quarta-feira, 24 de agosto de 2016

CSN vende Metalic para empresa suíça por US$ 98 mi





nyxmedia/Thinkstock
Latas metálicas
Latas: venda de empresa faz parte de projeto da CSN para se desfazer de ativos e reduzir dívida
 
Beth Moreira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informa que concluiu a negociação e assinou um contrato de compra e venda de ações com a polonesa Can-Pack S.A., para a venda de 100% das ações de emissão de sua controlada Cia. Metalic do Nordeste (Metalic).

O valor base da transação, sujeito a ajustes previstos no contrato, é de US$ 98 milhões, e deverá ser pago em reais, conforme taxa de câmbio da data de fechamento da transação, à vista.
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Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, na última semana, a fabricante de latas deveria ser o primeiro desinvestimento da CSN dentro do processo para reduzir seu elevado endividamento.

A empresa encerrou o segundo trimestre de 2016 com uma dívida líquida ajustada de R$ 25,873 bilhões, aumento de 25% em um ano queda de 3% ante o observado no trimestre imediatamente anterior.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN informa que o fechamento da transação está previsto para 30 de setembro de 2016, sujeito ao cumprimento de determinadas condições precedentes estabelecidas no contrato, o que é comum neste tipo de operação.

A Can-Pack, segundo a CSN, é uma das maiores fabricantes de embalagens metálicas do mundo, fundada em 1992 na Polônia e fornece soluções para as indústrias de bebidas, alimentos e produtos químicos na Europa, Ásia e África.

A CSN informa ainda que contou com a assessoria financeira do Bradesco BBI e do BB Banco de Investimento para a venda da Metalic.


O Brasil ficou velho antes de ficar rico. E agora?






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Idosos caminhando


São Paulo – De acordo com o Helio Zylberstajn, da Universidade de São Paulo (USP), a Previdência no Brasil está se aproximando de “um cenário grego”. 

O professor falou ontem no VIII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada em São Paulo.
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“De cada 3 reais que o estado brasileiro recolhe, um vai para a Previdência. Se somar com juros, vai quase toda a receita. E como vai economizar dinheiro com juros se não mexer na Previdência?”, questiona.

Temos o 13º maior gasto com Previdência entre 86 países, mas apenas a 56ª população mais idosa entre eles.

De um universo de 177 países, somos um dos únicos treze que permitem aposentadoria por tempo de contribuição sem idade mínima – e em 5 desses, essa possibilidade só existe se o aposentado deixar o mercado de trabalho.

Cenário


A questão de fundo é que as mulheres estão tendo menos filhos e as pessoas estão vivendo mais – com isso, mais gente recebe aposentadoria e por muito mais tempo, enquanto há menos jovens trabalhando e colocando dinheiro no sistema.

O Brasil viveu a transição demográfica de forma muito mais rápida do que os países ricos, o que está drenando recursos da sociedade para o sistema previdenciário. 

Em outras palavras: o país envelheceu antes de ficar rico, “e se ficar velho é ruim, ficar velho e pobre é horroroso”, brincou Paulo Tafner, diretor da Companhia Fluminense de Securitização.

O modelo da Previdência brasileira “não é justo nem sustentável”, completa José Cechin, com passagem longa pelo Ministério da Previdência no governo Fernando Henrique e atual diretor do FenaSaúde.

“Não gosto dessa ideia de bomba relógio pronta para explodir. Ela está explodindo todos os dias. Do jeito que vai, vai levar o Tesouro junto.”

Ideias


Um dos novos modelos sugeridos para o sistema teria dois pilares. O primeiro seria assistencial: universal, independente de contribuição, financiado por impostos e que garantiria uma renda básica para todos os idosos. 

O segundo seria contributivo: cada um financia a sua, com opção de escolha no mercado, o que poderia envolver também mudança nas regras para rentabilizar e sacar FGTS e outros benefícios.

