quarta-feira, 4 de maio de 2016

'NYT' diz que o Brasil jogou fora a chance de virar país desenvolvido

Com Dilma, piorou


Euforia da era Lula morreu por falta de reformas, diz jornal


 


Reportagem do jornal New York Tomes desta quarta-feira (4) demonstra que o o governo jogou fora uma grande de o Brasil se transformar num país desenvolvido.

A matéria, assinada pelo jornalista Eduardo Porter, interpreta a situação política e econômica brasileira, mencionando que os brasileiros estiveram felizes nos anos do governo Lula, quando os altos preços das commodities fizeram alguns acreditar que o Brasil iria decolar.

Na ocasião, diz o jornal, o Brasil se achou o máximo, achando que teria chances até maiores do que a China para se colocar no grupo das nações mais ricas do mundo. Mas eras sonho de uma noite de verão, pura miragem.


NYT: Lula pensou que era um gênio da economia.

A economia do Brasil está em queda livre, afirma Porter em seu texto, e a queda é ainda mais acentuada do que a dos anos 1980, considerada a década perdida.

Avaliando que essa ilusão de prosperidade em épocas de preços altos de matérias-primas é comum na América Latina, o jornal ouviu o professor José Scheinkman, brasileiro que leciona na prestigiosa Universidade de Columbia.

A avaliação é que Lula pensou ser um gênio econômico, só que ciclos de preços altos de commodities não mudam a fisionomia do País. Os governantes do PT não quiseram saber de fazer reformas essenciais, e o resultado está aí.

A situação deixada por Lula tornou-se ainda pior sob Dilma Rousseff, que fincou pé na alternativa populista. Algumas medidas poderiam ser aceitáveis, mas o problema é que ela não soube quando parar.


 http://diariodopoder.com.br/noticia.php?i=55003381230

Ministério da Justiça português legitima pedido de extradição de Raul Schmidt


Decisão põe fim à fase administrativa do processo. Caso agora está sendo analisado judicialmente



O Ministério da Justiça de Portugal julgou admissível o pedido de extradição de Raul Schmidt Felipe Junior, preso em Lisboa na 25.ª fase da Operação Lava Jato, no dia 21 de março. O despacho proferido pelo órgão põe fim à fase administrativa do processo. Cabe agora ao Tribunal da Relação de Lisboa decidir judicialmente a extradição.

Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (3) o Ministério de Justiça português informou que a decisão sobre a continuidade do processo se baseou principalmente no fato de que os supostos crimes praticados pelo investigado são anteriores à concessão da sua nacionalidade portuguesa. Raul é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos atualmente presos em Curitiba pela participação no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

"É uma decisão importante, fruto de um trabalho conjunto entre as autoridades brasileiras e portuguesas. Isso demonstra que atualmente não há fronteiras para investigações de crimes do colarinho branco´´, destacou o procurador da República Diogo Castor de Mattos, integrante da Força-Tarefa Lava Jato em Curitiba.

O investigado estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida a ordem de prisão. Seu nome havia sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado. Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobras, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

Segundo o secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras, graças à cooperação entre o MPF, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores, o pedido de extradição ultrapassou a fase administrativa. Agora terá lugar a fase judicial, perante o Tribunal da Relação de Lisboa. "Schmidt é brasileiro e naturalizado português. Diferentemente do Brasil, Portugal extradita nacionais. Por isso a PGR, por intermédio da Secretaria de Cooperação Internacional, prometeu reciprocidade em relação aos brasileiros naturalizados. O Itamaraty confirmou a possibilidade de reciprocidade".

 http://lavajato.mpf.mp.br/

Dilma quer que o país se dane

 




Em editorial do Estadão – intitulado “O País que se Dane” – vemos a real dimensão da perfídia de Dilma Rousseff nos últimos dias de seu reinado de horror:
No comício promovido pela CUT em São Paulo para comemorar o 1.º de Maio, a presidente Dilma Rousseff mostrou-se capaz de, nos estertores de seu catastrófico mandato, transpor a barreira do ridículo para se perder nas brumas da falta de juízo. É o caso de se pensar se já não é mais questão de mero impeachment, mas de auxílio terapêutico. Não há outra explicação para Dilma ter afirmado que seus opositores são os verdadeiros “responsáveis pela economia brasileira estar passando uma grande crise”.

