Grupo moderniza cultura corporativa e exibe
resultados acima dos previstos pelo mercado no segundo trimestre
Por Marcos Graciani
graciani@amanha.com.br
A competitividade chinesa e os desafios da
siderurgia mundial levaram a Gerdau a modernizar sua cultura corporativa. Fazem
parte do receituário ações como dar maior autonomia para as operações,
desenvolvimento de novas lideranças e a adoção de um modelo de gestão mais
voltado para o cliente. Outro passo importante está sendo a contínua
reavaliação de ativos da maior empresa da região, de acordo com o ranking 500
MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em parceria com a PwC. A unidade
operacional que não atingir determinada meta de rentabilidade, por exemplo,
pode ser passível de negociação. Isso ocorreu recentemente com a venda da
produtora de aços especiais na Espanha para a Clerbil SL, em maio.
“O escopo de possibilidades é amplo. Podemos,
futuramente, anunciar [a formação de uma] joint venture ou fazer uma
venda parcial, por exemplo. Não temos pressa ou meta específica, mas
importantes decisões devem ser tomadas ao longo deste ano e do próximo. Temos
alternativas e estamos explorando várias delas. Isso faz parte da Gerdau que
estamos reinventando”, anunciou André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente da
companhia, durante conferência nesta quarta-feira (10). Outra novidade na
Gerdau é a adoção da TI em áreas como logística e vendas.
Os conceitos,
adotados há cerca de dois anos, já rendem frutos. Tanto é que alguns dos
principais números do segundo trimestre vieram acima da expectativa do mercado.
O lucro líquido reportado foi de R$ 184 milhões no período, valor 15,7% maior
do que previa a XP Investimentos. Este lucro foi 1.214% superior ao do
trimestre anterior, quando a companhia havia lucrado um valor modesto, de R$ 14
milhões. A receita líquida atingiu R$ 10,2 bilhões entre abril e junho, avanço
de 2% em relação ao trimestre anterior (veja outros dados na tabela ao final
desta reportagem).
Parte desse resultado também se deve ao aumento da
confiança na melhora da economia brasileira, algo que a Gerdau tem presenciado
nos últimos meses. “Há um sentimento de que o país parou de cair. Ainda é cedo
para dizer se haverá retomada e quando, porém há pequenos sinais que me fazem
crer que o segundo semestre será melhor. A venda de carros parou de cair,
entretanto ainda há necessidade da volta do emprego para que as pessoas possam
consumir”, analisou Johannpeter revelando que a capacidade operacional da
companhia atingiu o índice de 75% no segundo trimestre (era 65% entre janeiro e
março). Outra expectativa do executivo é que o governo possa acelerar o
processo de concessão de portos, rodovias e aeroportos – o que aumentaria a
demanda por aço no Brasil e compensaria a queda das vendas nos segmentos da
construção civil e automóveis. “Ainda está sendo desenvolvida a regulação dessa
política. Mas acho que a discussão está indo na direção certa”, opinou
Johannpeter.
Informações selecionadas
|
2º Tri 16
|
2º Tri 15
|
Var. (em %)
|
1º Tri 16
|
Var. (em %)
|
Vendas (Mil Toneladas)
|
4.240
|
4.271
|
(0,7)
|
3.851
|
10,1
|
Receita Líquida (R$ Milhões)
|
10.249
|
10.759
|
(4,7)
|
10.085
|
1,6
|
Margem Ebitda (%)
|
11,7
|
11,1
|
-
|
9,2
|
-
|
Lucro Líquido (R$ Milhões)
|
184
|
265
|
(30,6)
|
14
|
1.214,13
|
*Lucro
líquido ajustado no 2T16 por eventos extraordinários.
