segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Azul vai começar a vender passagens da TAP




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E-jets, da Embraer: a versão nacional usada pela Azul e Trip
Juntas: Azul e TAP terão 77 voos semanais para a Europa a partir de 12 cidades brasileiras
  
 
 
São Paulo – A Azul começa hoje a vender hoje passagens aéreas para os mais de 50 destinos europeus ofertados pela TAP a partir de 12 cidades brasileiras.

Juntas, as duas companhias de aviação contarão com 77 voos semanais. A aérea portuguesa já comercializa os destinos operados pela Azul desde novembro de 2013.

“Este é o primeiro passo para uma parceria mais extensa com a TAP”, diz Antonoaldo Neves, presidente da Azul, por meio de comunicado.
As passagens poderão ser compradas por meio do site, balcão ou callcenter da Azul e os clientes serão atendidos por um check-in único, com retirada de bagagens somente no destino final.

David Neeleman, controlador da Azul, adquiriu 61% da TAP em junho deste ano, depois de uma longa negociação com o governo português.

O acordo englobou uma injeção de capital de estimados 350 milhões de euros, além da promessa da expansão da TAP no Brasil.

Na época, a companhia portuguesa acumulava um prejuízo de 85 milhões de euros e uma dívida estimada em 1 bilhão de euros.

Maguary quer crescer com forte ritmo de lançamentos



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Lançamentos da Maguary: Tea, purê de frutas e suco mais saudável
Maguary: as novidades já correspondem a 40% do faturamento da empresa
 
 
 
São Paulo - Em um ritmo frenético de lançamentos, a Maguary espera conquistar o mercado de sucos no Brasil. Nos últimos 3 anos, ela lançou mais de 200 novos produtos, com investimentos de 100 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento.

Nesse período, a Maguary cresceu em torno de 167% na categoria de prontos para beber, 13% na categoria de concentrados, na qual já era líder, e 420% na categoria de 200ml.

As novidades, que chegam em forma de novos sabores, tamanhos e formas de beber, já correspondem a 40% do faturamento da empresa.
O último lançamento da empresa foi Maguary Pedaços, que contém partes de fruta. Com essa nova linha de sucos, a empresa quer elevar em 30% nas vendas no próximo ano.

Para fabricar a novidade, a empresa investiu em novas máquinas e em embalagens diferentes.

A Maguary faz parte do grupo ebba, junto com a Dafruta. No ano passado, o faturamento do grupo foi de 631,8 milhões de reais. Em julho, a empresa foi adquirida pelo grupo britânico Britvic.
Apesar da mudança no comando do grupo, a diretoria deverá se manter, comentou a companhia à Exame.com.

Os seus negócios, no entanto, poderão receber um salto com a união. A exportação de produtos com frutas tropicais, por exemplo, pode crescer – hoje, as vendas para fora são só 5% do faturamento.

A ebba exporta polpa e produto acabado para mais de 20 países, entre eles Estados Unidos, Argentina, Inglaterra, Tailândia e Japão.

Indicador da Direito SP retrata a confiança de brasileiros no Poder Judiciário

 

 

Este é o resultado inédito de uma nova apuração do Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito SP), e que será divulgado na 9ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ainda nesta semana.
Os brasileiros não-brancos – pardos, negros e indígenas – têm menor confiança no Poder Judiciário, entendem que os custos para entrar na Justiça são caros e declaram ter menor grau de satisfação com o trabalho da polícia. Este é o resultado inédito de uma nova apuração do Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito SP), e que será divulgado na 9ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ainda nesta semana.

“Os dados parecem indicar que a situação dos negros influencia negativamente a confiança desse grupo nas instituições do sistema de Justiça e na satisfação com a polícia”, conta Luciana Gross Cunha, coordenadora do Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada e professora da Direito SP, uma das responsáveis pelo indicador.

O ICJBrasil é apurado a partir da aplicação de um questionário, a cada trimestre, em oito diferentes unidades da federação, nas regiões metropolitanas e no interior, com cidadãos maiores de 18 anos que compõem uma amostra construída com base em variáveis como sexo, rendimento mensal domiciliar, escolaridade, faixa etária e condição socioeconômica. Durante o ano de 2014, foram entrevistadas 6.623 pessoas nos estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

Entre os que se declaram brancos, foi constatado que 34% dos entrevistados acreditam que o Judiciário brasileiro é “confiável ou muito confiável”. Já entre os pardos, negros e indígenas, 28% têm confiança no poder. Por outro lado, nesse mesmo grupo, 68% entende que o Judiciário é “pouco ou nada confiável”, taxa que cai para 62% entre os brancos.

