sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Lucro da Klabin avança 21% entre janeiro e junho


Vendas tiveram queda de 4% no período 
 
A Klabin é a oitava maior empresa da região e também a quarta maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC

 

A Klabin obteve receita líquida de R$ 9,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, valor 4% inferior ao mesmo período de 2022. De acordo com a companhia, as vendas foram um pouco menores devido volume inferior comercializado com as paradas programadas e pela redução nos preços de kraftliner e celulose. Já o lucro líquido avançou 21% entre janeiro e junho, para R$ 2,2 bilhões (veja os principais indicadores da companhia na tabela ao final desta reportagem). A Klabin ressalta em seu relatório que o trimestre foi marcado pelo início das operações da segunda fase do Projeto Puma II, com a partida da máquina de papel-cartão, a MP28. A nova máquina conta com 460 mil toneladas anuais de capacidade de produção. O equipamento foi projetado para desenvolver cartões com mais resistência e qualidade, direcionados, principalmente, para os segmentos de alimentos e bebidas, como embalagens longa vida, cerveja em lata e garrafa, industrializados (cereal, chocolate, pizza, entre outros) e para o crescente setor de food service (copos e bandejas). Com investimento total de R$ 12,9 bilhões, o Projeto Puma II é o maior investimento da história da Klabin e consistiu na construção de duas novas máquinas de papel (MP27 e MP28) na Unidade de Ortigueira, no Paraná.

"Nos mercados de celulose da América Latina, Europa e Estados Unidos, os segmentos de imprimir e escrever e especialidades seguiram desaquecidos. Por outro lado, o segmento de tissue continuou a operar com boas taxas de ocupação de máquina, mantendo o consumo regular dos volumes contratados para o período. No mercado chinês, no qual a Klabin mantém menor exposição, a demanda permaneceu relativamente estável, porém com aumento de consumo de celulose pelos produtores integrados, que reduziram a produção própria de fibras de alto custo", explica a companhia. "No mercado de papel-cartão a demanda deu sinais de acomodação, entretanto continua sendo impulsionada pela tendência de consumo de embalagens sustentáveis, com a substituição do plástico de uso único por soluções recicláveis, biodegradáveis e advindas de fontes renováveis. Na Klabin, a alta exposição a segmentos de produtos de primeira necessidade, em especial alimentos e bebidas, contribui para uma maior resiliência. No mercado brasileiro, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), as vendas aumentaram 6,6% no período acumulado de janeiro a maio de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Klabin, o segmento de cartões se mostrou resiliente, com 20% de aumento de receita no segundo trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior", detalha a empresa. A Klabin é a oitava maior empresa da região e também a quarta maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

 

Está mantido não trabalhar com caixa inferior a US$ 8 bi, diz diretor da Petrobras

Ficheiro:Petrobras horizontal logo.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre

O diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, foi categórico ao dizer que a companhia descarta trabalhar com um caixa inferior a US$ 8 bilhões. Ele falava a investidores e analistas, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre na manhã desta sexta-feira, 4.

Minutos depois, ao ser novamente questionado sobre o caixa da empresa, o executivo disse que “não há no horizonte nenhuma perspectiva de mudança radical na gestão do caixa da Petrobras”.Ainda assim, ele admitiu que excessos de caixa poderão ser usados para o pagamento de dividendos adicionais. “Isso vai acontecer se a administração entender que essa é a melhor destinação para o capital”, disse.

Sobre a possibilidade de novas reservas estatutárias para pagamento adicional de dividendos, Caetano Leite disse que isso teria de ser aprovado em assembleia de acionistas.

