Conforme executivos da multinacional, a montadora vem enfrentando dificuldades financeiras nos últimos cinco anos
O governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite (na foto, à esquerda), esteve reunido com executivos
da General Motors do Brasil na manhã desta quarta-feira (30), no Centro
Tecnológico da empresa em São Caetano do Sul (SP). O presidente da GM
Mercosul, Carlos Zarlenga (na foto, à direita), o vice-residente da GM
Brasil, Marcos Munhoz, o diretor de relações governamentais, Adriano de
Barros, e a gerente de relações governamentais, Daniela Kraemer,
expuseram a situação da empresa. Conforme eles, a montadora vem
enfrentando dificuldades financeiras nos últimos cinco anos.
Diante
desse cenário, a multinacional norte-americana repensa a atuação
global, o que inclui o Brasil. No Rio Grande do Sul, a empresa monta
veículos em Gravataí, unidade inaugurada em 2000. A marca também possui
uma fábrica de motores em Joinville (SC). Para viabilizar a manutenção
em solo brasileiro, a GM projeta ampliar a planta de São Paulo, o que
depende de negociação com o governo paulista, além de acerto com
sindicatos trabalhistas, inclusive gaúchos, para conseguir reduzir o
custo operacional.
Essas
duas questões, ressaltou Leite, não dependem diretamente do Rio Grande
do Sul, mas podem afetar o estado caso as duas negociações não tenham
desfecho positivo, pois poderia inviabilizar as operações da GM no país.
Se os investimentos não forem viabilizados em São Paulo, a empresa
ficaria com apenas dois produtos no país – os dois carros fabricados em
Gravataí. Da fábrica no município gaúcho saem o Prisma e o Onix, o carro
mais vendido do Brasil.
“Não
chegamos ao ponto de fazer qualquer oferta para a empresa, porque não
dependem de nós essas negociações, mas vamos juntar toda a equipe de
governo para fazer o que estiver ao nosso alcance e manter a GM no
Brasil e no Estado”, afirmou o governador, acrescentando que nova
reunião com a diretoria da empresa foi agendada para os próximos 15 dias
e que será no Rio Grande do Sul. “Estou muito confiante de que todas
essas condições serão atendidas, chegando a um denominador que fique bom
para todas as partes. O governo fará tudo que for possível, porque é
uma operação que interessa à economia do RS”, concluiu Leite. Também
participaram do encontro o secretário do Desenvolvimento Econômico e
Turismo, Dirceu Franciscon, e o prefeito de Gravataí, Marco Alba.
A
unidade gaúcha integra as operações da GM Mercosul, que tem outras duas
no Brasil – em São Caetano do Sul e São José dos Campos, ambas em São
Paulo. O braço regional da empresa ainda opera uma unidade em Rosário,
na Argentina. A GM tem em andamento projeto que prevê investimento de R$
13 bilhões no país até 2020, dos quais R$ 1,4 bilhão na fábrica no Rio
Grande do Sul, para a montagem de novos modelos de veículos.
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