Proposta poderá ser iniciada em 2016
A diretora técnica nacional do Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heloisa Menezes (foto), disse que a
instituição finaliza um estudo sobre a possibilidade de se tornar investidora
em alguns fundos de empresas inovadoras. “Há possibilidade de, a partir de
2016, o Sebrae atuar também como possível investidor em fundos de empresas
inovadoras e, dessa forma, em vez de subsidiar, ser sócio de alguns
empreendimentos inovadores”, disse ela à Agência Brasil na noite de
segunda-feira (24), durante a 15ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica.
Organizado pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (Anpei), o evento ocorre até o dia 26 em Cabo de Santo Agostinho
(PE).
Segundo a diretora nacional do Sebrae, a ideia é amenizar as
dificuldades que as empresas encontram para obter crédito em instituições
financeiras. “Inovar é correr risco. É participar. O mercado bancário cria
dificuldades porque inovação é uma atividade de risco, e bancos têm aversão a
riscos.”
“Ao nos tornarmos um investidor a mais [dos fundos de investimentos dessas empresas], não só faremos um
acompanhamento maior do trabalho de assessoria continuada, compartilhando o
conhecimento que temos, como também participaremos das decisões da empresa”,
acrescentou. A novidade foi bem recebida pelo presidente da Anpei, Gerson
Valença Pinto. “O Sebrae desempenha papel importante de transformar pequenos e
médios negócios, pela capilaridade que tem. Ao sinalizar com essa
possibilidade, favorece [uma aproximação
entre] o espírito empreendedor e a inovação. [Isso] só tende a fortalecer essas empresas.”
Análise de portfólios
De acordo com a diretora do Sebrae, a finalização da
proposta depende ainda de uma análise que está sendo feita nos portfólios das
empresas com o perfil desejado. “Fechando esses trabalhos, vamos apresentar à
diretoria e ao conselho do Sebrae os portfólios de gestão dos fundos mais
interessantes. Isso deve ser feito ainda este ano”, informou Heloisa. A
expectativa é que, caso seja aprovada ainda em 2015, a proposta comece a ser
implementada em 2016. “Estou otimista porque essa ideia está aliada à ambiência
de atuação do Sebrae.”
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