O plano global da Vtex

O plano global da VtexCom valor de US$ 1 bilhão na bolsa americana e atuação em 38 países, plataforma nascida no Brasil oferece solução completa de digital commerce a empresas com aposta na omnicanalidade

Principal executiva da Vtex no País, Rafaela Rezende enfrenta o desafio de mudar a mentalidade das empresas em relação aos processos (Crédito: João Castellano )

Principal executiva da Vtex no País, Rafaela Rezende enfrenta o desafio de mudar a mentalidade das empresas em relação aos processos (Crédito: João Castellano )

 

Be Bold. Seja corajoso, na tradução para o português. Mentalidade que, independentemente do idioma, move o dia a dia da Vtex, plataforma global nascida no Brasil que busca oferecer uma solução completa de digital commerce com base numa experiência omnicanal para o cliente. Fundada em 2000, a empresa tem apostado em soluções para expandir as operações no País e pelo mundo, projeção que a levou a abrir capital na bolsa de valores de Nova York, em 2021, na qual está avaliada em US$ 1 bilhão. “Foi [o IPO] muito importante para nos posicionarmos como marca global, que é o que somos hoje”, afirmou à DINHEIRO a general manager, Rafaela Rezende. “E muito importante para ganharmos visibilidade, para ganharmos notoriedade, para passarmos a confiança de que a gente precisava.”

A Vtex prevê crescimento de 15% a 19% na receita este ano, após faturar US$ 157,6 milhões em 2022, além de transacionar US$ 12,7 bilhões em volume bruto de mercadorias em sua plataforma de e-commerce, o que representa um crescimento anual de 31,3%.

Segundo Rafaela Rezende, que assumiu o posto há quase dois meses, após liderar a área de Vendas e Atendimento ao cliente, 45% da receita já é proveniente da operação internacional, composta por 19 escritórios em 38 países. “O Brasil ainda é o nosso mercado majoritário, mas não somos mais uma empresa puramente local. Somos uma empresa global”, disse a carioca, há três anos na companhia.

Foco em vários mercados

Como parte do processo de internacionalização, a Vtex visa ampliar a atuação pelos EUA e Europa. “A expansão começa agora. Estamos germinando as primeiras sementes. Queremos muito mais”, afirmou a executiva.

A investida da empresa ao exterior começou em 2013, na Argentina, e já cruzou o planeta. “Recentemente, o Casino [grupo francês de varejo] tornou-se nosso cliente, o que nos dá maior visibilidade internacional.”

Apesar da busca por mercados globais, a Vtex tem concentrado os investimentos em inovação no Brasil. Em 2022, foram R$ 260 milhões.

Para este ano, entre os projetos em desenvolvimento está o que envolve a utilização da inteligência artificial como facilitador na jornada de compra.

“Imagina você pegar uma lista de supermercado e jogá-la no WhatsApp. Aí, por meio da inteligência artificial, eu monto um carrinho para o cliente, que poderá finalizar a compra em menos de dois minutos.”
Rafaela Rezende, general manager da Vtex

A estratégia de negócios da empresa é voltada ao digital commerce, mais abrangente do que o e-commerce. “Vai muito além de uma tela de computador ou de um celular”, afirmou, ao destacar que a Vtex quer ser o backbone do digital commerce, com capacidade de interligar tudo da loja.

A empresa conecta todo o estoque dos clientes em diferentes canais de venda, seja WhatsApp, loja física ou live shopping. Segundo ela, ao possibilitar uma experiência omnicanal para o cliente, o vendedor também desempenha papel fundamental, como um personal shopper. E se torna chave na jornada.

Por exemplo, para melhorar a conversão, ou permitir acesso a produtos para aqueles que não conseguem comprá-los exclusivamente pelo comércio eletrônico.

O crescimento da Vtex durante os 23 anos de atuação fica evidente no potencial dos clientes da plataforma. São mais de 2,6 mil B2C, B2B e B2B2C, tendo mais de 3,8 mil lojas on-line ativas pelo mundo.

O trabalho da plataforma é baseado em soluções e produtos. Cinco deles foram apresentados no Vtex Day, evento de varejo, negócios e inovação digital realizado anualmente pela bandeira e que reúne pessoas e empresas interessadas em tecnologia, negócios e empreendedorismo. Na última edição, a principal palestrante foi a top model Gisele Bündchen.

Desafios

Apesar do crescimento anual, a Vtex está suscetível às adversidades globais, principalmente econômicas. E a escassez de caixa é vista como um dos principais desafios na atualidade.

Diante da situação, que resultou em um processo de reestruturação da empresa desde o ano passado, inclusive com corte de pessoal — hoje são 1,3 mil pelo mundo (eram pouco mais de 1,7 mil) —, Rezende disse que é hora de fazer bem o básico.

