quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

FS Bioenergia anuncia duplicação da 1ª usina de etanol de milho do Brasil


FS Bioenergia anuncia duplicação da 1ª  usina de etanol de milho do Brasil

A FS Bioenergia, a primeira usina de etanol 100% do milho do Brasil, anuncia a duplicação da planta de Lucas do Rio Verde. Com obras já iniciadas, a companhia realizará um investimento de R$350 milhões, gerando 720 empregos diretos e indiretos na ampliação. A planta, inaugurada em agosto de 2017, vem apresentando bons resultados e desenvolvimento, e vem surpreendendo positivamente tanto nas vendas de DDGS e etanol quanto na distribuição dos mesmos.

“Somos pioneiros na produção de etanol 100% do milho no Brasil e estamos extremamente satisfeitos com os resultados que obtivemos desde a inauguração da planta, em agosto de 2017. Com a ampliação da usina poderemos acompanhar a crescente demanda por nossos produtos, além de colaborar ainda mais com o desenvolvimento econômico e social do estado do Mato Grosso e do País”, afirma Henrique Ubrig, presidente da FS Bioenergia.

Com a ampliação da planta, a previsão é que sejam moídas 1 milhão e 300 mil toneladas de milho por ano, levando a uma produção anual, após o término das obras, de 530 milhões de litros de etanol, 400 mil toneladas de farelo de milho, 15 mil toneladas de óleo de milho e capacidade de cogeração de energia de 132MW/h, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 55 mil habitantes.

Com a produção do farelo de milho, o chamado DDG (grãos secos por destilação, na sigla em inglês), há um aproveitamento de 100% da matéria prima utilizada na planta, tornando-a sustentável, além de rentável em diversas frentes de mercado. Ainda com foco em sustentabilidade e meio ambiente, a FS Bioenegia participará da formação de uma floresta de 30 mil hectares de eucaliptos plantados a fim de assegurar o fornecimento de biomasssa, principal fonte de energia das instalações da companhia.

A planta conta com equipamentos de última geração, que opera por meio de um circuito fechado. Para trabalhar com essa tecnologia, a FS Bioenergia capacitou todos os funcionários da planta, investindo no desenvolvimento do seu capital humano e agregando valor à mão de obra local.

O crescimento da demanda de etanol no Brasil tende a continuar forte neste ano, com uma expectativa de crescimento de 30%, segundo o Banco Pine. Um reflexo desse cenário é a aprovação do programa RenovaBio, em dezembro do ano passado. Por meio dessa movimentação de mercado, a FS Bioenergia reforça seu compromisso de ajudar a atender à crescente demanda pelo combustível no País e se aproximar ainda mais do principal estado produtor de milho do Brasil (Setor Energético, 30/1/18)

Etanol de milho avança no Centro-Oeste



O Centro-Oeste encontrou no etanol um caminho para verticalizar parte de sua crescente produção de milho, que em sua maior parte vai para exportação. Agricultores, usinas de cana e investidores estrangeiros estão tirando do papel projetos de usinas do biocombustível à base do cereal que deverão acrescentar mais de 1 bilhão de litros de capacidade até 2019, volume equivalente a quase um mês de consumo de etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) no país.

Ao menos seis usinas do gênero deverão ser construídas ou ampliadas em 2018 na região, a partir de cerca de R$ 2 bilhões em investimentos. Quando todas estiverem operando a pleno vapor, sua demanda por milho deverá superar 3 milhões de toneladas por ano, ou cerca de 6% da safra do Centro-Oeste. Hoje, as usinas que usam milho para fabricar etanol demandam aproximadamente 1 milhão de toneladas – 2% da oferta da região.

O número de projetos deverá aumentar, já que há três usinas de cana (duas em Mato Grosso e uma em Goiás) realizando estudos para apostar no etanol de milho e um grupo de produtores goianos com a mesma intenção.