Afirmação que soa tão mais insana quando feita no mesmo discurso em que anunciou um “pacote de bondades” que amplia o bilionário rombo orçamentário que legará a seu sucessor.

É triste constatar que Dilma Rousseff renunciou à possibilidade de deixar o governo com um mínimo de dignidade, se não admitindo honestamente erros cometidos – atitude que não combina com sua enorme arrogância – pelo menos se poupando, e ao país, do deplorável espetáculo desse ímpeto revanchista com que tenta transferir a outros a responsabilidade por sua clamorosa incompetência. A escalada de absurdos a que Dilma se entregou nesses últimos dias torna plausível até as mais disparatadas especulações que circulam em Brasília. Fala-se, por exemplo, que, para registrar de modo dramático sua indignação e repulsa ao “golpe” de que se considera vítima, Dilma estaria cogitando receber a comunicação oficial do afastamento literalmente acorrentada a sua cadeira presidencial. Só pensar em tal cena já é um disparate.

Se o desempenho de Dilma no comício da CUT já foi chocante, imagine-se o que virá por aí. O Palácio do Planalto programou, até o fim desta semana, uma intensa agenda de compromissos públicos que Dilma pretende usar não apenas para atacar os “golpistas” que a vitimam, como para continuar iludindo a população com o anúncio de projetos de “bondades” que certamente não ofereceria se ela própria tivesse que arcar, mesmo na qualidade de presidente da República, com o pagamento das contas. O rombo orçamentário previsto para este ano é de cerca de R$ 100 bilhões e até dias atrás Dilma não via problema em aprofundar esse buraco. O “pacote de bondades” anunciado pela presidente provocará, sem dúvida, um aumento do déficit orçamentário com o qual o próximo governo terá que se haver. É a chamada cortesia com o chapéu alheio, que depois permitirá ao PT, na oposição, criticar severamente o “descontrole das contas públicas”.

No campo estritamente político, alguns petistas se mostram dispostos a apoiar a ideia da realização de eleições presidenciais antecipadas que está sendo apresentada por um grupo de senadores. Há notícias de que Dilma estaria considerando essa possibilidade, que implicaria sua renúncia e a de Michel Temer a seus mandatos. Mas dentro do próprio PT há forte resistência à ideia, sob o argumento de que a renúncia de Dilma seria interpretada como uma confissão de culpa. E ninguém acredita que Michel Temer a aprove.

A antecipação do pleito presidencial para outubro próximo, coincidindo com as eleições municipais, objetivaria a escolha apenas de novos presidente e vice, para completar o mandato de Dilma, que termina em 31 de dezembro de 2018. A novidade dependeria da aprovação de uma emenda constitucional. Mesmo que Senado e Câmara conseguissem cumprir os prazos estabelecidos para a tramitação da emenda e o Tribunal Superior Eleitoral lograsse preparar em tempo a eleição para outubro, o quórum exigido para aprovação é praticamente inatingível nas atuais circunstâncias políticas. Além disso, a proposta esbarraria na intransponível cláusula constitucional da anualidade exigida para todas as modificações do processo eleitoral. A proposta, portanto, se presta apenas a tumultuar o ambiente político e retardar o urgente trabalho de reconstrução que o País exige.

Mas não é um disparate, como alguns julgam. Afinal, seria desta maneira que o PT reduziria os prejuízos eleitorais que o petrolão e o desastre do governo Dilma decerto lhe causarão. E, mais importante, a campanha eleitoral colocaria Lula, hoje um dois de paus, novamente no proscênio político. Dilma e a tigrada do PT, enquanto agonizam politicamente, não deixarão passar nenhuma oportunidade para “infernizar” o governo que deverá assumir nos próximos dias. O país? Ora, o país que se dane.
Eis que a Dilma pós-impeachment conseguiu a proeza superar seu próprio recorde de imoralidade e perversidade contra o Brasil. O recorde anterior ia para ela mesma, nos meses que antecederam o impeachment. Isso não deve ser esquecido jamais pelo povo brasileiro. E tudo que Dilma está fazendo deve ir para a conta do PT, partido que a colocou lá para infernizar a vida do povo.

