quinta-feira, 6 de abril de 2017

TCU bloqueia bens de oito empreiteiras


O objetivo é cobrir prejuízos de R$ 544 milhões nas obras do Comperj

 





O Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou nesta quarta-feira, 5, bens de oito empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. O objetivo é cobrir prejuízos de R$ 544 milhões nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

O valor corresponde ao superfaturamento apurado em quatro contratos, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo no dia 29 de março.

A medida do TCU, oficializada à noite, atinge Galvão Engenharia, Alusa, Promon, Engevix, Iesa Óleo e Gás, Queiroz Galvão, Techint e Skanska Brasil.

As quatro últimas empresas citadas foram declaradas inidôneas pelo tribunal ou o governo, e estão proibidas de participar de licitações para contratos bancados com recursos federais.

A indisponibilidade patrimonial foi decretada por um ano e deve alcançar os ativos necessários para assegurar o ressarcimento das perdas.


Leniência

 
A sanção não foi aplicada à Andrade Gutierrez, também apontada como responsável pelos prejuízos nas obras do Comperj, porque a empreiteira firmou acordo de leniência (espécie de delação de pessoa jurídica) com a Lava Jato, comprometendo-se a pagar R$ 1 bilhão.

O entendimento da corte, já firmado em julgamento anterior, referente às obras da usina de Angra 3, é o de conceder uma “vantagem comparativa” às empresas que aceitam colaborar com as investigações.

Defesas

 

“A Skanska trabalha com alto nível de integridade em suas operações e tem uma política de tolerância zero com relação a desvios éticos”, disse a companhia por meio de nota.

A reportagem não conseguiu contato com as outras empresas citadas. O espaço está aberto para as manifestações.

Theresa May entra na briga pelo maior IPO da história


Londres disputa com as bolsas de Nova York, Hong Kong, Toronto e Singapura a listagem das ações da Saudi Aramco



São Paulo — A disputa pelo IPO da estatal petroleira Saudi Aramco, que promete ser o maior da história, ganhou novos capítulos nesta semana. De acordo com o jornal The Times, a primeira-ministra britânica Theresa May, teria se encontrado com Khalid al-Falih, ministro do petróleo da Arábia Saudita e presidente da Aramco, numa tentativa de convencê-lo a escolher a Bolsa de Londres como praça do IPO.

A Aramco pretende listar ações em Riad, capital saudita, e em outra bolsa estrangeira até o final do próximo ano. Na disputa com Londres estão as bolsas de Nova York, Hong Kong, Toronto e Singapura.

Segundo especialistas, a Bolsa de Nova York (Nyse) tem grandes chances de levar a melhor na disputa, devido ao tamanho do mercado de capitais de lá. A existência de regras mais rígidas de transparência na bolsa norte-americana, no entanto, poderia afastar os sauditas, que relutam em abrir muitos dados sobre as reservas de petróleo.

A Aramco é a maior petroleira do mundo, com reservas de cerca de 265 bilhões de barris de petróleo — mais de 15% cento de toda a produção mundial. Alguns analistas estimam que o valor da companhia chegue até 2 trilhões de dólares, que correspondem, segundo o Business Insider, a cerca de dois terços do valor atual da bolsa londrina. 


Fundo americano racha com Nelson Tanure


PointState é um dos maiores acionistas da Oi

 

Nelson Tanure


A maré não anda boa para o empresário Nelson Tanure, que tenta capitanear a recuperação judicial da endividadíssima operadora de telefonia Oi. Primeiro, surgiu a ameaça de intervenção pelo governo federal — um tiro que mirou Tanure. Nas palavras de um membro do governo, “a gente precisava mostrar para ele que a Oi não é o Jornal do Brasil” (o jornal foi comprado na bacia das almas por Tanure e acabou minguando).

A ameaça acabou desencadeando consequências duras na aliança de acionistas que vinha sendo encabeçada por ele. Segundo EXAME apurou, o fundo americano PointState, um dos maiores acionistas da Oi, comunicou à diretoria da empresa que não está mais ao lado de Tanure. De maneira muito discreta, o fundo passou a incentivar a formação de um grupo de acionistas dissidentes e credores para propor um plano tido por eles como viável para a sobrevivência da Oi. Uma reunião em Nova York estava sendo agendada — provavelmente para o dia 10 de abril.

