sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Com possível acordo na Lava Jato, Braskem dispara na Bolsa



Mercado opera de mau humor, influenciado pelo clima de incerteza no cenário político interno




São Paulo — A Braskem é uma das poucas empresas que conseguiam registrar altas na Bolsa nesta sexta-feira (02). Durante a manhã, as ações preferenciais da companhia chegaram a subir quase 8% e eram cotadas a 29,20 reais cada uma, na máxima do dia.

Antes da abertura do pregão, a petroquímica informou que espera fechar um acordo de leniência com autoridades brasileiras e norte-americanas sobre os fatos que envolvem a companhia no âmbito da operação Lava Jato. 

No geral, o mercado opera de mau humor, ainda impactado pelas incertezas no cenário político interno. Além dos últimos capítulos da crise interna que Michel Temer enfrenta, os investidores acompanham o desenrolar da assinatura do acordo de colaboração da Odebrecht com os procuradores da Lava Jato. Ontem, o Ibovespa fechou com a maior queda em 10 meses — de quase 3,9%.

Expansão da fábrica da GM de Joinville supera R$ 1 bilhão




Santa Catarina concentrará toda a produção de motores da montadora norte-americana no Brasil


Da Redação


redacao@amanha.com.br
 Expansão da fábrica da GM de Joinville supera R$ 1 bilhão

Agora é oficial: a General Motors investirá mais de R$ 1 bilhão na expansão da nova fábrica de motores em Joinville (SC). A informação foi veiculada pelo colunista Claudio Loetz na edição desta sexta-feira (2) do jornal A Notícia, de Joinville. Segundo Loetz, a GM pretende iniciar as obras em janeiro e começar a produzir um ano depois. Com isso, Joinville concentrará toda a fabricação de motores da GM no Brasil. 

“A produção projetada alcançará, no pico, 280 mil motores por ano, e empregar 449 trabalhadores. A capacidade atual é de 120 mil motores e de 200 mil cabeçotes anuais”, informa a reportagem. De acordo com a matéria, na manhã de quinta-feira o vice-presidente Marcos Munhoz se reuniu com o prefeito Udo Döhler por mais de uma hora. Na ocasião, o executivo mostrou o desenho com o espaço onde se localiza a fábrica atual e onde ficará a nova. 

A GM tem a convicção de que o mercado de automóveis vai melhorar. “Neste ano, a queda nas vendas deve se consolidar em 45% em comparação com o ano passado. A GM deverá solicitar aditamento ao contrato com a Prefeitura, que a isenta de pagamento do IPTU por 15 anos e do ISS sobre a construção, constantes do texto do programa de benefícios fiscais do município, o Proempresa. Este programa já favorece a General Motors desde o começo das obras da fábrica atual, em 2012”, finaliza a reportagem. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3210

O telefonema da madrugada que salvou o acordo da Opep

Foram meses de encontros, impasses e negociações sobre a produção de petróleo, mas, no fim das contas, um telefonema às duas da manhã encerrou a questão




Após meses de encontros realizados em locais como Doha e Moscou, foi um telefonema às duas da manhã entre dois dos homens mais poderosos do mercado mundial de petróleo que finalmente acabou com o impasse.

Na véspera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, marcada para 30 de novembro, a probabilidade de acordo para reduzir a oferta e o excedente global não era das melhores.

Seus integrantes continuavam sem concordar sobre quanto deveriam cortar. Eles haviam sido obrigados a cancelar negociações para pedir a colaboração de fornecedores não participantes do bloco, como Rússia e Brasil.

Mas nas primeiras horas de 29 de novembro, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, e sua contraparte na Rússia, Alexander Novak, tiveram uma conversa.

Novak prometeu que seu país estava disposto não só a congelar a produção, como insistia há muito tempo, mas também a reduzir a oferta, contribuindo com metade do corte total que a Opep solicitava a concorrentes ao redor do mundo, de acordo com autoridades envolvidas diretamente nas negociações.

Em troca, Al-Falih tinha de pressionar os integrantes da organização a submeter no dia seguinte números contundentes de limites à própria produção.

Al-Falih cumpriu a palavra. Ao redor de 17 horas em Viena do dia 30 de novembro, a Opep anunciou que iria diminuir a produção pela primeira vez desde 2008, em 1,2 milhão de barris por dia.

Além disso, seus representantes declararam orgulhosamente que Rússia e outros produtores de fora do grupo cortariam 600.000 barris diários por conta própria.

A cotação disparou mais de 15 por cento e ultrapassou US$ 50. O barril do tipo Brent atingiu o maior preço em mais de um ano.

