quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O futuro da internet das coisas no Brasil

Estudo técnico financiado pelo BNDES deve ser concluído em setembro

 

por Agência Brasil

 

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Cidades inteligentes, saúde e rural devem ser as áreas prioritárias para iniciativas e políticas públicas que visem ao desenvolvimento da internet das coisas no Brasil, conforme definição apontada na segunda etapa do estudo técnico Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil, divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, realizado sob a coordenação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

As conclusões finais do estudo vão subsidiar o Plano Nacional de Internet das Coisas, que deve ser anunciado pelo governo até o fim deste ano. Terão prioridade também os segmentos de petróleo e gás e mineração, dentro das indústrias de base; e têxtil e automotivo, na indústria manufatureira. Segundo o BNDES, a seleção atendeu aos fatores de relevância dos segmentos para a economia nacional e pelos projetos inovadores em curso.

Em paralelo, foram definidas frentes de trabalho que estão presentes em todos os segmentos. Entre elas estão capital humano; investimento, financiamento e fomento; ambiente de negócios; governança e internacionalização; infraestrutura de conectividade; aspectos regulatórios; privacidade de dados; e segurança de dados.

O estudo tem financiamento do BNDES e é realizado por um consórcio liderado pela consultoria McKinsey, com a participação da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (Fundação CPqD) e do escritório de advocacia Pereira Neto Macedo.
A terceira e última fase do estudo técnico está prevista para ser concluída em setembro. Ela deverá definir os planos de ação de cada frente de trabalho sugerida para o Plano Nacional de Internet das Coisas, informou o BNDES por meio de sua assessoria de imprensa.
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Escândalo do Wells Fargo cresce e afeta cerca de 3,5 milhões de contas

Escândalo do Wells Fargo cresce e afeta cerca de 3,5 milhões de contas

O Wells Fargo informou nesta quinta-feira que cerca de 3,5 milhões de contas eram “potencialmente não autorizadas”, em seu escândalo de práticas de venda. A revisão mostrou que o número afetado é superior ao anteriormente anunciado.

O banco, que continua a lidar com problemas em diferentes braços da companhia, disse que o número cresceu de 2,1 milhões de contas inicialmente anunciado, quando o escândalo emergiu há cerca de um ano. O banco destinará mais US$ 3,7 milhões para ressarcir clientes, baseado na análise expandida.

“Nós nos desculpamos com todos que prejudicamos pelas inaceitáveis práticas de venda que ocorreram em nosso banco de varejo”, afirmou o executivo-chefe do Wells Fargo, Timothy Sloan, em comunicado. “O anúncio de hoje é um lembrete do desapontamento que causamos em nossos clientes e acionistas”, acrescentou ele em telefonema à imprensa na manhã desta quinta-feira.

Em setembro de 2016, o Wells Fargo pagou US$ 185 milhões em multa por abrir contas com informações fictícias ou não autorizadas dos clientes. Pouco depois, o então executivo-chefe da empresa deixou o posto e ele agora continua a enfrentar investigações. O banco tem dito que coopera com as apurações. Fonte: Dow Jones Newswires.


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Equatorial Energia adquire 51% do capital da Intesa por R$ 273 milhões

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A Equatorial Energia anuncia a compra de ações representativas de 51% do capital da Integração Transmissora de Energia S.A. (Intesa), por cerca de R$ 273 milhões. O valor está sujeito a ajustes, como eventuais distribuições de resultados pela Intesa e ajustes em Receitas Anuais Permitidas (RAP) referentes a projeto de implantação de reforços em instalações de transmissão.

A conclusão depende de aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Intesa, que atua em transmissão de energia (LT 500 kV Colinas/Serra da Mesa 2), apurou receita líquida de R$ 101 milhões no ano passado e encerrou o exercício com endividamento líquido de R$ 81 milhões.

O comunicado não revela quem são os vendedores. A composição acionária atual é Fundo de Investimentos em Participação Brasil Energia – FIP, com 51%, Chesf com 12% e Eletronorte, com 37%.

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Temer anuncia que Portugal comprou 6 aviões da Embraer

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O presidente Michel Temer anunciou, na madrugada desta quinta-feira, 31, que o governo de Portugal confirmou a compra de seis aviões da Embraer. Em vídeo publicado no Twitter, enquanto viaja à China, Temer disse ter recebido a confirmação do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. 

O encontro entre os dois presidentes aconteceu na quarta, 30, durante escala da comitiva brasileira antes da chegada à Ásia para encontro do Brics (grupo formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul).

Segundo o relato no vídeo, as aeronaves compradas são do modelo cargueiro da Embraer, o KC-390. “Mesmo durante a viagem, já tivemos um resultado muito positivo”, disse o presidente.

A série de publicações no Twitter pessoal de Temer também citou uma escala no Cazaquistão, onde teve encontro com um empresário que pretende investir “bilhões de dólares” na Bahia. Em Pequim, já na manhã desta quinta, a agenda de encontros incluiu presidentes de quatro grupos chineses.