"Para os próximos cinco anos, acredito que deveremos estar com 3 bilhões de litros de etanol de milho por ano, pelo que temos levantado com os empresários. As usinas estão em implantação ou com projetos ‘flex’, que já usam a cana e incluirão o milho como matéria-prima", afirma Ricardo Tomczick, presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

Essa onda é impulsionada pela abundância de milho, pela queda dos juros e pelas boas perspectivas para o consumo de etanol combustível no país. Nos últimos meses, a demanda tem crescido porque os motoristas estão trocando a gasolina, mais cara, pelo etanol hidratado. Mas as perspectivas são de que a retomada do crescimento, aliada ao incentivo oferecido pelo programa RenovaBio, alavanquem o consumo de combustíveis como um todo.

"A queda dos juros é importante porque o setor é de capital intensivo", diz Paulo Motta Júnior, CEO da CerradinhoBio. A empresa vai erguer, ao lado de sua usina de cana em Chapadão do Céu (GO), uma unidade de etanol de milho com capacidade para até 230 milhões de litros por safra a partir de 550 mil toneladas de milho, além de 150 mil toneladas de DDG (subproduto do processamento do milho que é utilizado como ração).

Com aporte de R$ 280 milhões – 70% captados com bancos -, a companhia aproveitará parte da estrutura existente, como a energia gerada do bagaço de cana. Segundo Luciano Fernandes, sócio e presidente do conselho, a companhia quer aproveitar a "vocação" para grãos da região, que registra um dos maiores rendimentos de milho do país.

Mas o principal polo de etanol de milho deverá ser também no maior produtor nacional do grão: Mato Grosso. O Estado abriga quatro usinas de etanol, três delas "flex". A única que usa só milho é a da FS Bioenergia, que começou a operar em julho e acabou de começar a expandir sua capacidade, segundo Henrique Ubrig, presidente da companhia.

A empresa investirá R$ 350 milhões no novo projeto, para duplicar a estrutura e retirar gargalos industriais. Segundo Ubrig, surpresas positivas surgiram no primeiro semestre de operação, como um bom mercado para a venda de DDG e uma demanda aquecida em Paulínia (SP).

A demanda por DDG foi o chamariz para que o pecuarista Marcos Cerqueira cogitasse investir na área. Seu projeto, a Santa Clara Álcool de Cereais, foi elaborado quatro anos atrás, mas houve atrasos no licenciamento ambiental, e a construção deverá ter início apenas neste ano.

Cerqueira construirá a usina em Vera (MT), colado a Sorriso, que terá capacidade menor que a das demais, mas poderá usar outros grãos além do milho, como sorgo granífero e arroz quebrado – que não vai para consumo humano. Ele não revelou o valor do aporte, mas disse que 65% dele será com capital próprio.

O perfil de investidores é tão diversificado que na lista há até cooperativas de produtores originalmente criadas para comercializar insumos. Uma delas é a catarinense Coprodia, que já tem uma usina de cana em Campo Novo do Parecis (MT) e começou a construir ao lado uma usina de etanol de milho com aporte de R$ 400 milhões.

Outra é a Alcooad, formada por 15 produtores de grãos ligados à Cooperativa Agroindustrial Deciolândia (Cooad), que está buscando capital com fundos constitucionais do governo para iniciar as obras este ano. Eles estimam um investimento de R$ 450 milhões para erguer uma usina capaz de produzir 200 milhões de etanol a partir de 500 mil toneladas de milho. "Para os produtores, a usina é uma opção a mais de cliente", afirma Marcelo Alves, diretor da Alcooad.

Um dos projetos ‘greenfield’ mais adiantados está em Sinop (MT), onde a paraguaia Inpasa está investindo R$ 500 milhões em uma unidade já anunciada pelo governador Pedro Taques como a maior usina de etanol de milho do país.

"Usineiros de cana de Mato Grosso estão fazendo cálculos para ver se compensa processar milho, já que o retorno do investimento é rápido, de três anos", diz Glauber Silveira, vice-presidente da Abramilho, que representa produtores de milho (Assessoria de Comunicação, 30/1/18)


Oferta adicional terá de ser vendida a outros mercados


A expansão da oferta de etanol no Centro-Oeste gerada pelos investimentos em curso ou projetados não será totalmente absorvida pela demanda regional, o que forçará as empresas a buscarem novos mercados para seu produto.