“Dinheiro é um desafio. É preciso usá-lo da forma mais inteligente”, afirmou. “Não só olhando o custo da solução, mas todo o custo de se operar uma solução.”

Na visão da executiva, as empresas precisam vencer a vaidade e o medo apresentado principalmente em relação à tecnologia. Muitas organizações, segundo ela, ainda acreditam que ter poder é sinônimo de ter tudo na mão, de possuir times grandes. “O mundo está mudando. Não adianta você ter um time de 2 mil pessoas e no fim a sua empresa quebrar”, disse. “Poder é longevidade.”

A estratégia de negócios da plataforma é vista com bons olhos por Eduardo Tomiya, fundador da TM20 Branding. O especialista aprova o processo de internacionalização da companhia, mas cobra atenção pelo ritmo de crescimento.

“Além da necessidade de capital forte, a empresa precisa ter atendimento”, afirmou. E, apesar do risco natural de toda investida, Tomiya acredita que o plano da Vtex está alinhado às tendências de longo prazo, a um novo tipo de consumidor.

“Eles [da Vtex] têm de fazer com que seja uma estratégia que chamamos de ‘glocal’ – internacional, mas com um ponto local muito forte”, afirmou. “Mas é fato que a receita proveniente do exterior já é bastante relevante.”

 

 https://istoedinheiro.com.br/o-plano-global-da-vtex/

 

 

Setor privado investe na descarbonização das frotas


Empresas apostam na aquisição de veículos de carga elétricos para reduzir as emissões de GEE na atmosfera

 

Setor privado investe na descarbonização das frotas


A necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito esfufa (GEE) tem feito as empresas buscarem estratégias em sua operação para conseguir esse feito em um espaço menor de tempo. Além da adoção de uma tecnologia mais limpa na produção, a indústria em geral está buscando substituir a sua frota de veículos por unidades menos poluentes, como alternativa para contornar os efeitos da queima de combustíveis fósseis em grande escala. Nesse sentido, os elétricos têm ganhado cada vez mais espaço nos pátios dessas companhias.

Esse movimento atende a uma tendência global, na qual a sociedade segue cada vez mais exigente para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o período de 2022 fechou com 49.245 veículos elétricos e híbridos, somando uma frota circulante de 126.504.

No mundo, esse movimento já deixou de ser uma tendência e ganhou corpo. De acordo com dados da consultoria Bright Consulting, especializada na indústria automobilística, as vendas globais de veículos elétricos ficaram próximas de 8,3 milhões de unidades.

Os benefícios oferecidos pelos veículos elétricos são diversos, envolvendo desde a baixa emissão de poluentes, melhor aproveitamento energético, baixo custo de operação e pouca manutenção. Além disso, não geram calor ou promovem barulho excessivo.

Operações mais limpas

Uma das empresas que vem despontando nessa tendência é a JBS, maior empresa de alimentos do mundo. Ela lançou a No Carbon, companhia especializada em locação de caminhões 100% elétricos. Inicialmente, o foco de atuação do novo braço sustentável da indústria é atender às operações logísticas da indústria, abrangendo a distribuição de produtos das marcas Friboi, Seara e Swift.

Segundo Maria Paula Bibar, gerente de sustentabilidade da JBS Brasil, a iniciativa vai ao encontro do compromisso Net Zero da companhia de zerar o balanço líquido das emissões de GEE até 2040 em toda a sua cadeia de valor. “Com a No Carbon, a JBS cria um negócio que irá trazer escala à utilização de caminhões elétricos no transporte de cargas no Brasil, um país com elevada dependência do modal rodoviário na área logística. Além disso, a nova frente representa a abertura de um campo com grande potencial de crescimento e colabora com o objetivo da empresa de trabalhar de maneira cada vez mais sustentável.”

Os caminhões da No Carbon possuem 170 quilômetros de autonomia, capacidade de até 4 toneladas de carga e são equipados com baús frigoríficos, armazenando, simultaneamente, produtos resfriados e congelados.