Outra ideia é de criar uma uma idade mínima de aposentadoria progressiva, que poderia aumentar algo como 6 meses a cada ano. Um dos maiores desafios seria definir as regras de transição entre o sistema velho e o novo.

A maior parte dos palestrantes insistiu que é melhor ter regras diretas, igualitárias e de simples compreensão, mas Cássio Turra, do Departamento de Demografia da UFMG, alertou que a expectativa de vida é muito diferente entre regiões e classes sociais:

“No momento os diferenciais [nos grupos populacionais] são muito grandes e isso deveria ser levado em consideração no caso brasileiro para que a gente não penalize os mais pobres”.
O governo do presidente interino Michel Temer trabalha para apresentar em breve uma proposta de reforma com os eixos de idade mínima, diferença entre os sexos e diferença entre as profissões.

“Todas as reformas anteriores tocaram pontos, mas não olharam o sistema como um todo, que atende muito bem a alguns requisitos e muito mal a outros. A taxa de cobertura é alta, por exemplo, mas o sistema dá um incentivo incorreto para que as pessoas saiam logo do mercado de trabalho. Mesmo se não houvesse a mudança demográfica, haveria um problema de desenho”, diz Luis Eduardo Afonso, professor da FEA-USP.

O sistema não estava preparado, por exemplo, para fenômenos como a maior participação feminina no mercado de trabalho. Pegue o acúmulo de benefícios: em 1992 apenas 8% das mulheres pensionistas também recebiam aposentadoria. Agora, são 37%.

População e política


O desafio é como passar uma reforma diante da desinformação popular, que muitas vezes oferece respostas contraditórias para o problema, como mostrou uma pesquisa divulgada no mesmo evento.
66% dos brasileiros são a favor de uma idade mínima para aposentadoria, mas 76% não concordam que isso signifique que elas se aposentem mais tarde. Só 30% concordam que quem quiser se aposentar mais cedo receba benefícios menores.

O momento de desencanto com a classe política também faz com que seja difícil pedir sacrifícios para a população, especialmente diante das incoerências do ajuste fiscal aplicado até agora. 

Um dos palestrantes destacou que grandes reformas costumam ter sucesso quando acontecem em primeiro ano de mandato, com aglutinamento das forças políticas e altos níveis de aprovação popular após uma campanha de discussão exaustiva - o que não é o nosso caso.

Mas nada disso muda o fato de que o problema simplesmente terá que ser enfrentado e que o custo de não o fazer sobe a cada dia:

“O tempo para agir é agora, o tempo para agir é ontem, o tempo para agir não é daqui alguns anos”, disse Larry Hartshorn, vice-presidente da Limra, associação internacional de seguros.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

Empresa de chips japonesa negocia compra da Intersil





Divulgação
Produção de chips da Micron
Chips: Renesas pretende oferecer um prêmio pelas ações da concorrente Intersil


Tóquio - A fabricante de chips japonesa Renesas Electronics Corp. está em negociações adiantadas para adquirir a Intersil Corp., uma concorrente norte-americana forte em produtos que oferecem soluções de economia de energia, segundo reportagem do Nikkei. 

O acordo básico deve ser fechado ainda este mês.
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A empresa japonesa deve gastar até 300 bilhões e ienes (US$ 3 bilhões) na operação. O valor de mercado da Intersil, listada na Nasdaq, chegou a mais de US$ 2,1 bilhões na sexta-feira.

Renesas pretende acrescentar um prêmio para comprar as ações da norte-americana, buscando assumir o controle total da companhia. Seu plano é usar recursos de caixa, mas também pode considerar um empréstimo bancário para concluir a transação.

Intersil produz chips essenciais para regular energia em produtos como carros, equipamentos industriais e smartphones. É fornecedor para montadoras nos Estados Unidos, Europa e Ásia, e a expectativa é que também passe a fornecer produtos para carros elétricos e veículos de célula a combustível. Intersil também lida com chips de comunicação.

