sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Embraer estuda entrar no mercado de aeronaves turboélice


De acordo com executivo, essa aposta estaria em linha com a estratégia da empresa de ser a líder no segmento de até 150 assentos

 






São José dos Campos – A Embraer está estudando entrar no mercado de turboélices, aeronaves de menor porte que costumam ser operadas em rotas regionais, afirmou Rodrigo Souza e Silva, vice presidente de Marketing da divisão de Aviação Comercial.

De acordo com o executivo, essa aposta estaria em linha com a estratégia da empresa de ser a líder no segmento de até 150 assentos. “Com o E2, estamos nos posicionando na faixa de cima. O que estamos olhando agora são aviões menores, de outras capacidades ou outros segmentos”, disse a jornalistas após evento da empresa.

Silva conta que a Embraer tem interagido com vários clientes, que vêm com bons olhos a possibilidade de a empresa trazer um produto para esse mercado. Potencial existe, já que as aeronaves disponíveis hoje são consideradas antigas, e há grande espaço para ganhos de eficiência e redução de custos operacionais na indústria. “Se lançarmos, vai ser com tecnologia igual ou superior à do E2”, diz Silva.

Caso venha de fato a seguir com o projeto, a Embraer desenhará um produto para concorrer diretamente com o ATR 72, da fabricante francesa ATR, e com o Dash 8 Q-400, da Bombardier – ambos com capacidade para cerca de 70 assentos. O principal mercado para o eventual turboélice da companhia seria o da Ásia Pacífico, aponta Silva. “Seria um bom complemento, em termos estratégicos, ao E2”. Os E-Jets são produtos fortes principalmente nas Américas, Europa e China.

O executivo ressalta que este é um projeto ainda em estágio bem preliminar, visando o médio e longo prazos. Mas conta que há um grupo de trabalho se debruçando em estudos de mercado e análises técnicas para tornar essa uma oportunidade viável para o futuro. “Mas, agora, nosso foco é vender e integrar a família E2.”

A primeira entrega da nova geração dos E-Jets está prevista para abril deste ano. O primeiro E190-E2 pertencerá à Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia, que pretende começar a voar comercialmente com o jato logo após a entrega. O próximo modelo da geração a entrar em atividade é o E195-E2, o maior deles – quem receberá o primeiro jato, no primeiro semestre de 2019, é a companhia aérea Azul. Por último, fica o E175-E2, com entrega prevista para 2021.

Porém, a entrada do E175-E2 no mercado norte-americano – um dos maiores do mundo – permanece incerta devido à chamada “cláusula de escopo”, uma determinação do sindicato local de pilotos que impede que a nova aeronave da Embraer opere regionalmente no País.

Segundo Rodrigo Souza e Silva, a companhia continua acreditando que, com a chegada das aeronaves, mais eficientes e modernas, ao mercado, uma renegociação com os pilotos tome um tom mais favorável. Ele reforça, porém, que há potencial para a aeronave em diversos outros mercados além dos Estados Unidos.

Silva foi questionado sobre o andamento das negociações da Embraer com a Boeing, mas não quis fazer comentários.

A Embraer entregou nesta quinta-feira, 22, duas aeronaves à holandesa KLM. Os jatos, um E175 e um E190, serão operadas pela KLM Cityhopper, subsidiária da empresa que atua em aviação regional.

Com essa entrega e mais três programadas para os próximos meses, a Cityhopper completa uma frota de 49 jatos, todos da Embraer. Segundo o Warner Rootliep, diretor da Cityhopper, as aeronaves da brasileira são ideais ao modelo de negócios da companhia, que demanda flexibilidade e eficiência.


Fitch rebaixa Brasil a “BB-” com desistência da Previdência


Com isso, o Brasil ficou ainda mais longe do chamado grau de investimento, que classifica os países como bons pagadores

 






São Paulo – A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta sexta-feira o rating do Brasil a “BB-” com perspectiva estável, citando a situação fiscal do país e o que chamou de “importante retrocesso” na agenda de reformas após o governo do presidente Michel Temer ter desistido de votar a reforma da Previdência.

Com isso, o Brasil ficou ainda mais longe do chamado “grau de investimento”, que classifica os países como bons pagadores.

“O rebaixamento do Brasil reflete seus persistentes e grandes déficits fiscais, alto e crescente peso da dívida pública e a falta de legislação sobre reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas”, trouxe a Fitch em nota.

E acrescentou: “A decisão do governo de não colocar a reforma da Previdência em votação no Congresso representa importante retrocesso na agenda de reformas, que mina a confiança na trajetória de médio prazo das finanças públicas e do compromisso político para abordar o problema”.