Eles sabem que Tanure e a portuguesa Pharol têm o poder de fato, já que dominam o conselho de administração. Mas querem, no mínimo, pressioná-los a mudar sua proposta — ou jogar um contra o outro.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

As regras do luxo que prometem transformar metal em ouro


Em seu novo livro, Susana Campuzano propõe um modelo de construção de marcas, produtos e serviços de primeira classe

Por Universia Knowledge@Wharton*

Resultado de imagem para fotos de Susana Campuzano

Será possível colocar ordem no universo cada vez mais competitivo e complexo do luxo, marcado pela Grande Recessão e pela revolução digital? Susana Campuzano (foto), especialista no setor do luxo, com mais de 25 anos de experiência em postos de direção de grandes marcas, como a Chanel, está convencida disso. “A fórmula do luxo”, seu livro mais recente, propõe um modelo de construção para marcas, produtos e serviços de luxo que serve de guia para as diferentes opções ou caminhos a serem seguidos. Nesse modelo, a autora apresenta 12 ingredientes que geram uma dúzia de tipologias diferentes que permitem às marcas posicionarem-se tanto no presente como ao longo do tempo.


Campuzano, que compartilha sua atividade profissional no setor com a direção do Programa de Direção e Gestão Estratégica do Luxo da Escola de Negócios IE, espera que a fórmula ajude muitas marcas não apenas a se orientar na criação de produtos de luxo, como também a chegar de maneira mais eficaz a gerações como, por exemplo, a dos millennials [nascidos entre 1980 e 2000], cuja forma de ver e de entender o luxo é “muito mais natural, tranquila e associada à experiência de vida do que a posse de objetos e status”, segundo ela. Para a autora, o sucesso nesse setor depende da potencialização de certos atributos e de um posicionamento bem diferenciado, tudo isso na proporção e na dose correta. Eis, a seguir, a entrevista.


O que significa o luxo atualmente depois do impacto da Grande Recessão? Aumentou o número de marcas de luxo e de consumidores atraídos por produtos desse tipo ou o que se viu foi o oposto disso?A crise no Ocidente coincidiu com a emergência de novos mercados, como o mercado asiático, com a China à frente, e que já representa 35% do mercado de produtos de luxo consumidos no mundo. Nos piores anos da recessão, o luxo não parou de crescer devido também ao desenvolvimento do varejo e a implantação de lojas próprias pelas marcas, devido também ao auge das viagens e do turismo, à diferença entre as moedas e ao surgimento das lojas isentas de impostos nos aeroportos. Por outro lado, surgiu também nessa etapa um mercado mais afeito ao luxo e aos produtos premium, bem como um desejo de aquisição de objetos de luxo por amplas classes sociais.

Embora a crise tenha trazido um acréscimo de mais de 40% no faturamento das marcas de baixo custo de modo geral, isso não fez mais do que favorecer o luxo e suas múltiplas segmentações, já que se trata de um segmento situado no extremo oposto de um mercado cada vez mais polarizado. Em “A fórmula do luxo”, explico de que maneira o luxo foi favorecido por três revoluções. A primeira delas foi interna e corresponde à passagem de um setor tradicional para o segmento industrial, principalmente a partir da década de 1970. Nos anos 1990, teve início uma revolução conjuntural em que ocorreu parte das circunstâncias que comentei anteriormente e que favoreceram muito o desenvolvimento do luxo. Por último, a revolução digital e o comércio eletrônico, que já representa mais de 7% da cifra total do segmento de luxo, e que se configura como o terceiro mercado de luxo depois dos Estados Unidos e da China.

Se o luxo tem a ver com exclusividade, com a escassez de um produto a que apenas uns poucos têm acesso, como o luxo se adapta aos tempos atuais em que há um grande número de consumidores on-line? O luxo participa da revolução digital? É verdade, o germe do luxo está em algo que é escasso. Num mundo tão sofrido como o que vivemos, o propósito, os princípios, as boas práticas e a autenticidade são o novo luxo. Menciono no livro três tipos de luxo em desenvolvimento: o luxo pessoal, cuja personalização é extrema; o luxo de propósito, que tem um significado para o cliente e uma utilidade real; e o luxo de bem-estar, que vem crescendo graças às novas tecnologias. 

O luxo se adapta com perfeição ao mundo digital porque embora haja, sem dúvida, elementos díspares como a exclusividade, o controle ou a virtualidade, há, porém, uma série de vantagens que o favorecem enormemente. O mundo digital não é apenas o cenário e o mundo do novo cliente e das novas gerações, como permite também a criação de uma imagem e de um conteúdo muito propícios ao luxo. Por outro lado, ele oferece ao luxo o conhecimento especializado do cliente, o que era um dos grandes desafios desse segmento. A revolução dos dados foi uma verdadeira revolução também para o luxo.