Na prática

A eletrificação da frota das marcas Friboi e Seara já começou a ganhar corpo com a locação de veículos da No Carbon. A Friboi, líder no segmento de carne bovina, ampliou a sua frota de caminhões 100% elétricos refrigerados de 10 para 53 veículos. Para fazer essa inclusão em suas operações logísticas, a marca está instalando sistemas de carregamento de veículos elétricos em seus Centros de Distribuição no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco e Bahia.

A ampliação da frota de veículos elétricos permitirá que a Friboi deixe de emitir uma quantidade considerável de toneladas de CO2 por ano na atmosfera.

Já a Seara, reconhecida pela inovação e liderança em diversas categorias do mercado de alimentos, ampliou sua frota de 19 para 200 caminhões elétricos refrigerados. A marca é pioneira na adoção desses veículos, que realizam a distribuição de produtos em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Distrito Federal.

Com a chegada dos novos veículos na frota de transporte, a Seara projeta reduzir significativamente as suas emissões indiretas de CO2, o que deve equivaler ao plantio de 45 mil árvores.

Desde o fim do primeiro trimestre de 2023, a JBS opera uma frota de mais de 300 veículos elétricos nas operações logísticas de seus negócios, avançando nos esforços para se tornar Net Zero em 2040.

 

O papel da tecnologia no empoderamento feminino e na nova economia


A busca pela igualdade de gênero tem sido um tema recorrente nas discussões sociais e econômicas. Um dos setores em que essa luta se faz necessária é o da tecnologia – a presença feminina nesse campo ainda é baixa mas fundamental para impulsionar o progresso e a inovação

A tecnologia desempenha um papel fundamental no empoderamento feminino e na nova economia. É uma grande força motriz para ajudar as mulheres a ganharem autonomia e realizarem seus objetivos. Fornece ferramentas para que elas possam acessar informações, criar conexões e expandir seus negócios, permitindo que mulheres enfrentem o desafio de equilibrar os seus múltiplos papéis e responsabilidades, o que  exige uma habilidade de gerenciamento do tempo e do estresse com mais rapidez e eficiência.

Por meio da tecnologia, as mulheres criam seus próprios negócios, trabalham de forma flexível, compartilham experiências, promovem mudanças e adquirem habilidades e conhecimentos. No entanto, temos que reconhecer que a tecnologia também pode trazer desafios, como a reprodução de estereótipos de gênero ou a exclusão digital de mulheres em situações de vulnerabilidade. É necessário, portanto, promover a inclusão digital e garantir que todas as mulheres tenham acesso às oportunidades e benefícios oferecidos pela tecnologia.

O empoderamento feminino é o processo de fortalecimento das mulheres, tanto individual quanto coletivamente, para que possam adquirir autonomia, igualdade de direitos e participação plena na sociedade. Envolve o combate à desigualdade de gênero, a valorização das capacidades e potencialidades, e o incentivo ao seu empoderamento econômico, político, social e cultural, além da criação de um ambiente onde as mulheres possam tomar decisões, exercer sua voz e ter controle sobre suas vidas. Devemos apoiar o  empoderamento feminino porque ele contribui para eliminar as desigualdades históricas e estruturais entre homens e mulheres, promovendo uma sociedade mais justa, inclusiva e equitativa.

A ONU define o empoderamento feminino como um processo pelo qual as mulheres ganham controle sobre sua vida e seu bem-estar, bem como a capacidade de influenciar as mudanças sociais e econômicas que afetam suas vidas. Ele envolve a eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres e meninas, além de promover a igualdade de gênero em todas as esferas da vida.

Recentemente eu tive o prazer de conhecer Jennifer Nyambogo, que juntamente com Pauline Kariuki, fundou a Mawu Africa, uma startup que se tornou a fornecedora líder de soluções digitais para o setor de economia criativa na África. A plataforma Mawu tem um propósito maior: empoderar e beneficiar as talentosas artistas mulheres africanas. Jennifer, nascida no Quênia, criou esse negócio com a visão de que os produtos dessas artesãs seriam vendidos em todo o planeta.

