Fornecedora do setor petroleiro compra rival por R$ 58 bi
REUTERS/Richard Carson/Files
Schlumberger: transação já foi aprovada pelos conselhos de administração das duas companhias
São Paulo - A líder mundial em soluções para empresas de petróleo e gás Schlumberger anunciou nesta quarta-feira (26) que comprará a concorrente Cameron por nada menos que 14,8 bilhões de dólares (algo em torno de 53,8 bilhões de reais).
A transação já foi aprovada pelos conselhos de administração das duas
companhias e o pagamento será feito em dinheiro e ações. Juntas, elas
alcançaram receitas de 59 bilhões de dólares no ano passado.
Pelo acordo, os investidores da Cameron receberão 14,44 dólares por cada
papel que possuem na empresa e mais 0,716 ações da Schlumberger. Após a
conclusão do tratado, eles terão uma participação de 10% na compradora.
A aquisição
deverá trazer sinergias de cerca de 300 milhões dólares no primeiro ano
e de 600 milhões de dólares no segundo ano, antes de impostos. Elas
serão obtidas por meio da redução de custos operacionais, otimização da
cadeia de suprimentos e melhoria de processos manufaturados.
"Com os preços do óleo em níveis baixos, empresas de serviços
petrolíferos que entregam tecnologias inovadoras e uma maior integração
enquanto melhoram a eficiência, o que os nossos clientes cada vez mais
demandam, vão se sobressair no mercado", disse Paal Kibsgaard,
presidente da Schlumberger, em nota.
Ambas as empresas ficam sediadas no estado do Texas, nos Estados Unidos. Elas possuem ativos que se complementam.
"Nós acreditamos que a próxima transformação na indústria técnica será
alcançada através da integração das tecnologias de reservatórios e poços
da Schlumberger com a liderança da Cameron em tecnologias de
superfície, perfuração, processamento e controle de fluxo", completou.
"Juntos, nós vamos criar uma empresa líder em equipamentos e serviços
com uma plataforma expandida para impulsionar o crescimento acelerado",
afirmou o presidente da Cameron, Jack Moore.
A Schlumberger foi assessorada financeiramente pelo Goldman Sachs na
operação, enquanto a Cameron foi aconselhada pelo Credit Suisse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário