Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
SÃO
PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch informou
que os planos do governo dos Estados Unidos de impor tarifas para
importação de aço e alumínio do país podem aumentar os riscos ao
comércio global, mas o efeito direto no setor é limitado.
Contrução de metal em Moscow
09/02/2018
REUTERS/Maxim Shemetov
Segundo
a Fitch, a imposição de tarifas tem o potencial de elevar os riscos ao
crescimento global caso resulte em medidas de retaliação que levem a
ruptura comercial e preços mais altos de bens de consumo.
“O
efeito direto das tarifas sobre exprotadores de aço para os EUA
provavelmente seria limitado uma vez que uma demadna regional saudável e
cortes na capacidade chinesa continuam a fornecer um ambiente positivo
para a perspectiva para o setor”, escreveu a equipe da Fitch.
Recursos serão investidos em ampliações de unidades
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Contratos de financiamento do Banco Regional do
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que somam R$ 33,2 milhões, foram
assinados nesta segunda-feira (5), durante a 19° Expodireto Cotrijal, em
Não-Me-Toque (RS). O ato de assinatura ocorreu no estande da
instituição, no Parque de Exposições, com a presença do vice-governador
José Paulo Cairoli. Os contratos vão viabilizar recursos para
investimentos em duas cooperativas e duas empresas gaúchas. Em
fevereiro, o BRDE liberou R$ 45 milhões para cooperativas do Paraná (veja mais detalhes aqui).
Cairoli
(na foto, ao centro) agradeceu ao banco pelo investimento e às
cooperativas por acreditarem no Estado do Rio Grande do Sul. "Acreditem
no nosso projeto. Ele é voltado para aqueles que mais precisam. Estamos
em um trabalho de transformação para o futuro das gerações", ressaltou. O
presidente financeiro do BRDE, Odacir Klein, disse que a Expodireto é
uma promotora e o banco é um financiador de inovação, de produtividade e
de desenvolvimento econômico. "Esses contratos visam à inovação para
armazenagem, para movimentar safras, para aumentar a produtividade",
garantiu.
Cooperativas e empresas beneficiadas
O
financiamento de R$ 6,7 milhões será destinado para a ampliação da
capacidade de armazenagem da empresa Três Tentos Agroindustrial nos
municípios de Capão do Cipó, Fortaleza dos Valos, Joia, Entre-Ijuís e
Santa Bárbara do Sul. Para a Cooperativa Tritícola Santa Rosa
(Cotrirosa), a contratação do financiamento de R$ 9,5 milhões servira
para a ampliação da capacidade de recebimento e de armazenagem de grãos,
com a aquisição e a instalação de silos armazenadores em quatro
filiais, em Tucunduva, Santo Cristo, Cândido Godói e Ubiretama.
Conforme
o diretor industrial e de desenvolvimento da Ipacol Máquinas Agrícolas,
Luis Carlos Parise, os recursos de R$ 6 milhões serão utilizados para o
desenvolvimento de uma linha de máquinas Colhedoras de Forragem
Autopropelidas (CFA), com tecnologia nacional, no município de
Veranópolis. Para a Coagrisol Cooperativa Agroindustrial, a contratação
do financiamento foi no valor de R$ 10,6 milhões, para investimentos em
15 unidades de recebimento e armazenagem de grãos. O diretor financeiro
da Coagrisol, Paulo Regis Correa, revelou que a cooperativa passa por um
processo de reestruturação e novo modelo de gestão. Para ele, o
investimento vem para somar. "Esse é o momento de fazer novos
investimentos, que há anos não fazíamos, e que vai beneficiar seis mil
produtores que representam mais de 30 mil pessoas", estimou.
Milton Pomar analisa os movimentos da CMPort no Paraná
Por Milton Pomar
redacao@amanha.com.br
A China está avançando sobre o Brasil com a voracidade que
lhe é peculiar, desde que começou a sua longa marcha, há pouco mais de
20 anos, para se tornar a maior economia mundial. Como a estratégia das
empresas chinesas segue a estratégia maior do país, e o Brasil é um
parceiro estratégico para a China, por razões mais que óbvias,
continuarão investindo aqui na compra de portos, aeroportos,
agroindústrias, reservas de petróleo, minas de ferro e de outros metais,
usinas de etanol, e o que mais houver interessante e barato – a
expressão “bacia das almas” está em desuso, mas o seu significado
permanece vivo entre nós, infelizmente.
