segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Nike pretende cortar US$ 2 bilhões em custos e anuncia demissão de 1.600 funcionários

 

Você sabia que a logo da Nike, quando criada, custou só US ...

A Nike vai cortar 2% de sua força de trabalho global, ou pouco mais de 1.600 empregos. A gigante de roupas esportivas busca reduzir custos e reinvestir suas economias em áreas de grande crescimento, como esporte, saúde e bem-estar.

A companhia, sediada em Beaverton, Oregon, une-se a um número crescente de empresas, incluindo Estée Lauder e Levi Strauss & Co., que anunciaram cortes de empregos nas últimas semanas. “A Nike está sempre no seu melhor quando está na ofensiva”, disse a empresa, em uma resposta por e-mail, confirmando as demissões.

Até 31 de maio de 2023, a Nike empregava aproximadamente 84.000 trabalhadores, de acordo com seu relatório anual. O site do The Wall Street Journal foi o primeiro a relatar os cortes. Em dezembro, a Nike reduziu suas expectativas de vendas anuais para o ano fiscal após relatar resultados do segundo trimestre que ficaram aquém das expectativas da empresa.

A pior perspectiva veio conforme executivos da empresa informaram analistas que têm observado um comportamento mais cauteloso dos consumidores em todo o mundo em um “ambiente macroeconômico irregular”.

Na época, a Nike disse que cortaria até US$ 2 bilhões nos próximos três anos, buscando simplificar a variedade de produtos e aumentar a automação e o uso da tecnologia. Ela disse que a maior parte das economias seria usada para acelerar a inovação e impulsionar a rapidez e a escala de produção.

“Vemos uma oportunidade excepcional para impulsionar um crescimento rentável a longo prazo”, disse o presidente e CEO da empresa, John Donahoe, em um comunicado em dezembro. “Hoje estamos abraçando uma jornada em toda a empresa para investir em nossas áreas de maior potencial, aumentar o ritmo de nossa inovação e acelerar nossa agilidade e capacidade de resposta.” Fonte: Associated Press.

País tem capacidade para elevar oferta de energia solar em 100 vezes, diz diretor da Petrobras

 

É preciso pacto pela redução das contas de luz, defende ...

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Hoje, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação a energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore).

Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.



Faturamento de franquias registra crescimento de 13,8% em 2023

 


MEI: Veja 6 mudanças previstas para 2023

Freepik (Crédito: Freepik)

O faturamento das franquias no Brasil atingiu R$ 240,6 bilhões em 2023, um crescimento nominal de 13,8% em relação a 2022. Em comparação a 2019, na pré-pandemia, o aumento foi de 28,9%. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O levantamento mostra ainda que o número de redes chegou a 3.311, crescimento de 7,6% em relação a 2022; e o número de empregos diretos gerados atingiu 1,7 milhão, um aumento de 7,1% em comparação ao ano anterior. Já o número de operações de franquias totalizou 195,8 mil, 7,8% superior a 2022.

A taxa média de abertura de novas operações alcançou 17,3% no ano passado, ante 14,9% em 2022; já a taxa média de operações que fecharam foi 5,9%, no ano anterior foi 6%, resultando num saldo positivo de 11,4%, acima dos 9,8% de 2022.

“Os resultados mostram a capacidade de adaptação do setor, principalmente em relação à digitalização e ao ajuste de modelos de negócio. De outro lado, o desejo do consumidor por atividades sociais, principalmente eventos, encontros e confraternizações, movimentou o setor de forma geral, mas principalmente Alimentação e Turismo”, destacou o presidente da ABF, Tom Moreira Leite.

Alimentação – Food Service foi o segmento de franquias que mais cresceu e se destacou com alta de 17,9%, beneficiada pela forte retomada da vida social da população, das vendas por delivery, e da alta do tíquete médio.

Saúde, Beleza e Bem-Estar vêm em seguida, com crescimento de 17,5%, justificado, segundo a ABF, pelo bom desempenho dos segmentos de clínicas de estética, odontologia, óticas e farmácias.

O terceiro maior avanço ficou com Hotelaria e Turismo (16,4%), também beneficiado pela forte retomada das viagens, do aumento do tíquete médio das viagens aéreas, da demanda reprimida, e pelo retorno de eventos e lazer.

As projeções da Associação Brasileira de Franchising para o setor este ano são de um faturamento 10% maior, de expansão das operações em 5,5%; das redes, em 5%; e uma alta de 5,5% no número de empregos diretos gerados.

Maiores do ramo

Entre as Top 10 franquias no país, o segmento de Alimentação continua sendo o mais representativo, com cinco, uma marca a mais que em 2022; e o segmento Saúde, Beleza e Bem-Estar se manteve em segundo, com três marcas.