Enquanto o mercado de semicondutores provavelmente permanecerá estável globalmente, o mercado para chips de automóveis deve crescer, impulsionado pela demanda em novos campos como carros de auto-condução.

Com a compra, Renesas pretende reforçar sua linha de chips para automóveis. A empresa japonesa liderou o mercado global de chips de automóveis até 2014, mas desde então caiu para o terceiro lugar, atrás NXP Semiconductors NV dos Países Baixos e a alemã Infineon Technologies AG.

A fabricante de chips japonesa nasceu em 2010 a partir da fusão da Renesas Tecnology e da NEC Electronics. Golpeada pelo iene forte e no rescaldo do terremoto e tsunami de março de 2011, a Renesas recorreu a medidas de reestruturação em larga escala.

Como resultado da retirada de operações não rentáveis, as vendas da empresa encolheram cerca de 40% em cinco anos.


Fonte: Dow Jones Newswires

Dono de império global, Lemann inova e aposta no Snapchat





Sergio Lima/FolhaPress/Veja
Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann: além do Snapchat, empresário também investiu na Movile, dona do iFood, e outras três empresas de software
 
 
Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Dono de uma fortuna estimada em cerca de US$ 30 bilhões, o empresário Jorge Paulo Lemann, controlador da AB InBev, maior cervejaria do mundo, da rede de fast food Burger King e da Heinz, tornou-se mais conhecido pelos consumidores brasileiros ao unir a Brahma à Antarctica, em 1999, criando a AmBev

Anos antes, ainda no comando do banco Garantia, já dava tacadas certeiras sempre farejando grandes negócios na chamada economia real. Aos 76 anos, Lemann, à frente de um império de emblemáticas marcas globais por meio do fundo 3G, avança a passos largos para se tornar um importante investidor em empresas de inovação.

Não há limites para a ambição de um dos maiores empreendedores do mundo. Em maio, Lemann tornou-se um dos investidores do Snapchat, rede social de fotos e vídeos com 150 milhões de usuários diários, cujo valor de mercado é de cerca de US$ 22 bilhões.

Sua entrada nesse negócio foi por meio do fundo Innova Capital, do qual é um dos investidores. O valor aportado no Snapchat, que captou US$ 1,8 bilhão em uma rodada de investimentos há três meses, é mantido sob sigilo.

A entrada de tradicionais investidores globais em empresas de tecnologia surpreende o mercado. Foi assim também com o bilionário americano Warren Buffet, da Berkshire Hathaway, sócio do empresário suíço-brasileiro na Heinz e na Kraft (que uniram as operações em 2015), que decidiu investir, em maio, cerca de US$ 1 bilhão em ações da gigante Apple.

Nada indica que Lemann vá mudar radicalmente o perfil de seus investimentos. Mas os passos mais recentes do empresário, que mora na Suíça e é conhecido por mergulhar a fundo em cada negócio no qual põe seu dinheiro, mostram que, ao mesmo tempo em que orquestra a fusão da sua gigante AB InBev, donas das marcas Stella Artois e Budweiser, com a SABMiller, também diversifica atuação em diferentes negócios, como a recém-criada rede de padarias Benjamin; a Dauper, de ingredientes alimentícios e cookies; a empresa de aplicativos Movile, dona da iFood e PlayKids; da Diletto (fabricante de picolés premium); e outras três companhias de software. Também é investidor de outros fundos, como o Gera, da área de educação.

Esses investimentos considerados "fora da curva", incluindo o do Snapchat, foram feitos pelo fundo de investimento Innova Capital, gerido com mãos de ferro por Veronica Serra, que faz parte do board global da Endeavor, uma das maiores organizações de apoio a empreendedorismo.