“Esses grupos, extraordinários, investem no Brasil e querem investir cada vez mais”, disse Temer, no vídeo, cercado por alguns parlamentares da base aliada. O presidente aproveita a agenda com os demais líderes de países em desenvolvimento para prospectar interessados no pacote de concessões recém anunciado.


Janot


Em entrevista a jornalistas no hotel onde está hospedado em Pequim, Temer comentou que tentará levar o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta, o ministro Edson Fachin negou o pedido da defesa do peemedebista e deu aval para o procurador continuar conduzindo as investigações que envolvem o presidente. “Meu advogado está vendo. Ele me disse que talvez tenha agravo para o plenário do STF”, disse Temer.

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OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


Decisão atende a queixas feitas pela União Europeia e Japão. Governo já prepara recurso

 

Da Redação

 

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OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


A Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu nesta terça-feira (30) que o Brasil retire subsídios industriais em até 90 dias, após queixas da União Europeia e Japão contra uma série de incentivos do governo a setores da indústria. A decisão confirma uma condenação de novembro passado contra programas que beneficiaram vários segmentos. Trata-se da maior condenação contra subsídios à indústria que o Brasil já sofreu. De acordo com o site do G1, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento já preparam recurso junto ao órgão de apelação da OMC, o que fará com que o processo se arraste no decorrer de 2018.

A OMC considerou inconsistentes com as regras internacionais sete medidas adotadas em maior parte durante o governo de Dilma e mantidas por Temer. Elas incluem a isenção e redução de impostos para companhias que produzirem seus produtos no país, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão da OMC de condenar o Brasil foi tomada no fim do ano passado, quando o órgão atendeu a uma ação movida pela União Europeia e Japão contra, principalmente, a política de incentivos para a indústria automobilística, o Inovar-Auto, programa criado no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. A decisão atinge também outros instrumentos de política industrial, como a Lei de Informática, o Programa de Inclusão Digital e o Reintegra, o programa de subsídio aos exportadores.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que está avaliando novas propostas para o setor industrial e que vai apresenta-las após a decisão final da OMC. "No momento, a CNI discute com os setores afetados e o governo propostas de novas medidas de política industrial que sejam eficazes para o desenvolvimento da indústria, respeitem as regras da OMC e ofereçam segurança jurídica aos investidores", afirma a entidade. 

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Itaipu fará acordo com a controladora da usina chinesa de Três Gargantas


Contrato prevê fortalecimento de parques tecnológicos e cooperação em projetos que envolvam o desenvolvimento regional

 

Da Redação

 

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Itaipu fará acordo com a controladora da usina chinesa de Três Gargantas


O diretor-geral brasileiro de Itaipu (foto), Luiz Fernando Leone Vianna, assinará na sexta-feira (1) na capital chinesa Beijing um acordo de cooperação com a China Three Gorges Corporation. A solenidade deverá contar com a participação do presidente do Brasil, Michel Temer, e do presidente da República Popular da China, Xi Ping. Vianna integra a comitiva oficial do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que participa da 9ª Cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

A China Three Gorges Corporation é uma holding que controla várias usinas chinesas. Entre elas, está a de Três Gargantas, a maior do mundo em capacidade instalada. Em geração de energia limpa e renovável, Itaipu é a maior do planeta, com a produção recorde de 103,1 milhões de megawatts-hora (MWh) em 2016, marca que dificilmente será ultrapassada por qualquer outra geradora de eletricidade. O acordo entre Itaipu e a China Three Gorges Corporation prevê a realização de seminários técnicos para troca de conhecimentos em temas operacionais, seminários setoriais, estágios para jovens engenheiros, projetos de pesquisa que fortaleçam os parques tecnológicos e cooperação em projetos de responsabilidade social e desenvolvimento regional.

O documento de cooperação reforça o bom relacionamento que Itaipu já mantém com a holding chinesa. Ao longo da construção e implantação das unidades geradoras de Itaipu – e até mesmo nos estudos preliminares –, vários grupos de engenheiros chineses vieram ao Brasil para conhecer a binacional e aprender com o processo que resultou neste empreendimento entre dois países. No sábado, o diretor-geral brasileiro participará do seminário sobre Oportunidades de Investimento nos Setores de Infraestrutura, Transportes, Energia e Agronegócio promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O encontro reunirá líderes empresariais chineses que investem ou têm interesse em investir no Brasil.

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Investidores estrangeiros miram serviços públicos e varejo no país

Investidores estrangeiros miram serviços públicos e varejo no país
Painéis da CPFL, comprados pela chinesa State Grid

O investimento estrangeiro direto para o Brasil mira cada vez mais o setor de serviços, especialmente empresas de eletricidade, transporte, varejo e saneamento.
 
De janeiro a julho, os recursos externos investidos no setor produtivo da economia brasileira, conhecidos como investimentos em participação no capital, cresceram 36% em relação a igual período do ano passado.

