quarta-feira, 30 de agosto de 2017

“Marfrig, usinas de cana e biodiesel compraram benefícios”




Batizada de "retorno", a propina era regra para empresas que quisessem garantir benefícios fiscais ou firmar contratos com o Estado de Mato Grosso, segundo delação do ex-governador Silval Barbosa (2011-14), do PMDB.

Em sua colaboração premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal em agosto, o ex-governador relatou como companhias dos mais diferentes ramos –do frigorífico Marfrig a empresas do setor sucroalcooleiro e de móveis– integraram o esquema.
 
Os pagamentos podiam superar R$ 1 milhão por ano para cada empresa. O Marfrig, por exemplo, pagou aproximadamente R$ 5 milhões durante sua gestão em troca da concessão de incentivos fiscais, segundo a delação.
 
O ex-governador disse que o acerto foi feito em 2010 com o próprio dono da empresa, Marcos Molina. Na campanha daquele ano, Barbosa, então candidato, disse que, se fosse eleito, retribuiria o Marfrig auxiliando-o com questões tributárias no Estado. Molina teria desembolsado R$ 1 milhão para a campanha por meio de caixa dois.
 
"Ficou combinado que a Marfrig continuaria a pagar propina acima de R$ 1,2 milhão. Esse valor foi combinado em nova reunião", disse. Barbosa afirmou que a maior parte da propina foi repassada via empresa Trimex Construções e Terraplanagem.

 
SETOR SUCROALCOOLEIRO
 

Em relação ao setor sucroalcooleiro, disse que deu prosseguimento ao "retorno" que já existia no governo anterior, de Blairo Maggi (PP), com o Sindalcool (sindicato das indústrias sucroalcooleiras do Estado).
 
"O presidente do sindicato arrecadava o 'retorno' dos empresários do ramo e entregava para [o então secretário da Fazenda] Eder de Moraes, tendo em contrapartida benefícios tributários", disse.
 
Barbosa relatou que, para sua campanha ao governo, em 2010, recebeu R$ 2,1 milhões em doações oficiais com a promessa de oferecer tributos favoráveis às empresas ligadas ao Sindalcool. De acordo com o delator, só em 2013 o "retorno" foi de R$ 2 milhões. O ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, segundo ele, recebeu de 10% a 15% do montante.
 
O sistema foi o mesmo com a área de biodiesel. As empresas desembolsaram entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões em propina, conforme o delator. O acerto foi feito, mais uma vez, entre Nadaf, que na época estava à frente da Secretaria de Indústria, e José Wagner dos Santos, empresário do ramo e irmão do senador Cidinho Santos (PR-MT).
 
Ele relata ainda pagamento de propina por empresas do setor de móveis e de software. A Odebrecht teria pago R$ 1 milhão em caixa dois durante a campanha de 2010, apesar de não ter uma contrapartida especificada.

 
OUTRO LADO
 

O frigorífico Marfrig informou que "contribuiu de forma espontânea com as investigações relativas ao pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do Estado que compõem a organização criminosa". "Após investigação que contou com ampla cooperação do grupo Marfrig, esta Promotoria concluiu que o grupo foi compelido a se submeter às exigências, não sendo imputado aos seus dirigentes a prática de qualquer ato de natureza criminal", diz a empresa.
 
A Odebrecht informou por meio de nota que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua.

Os demais citados não foram encontrados (Folha de S.Paulo)

Brasil deverá recorrer de decisão da OMC sobre políticas de subsídio






Brasília - O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey, fala sobre a participação do Brasil na Cúpula de Líderes
  O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos
  e Financeiros do Itamaraty, Carlos Cozendey
     Antonio  Cruz/Arquivo/Agência  Brasil
O governo brasileiro deverá recorrer da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) na qual foi condenado por políticas de subsídio adotadas em programas nos setores de automóveis, telecomunicações e informática. O relatório já era do conhecimento do governo brasileiro, mas só foi oficialmente divulgado hoje (30) pela OMC, após concluída sua tradução.

“Nossa tendência é apelar, mas não vou entrar em detalhe no conteúdo por razões óbvias de estratégia”, disse o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Bicalho Cozendey, em entrevista coletiva na qual comentou o relatório da OMC.

