sexta-feira, 5 de maio de 2017

Warren Buffett vende um terço de participação na IBM, diz CNBC

Investidor detinha cerca de 81 milhões de ações no final de 2016 e vendeu cerca de um terço desse volume entre o primeiro e segundo trimestres deste ano




O investidor bilionário Warren Buffett vendeu cerca de um terço da participação detida por sua Berkshire Hathaway na IBM, publicou a CNBC no final da quinta-feira, reduzindo aposta que surpreendeu muitos e que ainda não se mostrou bem sucedida.

A ação da IBM atingiu valor de 180 dólares em 14 de fevereiro, mas encerrou na quinta-feira a 159,05 dólares.

Representantes da Berkshire não comentaram o assunto de imediato.

Buffett detinha ao redor de 81 milhões de ações da IBM no final de 2016 e vendeu cerca de um terço desse volume entre o primeiro e segundo trimestres deste ano, publicou a CNBC citando o investidor.

“Eu não avalio a IBM da mesma forma que avaliava seis anos atrás quando comecei a comprar … Eu reavaliei isso para baixo”, disse Buffett, em entrevista à CNBC.

O investimento da Berkshire na IBM foi considerado como uma surpresa pelo mercado diante da conhecida resistência de Buffett em investir em negócios que ele considera mais complexos de entender.


Magazine Luiza vende chocolates e peças de carro em marketplace


No mês de abril, a companhia ultrapassou a marca de 100 parceiros em seu marketplace, com mais de 220 mil itens diferentes

 




São Paulo – Magazine Luiza ganhou mais espaço no mercado e viu seu lucro crescer, com foco na integração entre os canais físico e digital. Além disso, pela primeira vez desde a sua fundação, o Magazine Luiza vendeu chocolates nessa páscoa com a expansão de seu marketplace.

A Mondelez é um dos novos vendedores do marketplace da companhia, onde vende de ovos Lacta a caixas de Bis Oreo. Os chocolates são alguns dos novos produtos que estão a venda no site da empresa, em operações controladas por parceiros.

No mês de abril, a companhia ultrapassou a marca de 100 parceiros em seu marketplace, como Spicy, Avon, ClimaRio, Havan, Connectparts, Onofre,  MadeiraMadeira, Drograria SP, Drogaria Pacheco, entre outros.

Com esses novos parceiros, a empresa tem mais de 220 mil itens diferentes em seu shopping virtual.
Cosméticos, alimentos e até produtos para carros divergem bastante do catálogo tradicional da empresa, mas esses produtos fazem parte da sua estratégia para reforçar o marketplace e as vendas online.

Praticamente todos os produtos vendidos por terceiros são complementares aos oferecidos pelo Magazine Luiza: 98% dos itens do marketplace não concorrem com a companhia. Por enquanto, a estratégia é apenas ampliar o leque de produtos oferecidos a clientes e não sair das categorias que vende.

A velocidade de integrar esses novos parceiros veio depois da aquisição da startup Integra, especializada na gestão lojistas e marketplaces e cujo sistema é usado por mais de 200 empresas.

 

Resultado


As vendas da varejista deram um salto e garantiram à companhia o seu maior Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da história.

O lucro líquido foi de R$ 59 milhões e margem de 2,1% no primeiro trimestre do ano, contra R$ 5 milhões e margem de 0,2% no ano passado.

As vendas totais cresceram 23% no primeiro trimestre do ano, atingindo R$ 3,4 bilhões.

 

No virtual, crescimento real


O comércio eletrônico foi o grande destaque da varejista e já representa 28% das vendas totais. O faturamento desse segmento cresceu 56,2% em relação ao ano passado.

Já faz alguns trimestres que a varejista declarou ser uma “empresa digital com pontos físicos”. As mais de 800 lojas físicas atuam como centros de distribuição e podem funcionar como ponto de coleta para as vendas on-line, sem que o consumidor precise pagar frete, serviço chamado Retira Loja.

Agora, a meta da empresa é entregar os produtos nas lojas até 48 horas depois da compra nesta modalidade.

Além da redução de prazo de entrega, a integração entre canais também ajudou a diminuir o tempo de estoque para 66 dias, de 73 dias no início do ano passado.

A companhia vem investindo em vendas pelo smartphone e seu aplicativo já tem mais de 5,4 milhões de downloads.

 

Preços racionais


Além da estratégia multicanal, de integrar lojas físicas e online, o crescimento do comércio eletrônico também se deve a preços mais racionais no mercado, afirmou Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.