É por meio desse fundo de gestão ativista, que tem vários investidores de peso – entre eles Marcel Telles, sócio do empresário no 3G –, que Lemann busca oportunidades fora da economia real e diversifica seus negócios.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pfizer compra farmacêutica Medivation por US$ 14 bi






Timothy Clary/AFP
O laboratório farmacêutico americano Pfizer assumiu uma participação minoritária na empresa de biotecnologia holandesa AM Pharma B.V
Pfizer: A Medivation produz um dos remédios mais usados no tratamento contra câncer de próstata nos Estados Unidos
 
 
 
 
São Paulo – A Pfizer anunciou hoje, 22, a compra da Medivation por US$ 14 bilhões. A farmacêutica irá pagar, em dinheiro, US$ 81,50 por ação, acréscimo de 21% em relação ao preço do fechamento.

“Esperamos que a aquisição da Medivation acelere imediatamente o aumento das receitas e impulsione o potencial de crescimento dos lucros da Pfizer”, afirmou Ian Read, chairman e presidente da companhia, em comunicado.

A Pfizer, que já vende drogas para câncer de mama e de pulmão, busca expandir sua atuação no segmento. “A adição da Medivation irá fortalecer nosso negócio de inovação em saúde e acelerar o caminho em direção à posição de liderança em oncologia, um dos nossos focos”, afirmou.

Entre os remédios produzidos pela empresa comprada, está o XTANDI, um dos tratamentos contra câncer de próstata mais utilizados nos Estados Unidos.

Nos últimos 12 meses, o medicamento gerou US$ 2,2 bilhões em vendas no mundo todo e, desde 2012, já foi utilizado por 64.000 pacientes apenas nos Estados Unidos.


Empresa de cápsula da Whirlpool e Ambev terá fábrica no país






Divulgação Ambev
Brastemp B.blend
Novidade: entregas da Brastemp B.blend, que começaram por São Paulo e Campinas, já são feitas em 400 cidades
 
 
 
 
 
São Paulo - Quando foi criada, em maio do ano passado, a B.blend esperava vender uma boa quantidade de refrigerantes Guaraná em cápsula para suas máquinas de bebidas nos primeiros doze meses de operação.

Nada comparado ao que aconteceu, em meio a retração da economia e incertezas políticas: as vendas do produto da joint venture entre Ambev e Whirlpool foram oito vezes maiores.
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A surpresa foi tanta que a companhia decidiu investir em uma fábrica de cápsulas de bebidas no país, mesmo no cenário macroeconômico atual, desanimador para investimentos.

Anunciou hoje que está finalizando a construção de uma unidade fabril em Sete Lagoas, Minas Gerais, dentro de um complexo industrial da Ambev.

A planta, feita em seis meses por 50 pessoas e com 70 fornecedores, tem 1.600 metros quadrados, emprega 15 pessoas, por ser praticamente toda automatizada, e fará 25 bebidas.

O início da produção será neste segundo semestre, mas a empresa não precisou quando.

A decisão, espera a companhia, deve acarretar em uma maior rapidez de lançamentos, cadeia simplificada e uma maior flexibilidade de preços e portfólio. Antes, todas as cápsulas vinham da Alemanha – as máquinas de bebidas seguem sendo feitas em Joinville, Santa Catarina.

Os preços, no entanto, não devem ser alterados. Hoje, as cápsulas custam entre R$ 1,49 a R$ 4,99 e a máquina, desde seu lançamento, teve o valor reduzido de R$ 3.499 para R$ 2.999.

“Atuaremos em dez categorias de bebidas, com opções de produtos e preços para os mais variados tipos de consumo”, afirmou Omar Zeyn, CEO da B.blend.
 

Ajuda do público


Cinco novas marcas foram anunciadas pela empresa – os segmentos que serão foco da produção: Puro Gosto, de sucos 100% naturais, Levez, de néctares, Sunchai, de chás quentes e gelados, Fruá, de frapês, e Brown Town, de chocolates.