"O problema aqui não é produzir etanol. É como levá-lo a outros mercados a preços competitivos", diz Jorge dos Santos, diretor executivo do Sindalcool-MT, que representa as usinas mato-grossenses.

O consumo de etanol hidratado dos três Estados do Centro-Oeste e do Distrito Federal representa cerca de 13% do total nacional. O auge foi em 2015, quando alcançou 2,3 bilhões de litros – abaixo da capacidade instalada prevista para operar em 2019, de mais de 3 bilhões de litros.

Enviar o etanol para o Sudeste, por exemplo, esbarra nos elevados custos logísticos, enquanto buscar um caminho para o Norte ainda é difícil pela falta de infraestrutura. Segundo Santos, o frete atualmente para Paulínia (SP) está em torno de R$ 0,31 por litro, quase 20% do preço do etanol. "O frete tem que ser no máximo 5%, senão não compensa".

Os investidores em etanol de milho estão buscando formas para lidar com o problema. A CerradinhoBio já utiliza um terminal próprio de transbordo ferroviário para escoar o etanol que produz a partir da cana pela ferrovia entre Rondonópolis e Santos, da Rumo.

Já a FS Bioenergia quer insistir em uma saída para o Norte, apostando na pavimentação da BR 163 para alcançar o porto de Miritituba (PA), no Tapajós. "Talvez dê até para chegar ao Nordeste via cabotagem", afirma Henrique Ubrig, presidente da empresa. Embora tenha escoado parte de sua produção para Paulínia, Ubrig concorda que o frete ainda é "caro"


 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fs-bioenergia-anuncia-duplicacao-da-1-usina-de-etanol-de-milho-do-brasil.html

O Brasil Precisa Decretar Reorganização Judicial Já




Todos os candidatos para 2018 até agora possuem como agenda prioritária salvar o Estado.

Não querem admitir ou pior, nem sabem que o Estado, desde as prefeituras, governos estaduais e governo federal estão quebrados, totalmente quebrados.

Todos os candidatos estão em estado de negação, achando que “privatizar tudo”, aumentando o número de multas, tornando o Estado mais eficiente, poderão ainda fazer um “turn around” derradeiro, sem calote nem reestruturação de dívidas.

Isso não existe, passamos o ponto de um “turn around”, o Patrimônio Negativo Acumulado ultrapassa R$ 22 trilhões, não tem como recuperar um rombo desse sem aumentar impostos a níveis impossíveis e inaceitáveis.

Mais inacreditável são estes candidatos convidarem para serem Ministros da Fazenda de seus governos justamente aqueles que por ação ou omissão quebraram o Brasil, como Gustavo Franco com Amoêdo, Persio Arida com Alckmin, Armínio Fraga com Luciano Huck.

Numa reorganização, engenheiros e administradores depois de uma análise de viabilidade identificam o lado podre do Estado, e tentam pelo menos salvar a parte boa do Estado. (Ela existe, sim.)

Financeiros avisam os credores do Estado que seus investimentos em títulos públicos foram para o ralo, e que talvez recuperem 20%, e olhe lá.

Avisam todos os aposentados públicos e privados que as contribuições previdenciárias sumiram.

E que podem no máximo receber salários mínimos para quem não tem família, posses ou capacidade de trabalhar, para que ninguém morra de fome em consequência do sumiço das contribuições.

Lula e Ciro Gomes ainda vendem o peixe que ninguém será prejudicado, que está sobrando dinheiro para pagar a todos, uma mentira.

Se não decretarmos Reestruturação Judicial do Estado, já, os mais espertos ficarão com 100% do que o Estado lhes deve, e o restante, nós, ficaremos com nada, zero, vocês sabem disso.