Até então, a Fitch classificava o Brasil como “BB” com perspectiva negativa e nesta semana já havia indicado que faria o movimento de rebaixamento, explicando justamente que o fracasso na reforma da Previdência pressionava a nota do país.

Na segunda-feira, o governo jogou a toalha sobre a votação da matéria e apresentou um conjunto de medidas econômicas, boa parte delas já em tramitação no Congresso, para tentar amenizar o impacto da decisão no ambiente econômico.

Apesar de esperada, a desistência oficializa o adiamento da solução para colocar as contas públicas do Brasil em ordem, o que deve pressionar o próximo governo a ser eleito neste ano.

No início de janeiro, a Standard & Poor’s já havia cortado o rating do Brasil a “BB-“, ante “BB”, justamente em função da demora na aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas e de incertezas ligadas às eleições.

 

ELEIÇÕES


A Fitch argumentou agora que o ambiente “político desafiador” afetou a capacidade do governo de garantir aprovações do Congresso de medidas que possam consolidar as contas públicas em 2018. Lembrou que o governo não conseguiu aprovar, por exemplo, tributação sobre fundos exclusivos.

“As eleições presidenciais e parlamentares de outubro significam que a reforma da Previdência será adiada até as eleições e há incerteza quanto sobre se a próxima administração poderá garantir sua aprovação em tempo hábil”, escreveu a agência.

Do lado positivo, a Fitch destacou que o balanço de pagamentos do Brasil permanecerá relativamente forte e, assim, servindo de colchão para choques domésticos. A agência informou ainda que projeta crescimento médio de 2,6 por cento do país entre 2018 e 2019, acima da expectativa de expansão de 1 por cento para 2017.

Em nota, o Ministério da Fazenda reagiu ao rebaixamento argumentando que governo segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas”. A Fazenda, contudo, não fez nenhuma menção direta à Previdência em sua nota.

Os mercados financeiros brasileiro não reagiram ao rebaixamento da nota soberana brasileira pela Fitch nesta sexta-feira, por ser um movimento esperado e já precificado.

A agência Moody’s, também nesta semana, afirmou que a desistência da reforma da Previdência era ruim para a nota brasileira por colocar em risco o cumprimento da regra do teto de gasto. No entanto, ela ainda mantém o país com nota “Ba2”, com perspectiva negativa, já sem o chamado “grau de investimento”.


 https://exame.abril.com.br/mercados/fitch-rebaixa-brasil-a-bb-com-desistencia-da-previdencia/

Para que servem os ministérios, afinal?








Tenho certeza de que esta pergunta, feita em qualquer país com instituições estáveis e racionais, pareceria uma infantilidade. Formulada no Brasil, será percebida, de imediato, com um sentido dúbio que salta aos olhos. Afinal, para que servem os ministérios?

Você poderia pensar, por exemplo, que o Ministério do Trabalho e Emprego serve para organizar as ações e políticas do governo com vistas a ampliar o mercado de trabalho, formalizar e fiscalizar as relações trabalhistas e coisas assim. Poderia, mas não pensa. No fundo, você sabe que esse ministério pode servir, por exemplo, para que Roberto Jefferson, presidente do PTB, proporcione um mimo à própria filha, com direito a lágrimas de emoção e beijos de gratidão.

Não tapemos o sol das fotos com a peneira dos decretos de nomeação. Ademais, o PTB tem, no Congresso, uma bancada de 20 deputados federais e 2 senadores que fazem peso quando o placar de votação fica apertado. Revela-se, assim, outra finalidade dos ministérios: eles são intercambiáveis com votos das bancadas partidárias que se credenciam ao direito de designar seu titular. Enfim, poderíamos seguir alinhando outras utilidades e usos maliciosos dos gabinetes na Esplanada: nomear afilhados, fazer negócios, arrecadar contribuições e comissões, ajudar a mídia amiga, atender a companheirada, angariar prestígio, e por aí vai.

Nos regimes de gabinete, parlamentaristas ou semiparlamentaristas, é a maioria formada por afinidade das bancadas eleitas que escolhe o chefe do governo e governa junto com ele. Quando o governo perde a maioria, por abandono ou traição dentro da base, cai. Esse preceito, ao contrário do que parece, tem consequência muito benéfica na conduta dos parlamentos. No presidencialismo, é o governante eleito que, permanentemente, precisa estar no balcão comprando, voto a voto, uma base que o sustente e isso corrompe o governo e o Congresso.