Qual a relação dos millennials com o luxo? As marcas de luxo estão tentando, e conseguindo, atrai-los ou estão mais centradas nas gerações mais adultas?
O luxo está muito preocupado com os millennials pois eles serão a nova força do consumo a partir de 2018-2020. Eles têm uma forma de ver e de entender o luxo muito mais natural, tranquila e associada à experiência de vida do que à posse de objetos e de status. Não se sentem nem incomodados nem reprimidos por ele. Basta pensar que os millennials nasceram quando o luxo estava se democratizando e eles o têm mediante um simples clique em seus dispositivos para fins diversos (aluguel, saldo, produtos vintage, ofertas, experiências, aplicativos, redes como Instagram, nas quais eles se relacionam pessoalmente com as grandes marcas, sejam eles consumidores ou não). 

De acordo com o livro “A geração e o luxo”, de Grégory Kasper e Eric Briones, de 2014, 83% dos millennials não vê nada demais em comprar produtos de luxo em tempos de crise. Essa é uma geração que vai redefinir o conceito de luxo como algo mais autêntico, responsável e associado ao segmento premium. Isso não significa que não sejam grandes adeptos das marcas e a um tipo de luxo no qual se veem não apenas como consumidores, mas também como criadores.

Do que depende a sobrevivência das marcas de luxo do ponto de vista do consumidor? O que se deve fazer para chamar sua atenção atualmente para que crie um vínculo especial com a marca?Há três pontos muito importantes para que se tenha sucesso continuamente no mercado: posicionamento, diferenciação e inovação. As marcas devem saber muito bem a quem se dirigem e adotar os códigos do seu alvo. É preciso um grande empenho para oferecer algo diferente em um mercado  muito saturado e em que os concorrentes não estão apenas no segmento de luxo, mas em todo o mercado. Por último, é preciso saber investir como nunca em pesquisa e desenvolvimento, já que estamos em uma fase de mudança de era – e o luxo não pode competir se não incorporar as novas tecnologias.

Há um consumidor global desse tipo de marca que viaja, por exemplo, para fazer compras de produtos de luxo? Ou é necessário falar aos consumidores de acordo com sua região geográfica?Nada mais é local, nem os clientes, nem os mercados, nem as marcas. O cliente viaja física e virtualmente. As mensagens têm de ser globais, porém plurais. O local deixa de ser algo físico identificado com um território e se converte em um conteúdo aspiracional que pertence a todos.

Quais elementos são necessários para criar uma marca de luxo de sucesso atualmente e que permaneça como tal por muito tempo? Essa foi a pesquisa a que me dediquei em meu livro “A fórmula do luxo”. Gostaria muito que a fórmula ajudasse muitas marcas a se orientar na criação de marcas de luxo premium. Falo no livro sobre cinco ingredientes básicos: exclusividade, qualidade superior, inovação, criatividade, experiência/emoção e preço elevado. Logo, são quatro os ingredientes da categoria: o elemento artesanal, o status, o serviço e a personalização. Por último vêm os ingredientes de estilo que geram uma segmentação mais horizontal do que vertical. São eles: design, cultura, sentidos e propósito. 

No final, esses 12 ingredientes geram, também, uma dúzia de tipologias de luxo diferentes nas quais se pode posicionar tanto o presente quanto o futuro. Por último, tudo isso deve ser dosado de maneira muito especial e diferente para o consumo. O luxo, no fim das contas, tem regras próprias que transformam metal em outro.

*Serviço gratuito disponibilizado pela Wharton, Escola de Administração da Universidade da Pensilvânia, e pela Universia, rede de universidades que tem o apoio do Banco Santander.    


http://www.amanha.com.br/posts/view/2734/as-regras-do-luxo-que-prometem-transformar-metal-em-ouro

Como a banana explica o consumo do brasileiro


Estudo da Fecomércio-RS revela que renda tem de voltar a aumentar

Por Luiz Carlos Bohn*

Estudo da Fecomércio-RS revela que renda tem de voltar a aumentar


Estamos acostumados a ouvir que o brasileiro é consumista, que gasta mais do que pode e se endivida excessivamente. O consumo das famílias brasileiras realmente passou por um “período de ouro” recentemente. Pessoas que antes adquiriam apenas o básico passaram a comprar eletrodomésticos, móveis, carros e roupas. Começaram a frequentar salões de beleza, restaurantes, a viajar de avião e a se hospedar em hotéis. O consumo médio de um brasileiro crescia, em termos reais, somente 0,8% ao ano entre 1990 e 2003.