Não dá para passar o Brasil a limpo sem uma Reorganização Judicial do Estado.
Precisamos decretar falência já, lamber as feridas, e começar de novo com o pé direito.


 http://blog.kanitz.com.br/reorganizacao-judicial/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Fa%C3%A7a+Uma+Pausa.+Levante%2C+estique+os+bra%C3%A7os%2C+leia+algo+diferente.%29





quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Em Davos, Petrobras destaca substituição da dívida


Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020

 

 


Davos – A Petrobras diminuiu de US$ 48,1 bilhões para US$ 27,6 bilhões as dívidas com vencimento entre 2018 e 2020, informou o presidente da empresa, Pedro Parente, presente em Davos para acompanhar a reunião do Fórum Econômico Mundial e participar de encontros com dirigentes de grandes grupos petrolíferos.

Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020. Os novos valores são US$ 5,9 bilhões, US$ 11,3 bilhões e US$ 10,4 bilhões – posições indicadas em 30 de setembro. O custo médio das dívidas foi reduzido de 6,2% para 5,9%.

No período recente de maiores dificuldades, a Petrobras teve acesso reduzido ao mercado financeiro internacional. O problema foi atenuado, por algum tempo, com empréstimos chineses. Vencida a pior fase da crise, a empresa retornou ao mercado. Crédito mais fácil e mais barato foi usado para substituir os empréstimos obtidos em piores condições. Com isso foi possível diminuir o custo e, ao mesmo tempo, alongar o perfil da dívida.

A presença da Petrobras em Davos, tradição mantida por muitos anos, foi abandonada no período de maiores dificuldades. O retorno de apenas um participante – no caso, o presidente – custou US$ 100 mil. A reunião do Fórum Econômico Mundial proporciona uma oportunidade especial de encontro, com discussões e troca de informações importantes, para executivos das maiores companhias do setor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 https://exame.abril.com.br/negocios/em-davos-petrobras-destaca-substituicao-da-divida/

Monsanto defenderá patente da Intacta no Brasil, dizem advogados

O advogado que representa a Monsanto disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março

 





São Paulo – A Monsanto tem dois meses para apresentar às autoridades brasileiras argumentos em defesa de sua patente Intacta RR2 Pro, disseram advogados da empresa à Reuters, após o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) afirmar que a patente da companhia deve ser declarada nula.

O advogado que representa a Monsanto, Luiz Henrique do Amaral, disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março em resposta a um parecer técnico do INPI que sugeriu a anulação da patente da semente Intacta.

A Advocacia Geral da União citou a reavaliação do INPI nos autos de uma ação movida em novembro contra a Monsanto por produtores de soja do Mato Grosso. O parecer revisado pode desencadear anos de litígio entre a companhia e as autoridades no Brasil, maior exportador global de soja.

“Qualquer decisão judicial que suspenda pagamentos de royalties pode ser alvo de recurso pela Monsanto”, disse Amaral. Ele não quis estimar quanto tempo pode ser necessário até uma decisão final sobre o caso.

O advogado que representa a Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Sidney Pereira de Souza Junior, disse que o caso “está andando rápido” e que uma decisão pode sair em dois anos.

Ele disse que, depois de a Monsanto apresentar sua defesa, o tribunal pode conceder uma liminar ordenando a suspensão da cobrança de royalties da Intacta enquanto o caso é deliberado.

Amaral disse que depois de um processo de aprovação de patente que durou 10 anos, pareceu “surpreendente” o INPI reverter seu parecer em algumas semanas, com base em opiniões de especialistas que não participaram da avaliação original.

O INPI disse em nota que emitiu sua opinião técnica no caso com base nos argumentos da Aprosoja e que a própria Monsanto ainda não se posicionou nos autos do processo.

Os direitos de propriedade intelectual são cruciais para a Monsanto, que também enfrenta obstáculos regulatórios para obter aprovação de sua aquisição pela Bayer, um acordo de 63,5 bilhões de dólares que pode criar a maior empresa de sementes e pesticidas do mundo.