Fonte: Editorial do Estadão: O país que se dane | Augusto Nunes | VEJA.com

https://lucianoayan.com/2016/05/03/dilma-quer-que-o-pais-se-dane/

terça-feira, 3 de maio de 2016

Brasileiros depositaram US$ 23 bilhões em paraísos fiscais




Reprodução
Cayman Castle, nas Ilhas Cayman, no Caribe.
Paraísos fiscais: em 2015, o mundo aplicou US$ 72 bilhões em paraísos fiscais na região caribenha e mais de US$ 221 bilhões pelo mundo
 
Jamil Chade, do Estadão Conteúdo


Genebra - Grandes fortunas brasileiras e empresas nacionais levaram mais de US$ 23 bilhões aos principais paraísos fiscais do Caribe, entre eles as Ilhas Cayman e as Ilhas Virgens Britânicas.

Os dados foram publicados nesta terça-feira, 3, pela Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio, num informe que aponta que, apenas em 2015, o mundo aplicou US$ 72 bilhões em paraísos fiscais na região caribenha e mais de US$ 221 bilhões pelo mundo.

Os dados são divulgados no momento em que diversos governos pelo mundo avaliam o impacto dos Panama Papers, que revelaram uma estrutura de empresas offshore constituídas em muitos desses centros para simplesmente servir de forma para esconder recursos.

Manter contas em paraísos fiscais não é ilegal. Mas precisam ser declaradas.

No caso do Brasil, entre 2010 e 2014, o volume de dinheiro aplicado no Caribe representou 5% de todos os recursos recebidos por esses centros e coloca o País entre os cinco maiores "investidores " nesses centros financeiros.

Os maiores investidores em paraísos fiscais caribenhos são Hong Kong, com US$ 148 bilhões, contra US$ 94 bilhões dos EUA e US 77 bilhões da Rússia, além de US$ 45 bilhões da China.

No mundo, a maior taxa de recursos de recursos depositados por multinacionais e suas afiliadas está em Luxemburgo, país que foi sacudido pela revelação em 2015 de documentos mostrando como o governo fechou acordos confidenciais com grupos privados para reduzir impostos e atrair suas sedes fiscais para o local.

Segundo os dados da ONU, uma parte substancial desses investimentos em Luxemburgo veio de empresas dos EUA. Só no primeiro trimestre do ano de 2015, um fluxo de US$ 155 bilhões foi registrado em Luxemburgo. Mas a volatilidade de entrada e saída de recursos é elevada.

Só em recursos que saíram de Luxemburgo para os EUA, o volume chegou a US$ 153 bilhões. Luxemburgo tem recursos de 114% de seu PIB. Nas Ilhas Cayman, a taxa é de 800%.

No final de 2015, um volume importante de recursos deixou Luxemburgo e a Holanda, depois que a UE passou a aplicar duras regras contra a evasão de grandes conglomerados.

Mas, segundo a ONU, a existência de paraísos fiscais continua ser um "grande desafio para a gestão pública". Empresas de 26 países ricos, por exemplo, registraram mais lucros em Bermuda em 2014 que na China, o maior mercado do planeta.

Apesar das taxas elevadas de investimentos em paraísos fiscais, a ONU indica que o volume já foi superior. Em 2013, cerca de US$ 132 bilhões foram depositados nesses locais.


Dotz abre programa para contratar quem tem mais de 55 anos


 
 
 
São Paulo – Uma empresa jovem em busca de profissionais experientes. A Dotz, que há 15 anos atua no setor de fidelização, acaba de abrir um programa para recrutar pessoas com mais de 55 anos. Os currículos podem ser enviados por email até o dia 20 de maio.