 

A mulher na nova economia

 

A nova economia é um conjunto de ideias, práticas e modelos de negócios emergentes que estão transformando a forma como a economia é estruturada e como as pessoas interagem com ela. Ela é baseada em princípios como inovação, colaboração, sustentabilidade e uso eficiente dos recursos, impulsionados pela rápida evolução da tecnologia, incluindo a internet, as plataformas digitais, a inteligência artificial e o blockchain, entre outros. A nova economia valoriza o empreendedorismo, a economia criativa, o compartilhamento de recursos, a sustentabilidade e a flexibilidade no trabalho, entre outras características.

As mulheres estão se destacando em diversos setores da nova economia. Tecnologia, empreendedorismo, sustentabilidade, energias renováveis, setor de saúde e bem-estar e economia criativa são apenas algumas áreas nas quais as mulheres estão liderando o caminho. Elas estão trazendo inovação e perspectivas únicas para esses setores, e oportunidades estão aumentando à medida que a igualdade de oportunidades é promovida. 

É tão gratificante ver, à medida que as indústrias se transformam e novas tecnologias emergem, mulheres se destacando em suas  áreas de atuação. E por falar em representação feminina em cargos de liderança, eu tive o privilégio de conhecer duas mulheres incríveis: Catia Stoyan e Nina Silva.

Catia Stoyan fundou a Stoyan Energia em 2010 mas já atua no setor há cerca de 25 anos. A empresa desenvolve soluções e projetos de energia solar para o B2B e B2C. As dificuldades em empreender em um setor dominado por homens foram transformadas em energia para atingir suas metas e objetivos.  Em 2022  ela ganhou o prêmio Rise to the Challenge, organizado pela  WeConnect International, em duas categorias em que concorria, inclusive a mais importante delas, a de mulher empreendedora, em que disputava com outras oito mulheres do mundo todo. 

Nina Silva foi considerada a Mulher Mais Disruptiva do Mundo pela Women ln Tech Global Awards 2021, uma das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo abaixo de 40 anos pela MIPAD (Most lnfluential People of African Descent). Ela também é sócia fundadora do Movimento Black Money, focado na articulação e emancipação  social, financeira e profissional da população negra brasileira, que, mais tarde, se desdobrou no D’Black Bank.    

Por isso a inclusão de mulheres no mercado de tecnologia não é apenas uma questão de justiça social, mas também de crescimento econômico e avanço tecnológico. 

Existem diversas pesquisas sobre mulheres na área de tecnologia, tanto no Brasil quanto no mundo.

 

Conheça mais pesquisas sobre mulheres na área de tecnologia

 

Women in Tech 2021 (Relatório Global) – Pesquisa realizada pela TrustRadius sobre a representatividade feminina  em cargos de liderança em empresas de tecnologia em todo o mundo. O relatório indica que apenas 23% dos cargos de liderança em tecnologia são ocupados por mulheres. Nos Estados Unidos, apenas 27% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres ocupam apenas 19% dos cargos de C-level. 

Women in Tech 2021 (Pesquisa Brasil) – Realizada pela empresa de recrutamento Hays, a pesquisa mostrou que, apesar de ainda haver desigualdade de gênero na área de tecnologia no Brasil, a maioria das empresas está trabalhando para mudar essa realidade. De acordo com a pesquisa, 75% das empresas entrevistadas têm estratégias para aumentar a representatividade feminina em suas equipes.

Mulheres na Tecnologia (Pesquisa Brasil) – Realizada pela empresa de recrutamento Talenses em parceria com a Insper, a pesquisa revelou que apenas 17% dos profissionais de tecnologia no Brasil são mulheres. Além disso, a pesquisa apontou que a falta de oportunidades de crescimento é a principal barreira para a inclusão das mulheres na área. 

Women in Tech Index (Relatório Global) – Realizado pela empresa de recrutamento e treinamento de tecnologia HackerRank, o relatório avaliou a representatividade feminina em cargos de tecnologia em diversos países do mundo. O Brasil ficou em 16º lugar no ranking, com uma pontuação de 34,2 em 100.

A jornada para se tornar uma mulher de TI começa muito cedo, ainda na educação infantil. A grande maioria das meninas é desencorajada a estudar matérias exatas, como física e matemática. As que desafiam as convenções sociais e se dedicam a essa área do conhecimento enfrentam grandes provações. Cerca de 43% afirmam sofrer preconceito na universidade, já que os cursos são majoritariamente masculinos. Mas, os maiores problemas estão mesmo no ambiente de trabalho.