As ações da Monsanto estão sendo negociadas com um grande desconto em relação ao preço ofertado pela Bayer, de 128 dólares, refletindo incertezas ligadas à aprovação do negócio por autoridades anti-truste ao redor do mundo, inclusive no Brasil, o segundo maior mercado da Monsanto.

Cerca de 96,5 por cento da área plantada com soja no Brasil é ocupada por sementes geneticamente modificadas.

A demanda global por sementes transgênicas, incluindo soja e milho, deverá aumentar para 36,5 bilhões de dólares em 2021, ante os 21,5 bilhões de dólares de 2015, de acordo com a Zion Research.

A Intacta é geneticamente modificada para tolerar o herbicida glifosato e para resistir a lagartas. A Monsanto obteve a patente da Intacta em 2012 e vem cobrando royalties sobre a semente desde 2013. 

A proteção da patente se estende até 2022.


 https://exame.abril.com.br/negocios/monsanto-defendera-patente-da-intacta-no-brasil-dizem-advogados/

Mercosul-UE: Única reforça pleitos do setor em reunião com Blairo Maggi



 Produtores e governos discutem estratégias para aumentar venda de produtos brasileiros na Europa


O setor sucroenergético mais uma vez enfatizou a sua posição frente às negociações entre Mercosul e União Europeia (UE) durante um encontro que reuniu representantes de diferentes entidades do agronegócio brasileiro com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última segunda-feira (22/01), em Bruxelas.

Na oportunidade, a assessora sênior da presidência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais, Geraldine Kutas, defendeu os interesses dos produtos sucroenergéticos brasileiros no Acordo que vem sendo discutido com os europeus, como a extinção da tarifa de 98 euros por tonelada de açúcar exportada, a adoção de uma quota de 600 mil toneladas para etanol combustível e o acesso livre do álcool industrial embarcado para a UE.

“Destacamos a importância da inclusão destes pontos como forma de fortalecer o comércio internacional e o desenvolvimento econômico”, afirma a executiva da UNICA.

Açúcar

Em relação à questão do açúcar, Géraldine Kutas esclarece que o Brasil espera uma contrapartida da UE. “Todas as cotas do produto oferecidas pelo bloco europeu aos seus parceiros comerciais com quem tem acordo de livre comércio são com tarifa zero. Nossa proposta é que isso se aplique ao Brasil também", explica. Apesar da oferta europeia para o açúcar brasileiro ser muito baixa (100 mil toneladas) em relação à atual (410 mil toneladas), os produtores europeus defendem a retirada do produto das negociações.

“Alegam que a abertura do comércio impactaria negativamente seus negócios e insistem em afirmar que o governo brasileiro subsidia a produção local. Mas dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos últimos cinco anos, indicam que Europa apoiou o setor de açúcar 20 vezes mais. Não existem subsídios desta natureza em nosso país, nem por meio de normas regulatórias nem por financiamentos para artificialmente impulsionar competitividade”, ressalta a representante da indústria canavieira.


Etanol

 
Sobre o etanol, Géraldine esclarece que a tarifa de importação atual, na prática, impede que o consumidor europeu tenha acesso ao etanol de cana brasileiro, considerado o mais sustentável do ponto de vista ambiental. A UE propôs uma cota de 600 mil toneladas cobrando 6,4 centavos de euros por litro de etanol não-desnaturado e 3,4 centavos de euros por litro do produto desnaturado. 

“O pleito do Brasil é uma quota de 600 mil toneladas para o biocombustível e um acesso livre, com tarifa zero, para etanol utilizado para outros fins. Com maior abertura comercial, os europeus também poderiam se beneficiar com a redução dos preços do biocombustível”, frisa.

O encontro com o ministro Blairo Maggi teve como pauta principal as exportações de carne para Europa. Também participaram das discussões executivos da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos 


(Apex-Brasil) (Única, 24/1/18)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/mercosul-ue-unica-reforca-pleitos-do-setor-em-reuniao-com-blairo-maggi.html

Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil


Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil

Os US$ 30 bilhões que a ADM estaria disposta a pagar para fundir suas operações com as da rival Bunge não serviriam ‘apenas’ para criar uma máquina de agronegócios do porte da Cargill, que desde o início do século passado lidera o segmento no mundo. A tacada, se confirmada, daria às americanas uma posição mais do que privilegiada no Brasil onde o potencial de expansão da produção de culturas como soja e milho é inigualável e país no qual, de olho no esperado aumento da demanda global por alimentos, todas as grandes tradings multinacionais têm feito investimentos bilionários.

