terça-feira, 5 de julho de 2016

As empresas que perderam mais de R$ 1 bi na bolsa





Klabin, Braskem e Weg estão na lista da Economatica, com base em junho

Da Redação
redacao@amanha.com.br

 


Um levantamento realizado pela consultoria Economatica revela as empresas que mais perderam valor de mercado em junho. As empresas do ramo de papel e celulose ocupam as três primeiras colocações do ranking. Juntas, elas perderam mais de R$ 10 bilhões.

A Fibria, com uma perda total de R$ 6,5 bilhões, encabeça a lista, seguida por Klabin (R$ 3,8 bilhões), que tem unidade no Paraná (foto). A Suzano (R$ 3,6 bilhões) completa o trio. A Hypermarcas desvalorizou R$ 3,2 bilhões no mês passado. A Braskem, que tem unidade no polo petroquímico de Triunfo (RS), perdeu R$ 1,6 bilhão. A Eletropaulo, por sua vez, teve seu valor de mercado reduzido em R$ 1,5 bilhão. Já a Celpa somou uma perda de R$ 1,2 bilhão em junho. A catarinense Weg fecha  lista com um valor de mercado R$ 1 bilhão menor em relação ao mês de maio. 


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Uruguai confirma que Venezuela presidirá o Mercosul



Norberto Duarte/AFP
Bandeiras do Mercosul
Bandeiras do Mercosul: a passagem da presidência temporária do bloco é objeto de duros questionamentos pelo Paraguai
 
Da AFP


"O Uruguai não vai dar um só passo para ficar na presidência do Mercosul", afirmou o chanceler Rodolfo Nin Novoa nesta segunda-feira em meio à polêmica com o Paraguai pela transferência do posto à Venezuela.

Nin Novoa disse que na Venezuela há "uma democracia autoritária", mas que não houve "ruptura" da ordem institucional, e reiterou que seu país, que ocupa a presidência rotativa do bloco, a transferirá ao governo de Nicolás Maduro neste mês, como o estabelecido.
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A passagem da presidência temporária do bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, é objeto de duros questionamentos pelo Paraguai desde que foi confirmado na semana passada em um encontro dos chanceleres de Uruguai e Argentina, Nin Novoa e Susana Malcorra, respectivamente.

"Ainda não fomos informados da decisão, mas lamentamos que Uruguai e Argentina tenham anunciado publicamente, sem antes informar e consultar nosso país sobre passar a presidência pro tempore do Mercosul para a Venezuela", disse Eladio Loizaga, chanceler paraguaio, na semana passada.

"Falei com o chanceler José Serra, do Brasil, e ele também está surpreso com a decisão", disse Loizaga a jornalistas.

Ele insistiu que o Paraguai não aceita que a presidência pro tempore do bloco seja passada a um Estado em que o governo "está buscando o fechamento de um Poder do Estado através do Supremo Tribunal de Justiça, o fechamento da Assembleia Nacional, que é a voz do povo".

No programa "En Perspectiva", da Radio Oriental, Nin Novoa respondeu ao colega paraguaio: "Ainda não fechou. O dia em que fechar (o parlamento) me junto a Loizaga e aí sim tomamos alguma medida. Não podemos nos guiar por coisas que supostamente vão acontecer. Temos que nos guiar pelos fatos efetivos que acontecem".

"O que acontece é que o jurídico se impõe sobre o político. O político seria não dar a presidência à Venezuela", disse o chanceler uruguaio, em referência a uma polêmica frase de 2012 do então presidente José Mujica (2010-2015).

Após uma cúpula na Argentina com o Paraguai, suspenso do Mercosul depois da destituição de Fernando Lugo pelo Congresso paraguaio, Buenos Aires, Montevidéu e Brasília decidiram pela incorporação da Venezuela como membro pleno do Mercosul, apesar de o ingresso ainda não ter sido aprovada pelos parlamentares paraguaios.

Na ocasião, Mujica disse que "o político" estava acima do "jurídico", justificando, assim, a controversa decisão.

Desde o seu primeiro discurso como chanceler, em 2015, Nin Novoa tem repetido que as relações internacionais do país serão marcadas pelo viés jurídico, em contraposição àquela afirmação de Mujica.

As divergências com o Paraguai tem acirrado os ânimos no bloco, que chegou a suspender a reunião de cúpula que estava prevista para acontecer em julho em Montevidéu.

O chanceler uruguaio argumenta que a Venezuela é "uma democracia autoritária" e reconhece que "há uma alteração, sem sombra de dúvida". "No entanto, não há uma ruptura institucional. No dia em que houver uma ruptura institucional, veremos", opinou.

Nin Novoa confirmou que tem uma reunião na terça-feira com José Serra. "(Serra) é alguém que não sei por quanto tempo estará no governo".

"Falaremos do Mercosul, de acordos internacionais, da Venezuela e tentarei convencê-lo de que os protocolos e os acordos foram feitos para ser cumpridos", disse em relação ao Mercosul.