 

Iniciativas para promover a equidade de gênero

 

O ecossistema de mulheres tech é uma rede de indivíduos, organizações, comunidades e recursos que apoiam e promovem a participação, o avanço e o empoderamento das mulheres no setor de tecnologia. Essa rede abrange uma ampla gama de iniciativas, como grupos de apoio, comunidades online e offline, programas de mentoria, eventos, conferências, programas de capacitação, startups lideradas por mulheres, organizações sem fins lucrativos e muito mais. 

É fundamental continuar investindo na inclusão e no empoderamento das mulheres na tecnologia, garantindo que elas tenham as mesmas oportunidades de crescimento e desenvolvimento que os homens. A diversidade de gênero é um ativo valioso para a inovação e o progresso tecnológico, e devemos trabalhar juntos para criar um or ambiente mais inclusivo e igualitário. Por isso é primordial que empresas e governos incentivem a formação e capacitação das mulheres para desenvolver suas habilidades técnicas e soft skills. Que invistam no treinamento e no empoderamento das mulheres para desenvolver suas habilidades técnicas e interpessoais. 

Além disso, é necessário criar programas de apoio que ofereçam oportunidades de trabalho, programas de bolsas de estudo, que podem ser criados para mulheres que querem entrar no campo, bem como incentivos fiscais para empresas que contratam profissionais qualificados do sexo feminino. Ao fazer isso, podemos garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens.

Algumas iniciativas buscam incentivar mais mulheres a ingressarem em carreiras relacionadas à tecnologia, fornecendo suporte, inspiração e recursos necessários para o crescimento profissional, além de facilitar a criação de redes e colaborações entre mulheres que trabalham no setor de tecnologia. Conheça alguns delas:

 

A PrograMaria busca empoderar meninas e mulheres por meio da tecnologia e programação.

WoMakersCode impulsiona o protagonismo feminino na tecnologia, por meio de capacitação, mentoria e empregabilidade.

Elas Programam é uma consultoria especializada em desenvolver soluções para engajamento, capacitação e contratação de talentos femininos de tecnologia.

{reprograma} é uma iniciativa de impacto social que tem como missão diminuir a lacuna de gênero no setor de tecnologia, por meio da capacitação profissional em programação de mulheres em situações de vulnerabilidade, priorizando negras, trans e travestis em seus processos seletivos.

Minas Programam é uma iniciativa criada em 2015 para desafiar os estereótipos de gênero e de raça que influenciam as áreas de ciências, tecnologia e computação. Promove oportunidades de aprendizado em programação para meninas e mulheres.

Mulheres de Produto estimula o desenvolvimento e capacitação profissional para pessoas que se identificam como mulheres brasileiras que desejam ingressar ou se especializar em áreas de tecnologia, engenharia, design e ciências aplicadas.

Mulheres em Dados promove trocas, mentorias, conversas, ajudas, workshops, suporte e amparo, com o objetivo de reverter a desigualdade de gênero exacerbada em dados e tecnologia.

 

Negócios na nova economia com foco em tecnologias

Esses exemplos mostram como as mulheres podem aproveitar suas habilidades e conhecimentos específicos para criar negócios de sucesso na nova economia baseada em tecnologias: 

  1. Desenvolvimento de aplicativos, jogos interativos ou ferramentas de aprendizagem para crianças, aproveitando a demanda por conteúdo digital seguro e educativo para os pequenos.
  2. Consultoria em segurança cibernética para ajudar as organizações a fortalecer sua proteção digital.
  3. Loja online para vender produtos exclusivos, como joias feitas à mão, itens de decoração, roupas personalizadas ou produtos de cuidados pessoais naturais.
  4. Treinamentos e workshops para ajudar outras mulheres a aprimorar suas habilidades digitais e empreender online.
  5. Desenvolvimento de aplicativos, plataformas ou dispositivos que facilitem o acesso a cuidados de saúde, monitoramento de condições médicas ou promoção do bem-estar.
  6. Serviços de consultoria em transformação digital para orientar e implementar estratégias que melhorem sua eficiência, produtividade e inovação.

