as agências existentes e toda a carteira de clientes, ao adquiri-lo
por cerca de R$ 17 bilhões. O banco britânico permanecerá no Brasil apenas para
atender a grandes clientes corporativos.
A
aquisição ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE) e do Banco Central. Somente após a autorização desses órgãos é
que o processo de transferência das operações para o Bradesco será iniciado. A
expectativa do Bradesco é de que essa autorização saia até o final do ano, mas
pode ocorre até meados de 2016.
No
entanto, até lá, quais são os cuidados que os clientes devem ter? “Em princípio
não há com o que se preocupar. Assim que a operação for aprovada pelos órgãos
regulatórios o Bradesco dará início à integração das operações dos clientes
HSBC. Os pontos negativos são o possível fechamento de agências, em especial
quando haja instalações do Bradesco nas proximidades, e a burocracia da troca
de conta corrente, cartões, tokens etc. Em compensação, os clientes HSBC passam
a ter acesso também aos produtos e serviços ofertados pelo Bradesco e à sua
rede de agências e caixas eletrônicos, bem mais ampla”, explica Tatiana Ribeiro
(foto), advogada especializada em Direito Societário.
Tatiana, que também é sócia do escritório Fialdini Advogados e professora assistente de Direito Comercial na Universidade de São Paulo (USP), alerta que os clientes devem ficar atentos para verificar se as condições atuais dos produtos e serviços contratados serão mantidas. “Eles podem aproveitar a oportunidade para verificar se há algum produto ou serviço similar do Bradesco que ofereça melhores condições e tentar uma migração”, sugere. “Para os clientes que possuem produtos de crédito, sempre é possível também requerer a portabilidade para outra instituição financeira.
Apesar da promessa do Bradesco
de manter o mesmo nível de atendimento, o perfil de cliente do HSBC, mais
focado na alta renda, é bastante diferente do perfil do cliente Bradesco.
Portanto, é possível esperar uma alteração significativa na forma de
relacionamento com o cliente”, antevê a advogada.
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