Abilio Diniz vê grandes negócios com Brasil "em liquidação"



Para bilionário, oportunidades estão em agronegócio, serviços e tecnologia da informação







Abilio está aproveitando para entrar nos setores nos quais enxerga preços baixos (Reuters/Nacho Doce)



Abilio está aproveitando para entrar nos setores nos quais enxerga preços baixos (Reuters/Nacho Doce) 



SÃO PAULO - Para Abilio Diniz, a retomada do Brasil não está longe.

O bilionário de 79 anos, um dos empresários mais conhecidos do país, acha que o Brasil está “em liquidação” e que os investidores vão se animar a fechar negócios quando a economia der sinais de melhora. As principais oportunidades estão em agronegócios, serviços e tecnologia da informação, disse ele em entrevista em Atibaia, no estado de São Paulo.

Abilio está aproveitando para entrar nos setores nos quais enxerga preços baixos. O escritório de investimentos da família de Diniz, Península Participações, entrou no grupo de controle da empresa de venda de vinhos pela internet Wine.com.br no mês passado. No início do ano, ele voltou às origens da família ao adquirir a rede de padarias Benjamin Abrahão com o amigo bilionário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em US$ 31 bilhões. As condições de ambas as transações não foram reveladas.

O otimismo ecoa um discurso que ele fez em Nova York, em novembro passado, quando disse que o Brasil estava “muito barato para os investidores estrangeiros”. Desde então, o Ibovespa subiu 39 por cento em dólares, segundo melhor desempenho do mundo de um índice acionário de referência. O real se valorizou 21 por cento desde o começo do ano.

“Está todo mundo olhando para botar seu dinheirinho e agora não é dinheiro da carteira, agora é talão de cheque, tíquete grande”, disse Diniz. “Se nós entrarmos para um processo de inclinação positiva da economia, você vai ver a quantidade de dinheiro que vai vir”.

Diniz construiu sua fortuna estimada em US$ 3 bilhões com supermercados, transformando a padaria fundada por seu pai na maior rede de varejo do país, a -- que ele posteriormente tentou, sem sucesso, combinar com o Carrefour SA. A tentativa fracassada resultou em conflitos com a sócia Casino Guichard-Perrachon e na saída de Abílio da Companhia Brasileira de Distribuição, que opera a rede de supermercados Pão de Açúcar. Após deixar a empresa, em 2014, ele se tornou presidente do conselho da BRF, a maior fabricante de alimentos processados do Brasil, e neste ano superou a Colony Capital como terceiro maior acionista do Carrefour.

O bilionário disse que o Carrefour, que tem sede nos arredores de Paris, está se saindo “muito bem” no Brasil. De fato, as vendas maiores que o estimado na região melhoraram os resultados da empresa francesa. Mas de uma forma geral, o varejo ainda não se recuperou no Brasil. As vendas dos supermercados caíram 2,1 por cento em maio, segunda queda seguida, e a economia deverá encolher 3,5 por cento neste ano após um declínio de 3,8 por cento em 2015.

Diniz não está tão otimista quanto a alguns outros setores, como o industrial. “O Brasil perdeu o timing para a indústria”, disse ele. “O país precisa se concentrar nos setores nos quais é dominante. Há mais coisas na tecnologia da informação do que podemos imaginar”.

Contudo, Diniz diz que a confiança aumentará junto com as expectativas, trazendo novos investimentos. Os dois anos de crescimento econômico negativo e a crise política que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff tiveram seu custo para as empresas brasileiras. Os pedidos de recuperação judicial dobraram para 184 em maio após subirem 55 por cento no ano passado, segundo a provedora de dados de crédito Serasa Experian. Neste mês, a operadora de telecomunicações Oi entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil, com cerca de US$ 20 bilhões em dívidas.

“Situação financeira das empresas, por tudo aquilo que ouvi, é complicada? É. É um desastre? De jeito nenhum. Dá para administrar”, disse Diniz. “Não é uma catástrofe. Eu odeio esse pensamento catastrófico”.
 

http://www.financista.com.br/noticias/abilio-diniz-ve-grandes-negocios-com-brasil-em-liquidacao

O que vem após a Lava Jato?


Arena Jurídica


Por Antonio Cesar Bochenek e Márcio Antonio Rocha*






Artigo publicado em O Estado de S.Paulo, edição de 4 de julho de 2016


O sucesso da Operação Lava Jato decorre, entre outros fatores, de alterações recentes na legislação brasileira, em especial da lei que regulamentou a colaboração premiada (Lei n.º 12.850, de 2013). 

Para que se dê continuidade ao enfrentamento da corrupção e da lavagem de dinheiro é fundamental a aprovação de novos marcos legais. Seguindo orientações da Convenção das Nações Unidas e recomendações do Grupo dos 20 (G-20), o Brasil acelerou o importante debate sobre a implementação de umas das maiores ferramentas contra a corrupção e fraude pública.