Notícias sobre
investimentos de grande porte se sucederão nos próximos meses, pois os
chineses retomaram o ritmo em relação ao Brasil. A compra do terminal de
contêineres de Paranaguá (veja mais detalhes aqui),
o porto pelo qual entram e saem milhões de toneladas de fertilizantes e
de soja, negociadas há muitos anos pelo “pool” de cooperativas do
Paraná,, pode ser apenas a primeira. Esse negócio, de R$ 3 bilhões, mais
R$ 1 bilhão prometidos em investimentos no porto, terá fortes
implicações para a agricultura brasileira, historicamente à mercê de
custos elevados de logística, decorrentes do modelo rodoviário
dominante.
Paranaguá é o segundo maior porto do Brasil, uma
referência na exportação de produtos agrícolas do Paraná e Mato Grosso
do Sul, por exemplo. Ao ser vendido para a China Merchants Port, com a
“benção” da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem,
em evento no Congresso Nacional em fevereiro, o porto de Paranaguá
passa a integrar a estratégia chinesa em relação à compra de alimentos
no mundo, de redução de custos de logística e de intermediação, via
compra direta e fornecimento dos meios de transporte.
Empresas
chinesas quando tomam uma decisão é porque já estudaram o assunto
exaustivamente. Daí a possibilidade de serem verdadeiras as informações
que circulam no Paraná a respeito das novas investidas da CMPort, sobre a
área de Imbocuí, vizinha a Paranaguá, para construção de um novo porto,
e sobre a Rumo Logística, para terem também o modal ferroviário de 12
mil km dessa empresa, que atende de São Paulo ao Rio Grande do Sul,
ganhando escala e consequentemente competitividade.
Alta de 1% no
PIB de 2017 e criação de 78 mil postos de trabalho em janeiro confirmam
retomada da economia após
OTIMISTA Fernanda de Figueiredo, na piscina do imóvel
que comprou em São Paulo: “Acredito na melhora da economia” (Crédito:
Claudio Gatti)
A julgar pelas notícias da última semana, a crise econômica é
coisa do passado. O prolongado e doloroso ciclo de recessão que
perdurou de 2015 a 2016, anos em que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou
negativo em 3,5%, ainda está longe de ser superado, mas os principais
indicadores mostram que o País voltou a crescer. Em 2017, o PIB fechou
em 1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
que divulgou o dado na última quinta-feira.
A taxa juros é a mais baixa
da história (6,75%). A inflação, em 2,2% ao ano, está abaixo da meta do
Banco Central e o setor público obteve em janeiro superávit de R$ 46,9
bilhões — o melhor resultado desde 2001, quando a série histórica foi
iniciada. Na indústria, o crescimento foi de 2,5% em 2017, contrastando
com as quedas de 6,4% em 2016 e 8,3% em 2015.
Até o índice de
desemprego, que se mantinha estacionado na preocupante casa de 12,2%, dá
sinais de queda, com a criação de 77.822 mil novas vagas em janeiro,
algo que não ocorria desde 2012, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Ainda que a positividade dos dados não se
reflita de forma prática na melhoria das condições de vida dos
brasileiros, os indicadores confirmam que a confiança no País voltou.
Prova disso é a Bolsa de Valores de São Paulo estar registrando recorde
após recorde neste início de ano.
Então por que ainda persiste a sensação de que o fim da
crise é quase uma utopia? “A gente vê que, de uma maneira geral, a
economia vem melhorando. Mas é uma melhora lenta e gradual” afirma o
economista Marcel Grillo Balassiano, do Instituto Brasileiro de Economia
(Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Uma das razões para a
lentidão da retomada é a o efeito destruidor da recessão no biênio
anterior, o que, na prática, colocou a economia no mesmo patamar que
estava em 2010.
