País poderá perder o Investment Grade
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A agência
de análise de risco Standard & Poor’s anunciou nesta a terça-feira que
revisou a perspectiva para os ratings da dívida em moeda estrangeira do Brasil
de “estável” para “negativa”. A agência também reafirmou o rating da dívida de
longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em “BBB-“, o rating “A-3” da dívida
de curto prazo em moeda estrangeira, a nota “BBB+” da dívida de longo prazo em
moeda local e o rating “A-2” da dívida de curto prazo e moeda local. Na mesma
nota, a S&P confirmou o rating escala nacional “brAAA” e a perspectiva
sobre esta nota permanece “estável”.
A agência
destacou que o Brasil enfrenta desafios políticos e circunstâncias econômicas
apesar da significativa correção política durante o segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff. “O número de investigações de corrupção entre certos
políticos e companhias está pesando cada vez mais sobre a perspectiva fiscal e
política do Brasil, colocando em risco a implementação eficaz da política,
particularmente no Congresso”, ressalta o documento.
“Revisamos
nossa perspectiva sobre os ratings em moeda estrangeira para refletir o que
acreditamos que seja uma probabilidade maior que um em três de que a correção
da política venha a enfrentar desvios adicionais considerando a dinâmica
política e que o retorno a uma trajetória de crescimento mais firme vai levar
mais tempo do esperávamos”, revela a S&P.
A agência
ainda afirma que, desde 23 de março, quando reafirmou os ratings do Brasil, a
avaliação era que os riscos negativos para o País tinham aumentado. “Revisamos
a perspectiva para negativa porque apesar das amplas mudanças políticas agora
em curso, que continuamos a acreditar que têm o apoio da presidente, os riscos
para execução cresceram. Em nossa avaliação, esses riscos têm origem tanto nas
frentes políticas quanto econômicas”, diz a agência.
Com a
revisão da perspectiva do rating soberano para negativa, significa que a nota
poderá ser reduzida no curto prazo e o país poderá perder o grau de
investimento (“Investment Grade”).
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