sexta-feira, 7 de abril de 2017

Zürich Airport detalha investimentos para o Aeroporto Hercílio Luz

 

 

Balint Szentivanyi afirmou que a empresa projeta um aporte de R$ 500 milhões na primeira etapa do contrato de concessão

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Zürich Airport detalha investimentos para o Aeroporto Hercílio Luz


A empresa vencedora do leilão de concessão do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, a suíça Zürich Airport apresentou seus planos de investimentos para Florianópolis ao governador Raimundo Colombo nesta quinta-feira (6). O contrato oficial da concessão será assinado no final de julho e a partir daí a empresa terá o prazo de 26 meses para concluir a primeira etapa de investimentos obrigatórios, o que inclui o novo terminal de passageiros. O governo do Estado reafirmou o compromisso de antes desse prazo entregar a duplicação do novo acesso ao Sul da Ilha de Santa Catarina, que também beneficiará diretamente os usuários do aeroporto.

O vice-presidente da Zürich Airport, Balint Szentivanyi, afirmou que a empresa projeta um investimento da ordem de R$ 500 milhões na primeira etapa do contrato de concessão. Além do novo aeroporto, a empresa vai construir novos fingers (pontes de embarque que fazem a ligação entre o terminal e as aeronaves) e um novo estacionamento com 2,5 mil vagas, entre outras melhorias. “Será um grande ganho para toda a comunidade de Florianópolis e também para a promoção do turismo catarinense, que já responde por 12% da nossa economia”, destacou Colombo.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3847

quinta-feira, 6 de abril de 2017

R$ 600 milhões para nada? Mercedes pode fechar fábrica em SP

 

 

A Mercedes-Benz pode fechar uma fábrica inaugurada há apenas um ano em São Paulo, segundo Philipp Schiemer, presidente da empresa no Brasil

 




São Paulo — A montadora alemã Mercedes-Benz já pensa em fechar uma fábrica que inaugurou há pouco mais de um ano em Iracemápolis, no interior de São Paulo. O problema não é a recessão, mas a incerteza sobre o que vai acontecer com o programa de benefícios fiscais que levou a Mercedes a decidir montar a fábrica — a terceira no país e, hoje, a única que produz automóveis (as outras duas fazem caminhões e ônibus). O programa, que foi batizado de Inovar-Auto, estabeleceu cotas para a importação de veículos e deu incentivos a montadoras que passassem a produzir no país.

Foi anunciado em 2012, com prazo de validade até o fim deste ano — e executivos do setor temem que, se o governo não extinguir de vez os benefícios, deve pelo menos reduzi-los. Se ele terminar e não houver nenhuma contrapartida, a fábrica de Iracemápolis deixará de ser rentável e poderá ser fechada, segundo disse a EXAME o alemão Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil desde 2013. A missão de Schiemer ao assumir o cargo era fazer a empresa retomar o primeiro lugar nas vendas de caminhões no Brasil, posição perdida para a MAN em 2012 — a Mercedes voltou a ser líder no ano passado. Foi uma vitória comemorada discretamente, já que as vendas de caminhões encolheram 30% em 2016.

Exame – A fábrica de automóveis da Mercedes foi inaugurada em plena recessão. O investimento fez sentido?
Philipp – Essa unidade fabrica cerca de 10 000 automóveis por ano, metade de sua capacidade. A crise reduziu a demanda, por isso não abrimos totalmente a unidade e, assim, controlamos os custos. Essa questão está resolvida. O maior problema, não apenas da Mercedes como também de outras montadoras que inauguraram fábricas para produzir automóveis premium, é o futuro do Inovar-Auto. As fábricas de carros de alto padrão surgiram no Brasil como consequência desse programa, que pode ser modificado ou mesmo extinto no fim do ano. Dependemos mais disso do que da economia, porque a crise vai passar e as vendas vão voltar a crescer.

Exame – A fábrica pode ser fechada?
Philipp – Sim, essa é uma possibilidade se a unidade deixar de ser rentável. É claro que seria ruim perder o investimento de 600 milhões de reais, mas não perderíamos o mercado, porque os carros continuarão a ser vendidos, só que importados. Fábricas que produzem de 20 000 a 30 000 veículos por ano nunca serão tão competitivas como as que fabricam 300 000 unidades, a não ser que tenham incentivos.