Com o avanço do PIB no ano passado, avançamos para o
cenário de 2011. É muito atraso para recuperar de uma vez só. A única
vez que o PIB brasileiro ficou negativo por dois anos seguidos foi logo
após a crise de 1929, e mesmo assim, em níveis menores. Estudos do
próprio Ibre/FGV apontam que deverão ser gerados em 2018 entre 700 mil e
1 milhão de postos de trabalho.
“A única vez que o PIB caiu duas vezes seguidas foi logo após a crise de 1929. Em 2017 tivemos o primeiro ano pós-recessão” Marcel Grillo Balassiano, economista do Ibre/FGV
Somada aos juros baixos e à inflação sob controle, a
recuperação do emprego irá aumentar a renda das famílias e estimular o
consumo, aquecendo ainda mais a economia. A recuperação das vendas já é
significativa na indústria automobilística, que cresceu 20,1% em 2017 e
segue no mesmo ritmo este ano. Otimistas com esse cenário de retomada,
empresas de outros setores também voltaram a fazer grandes aportes. É o
caso da OLX, plataforma de compra e venda online, que vai investir no
Brasil R$ 200 milhões em tecnologia e inovação neste ano, segundo
presidente Andries Oudshoorn.
“Pós crise”
Não é só o grande empresário que aposta. Por acreditar na
tendência de valorização no longo prazo, a administradora paulistana
Fernanda Pirajá de Figueiredo, 52 anos, acaba de comprar um imóvel na
Vila Mascote, bairro de classe média em São Paulo. “Acredito na melhora
da economia e a hora de comprar apartamento é antes que os preços subam
novamente”, afirma. Também os cariocas Guga Weigert e Rodrigo Lasmar
resolveram investir mais de R$ 7,5 milhões em um empreendimento dentro
do Jockey Club do Rio de Janeiro, que será inaugurado no sábado 10. Para
o CEO Dante Seferian, da Construtora e Incorporadora Danpris, de Osasco
(SP), “este é um bom momento para adquirir imóveis, principalmente
pelas condições de pagamento oferecidas, em que se pode usar recursos
próprios como o FGTS e opções como crédito imobiliário, financiamento e
consórcio imobiliário.” Tanto é que o setor de equipamentos para
construção civil foi o que mais cresceu em 2017: 40,1%.
Gestor da Golf Invest, braço da XP Investimentos, a maior do
País, o economista Shan Butler diz sentir que há espaço para um bom
crescimento e que o investidor brasileiro já se prepara para o
pós-crise. “Ele teve que buscar alternativas e acabou migrando para
plataformas que dividem as aplicações e remuneram melhor. Há sinais de
reaquecimento da economia, agora vai depender só da política. Se
permitirem, vai melhorar”, diz Butler. Para os analistas, a certeza de
que a crise realmente acabou depende ainda da eleição. O economista
Marcel Grillo Balassiano, do Ibre/FGV, acredita que o mercado reagirá na
medida em que os candidatos pró-reformas forem ganhando força nas
pesquisas. “Quando a gente souber o presidente eleito e qual política
econômica vai prevalecer em 2019, a incerteza vai passar”, afirma.
"Apostamos na contramão das expectativas, numa cultura corporativa baseada na coragem".
Rob Kowalski, Novartis - Diretor Global de Assuntos Regulatórios
O grupo suiço Novartis aposta no big data e na inteligência
artificial para descobrir novas fórmulas para um mundo que fica mais
velho. Para trafegar no movediço território das enfermidades, a empresa
mete a mão no caixa e cultiva uma cultura que valoriza, mais que o risco
a coragem de cada colaborador.
SÃO
PAULO (Reuters) - A EDP Brasil, empresa do grupo português Energias de
Portugal, deverá concluir até abril operações para a compra de uma
participação relevante na elétrica estatal catarinense Celesc, disse a
jornalistas nesta quarta-feira o presidente da companhia, Miguel Setas.
A
unidade brasileira da EDP anunciou em dezembro um acordo para a compra
de uma fatia de 14,5 por cento na Celesc detida pela Previ, fundo de
pensão dos funcionários do Banco do Brasil, por 230 milhões de reais. A
participação representa 33 por cento dos papéis ordinários e 1,9 por
cento dos preferenciais.