Juntas, ADM e Bunge seriam líderes absolutas em originação e exportação de grãos a partir do Brasil. Segundo fontes consultadas, também teriam capacidade de armazenagem duas vezes maior que a da Cargill e quatro vezes superior à da Louis Dreyfus Company (LDC). Dentro do quarteto conhecido como ‘ABCD’, portanto, abriria no ‘celeiro do mundo’ uma dianteira difícil de ser perdida em áreas-chave desse mercado, no qual a produção de biocombustíveis a partir de culturas agrícolas também ganha peso.

Em soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, Bunge e ADM foram responsáveis, no ano passado, pelo embarque de 9,4 milhões e 7,6 milhões de toneladas, respectivamente. Mas a Cargill ‘roubou’ a coroa da Bunge no país nessa frente ao menos provisoriamente, com o embarque de 9,6 milhões de toneladas. Com ativos totais de R$ 17,5 bilhões e receita líquida de R$ 32,3 bilhões em 2016, conforme dados disponíveis no Valor PRO, a Bunge ainda encerrou 2016 como a maior empresa do setor agrícola do Brasil. A Cargill não divulga seus resultados no país, mas os bilhões de reais que registra serão mais do que suficientes para garantir margens melhores em um negócio no qual escala é fundamental.

Em praticamente todos os portos brasileiros, a empresa resultante de uma união de ADM e Bunge também teria posição de destaque. Em Vila do Conde (PA), no Arco Norte, região onde a Cargill anunciou investimentos de mais de R$ 400 milhões no fim de 2017, ADM e Bunge movimentaram em 2016 cerca de 70% de toda soja e milho, ou 3,3 milhões de toneladas. Em Santos, a chinesa Cofco perderia a liderança (2,9 milhões de toneladas) para Bunge (2,8 milhões de toneladas) e ADM (2,1 milhões). O mesmo cenário se repetiria em São Francisco do Sul (SC), Tubarão (ES), Salvador (BA) e Itaqui (MA). Em Rio Grande (RS) a liderança da Cofco não seria alcançada, mas ADM e Bunge ganhariam distância mais confortável de Cargill e Marumbeni na segunda posição.

Tomando-se como base a safra 2015/16, que foi prejudicada por problemas climáticos, a fusão de ADM e Bunge elevaria a originação de grãos da dupla a 24 milhões de toneladas, ante 10 milhões de toneladas da Cargill, 8,4 milhões da Cofco e 6,1 milhões de toneladas da LDC. Esses volumes foram muito maiores em 2016/17, quando o clima foi quase ideal e a colheita brasileira de soja e milho alcançou o recorde de 212 milhões de toneladas.

Segundo analistas e representantes de tradings, ainda que em números operacionais a possível união entre ADM e Bunge seja significativa no país, não se trata de um caso de concentração, dada a pulverização do segmento. Mesmo que se juntem, as duas ficariam com ‘apenas’ 23% do mercado brasileiro de originação de grãos, por exemplo, o que pode ser considerado pouco para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decida impor restrições. ‘Estamos longe da concentração que vemos no mercado de proteína animal, por exemplo’, diz Luis Oliveira, sócio para agricultura da Bain & Company, referindo-se ao domínio da JBS, Marfrig e Minerva no mercado brasileiro de carnes.

Mas Oliveira ressalva que o impacto de uma compra ou fusão entre as duas poderá ter implicações localizadas. Em Mato Grosso, por exemplo, ADM e Bunge ficariam com 47% da capacidade e processamento de grãos, de 12 milhões de toneladas – a fatia da Bunge chega a 30% e a da ADM é de  17%. ‘Mas se o produtor do Mato Grosso se sentir ameaçado, pode andar mais um pouco e esmagar sua soja em Mato Grosso do Sul’.