Exame – Por que a Mercedes decidiu construir a fábrica, já que o Inovar-Auto sempre teve data para acabar?
Philipp – Ficamos sem opção. O programa estabeleceu uma cota de importação de 4 800 veículos por ano, bem menos do que vendemos. Se não fizéssemos a fábrica, perderíamos competitividade — temos uma rede de concessionárias para manter aqui, e a conta não fecharia. Era isso ou sair do mercado. Não posso falar pelas outras montadoras, mas certamente estão todos preocupados. A Anfavea [associação que representa as montadoras] está discutindo soluções com o governo e acredito que o programa possa mudar para melhor.

Exame – Mudar como?
Philipp – Poderia se tornar uma política industrial de longo prazo. É preciso facilitar a entrada de novas tecnologias no Brasil para podermos agregar valor e competir no mercado mundial. Gosto do modelo da Embraer, de importar mais e exportar mais também. Saiba mais: Mercedes-Benz cria campanha ambiciosa sobre a vida adulta

Exame – A maior parte do resultado da Mercedes no Brasil depende da venda de caminhões e ônibus, segmentos muito afetados pela crise. Quando a recuperação deve começar?
Philipp – Começamos neste ano vendendo menos do que em 2016. Nosso negócio depende, essencialmente, de juros baixos, porque a maioria dos clientes financia a compra, e do crescimento econômico. Sabemos que o mercado de caminhões vai voltar, porque é responsável por 60% do transporte no país, mas, para isso acontecer, o PIB precisa voltar a crescer. Se as reformas forem aprovadas, o que contribuirá para a retomada da economia, é possível que a situação de nosso mercado melhore no segundo semestre. Haveria uma ajuda com incentivos para a troca da frota brasileira, hoje uma das mais velhas do mundo.

Exame – Como foi retomada a liderança no mercado de caminhões?
Philipp – Em 2013, nossos custos eram elevados, as fábricas estavam ineficientes e os produtos pouco atraentes. Investimos 730 milhões de reais na modernização das fábricas e dividimos a produção: a fabricação das cabines acontece na unidade de Juiz de Fora [Minas Gerais] e a montagem em São Bernardo do Campo [São Paulo]. Ainda estamos comprando novas máquinas para São Bernardo para que, em 2019, essa seja uma das fábricas mais modernas da companhia no mundo. Para melhorar a oferta, fizemos pesquisas e nos comparamos com os concorrentes. Quase toda a linha de produtos mudou: aumentamos o conforto, reduzimos o consumo de combustível e diminuímos a necessidade de revisões para manutenção, por exemplo. Mas também tivemos de demitir: 5 500 funcionários saíram, a maioria por meio de um programa de demissão voluntária. Isso representava 40% do nosso quadro. Com todas as mudanças, ganhamos cerca de 20% de produtividade.

O desafio de construir a ponte entre agências e consultorias

 

 

Fabiano Goldoni alerta para a necessidade de um novo modelo

 

 

Por Fabiano Goldoni*


Resultado de imagem para fotos de Fabiano Goldoni


Tem sido bastante frequente as declarações e artigos em veículos especializados afirmando que as consultorias vão acabar com as agências de propaganda. Para ter uma ideia desse cenário: a divisão Interactive Experience (iX) da IBM foi considerada a maior agência digital do mundo pela revista de publicidade, marketing e mídia Ad Age. A iX possui mais de 10 mil funcionários que trabalham em criação, digital e analytics para clientes como a Nestlé, Visa, L.l.bean e Air Canada. A empresa faturou cerca de US$ 1,9 bilhão em 2015.

Acredito que nem tudo está perdido para as agências, pois não tenho dúvidas de que alguns irão encontrar uma forma para virar a chave do novo modelo. Certamente players históricos que construíram o negócio da publicidade até hoje vão desaparecer. Acontece em qualquer indústria em transformação. Porém, os que forem ágeis o suficiente para mudar sua metodologia irão resistir e encontrar seu lugar. Tenho certeza disso. Estamos entrando na era dos especialistas em comunicação e branding conectados, de fato, com o resultado no negócio. Parece simples na teoria, mas na prática é o maior desafio que essa indústria já passou. 

Qual é a fórmula das consultorias? Não é segredo como elas funcionam. O que existe de diferente entre o modelo da consultoria e da agência é o padrão mental (também conhecido no Brasil como mindset) de abordagem do desafio da comunicação na era digital. O mindset da consultoria é baseado em agrupar plataformas de dados e gestão do negócio do anunciante e conectar diretamente nas plataformas de comunicação e aferição de mídia. Em resumo, investimento e resultado de ponta a ponta sem dar espaço ao empirismo. 