Com a maioria de funcionários predominantemente entre 25 anos e 35 anos, a empresa quer mais heterogeneidade com mais incentivo para a troca entre diferentes gerações. “Essa diversidade permite adoção de múltiplas perspectivas no processo decisório e contribui para geração de melhores resultados, além de colaborar positivamente para o clima da empresa como um todo”, diz Fábio Sant'Anna, diretor de gente e gestão da Dotz.
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O Geração Sênior, diz ele, tem o objetivo de tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo e com perfis complementares. “As gerações anteriores trazem toda sua experiência enquanto as novas gerações trazem uma forte conexão com a tecnologia e muita disposição para compartilhar suas ideias”, diz.

Em fase piloto, o programa, chamado de Geração Sênior, tem, a princípio, duas vagas para São Paulo (SP), mas a ideia é expandi-lo. “Após sua implementação vamos avaliar os resultados que essa iniciativa trará para dar sequência a expansão do programa”, diz Sant'Anna que já projeta resultados positivos para a empresa e para os aprovados na seleção.

Os profissionais selecionados serão contratados inicialmente por 6 meses. O contrato temporário poderá ser estendido por igual período, assim como a fase piloto do programa, segundo o diretor de gente e gestão. Depois disso, há a possibilidade de efetivação. A carga de trabalho é reduzida e os horários flexíveis.
 

O perfil que a empresa procura


Podem participar do processo seletivo profissionais que estejam com mais de 55 anos e tenham formação superior. Não há restrição de curso de formação. É que as posições e áreas de trabalho não foram definidas. Os aprovados serão alocados de acordo com sua experiência.

Estar sem trabalho não é desvantagem competitiva. “Queremos dar oportunidades para pessoas que já saíram do mercado de trabalho, mas que ainda têm a necessidade de uma complementação na renda ou querem continuar ativos”, diz Sant'Anna.

Profissionais que saibam se comunicar bem e que estejam dispostos a compartilhar conhecimentos, ensinar e aprender com as novas gerações têm mais chances de se destacar na seleção, de acordo com o diretor da Dotz.

A identificação com os valores da empresa é um requisito. “Buscamos apaixonados pela nossa causa, que queiram fazer parte da vida de nossos clientes trabalhem para ser parceiros de verdade dos nossos parceiros e que entreguem resultados admiráveis”, diz Sant'Anna.
 

SERVIÇO
Programa Geração Sênior da Dotz
Inscrições: até 20 de maio. Os currículos devem ser enviados para o email vagasbr@dotz.com.br.
Processo Seletivo: de 9 de maio a 24 de junho.
Início previsto: junho/julho.

Aécio manifesta preocupação com ministérios de governo Temer




Adriano Machado/Reuters
Senador Aécio Neves (PSDB). Em 29/03
Aécio: segundo o presidente do PSDB, o apoio dos tucanos a uma provável gestão Temer será baseada em programa e não estará vinculada à indicação de nomes para cargos
 
Da REUTERS


Brasília - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), manifestou preocupação nesta terça-feira com a maneira como vem sendo constituído o ministério de um provável governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer, e afirmou que a posição dos tucanos é de não indicar nomes, embora o partido não se oponha em participar caso receba convites.

“Realmente nos preocupamos com notícias que hoje já são públicas da forma pela qual o governo está sendo constituído. Nós temos o receio de que esse governo se pareça muito com aquele que está terminando seus dias”, disse Aécio a jornalistas após reunião da Executiva Nacional do PSDB.
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Segundo Aécio, o apoio dos tucanos a uma provável gestão Temer será baseada em programa e não estará vinculada à indicação de nomes para cargos, mas o partido não vai se opor à eventual escolha de um de seus quadros para formar a equipe do provável novo governo.

Temer deve assumir à Presidência ainda este mês se for confirmado o afastamento da presidente 

Dilma Rousseff pelo Senado em 11 de maio, por até 180 dias, como parte da tramitação do processo de impeachment no Congresso.

“Se ele (Temer), do ponto de vista pessoal, quiser buscar no partido nomes, terá a liberdade para fazer isso, o partido não vai criar dificuldades, mas o apoio que é convergente dentro do PSDB é a um programa”, afirmou Aécio depois do encontro, que contou também com a participação de governadores do PSDB.