Ao analisar os custos para acessar a Justiça, os dois grupos apresentam uma percepção bastante similar: 75% dos brancos entendem que o Judiciário Brasileiro é “muito” ou “um pouco” caro, enquanto os não-brancos com essa avaliação somam 77%. Por outro lado, 11% das duas categorias de respondentes acreditam que o acesso ao Judiciário é “barato” ou “muito barato”.

As diferentes impressões a respeito da confiança no Judiciário também aparecem quando é analisado o grau de satisfação com a polícia. Entre brancos, 67% se dizem “satisfeitos” ou “muito insatisfeitos” com as polícias, índice que cai para 62% entre o grupo que reúne pardos, negros e indígenas. Em paralelo, 38% deste grupo está “um pouco insatisfeito” ou “muito insatisfeito” com a polícia, enquanto a insatisfação entre brancos é de 33%.

“A situação mostra um quadro muito negativo. Sem a confiança na polícia e no Judiciário, o grupo de negros, pardos e indígenas não goza de sua condição de cidadania. É para dar transparência a esse quadro, e por entendermos que só com informação poderemos fortalecer essas instituições, que incluímos esses dados do ICJBrasil no Anuário Brasileiro de Segurança Pública”, afirma o pesquisador do Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada da Direito SP, Renato Sérgio de Lima.

Segundo os pesquisadores da Direito SP que participam da elaboração do ICJBrasil, há várias hipóteses que podem explicar os diferenciais de confiança e satisfação com as instituições. “A primeira tem a ver com a existência de discriminação racial na atuação dessas instituições em solucionar os problemas de cada grupo étnico. Outra hipótese seria a de haver diferenças de conhecimento e familiaridade com essas instituições, devido à alta correlação entre as dimensões de raça e o acesso à educação e a ocupação no mercado de trabalho”, avaliam os pesquisadores.

BRF faz aquisição de US$ 43 milhões na Argentina


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BRF Innovation Center, em Jundiaí, SP (2015)
Centro de Inovação da BRF: o grupo é o maior exportador mundial de carne de frango
 
Da AFP


]Buenos Aires -- O grupo brasileiro BRF, maior exportador mundial de carne de frango, adquiriu várias marcas conhecidas de alimentos da empresa argentina Molinos Rio de la Plata, informou nesta sexta-feira a Comissão Nacional de Valores (CNV) da Argentina.

A operação, anunciada na quinta-feira à CNV por ambas as empresas, deve ser concluída no dia 16 de outubro.

A Molinos e suas sociedades fecharam um acordo com a BRF para a transferência de suas marcas de salsichas, hambúrgueres, margarinas e frios.
A empresa brasileira ficará, portanto, com as marcas argentinas emblemáticas de salsichas, hambúrgueres, margarinas e frios, entre elas a Tres Cruces, a Vienísima, a Wilson, a Good Mark, a Manty e a Delicia.

A transação deve totalizar 42,96 milhões de dólares, dos quais 39,82 milhões serão aportados pela Quickfood e 3,68 milhões pela produtora de frangos Avex.

"Com essa operação reafirmamos o compromisso com o desenvolvimento na Argentina e de nossas operações", disse Alexandre Borges, Gerente Manager para América Latina da BRF, em um comunicado da empresa.

Alpargatas confirma que pode ser vendida




Exame
Havaianas Alpargatas
Segundo a Alpargatas, a Camargo Corrêa ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito
 
Beth Moreira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Alpargatas divulgou fato relevante nesta segunda-feira, 05, informando que sua controladora, a Camargo Correa, em virtude do interesse sinalizado por investidores, está analisando oportunidades estratégicas relacionadas ao seu investimento na companhia, o que poderá inclusive envolver a alteração na composição do controle da empresa.

Segundo a Alpargatas, a Camargo Correa ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito.
A afirmação é uma resposta à reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, o grupo Camargo Corrêa colocou à venda parte de seus negócios, entre eles a Alpargatas (dona da Havaianas), uma fatia da divisão de cimento InterCement e não descarta se desfazer da participação que tem na CPFL, de energia.

Conforme a reportagem, os recursos serão usados para reduzir seu endividamento e como reserva para pagamento de pesadas multas.

A construtora, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada de empresas) para devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos.

Esta não é a primeira vez que o controle da Alpargatas é negociado no mercado. O jornal apurou que a companhia já foi oferecida para fundos e outras empresas, nos últimos meses.