A partir de 2004, até 2011, essa velocidade mais do que quintuplicou, chegando a 4,1%. Para examinar esse acontecimento um pouco melhor e, principalmente, para averiguar o tamanho da dívida que restou a pagar, a Fecomércio-RS realizou o estudo “Consumo e endividamento: o futuro do comércio está comprometido?”, divulgado recentemente.

Com essa pesquisa, identificamos algo interessante sobre o processo de aumento de consumo no Brasil. O volume de gastos dos brasileiros realmente avançou aceleradamente a partir de 2004. Para atribuir o conceito de “excessivo”, no entanto, é necessário compará-lo com o desempenho da renda, ou da produção, no mesmo período. Nesse sentido, a análise tradicional é confrontar o volume de consumo com o PIB, em termos reais. E fazendo esse paralelo, parece realmente ter havido um exagero: de 2005 a 2014, com exceção de 2010, o consumo no país cresceu mais que o PIB.

Esse diagnóstico, contudo, apesar de correto e habitual, ainda esconde um elemento que deve ganhar evidência. Quando medimos consumo e PIB em termos reais, estamos aferindo bens e serviços em volume, ou de forma mais trivial, simplesmente o número de coisas consumidas e produzidas em território nacional. Em outras palavras, esse exame não leva em conta os preços de nada e, portanto, não avalia valores monetários em reais. 

A ilustração a seguir facilitará o entendimento desse raciocínio lógico. Vamos imaginar um país que plante apenas bananas e, com a renda gerada pela comercialização da fruta, consuma exclusivamente açúcar. Se a quantidade da produção de bananas se mantiver constante ao longo do tempo, uma conclusão possível seria a de que a quantidade de açúcar que poderá ser adquirida por sua população não poderá aumentar. No entanto, se em determinado período o valor pelo qual as bananas são vendidas duplicar, e o preço do açúcar não se alterar, será possível levar para casa o dobro de açúcar com a mesma produção física de bananas. 

A grosso modo, foi mais ou menos isso que aconteceu no Brasil entre 2004 e 2014. O preço daquilo que produzimos aumentou de forma mais rápida do que o valor daquilo que consumimos. Em termos técnicos, ao longo de todo esse período, o IPCA, índice que mede os preços ao consumidor, cresceu menos do que o deflator do PIB, que regula os preços da produção.

Esse diferencial de preços ajudou a financiar parte relevante do aumento de consumo do período. Isso fica evidente quando calculamos a participação do consumo no PIB, partindo dos dados em valores monetários. Entre 2004 e 2011, essa participação praticamente não aumenta, oscilando em torno de 60% – patamar bastante moderado confrontado com o histórico nacional, e com outros países do mundo de renda per capita semelhante ao Brasil, inclusive. Nessa comparação, estamos abaixo de mexicanos, turcos e chilenos, por exemplo.

A partir de 2012, sim, a relação consumo/PIB começa a aumentar, fechando o ano de 2016 em torno de 64% – nível ainda moderado para o padrão mundial, mas parecido com os maiores valores observados no Brasil desde 1990. Entre 1995 e 2000, essa relação oscilou entre 64% e 65%. Assim, podemos concluir que atingimos, de fato, um certo limite de consumo no Brasil. Esse ponto, no entanto, não foi alcançado por um crescimento acelerado do consumo, que aconteceu até 2011. Chegamos a esse limite devido ao comportamento enfraquecido do PIB, especialmente nos anos de 2015 e 2016, em que o índice caiu cerca de 7% em termos reais.

A conclusão, portanto, é que, independentemente do nível de endividamento dos brasileiros, o que vem limitando o consumo no Brasil é a renda gerada pelos mesmos. Para que o consumo possa voltar a avançar de forma mais expressiva, é necessário que o PIB e, consequentemente, a renda originada por ele, voltem a crescer também a uma velocidade maior. Assim, quando pensamos em medidas que visem estimular o varejo, diferentemente do que foi o tom das políticas públicas no Brasil dos últimos anos, devemos priorizar ações horizontais, que aumentem a produtividade da economia brasileira como um todo. Esse é o caminho para gerar mais renda com preços estáveis – fator que também garantirá juros mais baixos e maior capacidade de endividamento para as famílias, elementos fundamentais para o desenvolvimento do comércio.