A União Europeia e o Japão abriram processos contra o Inovar-Auto, de incentivo à inovação tecnológica na cadeia produtiva de veículos automotores, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) e a Lei de Informática. Houve processos também contra os programas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital e o de inclusão digital. Estes, no entanto, já terminaram.

O Brasil tem agora prazo de 60 dias, contados a partir do dia 19 de setembro, para decidir se recorre da decisão. Caso isso ocorra, o caso será novamente examinado. Com isso, a expectativa é que se levem pelo menos mais seis meses para que o caso seja encerrado.

Presidente de Portugal apoia o pleito do Brasil de fazer parte da OCDE, diz Temer

Presidente de Portugal apoia o pleito do Brasil de fazer parte da OCDE, diz Temer


Durante a parada que fez em Lisboa – como escala de sua visita para a China – o presidente Michel Temer teve um encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na manhã desta quarta-feira, 30. Depois da reunião, Temer usou as redes sociais para afirmar que informou ao colega português o caráter reformista de seu governo e que Sousa manifestou apoio a demanda brasileira de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O presidente de Portugal apoiou a solicitação brasileira para fazer parte da OCDE e disse que acompanha os projetos de concessão do governo”, escreveu Temer no Twitter, referindo-se ao pacote de concessões anunciados nesta semana e que o presidente leva na bagagem para tentar “vender aos chineses”.

O pedido de adesão para ingressar na OCDE foi feito pelo governo brasileiro no fim de maio, mas até que o País seja aceito pode haver um intervalo de anos.

Segundo as mensagens, publicadas pela assessoria de imprensa do presidente, Temer também apresentou a Sousa “os bons resultados da economia brasileira”. “Estamos fazendo um governo reformista”, disse o presidente.

Temer chegou em Portugal na terça à noite, teve os encontros na manhã seguinte em Lisboa e segue em viagem para a Pequim nesta quarta. Há pelo menos mais uma parada técnica prevista da comitiva presidencial no caminho, em Astana, no Cazaquistão.
  
 
 
 http://www.istoedinheiro.com.br/presidente-de-portugal-apoia-o-pleito-do-brasil-de-fazer-parte-da-ocde-diz-temer/

Negócio de 450 Mi de Dólares Grupo Sul-coreano CJ Compra Selecta


Negócio de 450 Mi de Dólares


















O grupo sul-coreano CJ adquiriu 90% da Selecta - sendo 60% adquirido da empresa chilena Corpesca, com opção de compra de mais 10% em dois anos, e 30% dos acionistas minoritários. Com a aquisição, por US$ 450 milhões, a empresa muda sua denominação para CJ Selecta. Segundo a Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (ACIEG), a atual CJ Selecta poderá expandir seu portfólio para áreas como suínos, frangos e peixes. 

A previsão do plano de investimentos para o Brasil é de ampliar em 50% a produção industrial, que tem atualmente uma capacidade de esmagamento de 700 mil toneladas de soja por ano, e fazer uma estrutura de negócio para a fabricação de proteína de soja concentrada e de farelo de soja fermentada.

Fonte: Suínocultura Industrial

‘Investidor de investimento produtivo está com pé atrás’, diz diretor da Abimaq

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Estadão Conteúdo

O diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a demanda atual por máquinas e equipamentos no Brasil, por ainda estar baixa, indica que o “investidor de investimento produtivo está com o pé atrás”.

Segundo ele, se as compras de máquinas e equipamentos não estão sendo feitas agora, significa que os investidores não estão apostando em melhora da economia nem para meados do ano que vem. 
“Caso contrário eles estariam comprando hoje”, disse Bernardini. “Significa que eles não estão vendo ou não estão lendo a recuperação da atividade econômica”.

Bernardini disse ainda que a projeção da Abimaq para a receita líquida do setor em 2017 varia entre queda de 2%, num cenário mais otimista, e de 5%, numa visão mais pessimista. No acumulado de janeiro a julho, o indicador apresenta queda de 5,6% em relação a igual período de 2016, com R$ 37,8 bilhões.

 http://www.istoedinheiro.com.br/investidor-de-investimento-produtivo-esta-com-pe-atras-diz-diretor-da-abimaq/

BNDES ainda não recebeu pedido do governo de devolução de R$ 100 bi, diz diretor

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O diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o pedido de devolução antecipada de mais cerca de R$ 100 bilhões de empréstimos de longo prazo ao Tesouro Nacional ainda não foi encaminhado “nem formalmente, nem informalmente” pela equipe econômica do governo, mas já é esperado pelo banco de fomento. 