“Após algumas tentativas fracassadas, a Opep finalmente conseguiu entregar”, disse Olivier Jakob, diretor-gerente da consultoria Petromatrix, em Zug, na Suíça.

 

Caminho longo


O caminho até aquela conversa crucial foi longo e tortuoso, segundo autoridades que pediram anonimato porque descreveram detalhes confidenciais sobre como o clube de produtores chegou ao primeiro corte de produção em quase uma década.

Em abril, um acordo entre a Opep e a Rússia para congelar a produção ruiu no dia marcado para a  assinatura. A Arábia Saudita inesperadamente insistiu que o rival Irã precisava se juntar ao acordo.

O excedente de oferta persistente segurou a cotação abaixo de US$ 50 e prejudicou as economias de países produtores em todo o mundo.

Os esforços foram retomados em setembro. No dia 28 daquele mês, na Argélia, os ministros da Opep decidiram que o grupo reduziria a produção total, mas que os detalhes sobre quanto cada integrante assumiria seriam acertados até a reunião que aconteceria dois meses depois.

As infinitas discussões técnicas nas semanas seguintes foram insuficientes para resolver as diferenças entre eles.

O prazo final de 30 de novembro se aproximava e essas diferenças pareciam irreconciliáveis. Em 25 de novembro, outro colapso parecia iminente: Al-Falih alertou que estava disposto a abandonar as negociações que aconteceriam apenas três dias depois.

Após um empurrãozinho diplomático do ministro da Argélia, Nourredine Bourtarfa, que viajou a Teerã e Moscou, os representantes tomaram café da manhã juntos em 30 de novembro, antes da reunião formal.

O encontro ministerial demorou mais de cinco horas. Quando Al-Falih surgiu do lado de fora da sala, os assistentes se perguntaram o que significava a aparição súbita do homem que havia dito que jogaria a toalha.

Mas ele já havia conversado com Moscou na madrugada. Al-Falih queria algo para enganar a fome enquanto as negociações prosseguiam.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dólar sobe mais de 2,5% e bate R$ 3,47


Em novembro, moeda norte-americana acumulou valorização de 6,18% - a maior alta desde setembro do ano passado




São Paulo – O dólar começou o mês de dezembro em alta, influenciado pela pressão do cenário político interno e pela disparada dos juros dos títulos do Tesouro norte-americano.

Pouco depois das 15h, a moeda norte-americana subia 2,66%, em relação ao real, e era cotada a R$ 3,47775.

Em novembro, o dólar valorizou 6,18%. Um aumento dessa magnitude não acontecia desde setembro de 2015.

 

Dezembro


Até o final do ano, alguns eventos devem influenciar a trajetória do dólar. Um deles é a reunião do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), que definirá o futuro dos juros por lá.

Caso a taxa norte-americana seja elevada, a tendência é que haja um fluxo de recursos investidos em países emergentes, como o Brasil, em direção à maior economia mundial.


STF julga denúncia contra Renan Calheiros; assista


Ministros vão decidir se o peemedebista vai virar réu no STF por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso



São Paulo – O Supremo Tribunal Federal (STF) vota na tarde desta quinta-feira (1º) uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013 contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O relator do processo é o ministro Edson Fachin.

Se a denúncia for aceita, o peemedebista irá a julgamento pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

A sessão foi suspensa pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, às 15h58 e deve ser retomada por volta das 16h30 desta tarde para que comece a votação dos ministros.

A investigação contra o presidente do Senado começou em 2007, mas só em 2013 a denúncia foi oferecida pela PGR ao Supremo. Nesse caso, Renan é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.

Em troca, despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal e teve uma filha, teriam sido pagas pela empresa, entre elas a pensão a alimentícia da menina.

O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. A defesa de Renan nega as acusações.

Em rota de colisão com Judiciário

 

Recentemente o peemedebista tem tomado decisões que confrontam o Judiciário e têm causado polêmicas.

Ontem ele tentou fazer uma manobra no Senado para votar em regime de urgência o texto que desfigurou o pacote de anticorrupção.

O texto, aprovado pela Câmara na madrugada de quarta (30), prevê que juízes e membros do Ministério Público possam responder por crimes de abuso de autoridade, caso atuem segundo motivação político-partidária ou concedam entrevistas sobre processos pendentes de julgamento.

Entidades de magistrados e do Ministério Público se mostraram contra o texto, alegando que ele é uma ameaça à independência do Judiciário e à Lava Jato.