"Fomos procurados por bancos, que nos ofereceram o negócio por entender que a Alpargatas não faz parte do core business da Camargo Corrêa", disse o executivo de um grande fundo de investimento.

Apesar do processo estar em curso, ainda não há ofertas firmes pelos 44,12% que estão nas mãos da Camargo. O valor de mercado da empresa é de R$ 3 bilhões, 35% menor que há 12 meses, segundo a Economática.

Brasil vira modelo do que não deve ser feito




George Campos / USP Imagens
Bandeira do Brasil
Josué Leonel, da Bloomberg


O BC da Colômbia foi hoje o segundo a citar a política econômica brasileira, marcada nos últimos anos por uma reação hesitante contra a alta inflação, como exemplo a evitar. Antes havia sido o BC da Índia a fazer observação semelhante.

“Eu creio que o Brasil é um excelente exemplo do que não se deve fazer”, disse Carlos Gustavo Cano, co-diretor do BC colombiano, ao jornal Vanguardia Liberal, quando indagado se a alta dos juros no país não poderia levar a um cenário como no Brasil. ”Reagir tarde (contra a alta da inflação) é contraproducente e pode prejudicar a economia.”

A taxa de juros colombiana, que subiu em setembro para 4,75%, é cerca de 1/3 dos 14,25% do Brasil. A inflação colombiana também é muito menor: 4,74% em 12 meses até agosto, menos da metade dos 9,5% do Brasil.
O comentário do dirigente colombiano foi precedido em quase um mês por Raghuram Rajan, presidente do BC da Índia. Rajan, que comanda a política monetária de um país que poderá crescer mais que a China este ano, disse que o Brasil mostrou o perigo de se tentar crescer rápido usando juros subsidiados, estímulos e controles de preços.

As críticas dos dois dirigentes, em seu conteúdo, não diferem das feitas por economistas do mercado e por outros ligados a partidos de oposição brasileiros.

Essas críticas tem sido comuns desde o início do 1º mandato de Dilma, sobretudo após o BC, mesmo com a inflação acima da meta, ter decidido cortar os juros em 2011.

A situação atual é totalmente oposta à vista até a 1ª metade do governo Dilma. Em 2011, antes de começar a mudar a política econômica herdada de FHC e Lula, a presidente Dilma chegou a ser considerada pela Forbes a 2ª mulher mais poderosa do mundo, atrás apenas da alemã Angela Merkel.

Ainda em 2012, mesmo com as críticas internas aumentando, Dilma ainda se sentiu confiante para, em entrevista ao Le Monde, sugerir que Europa fosse menos ortodoxa e seguisse o exemplo de países emergentes que usavam incentivos para superar a crise.

Três anos depois, o Brasil realmente virou um modelo. Mas não exatamente um modelo a se seguir, como pensava Dilma.

Lemann é o único brasileiro na lista dos mais influentes



André Dusek / AE
O empresário Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann: bilionário mais rico do país é o 17º mais influente do mundo, pela Bloomberg
 
 
 
 
São Paulo – O bilionário mais rico do país é também o único brasileiro na lista dos 50 mais influentes do mundo, pela lista da revista Bloomberg Markets, cuja prévia foi divulgada hoje.

Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital, aparece em 17º lugar no ranking, liderado por Janet Yellen, chefe do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Na 2º posição está o presidente da China, Xi Jinping, seguido por Tim Cook, CEO da Apple.
Lemann é descrito pela publicação como um “artista que ama comprar grandes negócios e odeia custos desnecessários em empresas, incluindo pessoas”.

A maneira como o empresário, de 76 anos, que encantou Warren Buffett, ajudou a incutiu uma cultura baseada em mérito em seus gestores, fez com que ele liderasse uma equipe obstinada a perseguir lucro.

“E deixasse os concorrentes compelidos a mudar a forma de fazer negócios sob o risco de virar o próximo alvo de Lemann”, destaca a Bloomberg.

Em março, o empresário orquestrou o acordo de US$ 46 bilhões da fusão da Heinz e da Kraft, o maior acordo do ramo alimentício fechado até hoje.

A Anheuser-Busch InBev, empresa que ele ajudou a transformar na maior cervejaria do mundo, está prestes a fechar outro feito histórico.

Em setembro, a companhia fez uma oferta de estimados US$ 100 bilhões pela SABMiller, que abriga as marcas Peroni e Grolsch.

Enquanto a resposta não vem, a empresa segue comprando cervejarias artesanais – cinco delas foram adquiridas pela gigante de bebidas, apenas neste ano.