*Presidente do Sistema Fecomércio-RS. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/3765

Elon Musk zomba de investidores pessimistas após salto das ações


A Tesla informou que entregou um recorde de 25.418 veículos no primeiro trimestre, alta de 69% em relação ao ano passado






Com as fortes vendas de veículos no trimestre levando as ações da Tesla a registrar recorde de alta nesta segunda-feira, o presidente-executivo da empresa, Elon Musk, provocou investidores que apostam que a companhia de carros elétricos de luxo está no caminho da ruína.

“Tempo tempestuoso em Shortville”, Musk tuitou após as entregas trimestrais de veículos da Tesla terem vindo acima do esperado, fazendo as ações subirem 5,8 por cento.
O comentário foi uma provocação aos chamados short sellers, investidores que apostam na queda das ações.

A Tesla informou que entregou um recorde de 25.418 veículos no primeiro trimestre, alta de 69 por cento em relação ao ano passado e maior que a previsão da Goldman Sachs de 23,5 mil veículos.

A fabricante de automóveis do Vale do Silício no passado não conseguiu cumprir metas de produção e seus mais recentes números aliviaram os receios de contratempos antes do lançamento tão esperado sedã Model 3 ainda este ano.

A alta das ações nesta segunda-feira elevou o valor de mercado da Tesla a 48 bilhões de dólares -superando o valor de 45 bilhões de dólares da Ford e ficando logo abaixo da General Motors, de 51 bilhões de dólares.
 



STF proíbe greve para todas as categoriais policiais do país


No entendimento do ministro Alexandre de Moraes, "o Estado não faz greve. O Estado em greve é um estado anárquico, e a Constituição não permite isso"



Policiais civis aprovam greve em assembleia no Espírito Santo


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (5), por 7 votos a 3, que todos os servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não podem exercer o direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, por desempenharem atividade essencial à manutenção da ordem pública.

Pela tese aprovada, fica vetado o direito de greve de policiais civis, federais, rodoviários federais e integrantes do Corpo de Bombeiros, entre outras carreiras ligadas diretamente à segurança pública.

Essas carreiras, no entanto, mantêm o direito de se associar a sindicatos.

A decisão, que teve repercussão geral reconhecida e serve para balizar julgamentos em todas as instâncias, foi tomada no julgamento de um recurso extraordinário do estado de Goiás, que questionou a legalidade de uma greve de policiais civis.

No julgamento, prevaleceu o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, para quem o interesse público na manutenção da segurança e da paz social deve estar acima do interesse de determinadas categorias de servidores públicos. Para ele, os policiais civis integram o braço armado do Estado, o que impede que façam greve.

“O Estado não faz greve. O Estado em greve é um estado anárquico, e a Constituição não permite isso”, afirmou Moraes.

A maior parte dos ministros considerou ainda ser impraticável, por questões de sua própria segurança e pela obrigação de fazer prisões em flagrante mesmo fora de seu horário de trabalho, que o policial civil deixe de carregar sua arma 24 horas por dia.

“Isso impediria a realização de manifestações por movimentos grevistas de policiais civis, uma vez que a Constituição veda reuniões de pessoas armadas. “Greve de sujeitos armados não é greve”, afirmou Gilmar Mendes.

Também votaram a favor da proibição da greve a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luiz Fux, que destacou o que considerou consequências nefastas de greves anteriores de policiais civis e militares, como o aumento do número de homicídios. “O direito não pode viver apartado da realidade”, afirmou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestaram pela impossibilidade de greve de policiais civis, contra o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sindipol-GO).

 

Relator


O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou para que fosse garantido o direito de greve dos policiais civis, embora com restrições.

“No confronto entre o interesse público de restringir a paralisação de uma atividade essencial e o direito à manifestação e à liberdade de expressão, deve se reconhecer o peso maior ao direito de greve”, disse.

Para conciliar o direito fundamental à greve e o direito fundamental à segurança pública, Fachin propôs como saída a necessidade de que paralisações de policiais civis fossem autorizadas previamente pelo Judiciário, estabelecendo-se um porcentual mínimo de servidores a serem mantidos em suas funções.

Acompanharam o relator os ministros Rosa Weber e Marco Aurélio Mello, para quem, com a decisão, o STF “se afasta da Constituição cidadã de 1988”.