O presidente do Senado discute ainda, nesta quinta, o projeto de lei sobre abuso de autoridade, de sua autoria, com o juiz federal Sérgio Moro. O projeto endurece as punições aplicadas a juízes, promotores e delegados, por exemplo, que vierem a cometer algum tipo de abuso.

Os magistrados e promotores também repudiaram o projeto. Moro chegou a enviar ofício ao Senado argumentando que a medida pode ser interpretada como uma tentativa de barrar a Lava Jato. Vale lembrar que Calheiros também é investigado na operação.


Assista à sessão do STF ao vivo:

 https://www.youtube.com/watch?v=koIoneQfg5E


PF deflagra nova fase da Zelotes e mira Itaú e BankBoston


A Zelotes investiga suspeitas de manipulação em julgamentos no tribunal da Receita Federal, o Carf

Logo do Itaú refletindo prédios na entrada de uma agência do banco na Avenida Paulista, em São Paulo


A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação Zelotes, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tendo entre os alvos os bancos Itaú e BankBoston.

“Esta nova etapa da operação aponta a existência, entre os anos de 2006 e 2015, de conluio entre um conselheiro do Carf e uma instituição financeira. O esquema criminoso envolvia escritórios de advocacia e empresas de consultoria”, disse a PF em comunicado.

A nota da Polícia Federal não identifica a instituição financeira citada, mas uma fonte com conhecimento das investigações disse que os bancos Itaú e BankBoston estão entre os alvos dos mandados judiciais em execução nesta quinta-feira.

Procurado, o Itaú não estava disponível de imediato. Não foi possível contactar um representante do BankBoston.

Segundo comunicado da PF, “houve sucesso na manipulação de processos administrativos fiscais em ao menos três ocasiões” como resultado da atuação irregular do conselheiro do Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.

Cerca de cem policiais federais participam da nova fase da operação, que visa o cumprimento de 34 mandados judiciais, sendo 21 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.

A Zelotes foi deflagrada em março de 2015 com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam junto ao Carf, causando prejuízo aos cofres públicos com a manipulação de julgamentos no órgão que é responsável por julgar recursos contra decisões da Receita Federal.

Posteriormente, a operação também passou a investigar suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias.

A operação já levou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, a virar réu em uma ação que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal.

“Brasil precisará ampliar base florestal”, alerta Walter Lídio






Presidente da CMPC prevê alta da demanda por celulose em 2017

Da Redação
 Walter Lídio Nunes, presidente da Celulose Riograndense
redacao@amanha.com.br



Para o próximo ano, Walter Lídio Nunes (foto), CEO da CMPC Celulose Riograndense, prevê um crescimento da demanda por celulose, especialmente na China e na Índia. “O Brasil tem uma grande vantagem em comparação com outros países: tem excelente clima, solo e tecnologia para a produção de celulose. E como há uma demanda forte e crescente pela sustentabilidade, temos a grande oportunidade de nos destacar nesse setor”, avaliou nesta quarta-feira (30) no tradicional encontro anual com os profissionais da comunicação, em Porto Alegre. 

No entanto, Nunes avalia que, enquanto vigorar o parecer da Advocacia Geral da União que restringe a aquisição de terras brasileiras por empresas com capital estrangeiro, o Brasil ficará limitado na produção de celulose. “Comparativamente a outros países, temos muito poucas florestas plantadas. E se não ampliarmos a nossa base florestal, faltará madeira para atender à demanda mundial”, prevê Nunes que, recentemente, concedeu entrevista ao portal AMANHÃ sobre o assunto (leia mais detalhes aqui). No país, existem 7,8 milhões de hectares de florestas comerciais. A China tem 80 milhões de hectares.

Nunes também destacou o fato de a Linha 2 da empresa, inaugurada em maio do ano passado, já ter alcançado, em 2016, a capacidade plena de produção projetada de 1,3 milhão de toneladas anuais de celulose. “Junto com os investimentos que fizemos na modernização da Linha 1 e em outras melhorias, que somam R$ 200 milhões, e os aprimoramentos em infraestruturas para a logística de transporte de cargas, especialmente no modal hidroviário, devemos atingir, em 2017, uma produção total de 1,8 milhão de toneladas de celulose de fibra curta branqueada em ambas as linhas de produção”, calcula. O executivo recordou que a companhia também investiu cerca de R$ 20 milhões na revitalização e operacionalização do Porto de Pelotas, o que permitiu o início do transporte de madeira vinda da Metade Sul para Guaíba e de celulose para exportação de Guaíba até o porto de Rio Grande. 



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