Existentes desde 1978 nos Estados Unidos – e atualmente implementados em vários países da Europa e da África –, os programas de whistleblower dão proteção a funcionários públicos e empregados da iniciativa privada que, detendo posição de acesso às práticas internas das repartições e empresas, se deparam com atos atentatórios ao interesse público ou que ponham em risco a saúde e a segurança públicas, o direito de consumidores, o meio ambiente ou a real competitividade no mercado. Na primeira categoria se encaixam, por exemplo, os atos de corrupção, de fraude pública e de grosseira perda de recursos públicos.

Ao decidir voluntariamente trazer informações sobre tais malfeitos, o cidadão suplementa e reforça a capacidade do Estado de coibir práticas não aceitas pelo ordenamento jurídico. Dadas as limitações da autoridade investigadora e até mesmo das técnicas investigativas, não raras vezes fatos cometidos no âmbito de repartições públicas e empresas jamais chegariam a ser conhecidos pelas autoridades – e, portanto, não seriam comprovados em processos de apuração – sem o relato espontâneo do insider.

Em função disso, o esforço do cidadão no auxílio à manutenção do Estado de Direito tem sido qualificado internacionalmente como exercício dos direitos decorrentes da cidadania, do exercício da liberdade de consciência e expressão, ou, ainda, como integrante do rol dos direitos humanos.

Embora, evidentemente, não seja aceitável que os cidadãos se calem sobre fatos ilícitos que presenciam no âmbito da sociedade, a tarefa de reportar uma infração nunca é fácil.

Muito ao contrário, a experiência mostra que o cidadão é exposto a retaliações diretas no âmbito da relação de emprego, com sérios riscos para sua carreira, como demissão, negativas de promoção ou aumento salarial, afastamento das atividades regularmente exercidas e, em casos mais graves, riscos à integridade física e emocional. Em outras palavras, o cidadão nunca sai sem arranhões. Com frequência se verifica, ao menos, o dano moral da segregação corporativa ou social do indivíduo, provocando evidente desconforto emocional e funcional.

Por serem essas consequências contra o cidadão usuais, esperadas e não desejadas pelo sistema jurídico, o foco dos programas de whistleblower é essencialmente a construção de sistema normativo que estabeleça um procedimento claro para o relato e enseje a proteção ou a remediação das situações de dano.

Entre as ferramentas de proteção, a mais importante, segundo a unanimidade dos padrões internacionais, é a preservação da identidade do cidadão que, sem malícia e de boa-fé, fez o relato.

Da mesma forma, a possibilidade de pronta determinação da cessação dos atos de retaliação e a posterior indenização de danos são parte dos standards internacionais sobre o tema. A premiação, como medida de incentivo, é adotada por alguns sistemas jurídicos, especialmente nos Estados Unidos, onde esse recurso é fortemente utilizado e visto com naturalidade pelo Congresso norte-americano.

Por sua vez, o Congresso brasileiro tem demonstrado preocupações sobre o tema, em busca até mesmo de atendimento aos compromissos internacionais assumidos. Existem vários projetos de lei que buscam estabelecer a figura do whistleblower, todos ainda sem uma sistematização unitária.

Interessante perceber, desde logo, que, corretamente e com sensibilidade às características da sociedade brasileira, a imensa maioria desses projetos antevê as dificuldades que o cidadão enfrenta quando busca cooperar com o Estado e por isso prevê também a premiação para esse cidadão.

Importante notar que as pessoas que acorrem em socorro do Estado, de modo espontâneo, e por não terem cometido os atos ilícitos que relatam, não estão procurando benefícios como redução de penas criminais ou civis. É justamente aí que reside a diferença entre o cidadão honesto que relata e o criminoso que delata coautores, assinando acordos de delação ou acordos de leniência.

Cientes da importância do fomento da participação dos cidadãos de bem no enforcement estatal brasileiro, autoridades de 13 instituições brasileiras integrantes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) deram início, no último mês de março, na sede da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), ao estudo das melhores práticas internacionais relacionadas ao tema. O propósito é sistematizar as diversas propostas em tramitação no Congresso Nacional para que, ao final, seja ofertado um anteprojeto único, o qual, atento às necessidades específicas de alguns órgãos, adote, da melhor maneira possível, formas de proteção e incentivo a essa tão importante participação dos cidadãos nos destinos da coisa pública.

Espera-se, por meio dessa nova legislação, um reforço substancial na probidade das relações públicas e privadas, modificando sem precedentes o Estado brasileiro e a sua sociedade.

*ANTONIO CESAR BOCHENEK É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS DO BRASIL (AJUFE); MÁRCIO ANTONIO ROCHA É DESEMBARGADOR FEDERAL, COORDENADOR DA AÇÃO 4 DA ENCCLA 2016


Dilma tem levado pertences de volta a Porto Alegre

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Por Coluna do Estadão

-Dilma Rousseff | Dida Sampaio/Estadão

Dilma Rousseff | Dida Sampaio/Estadão

Nas viagens que tem feito a Porto Alegre, aos poucos, a presidente afastada Dilma Rousseff tem levado os pertences de volta para casa. Interlocutores dizem que ela não viaja mais apenas com uma malinha de mão.



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