Se você achava ruim a concessão de um ministério à filha do presidente do PTB com vistas aos votos partidários, imagine a criação de 15 ministérios novos com objetivos semelhantes! Em 2002, o governo federal tinha 24 ministérios. Catorze anos mais tarde, o governo Dilma chegou a seu melancólico fim com 39 cadeiras ao redor daquela mesma mesa. E a vida, como se sabe, só piorou. O governo Temer voltou aos 24 e, agora, está criando o 25º para a Segurança Pública.

Muito mais importante do que reprovar o tipo de negócio feito nos prédios da Esplanada dos Ministérios é compreender o quanto é perniciosa a regra desse jogo político que transforma o governo num loteamento e o voto parlamentar em mercadoria com cotação unitária flutuante na bolsa política. 

É hipocrisia reprovar o eleitor que vende seu voto quando os membros do parlamento, a toda hora, fazem o mesmo com seu “Sim” e seu “Não” no painel de votação.


http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/para-que-servem-os-ministerios-afinal/?utm_medium=feed

Relações internacionais: 5 pontos para você ficar atento


Temas como comércio exterior e Mercosul não podem ficar fora do debate em 2018

 


Com as eleições se aproximando, temas importantes precisam ocupar o debate público, e a política externa brasileira não pode ficar de fora do contexto. Questões ligadas às negociações da União Europeia com o Mercosul e a gestão do BRICS, por exemplo, precisam fazer parte da abordagem político-eleitoral em 2018, bem como a necessidade de debatermos, como sociedade, mais abertura e menos protecionismo no comércio exterior.

A fim de esclarecer o assunto, o Instituto Millenium convidou o especialista, diplomata e mestre em planejamento econômico, Paulo Roberto de Almeida, para listar cinco pontos essenciais das relações internacionais brasileiras que precisam estar no centro do debate nessas eleições.




1 – Protecionismo: um obstáculo para a abertura econômica brasileira

 
Entre todos os integrantes do Grupo dos 20 (G-20), o Brasil é o país menos aberto ao comércio internacional. Enquanto a média mundial equivale a mais de 40% do PIB em transações externas, o Brasil alcança apenas 20%. A carga fiscal brasileira atinge a média de 35% de tributos, o equivalente a um país desenvolvido, enquanto a renda per capita é seis vezes menor que algumas destas nações. Para Almeida, um dos maiores objetivos para o governo brasileiro é justamente a abertura econômica e a liberalização comercial.

“Precisamos corrigir esses problemas que impedem o Brasil de participar do fenômeno mais conspícuo que existe na atualidade, as chamadas cadeias globais de valor. O Brasil não participa dessas cadeias devido ao protecionismo e isso é muito negativo”, avalia o entrevistado. As cadeias globais auxiliam nas atividades produtivas de cada país e otimizam os investimentos de acordo com o podem oferecer: mão-de-obra, engenharia ou energia mais baratas, por exemplo.


2 – A volta do Mercosul como um tratado de integração comercial

 
Há alguns anos, o Mercosul perdeu seu intuito principal de criar um mercado de livre comércio entre países membros e se tornou uma organização fechada. Almeida diz que os Estados associados passaram a fazer suas compras e negociações com seus “vizinhos de comércio”, ou seja, deixaram de comprar de países terceiros devido às altas taxas e passaram a obter de seus vizinhos, reduzindo o custo tarifário. “A tarifa não é uma agressão contra o produto estrangeiro, é uma agressão contra o consumidor nacional. O diferencial no preço das tarifas é que faz com que sejamos pouco competitivos internacionalmente. Isso chama-se desvio de comércio e não criação de comércio”, explica. Caso o Mercosul não retorne à sua proposta original, talvez o Brasil deva retomar sua liberdade comercial, conclui o especialista.


3 – Atuação do BRICS como propulsor de investimentos financeiros

 
O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) surgiu com a intenção de proporcionar oportunidades de investimentos econômicos em países emergentes. Não existe, no entanto, acordo de liberalização comercial entre os membros. O grupo criou ainda o New Development Bank (NDB), um banco de desenvolvimento a fim de concorrer entre os demais, como o Banco Mundial. Para o especialista, contanto que o BRICS trabalhe em caráter técnico, estará no caminho certo para o avanço do grupo como um todo, contudo, caso atenda critérios políticos das grandes empresas em detrimento dos fundamentos específicos de financiamento, será ruim para o futuro do grupo.