 

Quebrando paradigmas

 

Temos que quebrar o paradigma de associação de gênero com determinadas funções. A ideia de que as mulheres são mais emocionais e voltadas ao cuidado, enquanto os homens são mais racionais e objetivos, é um estereótipo prejudicial e limitante. Esse estereótipo pode desencorajar as mulheres a buscar carreiras em tecnologia e outras áreas STEM, o que perpetua a desigualdade de gênero no mercado de trabalho e limita as oportunidades de carreira das mulheres. Quando as mulheres são sub-representadas em áreas como a tecnologia, elas também são sub-representadas em empregos bem remunerados e em alta demanda no mercado. A falta de diversidade limita a capacidade de uma empresa ou setor de inovar e criar soluções que atendam às necessidades de todos os membros da sociedade. Portanto, ao incentivar e acolher as mulheres desde a infância e adolescência para que identifiquem e sigam carreiras em tecnologia e outras áreas STEM (acrônimo para Science, Technology, Engineering and Mathematics),  abrindo oportunidades valiosas para elas e ajudando a criar um mercado de trabalho mais diverso e inclusivo. Isso contribui para maior inovação, criatividade e sucesso econômico da sociedade como um todo.

 

“The Dream Gap Project”

As garotas acreditam que podem ser qualquer coisa, mas o mundo quer?

 

O “The Dream Gap Project” foi lançado pela empresa de brinquedos Mattel em outubro de 2018, com o objetivo de combater o “gap” ou lacuna dos sonhos que afeta meninas em idade escolar, limitando suas aspirações e crenças em seu próprio potencial. O projeto fornece recursos, ferramentas e apoio para capacitar meninas a desenvolverem confiança, habilidades e conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM -Science, Technology, Engineering and Mathematics), além de outras áreas profissionais em que as mulheres estão sub-representadas. O objetivo é ajudar a fechar essa lacuna, capacitando meninas a alcançarem seus sonhos e se tornarem líderes e profissionais bem-sucedidas em qualquer campo que escolham.

O “The Dream Gap” inclui uma série de iniciativas, como a criação de bonecas da Barbie que representam mulheres bem-sucedidas em campos como a ciência e a tecnologia, e a parceria com organizações sem fins lucrativos para fornecer recursos e mentoria para meninas em todo o mundo. A empresa também criou uma série de vídeos que destacam as histórias inspiradoras de mulheres que superaram obstáculos para alcançar o sucesso em suas carreiras. “Dream Gap” é um exemplo de como as empresas podem usar sua influência e recursos para promover a igualdade de gênero e inspirar meninas a perseguir seus sonhos.

 

E-mail para uma Mulher

Querida amiga,

Eu queria que você soubesse que estou aqui para apoiá-la em tudo o que você fizer, especialmente em relação aos seus sonhos e objetivos profissionais. Eu sei que você está passando por um momento difícil, mas eu quero que você saiba que pode escolher qualquer carreira profissional, independentemente de ser mulher. Você é capaz e tem todo o potencial para alcançar o que deseja. Aliás, você pode ser o que quiser na vida.

Se você sonha em ser uma cientista, engenheira, médica, astronauta, professora, CEO, conselheira, ou até mesmo presidente do Brasil, você pode fazer isso acontecer. Lembre-se de que você é capaz de ser quem você quiser, e não há nada que possa impedi-la de conquistar seus sonhos.

Acredite em si mesma, siga seus sonhos e trabalhe duro para alcançá-los. O mundo precisa de mulheres como você para liderar e fazer a diferença. Não deixe que ninguém diga que você não pode fazer algo por causa do seu gênero. Eu acredito em você e no que você é capaz de fazer. Então, siga em frente, persevere e nunca deixe ninguém dizer que você não pode alcançar seus sonhos! Conte sempre comigo para apoiá-la em todas as suas conquistas.