“Os players perdiam muito dinheiro e queimavam caixa com suas operações on-line. Num momento bom da economia já era difícil sustentar, mas com a crise, liquidez baixa e juros altos, a situação se tornou insuportável”, disse.

Ele afirma que os competidores estão praticando preços mais racionais e, com isso, a Magazine Luiza se beneficia e aumenta sua taxa de conversão.


CVC faz acordo para adquirir maior parte de grupo Trend


A CVC afirmou que vai comprar 90% das ações da Check In Participações, que faz parte da Trend

São Paulo – A operadora de turismo CVC anunciou nesta quarta-feira acordo para adquirir a maior parte das operações do grupo de turismo Trend por até 258,8 milhões de reais.

A CVC afirmou que vai comprar 90 por cento das ações da Check In Participações, que faz parte da Trend e vai consolidar todos os negócios relevantes do grupo, após uma reorganização societária.

Segundo a CVC, o Grupo Trend tem cerca de 800 funcionários, atua na intermediação de hotéis nacionais e internacionais e é voltado para negócios e lazer. Em 2016, as reservas confirmadas somaram 1,2 bilhão de reais.

“A aquisição da Check In constitui uma excelente oportunidade estratégica, complementar às operações da companhia (CVC), fortalecendo, assim, sua posição de liderança no setor de viagens no Brasil”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado.

A CVC afirmou ainda que o executivo Luís Paulo Luppa de Oliveira Couto permanecerá como presidente e acionista minoritário da Check In.


Lula pediu para fechar contas de propina no exterior, diz VEJA


O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque se encontrou com o juiz Sergio Moro e revelou encontro secreto com Lula

 




São Paulo – Nesta sexta-feira (5), em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou que recebeu ordens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fechar as contas que supostamente mantinha no exterior para receber propinas oriundas de contratos da Petrobras. 

Segundo informações de VEJA.com, eles teriam marcado um encontro secreto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já durante as investigações da Operação Lava Jato.

A publicação ainda diz que o petista, além de monitorar pessoalmente o fluxo de pagamentos de contratos que renderiam valores ilícitos posteriormente, teria feito questão de advertir para a necessidade de eliminar rastros no exterior que pudessem levar as autoridades até a propina.




Defesa pede que liberdade de Palocci seja julgada pela 2ª Turma


Fachin tomou a decisão sobre o julgamento no plenário da Corte após rejeitar pedido provisório para soltar Palocci

 






A defesa do ex-ministro Antonio Palocci recorreu ontem (4) da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de enviar para o plenário da Corte o julgamento definitivo de um pedido de liberdade.

Fachin tomou a decisão após rejeitar pedido provisório para soltar Palocci, preso em setembro do ano passado na Operação Lava Jato.

No recurso, os advogados alegam que o ex-ministro deve ser julgado pela Segunda Turma, responsável pelos julgamentos da Lava Jato no Supremo, e não pelo plenário.

“A decisão agravada não se sustenta, seja porque completamente desfundamentada, seja porque não pode, a descoberto de razões, subtrair o julgamento do mandamus do seu juiz natural, que é a colenda Segunda Turma”, sustenta a defesa.

Ao enviar o julgamento de mérito ao plenário, o ministro tenta obter apoio da Corte para manter as prisões na Lava Jato.

Fachin é relator das ações da operação no colegiado e foi derrotado na terça-feira (2), por maioria, na votação que concedeu liberdade ao ex-ministro José Dirceu.

Antes da decisão que beneficiou Dirceu, os empresários José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genú foram soltos por decisão da Turma.

Além dos ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes, que fazem parte do colegiado da Lava Jato, a Corte é formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e pela presidente, Cármen Lúcia.

Na decisão em que negou liberdade provisoriamente a Palocci, Fachin entendeu que não há nenhuma ilegalidade na decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão.

“O deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação demonstrada nos autos representar manifesto constrangimento ilegal, o que, nesta sede de cognição, não se confirmou”, afirmou o ministro.

Paraná prepara esquema de segurança para depoimento de Lula


Será a primeira vez que o juiz Sérgio Moro e o ex-presidente ficarão frente a frente no processo da Operação Lava Jato

 







Curitiba se prepara para o interrogatório do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira (10).

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná montou um esquema especial para garantir que o depoimento aconteça sem intercorrências e evitar confronto entre manifestantes contrários e favoráveis a Lula.

Será a primeira vez que o juiz Sérgio Moro e o ex-presidente ficarão frente a frente no processo da Operação Lava Jato.