Foram US$ 31,6 bilhões recebidos no período, segundo dados do Banco Central.

Os serviços captaram 66% desse total, bem acima do atraído pela indústria (28%) e pelo agronegócio (6%).

Há apenas dois anos, quando os ingressos estrangeiros no setor produtivo estavam no mesmo nível, a indústria ficou com a maior parte desses recursos (60%), e os serviços captaram apenas 30%.

A busca por investimentos em países como o Brasil responde a um cenário de abundância de recursos e retornos muito baixos, além de multinacionais que lucraram muito nos últimos anos e estão com excesso de dinheiro em caixa, diz André Castellini, sócio da Bain & Company.

A mudança da indústria para os serviços, diz Castellini, se justifica porque há uma percepção de que a economia está tocando o fundo do poço e que, portanto, a recuperação da demanda está próxima.

Além disso, há um movimento contínuo de estrangeiros que acreditam no potencial da economia brasileira e se animam com os preços bastante convidativos dos ativos após três anos de crise.

Viktor Andrade, sócio de transações corporativas da EY, diz ainda que um volume grande de ativos foi colocado à venda recentemente em razão de dificuldades financeiras e da operação Lava Jato.

"São grandes empresas em dificuldades que acabaram fechando negócio no primeiro semestre", ele afirma. "Ativos que, de outra forma, não iriam a mercado".

Entre os exemplos, destaca-se a compra da Odebrecht Ambiental, braço de saneamento do grupo, pela canadense Brookfield, em abril deste ano. Em janeiro, a chinesa State Grid comprou a empresa de energia CPFL.

Andrade prevê que o movimento fusões e aquisições deve seguir com força nos próximos trimestres. A EY está envolvida em quatro operações de venda de ativos locais para investidores externos, incluindo uma empresa de serviços de tecnologia da informação, mídia e entretenimento e uma indústria.

 
MERCADO CONSUMIDOR

 
Andrade diz ainda que a J&F, empresa dos irmãos Batista que está se desfazendo de ativos para fazer caixa, não finalizou o processo de vendas, assim como a Petrobras, com um extenso programa de desinvestimento, também deve atrair dinheiro do externo.

Entre outros casos, o executivo da EY ressalta que algumas empreiteiras também tentam avançar no processo de venda de ativos, assim como múltis brasileiras ainda buscam levantar recursos para enfrentar a baixa demanda da economia vendendo empresas que não fazem parte do seu negócio principal.

Para além do cenário externo de alta liquidez e do cenário interno mais problemático, os especialistas dizem que o Brasil, seja ele a quinta, sétima ou nona economia mundial, continua a ter um mercado consumidor amplo e bastante promissor.

"Varejistas, empresas de bebidas, de alimentos e do setor automotivo têm que estar no país", afirma Castellini, da Bain& Company. Para ele, se comparado com países emergentes como China ou Índia, o Brasil é certamente o mercado menos desafiador para um investidor que busca, acima de tudo, o lucro.

 
CHINESES

 
Chineses, americanos, alemães e canadenses se destacam entre os investidores que aproveitam o cenário único de dinheiro externo em abundância e empresas locais dispostas a vender bons ativos para aportar no Brasil.

Estimativa feita por Andrade aponta que um terço de todo o capital estrangeiro que tem entrado no país para investimentos no setor produtivo é chinês.

"É um volume muito grande, sem dúvida, mas menos do que é alardeado", diz Andrade.

Segundo ele, os chineses levam, em média, dois anos para fechar uma transação, um prazo bastante superior a de outros investidores, diz.

Por país, o ranking do Banco Central mostra que os EUA responderam por 27% das transações ocorridas até julho, seguido por um grupo curioso que reúne Países Baixos, Ilhas Virgens Britânicas e Luxemburgo.

Andrade diz que esses países se encontram no topo da lista porque oferecem, legalmente, benefícios fiscais para que empresas transitem por eles. São lugares de passagem, mas acabam entrando no levantamento do BC como a origem dos recursos.

A internacionalização de empresas brasileiras, diz Luis Afonso Lima, da Mapfre Investimentos, é positiva porque recoloca no cenário econômico alguns negócios de grupos nacionais que ameaçavam ser descontinuados.

São empresas que têm que lidar com a Lava Jato, queda da demanda interna e a alta de custos, diz ele. "A venda para grupos estrangeiros também traz outros benefícios, como transferência de habilidades gerenciais, tecnologia e inovação."
 
Para Lima, a expectativa é que a tendência se fortaleça, em especial em razão do amplo programa de concessões do governo, que colocou à venda ativos como o sistema Eletrobras.
 
Andrade, da EY, diz que o país tinha tudo para afastar o estrangeiro —recessão severa, impeachment e situação política volátil— e isso não aconteceu. "Esse investidor acha que faz sentido colocar dinheiro no Brasil porque, em algum momento, o retorno virá" (Folha de S.Paulo)