Mario Proenca/Bloomberg
Airbus A330-223 da TAP: "A presente operação, para a Atlantic Gateway,
representa uma oportunidade de ampliação da oferta de voos entre
Portugal e os Estados Unidos e Portugal e o Brasil", afirma documento do
Cade
Da REUTERS
São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pelo consórcio Atlantic Gateway de 61 por cento do capital da companhia aérea portuguesa TAP, de acordo com despacho publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
O consórcio é formado pela DGN Corporation, empresa de David Neeleman, fundador da brasileira Azul, e pela HPGB, do empresário Humberto Pedrosa, e venceu o processo de privatização da TAP em junho.
"A presente operação, para a Atlantic Gateway, representa uma
oportunidade de ampliação da oferta de voos entre Portugal e os Estados
Unidos e Portugal e o Brasil, aumentando as opções para os clientes da
TAP e da Azul", afirma documento do Cade.
O órgão de defesa da concorrência considerou que a operação não traz
sobreposição horizontal apesar de tanto a Azul quanto a TAP atuarem no
transporte de passageiros e cargas, considerando a diferença no local de
origem dos voos das companhias.
O Cade também julgou que a operação não traz risco de fechamento do
mercado de manutenção, reparo e revisão de aeronaves e componentes, já
que as principais empresas aéreas do Brasil, TAM, Gol e Avianca Brasil,
possuem seus próprios centros de manutenção.
O consórcio Atlantic Gateway disse que vai investir até 800 milhões de
euros na TAP e expandir as rotas para os Estados Unidos e Brasil, com o
objetivo de que a endividada companhia aérea comece a dar lucros já em
2016.
Em entrevista ao jornal O Globo, Neeleman afirmou que pode buscar apoio
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no
Brasil para ampliar sua fatia na TAP através da Azul dos atuais 61 por
cento para até 95 por cento.
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