Moeda em alta tem impacto negativo sobre a estatal
Por Infomoney
A
depreciação do real continua, tendo atingido alta de cerca de 30% até julho e
com a moeda norte-americana atingindo os R$ 3,49 até o início da tarde desta
quarta-feira (5). Além de implicações econômicas, o dólar em alta afeta muitas
empresas, principalmente aquelas que possuem dívidas na divisa norte-americana.
Em relatório, o Santander destacou quais são as implicações do real mais
desvalorizado para a Petrobras e que muitas delas têm um potencial impacto
negativo sobre a estatal. Confira, a seguir, as implicações negativas do dólar
alto para a Petrobras.
Real mais
fraco implica em maior endividamento para a Petrobras em reais
Como
cerca de 80% da dívida da estatal é em moeda estrangeira, a depreciação aumenta
o débito da empresa em reais, tornando o foco da gestão na desalavancagem cada
vez mais desafiadora.
Impacto
negativo para as operações downstream
A segunda
implicação de um real mais fraco, de acordo com os cálculos do Santander, é uma
potencial piora nos números de refino, transporte e distribuição, como
resultado do desconto de preços no mercado interno em relação aos
internacionais. Isso sem contar os custos de importação mais elevados.
"Estimamos que cada R$ 0,10 de depreciação do real afeta negativamente o
fluxo de caixa da Petrobras em aproximadamente US$ 550 milhões (aproximadamente
R$ 1,7 bilhão), mantendo todas as outras variáveis constantes", calculam
os analistas do banco.
Impacto
sobre o valor da empresa
Dado que
o valor da empresa da empresa ficou em torno de R$ 450 bilhões e R$ 500 bilhões
nos últimos anos, uma desvalorização continuada da moeda brasileira implica que
a composição desse valor será de cada vez mais dívidas e menor patrimônio
líquido.
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