Haverá um bloqueio em um raio de 150 metros em torno do prédio e apenas jornalistas credenciados e moradores poderão passar pelos policiais.

A Polícia Militar do estado vai cuidar da segurança nas ruas ao redor do prédio da Justiça Federal, que será monitorado pela Polícia Federal.

A Direção do Foro suspendeu os prazos processuais e o atendimento ao público no dia do interrogatório. Além disso, segundo decisão da diretora do Foro, a juíza federal Gisele Lemke, também não poderão entrar no prédio magistrados, servidores, estagiários e terceirizados. “O acesso ao edifício Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (sede Cabral) somente será permitido às pessoas envolvidas com a realização e apoio da audiência, devidamente autorizadas pela Direção do Foro, conforme lista a ser encaminhada à Polícia Militar do Estado do Paraná”, diz o despacho.

A Polícia Militar informou que monitora e já tem notícias de grupos favoráveis e contrários que se deslocam para a capital. Mas não confirmou o número de ônibus que seguem para Curitiba. Os grupos ficarão em pontos distintos da cidade. De acordo com o secretário da Sesp, Wagner Mesquita, manifestantes a favor de Lula vão ficar na Rua XV de Novembro. Já os contrários deverão se concentrar no Centro Cívico. “Nosso objetivo como órgão de Segurança Pública é garantir a livre manifestação democrática e pacífica. Por conta disso, estamos mantendo diálogo com todas as entidades e solicitando cronograma e programação para ajustar a utilização do nosso efetivo”, afirmou.

Nesse processo, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento tríplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis.


Presos na Lava Jato pedem extensão de habeas corpus dado a Dirceu


Pedidos foram encaminhados pelas defesas de dois sócios da Construtora Credencial, principal foco da Operação Vício

 




Brasília – As defesas dos empresários Flavio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira, que estão presos preventivamente na Operação Lava Jato, entraram com pedidos de extensão do habeas corpus concedido ao ex-ministro petista José Dirceu, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que também sejam postos em liberdade.

Macedo e Meira são sócios da Construtora Credencial, principal foco da Operação Vício, 30ª fase da Lava Jato, e foram condenados na primeira instância.

Apesar de o relator da Lava Jato ser o ministro Edson Fachin, o ministro Dias Toffoli tornou-se o relator especificamente para questões que envolvam a decisão tomada no julgamento da 2ª Turma do STF em que foi revogada a prisão de Dirceu, porque foi o autor do voto que iniciou a divergência e saiu vencedor, contrariando o entendimento do relator. Desta forma, os pedidos de extensão neste caso deverão ser analisados pelo ministro Toffoli. Em tese, como a decisão de soltar o ex-ministro foi tomada na turma, é provável que a discussão sobre a extensão ou não seja feita na turma.

Flavio Henrique Macedo foi condenado na Lava Jato em uma ação penal na qual é corréu junto com José Dirceu e outros, pelos crimes de lavagem de dinheiro e de associação criminosa. Ele recorre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Alexandre Crepaldi e Marcos Milan Gimenez, que defendem Flavio Henrique Macedo, afirmam que a situação dele é semelhante à de José Dirceu.

“Ambos foram condenados nos autos da ação penal nº 5030883- 80.2016.4.04.7000 e aguardam o momento de apresentarem as razões de apelação; os supostos fatos criminosos não são contemporâneos ao decreto prisional; e o requerente está preso por prisão cautelar por tempo desproporcional”, dizem os advogados.

A defesa ressalta que Flavio Henrique Macedo já tem um pedido de habeas corpus no STF e está aguardando a apreciação de um agravo regimental (um recurso) apresentado a Fachin após o ministro relator ter negado seguimento. Os advogados dizem também que o requerente não responde a nenhum outro processo criminal e é réu primário.

Eduardo Aparecido de Meira também é condenado na Lava Jato e se encontra preso no Complexo Médico Penal em Curitiba (PR).

Ele tem um pedido de habeas corpus separado tramitando desde 29 de novembro de 2016. O ministro Teori Zavascki indeferiu liminar e, depois, o ministro Edson Fachin negou seguimento.

Após novo recurso da defesa, este habeas corpus encontra-se no gabinete de Fachin aguardando decisão – o mesmo acontece com o habeas corpus de Flavio Henrique de Oliveira Macedo. Nos dois casos, a PGR se posicionou contra conceder liberdade aos presos preventivamente.

A fundamentação do pedido de extensão é o artigo 580 do Código de Processo Penal, que prevê a extensão de decisões a corréus cuja situação fático-processual seja idêntica àquele em favor de quem foi ela proferida.