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Gerdau já colhe frutos de “reinvenção”
Grupo moderniza cultura corporativa e exibe resultados acima dos previstos pelo mercado no segundo trimestre
A competitividade chinesa e os desafios da siderurgia mundial
levaram a Gerdau a modernizar sua cultura corporativa. Fazem parte do
receituário ações como dar maior autonomia para as operações,
desenvolvimento de novas lideranças e a adoção de um modelo de gestão
mais voltado para o cliente. Outro passo importante está sendo a
contínua reavaliação de ativos da maior empresa da região, de acordo com
o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em parceria com a
PwC. A unidade operacional que não atingir determinada meta de
rentabilidade, por exemplo, pode ser passível de negociação. Isso
ocorreu recentemente com a venda da produtora de aços especiais na
Espanha para a Clerbil SL, em maio.
“O escopo de possibilidades é amplo. Podemos, futuramente, anunciar [a formação de uma] joint venture ou fazer uma venda parcial, por exemplo. Não temos pressa ou meta específica, mas importantes decisões devem ser tomadas ao longo deste ano e do próximo. Temos alternativas e estamos explorando várias delas. Isso faz parte da Gerdau que estamos reinventando”, anunciou André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente da companhia, durante conferência nesta quarta-feira (10). Outra novidade na Gerdau é a adoção da TI em áreas como logística e vendas. Os conceitos, adotados há cerca de dois anos, já rendem frutos. Tanto é que alguns dos principais números do segundo trimestre vieram acima da expectativa do mercado. O lucro líquido reportado foi de R$ 184 milhões no período, valor 15,7% maior do que previa a XP Investimentos. Este lucro foi 1.214% superior ao do trimestre anterior, quando a companhia havia lucrado um valor modesto, de R$ 14 milhões. A receita líquida atingiu R$ 10,2 bilhões entre abril e junho, avanço de 2% em relação ao trimestre anterior (veja outros dados na tabela ao final desta reportagem).
Parte desse resultado também se deve ao aumento da confiança na melhora da economia brasileira, algo que a Gerdau tem presenciado nos últimos meses. “Há um sentimento de que o país parou de cair. Ainda é cedo para dizer se haverá retomada e quando, porém há pequenos sinais que me fazem crer que o segundo semestre será melhor. A venda de carros parou de cair, entretanto ainda há necessidade da volta do emprego para que as pessoas possam consumir”, analisou Johannpeter revelando que a capacidade operacional da companhia atingiu o índice de 75% no segundo trimestre (era 65% entre janeiro e março). Outra expectativa do executivo é que o governo possa acelerar o processo de concessão de portos, rodovias e aeroportos – o que aumentaria a demanda por aço no Brasil e compensaria a queda das vendas nos segmentos da construção civil e automóveis. “Ainda está sendo desenvolvida a regulação dessa política. Mas acho que a discussão está indo na direção certa”, opinou Johannpeter.
*Lucro líquido ajustado no 2T16 por eventos extraordinários.
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Parte desse resultado também se deve ao aumento da confiança na melhora da economia brasileira, algo que a Gerdau tem presenciado nos últimos meses. “Há um sentimento de que o país parou de cair. Ainda é cedo para dizer se haverá retomada e quando, porém há pequenos sinais que me fazem crer que o segundo semestre será melhor. A venda de carros parou de cair, entretanto ainda há necessidade da volta do emprego para que as pessoas possam consumir”, analisou Johannpeter revelando que a capacidade operacional da companhia atingiu o índice de 75% no segundo trimestre (era 65% entre janeiro e março). Outra expectativa do executivo é que o governo possa acelerar o processo de concessão de portos, rodovias e aeroportos – o que aumentaria a demanda por aço no Brasil e compensaria a queda das vendas nos segmentos da construção civil e automóveis. “Ainda está sendo desenvolvida a regulação dessa política. Mas acho que a discussão está indo na direção certa”, opinou Johannpeter.
Informações
selecionadas
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2º Tri 16
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2º Tri 15
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Var. (em %)
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1º Tri 16
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Var. (em %)
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Vendas
(Mil Toneladas)
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4.240
|
4.271
|
(0,7)
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3.851
|
10,1
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Receita
Líquida (R$ Milhões)
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10.249
|
10.759
|
(4,7)
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10.085
|
1,6
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Margem
Ebitda (%)
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11,7
|
11,1
|
-
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9,2
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-
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Lucro
Líquido (R$ Milhões)
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184
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265
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(30,6)
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14
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1.214,13
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