“Não foi encaminhado formalmente e não está em discussão, mas isso é uma realidade orçamentária. Não é uma questão do BNDES com o Tesouro Nacional, é uma realidade orçamentária. A partir daí temos que seguir os passos orçamentais, como vai ser, quando vai ser, mas é uma necessidade orçamentária da União hoje”, declarou em conversa com jornalistas. Ele frisou que o banco “está sempre preparado para fazer fluxo de caixa com vários cenários”.

Como o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, revelou, o retorno desse dinheiro ao caixa da União em 2018 deve estar previsto na proposta de projeto de Orçamento para o ano que vem, que será encaminhada ao Congresso nesta quinta-feira, 31.

Ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas, Thadeu de Freitas afirmou não ver “nenhum inconveniente em nada disso em qualquer circunstância”. “O que é momento ideal? Aquele que o banco estiver com condições favoráveis para não depender mais desses recursos. Nesse momento depende, mas não tanto.”

Ele destacou que, embora o banco não tenha sido comunicado, o pedido é esperado devido à devolução de outros R$ 100 bilhões pelo BNDES ao Tesouro no fim do ano passado. “Já teve uma devolução, então é uma questão de tempo, o que não pode é atrapalhar a chamada dinâmica do banco, o que atrapalharia a União também, já que o banco paga dividendos para a União”, afirmou.

Thadeu de Freitas declarou que não existe a possibilidade de o banco negar um eventual pedido de devolução, mas que é possível negociar questões como volumes e forma de transferência, por exemplo. “Vai depender do momento específico da devolução. A maneira mais formal de devolução seria em títulos, porque pegou (o empréstimo) em títulos, devolve em títulos. Talvez essa seja a forma de devolução”, disse o diretor.

Ele conversou com a imprensa no Senado, onde participa na tarde desta quarta-feira, 30, de uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades no BNDES. A oitiva também terá a participação do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira.

Após enfrentar dois meses de resistência de parlamentares, a CPI do BNDES foi instalada há cerca de um mês para investigar empréstimos concedidos pelo banco de fomento desde 1997, no âmbito do programa de globalização das companhias nacionais.


 http://www.istoedinheiro.com.br/bndes-ainda-nao-recebeu-pedido-do-governo-de-devolucao-de-r-100-bi-diz-diretor/

 

Por Que a IBM do Brasil Nunca Corrompeu o Governo Brasileiro?



A IBM vende computadores ao Governo Federal desde 1962.

O IBGE, a Receita, o Banco Central, a Serpro, o INSS, o Banco do Brasil, todos compraram mega computadores da IBM, e nunca houve uma suspeita de corrupção.

Por que a IBM é diferente da OAS, Odebrecht, e tantas empresas brasileiras?

Eficiência.

A IBM sempre se preocupou em fazer produtos de qualidade, e não subornar governos mundo afora.

A ponto que quando um governo comprava um computador que não fosse da IBM, aí sim havia suspeita de algum tipo de corrupção.

Corrupção é alternativa para empresas incompetentes, que nunca se aprimoraram administrativamente, que nunca treinaram seus sucessores e diretores.

Novamente volto à mesma tecla.

Em 1945, criamos uma lei, a 7988, que extinguiu todas as nossas Faculdades de Administração, para abrir espaço para as Faculdades de Economia criadas por essa lei desonesta e corrupta.

Nossas empresas são ineficientes, mal geridas, dão prejuízo, e aí precisam de um governo corrupto que lhes deem benesses, cartórios, concessões, financiamentos que são na realidade doações, barreiras alfandegárias, e insider information.

Tragicamente ainda achamos que a solução para a corrupção é dar mais poderes ao MP, criar penas mais severas aos corruptos.

Não abrirmos novamente aquelas Faculdades de Administração fechadas pela ditadura Vargas, incentivar empresas familiares a abrir democraticamente seu capital, e o governo ouvir mais administradores profissionais e não esses economistas golpistas de 1945.

Precisamos criar, com certa urgência, empresas eficientes, administradas por profissionais bem treinados, que não precisam da corrupção para sobreviver.


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