Entre elas, duas (Puro Gosto e Levez) surgiram a partir de pesquisas e sugestões de parte dos clientes premium, os 500 primeiros a comprarem as máquinas da B.blend.

Depois de uma seleção, a empresa reuniu 40 ideias co-criadas com ajuda dessas pessoas, em novembro de 2015. Elas não receberão nada financeiro em troca.

“Mas têm o privilégio de fazerem parte da criação de novos sabores, além de estreitarem sua relação com a marca”, afirma Zeyn.

As vendas dos produtos continuarão sendo feitas pelo site da marca, www.bblend.com.br, e em parte das lojas da FastShop – 50 unidades já comercializam as máquinas.

Atualmente, 400 cidades do país recebem os produtos e a intenção é ampliar esse número.

“A empresa em uma cadeia logística própria, apesar de estar dentro do complexo da Ambev”, explica o CEO. 

Fazer bebidas alcoólicas da Ambev estão fora de cogitação até o momento, garante o executivo. 

Perícia aponta "desvio de gastos" em chapa Dilma-Temer






Ichiro Guerra/Dilma 13
Dilma Rousseff visita Santos em campanha
Campanha: a ação de investigação que corre perante o TSE pode gerar a cassação dos mandatos de 

Dilma e Temer e a inelegibilidade dos dois
Isadora Perón e Beatriz Bulla, do Estadão Conteúdo


Brasília - A perícia realizada por técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em gráficas que prestaram serviços à campanha eleitoral que elegeu a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o presidente interino, Michel Temer, em 2014, afirmou não ser possível afastar "desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha". 

Essa foi a conclusão registrada na análise dos documentos apresentados por três empresas: Focal, Gráfica VTPB e a Red Seg Gráfica.

A colheita de provas para a ação proposta pelo PSDB que investiga se houve abuso de poder político e econômico pela campanha vencedora foi autorizado em abril pela relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura. A perícia foi concluída nesta segunda-feira, 22.

No caso da Focal, que recebeu quase R$ 24 milhões, o laudo do TSE diz que "em que pese se tratar de uma empresa que prestou serviços à uma campanha nacional para a Presidência da República, foram encontradas diversas inconsistências nos registros contábeis da empresa".

A perícia encontrou problemas na emissão de notas fiscais e na subcontratação de outras empresas para o fornecimento de bens e serviços à chapa presidencial eleita em 2014.

Quanto às notas fiscais, o documento afirma que o "cancelamento posterior das notas, sem o correspondente registro de estorno ou de devolução dos recursos, pode representar uma simulação de prestação de serviços, a fim de justificar o recebimento de recursos, em espécie ou por meio de conta bancária".

Os peritos também apontaram que "identificou-se a utilização da mesma ordem de serviço referenciadas nas notas fiscais, contendo o mesmo objeto e quantidades a serem produzidas, utilizadas em várias notas fiscais de venda sequenciais e emitidas na mesma data".

Também não foram identificadas a documentação fiscal referente à subcontratação das empresas.
Quanto à Gráfica VTPB, o laudo aponta que apenas 21,5% das receitas contabilizadas obtidas com as vendas de produtos foram comprovadas por notas fiscais.

A Red Seg Gráfica, por sua vez, não teria apresentado todos os documentos requeridos pela Justiça Eleitoral e que são necessários para resposta dos quesitos pontualmente identificados.

Com o fim da fase de perícia, a ministra Maria Thereza já agendou os depoimentos das testemunhas que serão ouvidas no processo. Ao menos dez testemunhas serão ouvidas em setembro pela Justiça Eleitoral, segundo despacho da relatora da ação de investigação.

A ação de investigação que corre perante o TSE pode gerar a cassação dos mandatos de Dilma e Temer e a inelegibilidade dos dois.

Mesmo se o Senado confirmar o impeachment da petista na próxima semana, o processo continua, com risco para Temer, que assumirá a Presidência em definitivo.