Não confiando somente em focus group e pesquisas com um punhado de consumidores. Tudo isso com margem zero para qualquer subjetividade na tomada de decisão. Dados são o novo combustível desse novo modelo. Porém, sabemos que comunicação de marca não se baseia somente na frieza dos dados. É preciso estabelecer uma conexão emocional com o consumidor, gerar envolvimento e ter relevância. Não foi à toa que recentemente a Accenture Digital contratou um dos maiores diretores de criação do mercado publicitário. Está claro que existe uma ponte entre estas duas margens do rio: agências e consultorias. O desafio é construir essa ponte o mais rápido possível. 

O anunciante não compra mais exposição de marca, criatividade, inteligência, relacionamento com veículos, atendimento próximo ou seja lá qual o diferencial da agência. Isso fica claro neste novo cenário da digitalização dos negócios. O anunciante compra resultado que pode ser medido de ponta a ponta: do conteúdo ao checkout do e-commerce e também da loja física. 

O Alright Summit 2017 abordará este novo cenário no keynote do Leo Cid Ferreira, Chief Strategy Officer da Accenture Digital no dia 28 de abril (leia mais detalhes aqui). O Alright Summit é um evento para convidados da Alright e seus parceiros. Inscreva-se aqui preenchendo o formulário.

*Sócio da Alright Media, braço do hub de tecnologias de mídia digital Alright, empresa promotora do Alright Summit 2017. O evento, que tem a parceria de AMANHÃ, vai debater como o meio digital está transformando o marketing e a publicidade. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/3837

É quase uma alquimia ter baixa exposição ao risco no Brasil

 

Opinião é de Marciano Testa, presidente do Banco Agiplan, cujos principais clientes são jovens de 18 a 30 anos 

 

Por Dirceu Chirivino

dirceu@amanha.com.br
Resultado de imagem para fotos de Marciano Testa


Marciano Testa (foto), presidente do Banco Agiplan, aproveitou o tradicional Tá na Mesa, evento promovido pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) em Porto Alegre nesta quarta-feira (5), para mostrar a revolução pela qual a indústria bancária vem passando. Com foco em proporcionar melhor experiência ao cliente, o Agiplan já trabalha em um modelo de banco do futuro, no qual a tecnologia é uma aliada fundamental para o desenvolvimento de novos produtos e serviços que vêm ao mercado para facilitar o dia a dia dos usuários. 

Tanto é assim que, ainda em meados do ano passado, o banco lançou a ferramenta digital Agipag. O aplicativo permite ao cliente pagar, receber e fazer transferências de valores pelo smartphone. Os números dos celulares se transformam automaticamente em contas correntes. O Agipag é pioneiro nesse tipo de operação entre os bancos brasileiros. “A maioria dos nossos clientes, cerca de 70%, é formada por jovens entre 18 e 30 anos”, conta Testa. “Os clientes são exigentes nessa faixa etária. Eles rejeitam o padrão tradicional bancário que impõe a burocracia dos contratos e cobram pacotes de serviços. Esse modelo está sendo muito questionado pelos jovens. Eles preferem ser atendidos por uma plataforma eletrônica, e só se dispõem a pagar pelo que recebem”, destaca o executivo. Para elevar ainda mais a penetração nesse público, o Banco Agiplan lançará este ano a “Conta Jovem” – um serviço digital para adolescentes entre 14 e 18 anos. A única exigência será que os pais ou os responsáveis pelos menores autorizem a abertura da conta. 

A estratégia de Testa visa assegurar uma fatia de mercado que será cativo no futuro. Segundo estimativas do presidente do Banco Agiplan, muitas fintechs [startups que criam inovações na área de serviços financeiros, com processos baseados em tecnologia] não devem sobreviver, tendo em vista as dificuldades que esses empreendimentos enfrentarão para atender a pesada regulamentação do sistema bancário. “Os grandes bancos também responderão fortemente, em termos tecnológicos, criando estruturas capazes de superar as fintechs. E muitas delas deverão ser absorvidas pelos próprios bancos”, projeta o CEO do Agiplan.  