O PSDB entregará ainda nesta terça-feira a Temer uma carta com 15 propostas do partido ao eventual governo Temer, que vão nortear o apoio dos tucanos.

O documento, aprovado pela Executiva Nacional, trata de temas sociais, econômicos e políticos, incluindo uma reforma política imediata que prepare o país para voltar a discutir a implantação do parlamentarismo, que foi rejeitado em 1993 em um plebiscito que optou pelo presidencialismo como sistema de governo no país.

“Nós temos de ter um sistema parlamentarista, onde a troca de governo é uma solução e não um trauma como no Brasil. Basta lembrar que depois da Constituinte foram eleitos quatro presidentes. 

Um já foi impedido, que foi o ex-presidente Fernando Collor, e outro está em vias de ser impedido, que é a presidente Dilma Rousseff”, disse o senador José Serra (PSDB-SP), um dos tucanos mais cotados para assumir um ministério em um governo Temer.

Os tucanos pedem ainda que um governo Temer assegure que todas as investigações em curso, em especial a Lava Jato, tenham continuidade, “sem serem submetidas a constrangimentos de quaisquer naturezas”.

O PSDB também defende a manutenção e ampliação de programas sociais, com o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, e pede responsabilidade fiscal do novo governo.

“O Executivo deverá apresentar, em no máximo 30 dias, um conjunto de medidas para a recuperação do equilíbrio das contas públicas que sinalize o controle do crescimento da dívida pública até 2018”, diz a carta.

Outro pedido dos tucanos é pela simplificação do sistema tributário. Eles querem que a nova administração apresente  uma proposta de “simplificação radical” da carga tributária.

Unipar Carbocloro compra 70,59% do capital da Solvay Indupa




Jock Fistick/Bloomberg
Amostra de cloro líquido é levado para testes em uma indústria de produtos químicos da Solvay em Antwerp, Bélgica
Amostra de cloro líquido é levada para testes em uma indústria de produtos químicos da Solvay
 
Fátima Laranjeira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Unipar Carbocloro anunciou a compra de 70,59% do capital social da produtora de PVC e soda Solvay Indupa, pertencente à Solvay Argentina. O valor da aquisição é da ordem de US$ 202 milhões, sujeito a ajustes usuais.

Em dezembro de 2013, a Braskem comunicou a compra da Solvay Indupa, após quase um ano de negociações, em operação avaliada em US$ 290 milhões. O negócio, porém, foi rejeitado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pesou na decisão o fato de a Solvay ser a principal concorrente da Braskem no mercado de PVC na América do Sul, especialmente no Brasil.

O contrato entre a Unipar Carbocloro e a Solvay Argentina prevê, ainda, que, em decorrência do negócio e conforme estabelecido na lei argentina, a Unipar deverá lançar oferta pública para a aquisição (OPA) de até a totalidade das demais ações da Solvay Indupa, atualmente negociadas na Bolsa de Comercio de Buenos Aires (BCBA). A Solvay Indupa possui uma unidade localizada na cidade de Bahía Blanca, na Argentina, com capacidade instalada para produção de 220 mil toneladas de PVC e 160 mil toneladas de soda.

A Solvay Indupa detém, ainda, 99,9% do capital da Solvay Indupa do Brasil, proprietária de uma fábrica em Santo André (SP) com capacidade de produção de 290 mil toneladas de PVC e 150 mil toneladas de soda, e 58% do capital da Solalbán Energía, detentora de ativos de geração de energia na Argentina.

"As duas plantas industriais integradas adquiridas possuem posição geográfica privilegiada, por conta de sua proximidade a grandes mercados consumidores", afirma a Unipar, em fato relevante.

Para a Unipar, o negócio tem por objetivo fortalecer sua posição na fabricação de cloro, soda e outros produtos químicos derivados, além de integrar ao seu portfólio o negócio de vinílicos (PVC), no Brasil e na Argentina.

A conclusão da aquisição está sujeita à aprovação pelo Cade, além de outras condições precedentes usuais.