O interesse da ADM pela Bunge – que ainda está ns mira da Glencore – pegou o mercado de surpresa, mas é considerado natural e pertinente. Estrategicamente, a ADM, que passou a investir mais em produtos de maior valor agregado nos últimos anos, ganharia escala em seu ‘core business’ na América do Sul, na Europa e na Ásia e reduziria custos. ‘Na América do Sul seriam negócios complementares’, diz uma fonte. Outra fonte afirma que é possível que a sobreposição de ativos como plantas de processamento e armazenagem exija a venda ou fechamento de alguns deles. Foi o que fez a ADM décadas atrás, em um processo de consolidação de seus terminais portuários na região do Golfo dos EUA. O cenário de baixa rentabilidade do segmento, na época, era semelhante ao observado de hoje

 (Assessoria de Comunicação, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fusao-criaria-lider-absoluta-em-graos-no-brasil-.html

Louis Dreyfus adere ao blockchain


Louis Dreyfus adere ao blockchain

 

A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das principais tradings agrícolas do mundo, e um grupo de bancos concluíram o primeiro negócio com commodity agrícola usando a base de dados compartilhados blockchain, em mais um sinal de como a tecnologia digital encaminha-se para transformar a maneira como as matérias-primas são compradas e vendidas.

O blockchain, originalmente idealizado para processar negócios com bitcoins, é uma espécie de livro contábil eletrônico que armazena o registro das operações em blocos digitais. Os negociantes de commodities esperam que a tecnologia leve a formas mais seguras, rápidas e baratas de compensar as transações. Comercializadoras de petróleo e petrolíferas vêm testando ativamente plataformas baseadas no blockchain.

A LDC e a Shandong Bohi Industry, uma processadora agrícola chinesa, junto com os grupos financeiros ING, Société Générale e ABN Amro testaram uma plataforma digital baseada no blockchain para vender 60 mil toneladas de soja dos Estados Unidos à China em dezembro.

As tradings esperam que a tecnologia simplifique o trabalhoso processo de troca de contratos, letras de crédito, inspeções e outras burocracias por e-mail ou fax que existem atualmente. "Nossas expectativas eram grandes, mas os resultados foram ainda melhores", disse Robert Serpollet, chefe de operações comerciais da LDC, destacando que o processamento dos documentos levou cerca de 20% do tempo que levaria para fazer o mesmo em papel.

Outros benefícios são a possibilidade de monitorar o progresso da operação em tempo real, a verificação dos dados e a redução do risco de fraude. "Os benefícios de custo são significativos", disse o chefe mundial de financiamento de negócios de commodities do ING, Anthony van Vliet, acrescentando que um teste com uma trading de petróleo permitiu economias de 25% a 30%.

Para que o uso de blockchain realmente decole é crucial que seja adotada de forma generalizada por tradings, bancos financiadores e outros participantes da cadeia de fornecimento, segundo o LDC e o ING.

A plataforma baseada em blockchain da transação de soja já havia sido usada anteriormente para vender um carregamento de petróleo, um negócio envolvendo a trading Mercuria e os bancos ING e Société Générale. Posteriormente, petrolíferas como a BP e a Shell, comercializadoras como a Gunvor e a Mercuria, e os bancos financiadores formaram um consórcio para desenvolver ainda mais a plataforma baseada em blockchain.

Paralelamente, a BP vem testando uma plataforma de blockchain com a petrolífera italiana Eni e a Wien Energie, da Áustria; e a Cargill opera uma tecnologia piloto de blockchain para acompanhar a procedência de perus, o que permite informar o consumidor sobre onde as aves foram criadas.

No negócio de venda de soja americana, participaram ainda duas empresas de navegação, que emitiram os certificados necessários, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que mostrou como incluir certificados fitossanitários 

(Assessoria de Comunicação, 24/1/18)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/louis-dreyfus-adere-ao-blockchain-.html