A operação deverá ser concluída
na primeira semana de março, quando a EDP Brasil então lançará uma
oferta pública de aquisição (OPA) voluntária para comprar até mais 32
por cento das ações preferenciais da Celesc em circulação no mercado.
“No final de abril, se tudo correr bem, essa transação estaria concluída”, afirmou Setas.
Ele
defendeu ainda que o investimento na Celesc, visto no mercado como uma
aposta na futura privatização da empresa, será um bom negócio mesmo se a
elétrica seguir com controle estatal.
“Não
temos nenhum horizonte temporal para a privatização... achamos que esse
investimento, pela sua dimensão e pelas condições em que está sendo
efetuado, é de baixo risco, e no nosso ponto de vista se justifica e se
rentabiliza mesmo que não haja um cenário de privatização”, afirmou.
Ele
afirmou que a Celesc deverá ter uma boa melhoria de desempenho nos
próximos anos e ressaltou que o Estado de Santa Catarina possui um bom
ambiente de negócios para investidores.
“A escolha de
Santa Catarina para nosso investimento é uma escolha que tem a ver em
participar com a qualidade do ambiente institucional no Estado... foi
algo que nos chamou a atenção e nas nossas prioridades de investimento
nos levou a tomar essa decisão”, explicou.
Controlada
pelo governo de Santa Catarina, com 50,2 por cento das ações ordinárias e
20,2 por cento no capital total, a Celesc é responsável pela
distribuição de eletricidade no Estado e possui ativos em geração e
transmissão.
TRANSMISSÃO
O presidente da EDP
Brasil disse que a companhia também seguirá buscando oportunidades de
crescimento em transmissão de eletricidade, onde estreou em 2016, ao
arrematar uma concessão em um leilão do governo, mas com um menor ímpeto
devido à elevação da competição no segmento.
A
companhia arrematou mais concessões de transmissão em 2017 e agora soma
1,3 mil quilômetros em linhas a serem construídas nos próximos cinco
anos, com investimento estimado de 3,1 bilhões de reais.
“Nossa
intenção é continuar a avaliar oportunidades que vão aparecer nos
próximos leilões, mas a impressão também é que o ambiente competitivo na
nossa avaliação é muito intenso, muito acirrado.
Portanto nossa
expectativa é relativamente moderada com relação a novos investimentos
em curto prazo... somos exigentes com a rentabilidade”, afirmou Setas.
Ele
destacou que o primeiro empreendimento da companhia no setor, que
precisa ser entregue em agosto de 2020, teve a licença ambiental de
instalação emitida sete meses antes do esperado. A companhia já estimava
anteriormente concluir a linha com 10 meses de antecedência.
“Tendemos a ser conservadores nessa soma, mas se tudo correr bem temos 17 meses (de antecipação)”, disse Setas.
“A
expectativa que temos é que os bons resultados que tivemos em geração,
de antecipar as usinas que construímos, sejam transponíveis para o
segmento de transmissão. E começamos bem”, adicionou.
SÃO
JOSÉ DOS CAMPOS (Reuters) - O presidente da Embraer, Paulo Cesar de
Souza e Silva, espera que as discussões sobre uma parceria com a Boeing
sejam concluídas neste semestre, independente de um resultado favorável
ou negativo para uma aliança das empresas.
“Não temos
uma data específica para concluir, mas é necessário que uma resolução
seja atingida rapidamente porque não podemos ficar mais muito tempo
nisso”, disse Silva durante cerimônia de certificação tripla do novo
jato de passageiros da Embraer, o E190-E2.
Questionado se as empresas poderiam concluir as discussões neste semestre o executivo respondeu afirmativamente.
Silva
afirmou que não se encontrou ainda com o novo ministro da Defesa,
general Joaquim Silva e Luna, mas disse acreditar que nem a troca no
comando da pasta, nem o cenário eleitoral podem representar obstáculos
às negociações com a Boeing.
“Tem toda uma equipe técnica do governo estudando isso. Tem muitas áreas específicas (do governo) envolvidas.”