Testa também fez projeções de médio prazo. O executivo se mostrou preocupado com o número de pessoas negativadas no Brasil. De acordo com ele, o país tem 59,6 milhões de consumidores nessa situação – o número representa metade da população economicamente ativa. Testa argumenta que esse fato é uma das razões que explicam a manutenção de juros elevados. “Para conceder crédito é preciso muita tecnologia. É quase uma alquimia ter baixa exposição ao risco no Brasil”, confidencia. 

Neste ano, o Banco Agiplan investirá R$ 110 milhões em sua expansão física e melhoria de processos. Hoje, a instituição financeira conta com 2,5 mil funcionários e quase 400 pontos de atendimento em todo o Brasil. Serviços como crédito, conta corrente, investimentos, consórcios, seguros e meios de pagamento são disponibilizados para mais de 1,5 milhão de clientes. O banco tem um patrimônio líquido superior a R$ 250 milhões e mais de R$ 1 bilhão em ativos.



Cade estende por até 90 dias análise da fusão Kroton/Estácio


Em fevereiro, o Cade avaliou que a fusão reduz a competição no mercado de educação superior

 






São Paulo – O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta quarta-feira estender o prazo de análise da fusão da Kroton com a Estácio Participações por 60 dias, até 27 de junho, prazo que ainda pode ser prorrogado por até mais 30 dias, afirmaram as companhias em comunicado.

Qatar Holdings vende fatia no Santander Brasil por R$ 2,3 bi


De acordo com fato relevante do Santander Brasil, investidores pagaram 25 reais por cada unit da oferta inicial de 80 milhões de papéis

 




São Paulo – A Qatar Holdings, grupo de investimento controlado pelo governo do Catar, vendeu uma participação de cerca de 2,5 por cento no Banco Santander Brasil por 2,3 bilhões de reais em uma oferta restrita após bancos exercerem uma opção de comprar um lote adicional de units.

De acordo com fato relevante do Santander Brasil à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores pagaram 25 reais por cada unit da oferta inicial de 80 milhões de papéis, sendo 22 milhões de ações para a oferta brasileira e 58 milhões de ADSs para a oferta internacional, bem como para 12 milhões de units em um lote adicional na oferta internacional.

O fundo do Catar e os bancos coordenadores da operação haviam sugerido um preço de 27 reais por unit, afirmaram três fontes com conhecimento direto da operação, mas investidores recusaram tal preço e pressionaram por um valor menor. Saiba mais: Qatar Holding venderá até 80 milhões de units do Santander Brasil

As units recuaram 5,2 por cento na quarta-feira, em meio a notícias sobre o movimento dos investidores, caindo a 26,13 reais, o menor nível desde o final de dezembro.

Investidores colocaram ofertas 2,5 vezes a 3 vezes a quantidade de units do quarto maior banco do país na oferta, disseram as fontes.


Amazon vende US$ 1 bi de ações ao ano por empresa de foguetes

 

 

Empresa de foguetes Blue Origin visa lançar passageiros pagantes em passeios espaciais de 11 minutos a partir do próximo ano

 








Colorado Springs – O fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, disse na quarta-feira que está vendendo cerca de 1 bilhão de dólares de ações da varejista online anualmente para financiar sua empresa de foguetes Blue Origin, que visa lançar passageiros pagantes em passeios espaciais de 11 minutos a partir do próximo ano.

A Blue Origin tinha esperanças de iniciar voos de teste com pilotos e engenheiros da empresa em 2017, mas isso provavelmente não acontecerá até o próximo ano, disse Bezos a repórteres no Simpósio Espacial anual dos Estados Unidos em Colorado Springs.

“Meu modelo de negócios agora … para a Blue Origin é que eu vendo cerca de 1 bilhão de dólares de ações da Amazon por ano e eu uso isso para investir na Blue Origin”, disse Bezos, presidente-executivo da Amazon.com e também dono do jornal The Washington Post.

Em última análise, o plano é que a Blue Origin se torne uma empresa rentável e autossustentável, com um objetivo a longo prazo de reduzir o custo do voo espacial para que milhões de pessoas possam viver e trabalhar fora da Terra, disse Bezos.

Bezos é o maior acionista da Amazon, com 80,9 milhões de ações, segundo dados da Thomson Reuters. No preço de fechamento das ações de quarta-feira de 909,28 dólares, Bezos teria que vender 1.099.771 ações para cumprir sua promessa de vender 1 bilhão de dólares em ações da Amazon.

A participação total da Bezos na Amazon, que representa uma participação de 16,95 por cento na empresa, é de 73,54 bilhões de dólares ao preço de fechamento de quarta-feira.