 

Com muito carinho,

 

Núbia Lentz

 

 https://istoe.com.br/mulher/noticia/o-papel-da-tecnologia-no-empoderamento-feminino-e-na-nova-economia/

 

 


 

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Engineering ajuda a criar plataforma de negociação de energia

Engineering do Brasil S/A - Moore

SÃO PAULO, 3 AGO (ANSA) – A Engineering Brasil, filial do grupo italiano de tecnologia da informação e transformação digital Engineering, participou da criação de uma plataforma automatizada de negociação de contratos de energia elétrica.   

O sistema foi desenvolvido pelo Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), empresa que faz intermediação de compra e venda de eletricidade e que queria montar uma plataforma para automatizar esses processos, chamada EHUB.   

O mecanismo foi lançado no segundo semestre de 2022 e já atende cerca de 300 mil comercializadores e 3 mil traders no ambiente de contratação livre (ACL), no qual grandes consumidores adquirem altos volumes de energia elétrica de players do setor.   

Um de seus pilares é a solução DHuO API, que, segundo Willy Sousa, diretor de produtos da Engineering Brasil, faz “toda a governança e a segurança das camadas de APIs [interface de programa de aplicação]” da EHUB.   

“Toda essa camada de governança das APIs para eles controlarem os parceiros e clientes que precisavam se integrar [à EHUB] é feita através da nossa plataforma”, diz Sousa.   

De acordo com ele, o DHuO “ajuda a construir APIs e na governabilidade das interfaces que já foram construídas”, possibilitando um “controle melhor de quem pode acessar essa API”. A solução também já é aplicada nos setores de saneamento, telecomunicações e na indústria.   

Já Marcelo Bianchini, gerente de produtos, comunicação e marketing do BBCE, afirma que o DHuO permitiu tratar as APIs da empresa como um produto e segmentá-las para diversos serviços e mercados, como negociação de contratos de energia no ambiente livre, derivativos, leilões, entre outros.   

Como próximo passo, o BBCE pretende ampliar seu portfólio de serviços oferecidos por meio de APIs. “Os players do mercado de energia poderão se beneficiar da novidade”, completa Bianchini.   

(ANSA).  

 

MP abre inquérito para investigar decisão do governo de SP de recusar livros didático

Governador Tarcísio de Freitas | Governo do Estado de São Paulo

O Ministério Público Estadual (MP) abriu inquérito para investigar a decisão do governo de São Paulo de dispensar livros didáticos nas escolas estaduais para usar apenas material digital. A promotoria dá dez dias para a Secretaria da Educação mostrar as “justificativas pedagógicas e financeiras” para recusar as obras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), em que o Ministério da Educação (MEC) compra exemplares para todas as escolas do País.

O secretário da Educação paulista, Renato Feder, resolveu abrir mão de 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) em 2024. E anunciou que não vai mais comprar livros para o ensino médio também.

A estratégia do governo de São Paulo atualmente é a de aulas organizadas em Power Point, com cerca de 20 slides, que são passados pelo professor em sala de aula. “A aula é uma grande TV, que passa os slides em Power Point, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai”, disse Feder ao Estadão. “Não é um livro didático digital. É um material mais assertivo, com figuras, jogos, imagens 3D, exercícios. Ele pode clicar em links, abrir vídeos, navegar por um museu”, completou. Feder também justificou a decisão por considerar os livros do PNLD “superficiais”.

Segundo o MP, há necessidade “de apurar se os novos materiais didáticos a serem adotados equivalem aos do PNLD em termos de qualidade, processos de análise qualitativa de produção, escolha, avaliação e preço unitário”. A promotoria pede que o governo informe também quem são os profissionais responsáveis por elaborar e avaliar o material digital.

A promotora Fernanda Peixoto Cassiano também diz que a “adoção de material didático exclusivamente digital dificulta o acesso de alunos sem suporte de equipamentos tecnológicos” nas escolas e em casa, o que coloca em risco a obrigação constitucional e legal do Estado de fornecer material didático. E que a decisão pode “configurar tratamento desigual entre os estudantes”.

O MP ainda pede que o Estado informe se houve consulta aos “órgãos de gestão democrática do sistema”, como o Conselho Estadual de Educação (CEE), conselhos de escola, grêmios estudantis e aos profissionais da educação antes se tomar a decisão.