4 – Relações bilaterais e cooperação internacional


Apesar de ser um assunto relevante e corrente nas orientações de políticas externas, o especialista acredita que talvez não seja abordado nas eleições de 2018. Ele explica que no governo do ex-presidente Lula, os parceiros estratégicos foram escolhidos de acordo com a preferência do sistema político, situados no “sul global”, e essa foi uma medida tola; a política externa de um país deve envolver as relações bilaterais, isto é, buscar em comunidades internacionais oportunidades econômicas e estruturais para ambos, ultrapassando as barreiras geográficas, explica Almeida.


5- Adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

 
Em junho de 2017, o Brasil solicitou adesão à OCDE após um longo período afastado. Para o diplomata, esta foi uma decisão inteligente uma vez que o país vem enfrentando diversas crises. A OCDE é uma espécie de “clube de boas práticas”, como atribui o especialista, onde são discutidas políticas econômicas e selecionadas as mais eficientes para os países associados, a fim de aperfeiçoá-los. Ele assegura ainda que, assim como o Brics, esta organização não deve ser vista como um objetivo exclusivo e sim, uma oportunidade de mercado, abrindo a economia brasileira para o campo internacional. “Independentemente da crise fiscal que temos hoje, a palavra de ordem para o Brasil nesse momento é: integração à economia mundial”, destaca.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

CEO da Boeing diz que pode desistir de acordo com a Embraer




CEO da Boeing diz que pode desistir de acordo com a Embraer
Composição dos logos da Boeing e da Embraer - AFP


O diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse que a companhia não deixou a cautela de lado em relação às negociações em andamento com a Embraer, enfatizando que ainda pode abandonar as conversas.

“Esse é um grande complemento para a nossa estratégia, mas não é algo que precisamos fazer”, disse o CEO da companhia americana em um evento com investidores.

As palavras de Muilenburg ecoam as do diretor financeiro da Boeing, Greg Smith, ao passo em que especulações obscurecem a possível aquisição de estruturas da Embraer com foco nos negócios de aeronaves comerciais.

Fusão Liquigás-Ultragaz será julgada no dia 28 pelo Cade


Fusão Liquigás-Ultragaz será julgada no dia 28 pelo Cade
Liderança absoluta: se o negócio for aprovado sem restrições, a Ultragaz terá 45,6% do mercado, ante 20,5% da vice-líder (foto: Divulgação)


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai julgar na próxima semana a operação de compra da Liquigás, empresa da Petrobras, pela Ultragaz, do Grupo Ultra, dono da rede de postos de combustíveis Ipiranga. A pauta da sessão de julgamento da quarta-feira, 28, foi divulgada nesta quinta-feira, 22, no Diário Oficial da União (DOU). A sessão terá início às 10 horas.

Conforme o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou com fontes, a tendência é que o Cade barre o negócio entre Liquigás e Ultragaz, mas alguns conselheiros são favoráveis à aprovação do acordo, só que com fortes restrições.

A operação entre as distribuidoras de gás é considerada complexa por causa da alta concentração de mercado em algumas regiões do País.

O caso é importante tanto para a estatal – que está em processo de desinvestimentos de ativos não estratégicos – quanto para o Ultra, que se isolará na liderança com essa transação e já teve barrado outro importante negócio pelo órgão antitruste – a compra da rede de postos Ale pela Ipiranga, em agosto passado.


Pauta


A sessão de julgamento da quarta-feira ainda tem outros sete itens, dos quais um processo administrativo contra postos de combustíveis do Estado do Rio Grande do Norte, o ato de concentração entre Weg Equipamentos Elétricos e TGM e um processo administrativo contra a Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus) e outras empresas do setor.


Arezzo lança nova marca de calçados Owme e prevê loja própria em maio

Arezzo lança nova marca de calçados Owme e prevê loja própria em maio
A Arezzo anunciou nova marca de calçados, a sexta de seu portfolio. Batizada de Owme, é voltada para conforto, em modelos clássicos como scarpins, botas, sapatilhas, mules e sandálias. A nova linha terá loja própria, a ser inaugurada em maio, em São Paulo, mesma data do e-commerce específico para essa marca.

“O conceito chave da marca, de wellness, nasceu da ideia de simplificar o dia a dia das mulheres urbanas e autênticas”, diz o CEO da Arezzo&Co, Alexandre Birman, em comunicado ao mercado.
As palmilhas são compostas por espuma com memória, o forro tem 40% de fibra natural de algodão e 60% de viscose e os saltos são predominantemente de altura média e mais grossos.


https://www.istoedinheiro.com.br/arezzo-lanca-nova-marca-de-calcados-owme-e-preve-loja-propria-em-maio/