A Cacau Show (Alimentação – Comércio e Distribuição) manteve a liderança do Ranking ABF das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil por Operação, com um total de 4.216 operações, o que representa um crescimento de 10,7% em relação à edição anterior.

Em seguida, vem O Boticário (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 3.689 operações; McDonald’s (Alimentação – Food Service), com 2.662 operações (variação positiva de 2,50%); Colchões Ortobom (Casa e Construção), com 2.380 operações, e Odonto Company (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.899 operações.

Na sexta vem a rede Lubrax+ (Serviços Automotivos), com 1.741 operações (1,7%), seguida de Subway (Alimentação – Food Service), com 1.574, e AM/PM (Alimentação – Comércio e Distribuição), com 1.540. Depois vem a Óticas Carol (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.400 operações, e o Burger King Brasil (Alimentação – Food Service) com 1.331 franquias (5,7%).

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Criptomoedas: bitcoin estende ganhos e analistas já avaliam que preço pode atingir US$ 60 mil

 Menos de 12% dos bitcoins estão em corretoras": dado ...


O bitcoin subiu outra vez nesta quinta-feira, 15, e operava acima de US$ 52 mil perto do fechamento de Nova York, seguindo a tendência altista dos últimos dias. Em meio ao contínuo avanço, analistas já consideram que o ativo pode alcançar a marca dos US$ 60 mil e se aproximar do recorde histórico perto de US$ 70 mil, estabelecido em 2021.

Pouco depois das 17h30 (de Brasília), o bitcoin subia 0,33%, a US$ 52.073,72, e o ethereum ganhava 2,25%, a US$ 2.823,14, de acordo com a Binance.

André Franco, chefe de pesquisa do Mercado Bitcoin, escreve que o maior criptoativo do mundo agora não tem mais nenhuma grande barreira atuando como resistência para novas altas, visto que nesta semana voltou a ter valor de mercado acima de US$ 1 trilhão. Agora, ele sinaliza que o bitcoin pode atingir US$ 60 mil ou mais.

“Porém, a grande questão é que neste caso em específico, por não ter suporte (também de preço) e resistência muito fortes a partir desse patamar, não sabemos até onde essa alta pode parar, nem qual seria o suporte mais interessante”, afirma ele, em análise.

Franco indica que, nesta semana, o preço do criptoativo pode variar, dependendo principalmente do fluxo de entrada de recursos nos ETFs à vista de bitcoin.

Craig Erlam, da Oanda, concorda com Franco, e afirma que, após um grande impulso, não se sabe qual direção o bitcoin pode tomar. Erlam, porém, afirma que o bitcoin deve continuar registrando movimentações expressivas nas próximas semanas.


Justiça indefere pedido da Vórtx para execução de debêntures da Unigel

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A Justiça de São Paulo indeferiu o pedido feito pela Vórtx, empresa que administra as debêntures da Unigel, para dar continuidade aos procedimentos de execução da dívida da empresa.

A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Ludovico Martins, quatro horas após a Vórtx encaminhar duas petições solicitando a execução de dívidas da Unigel e a penhora dos ativos financeiros da Unigel em um prazo de 30 dias.

“Indefiro. Eventuais medidas constritivas somente serão autorizadas após o contraditório”, informou o juiz na decisão.

A disputa sobre o pagamento das dívidas ganhou nova escala após acabar o prazo de 60 dias obtido pela Unigel para suspender qualquer ato de execução de dívidas por parte dos debenturistas.


Contra Google e Microsoft, Zoho aposta no longo prazo

 


Sridhar Vembu, da Zoho, durante evento Zoho Day 24 em McAllen (Crédito: Divulgação)

 

De McAllen, Texas (EUA) *

 

A lista de empresas que fracassaram ao tentar concorrer com Google e Microsoft é grande. Lotus, Netscape, Novell, Sun, Altavista e Lycos são apenas algumas das empresas que – ao longo de décadas – acabaram falindo ou sendo compradas.

Uma exceção a essa lista é a Zoho, que há quase 30 anos oferece apps na nuvem para usuários individuais e pequenas e médias empresas. A companhia de origem indiana concorre diretamente com os pacotes Microsoft 365 e Google Workspace, que dominam o mercado.

Apesar da força dos rivais, a Zoho tem uma trajetória sólida e fechou 2022 com receita bruta de US$ 1 bilhão. É pouco quando comparado aos mais de US$ 200 milhões que empresas como Google e Microsoft faturam por dia. Mas é suficiente para manter uma companhia de 15 mil funcionários, mais de 100 milhões de usuários registrados e mais de 700 mil clientes empresariais pagantes. Segundo Sridhar Vembu, fundador e CEO da Zoho, a receita para se manter saudável em um mercado tão disputado é apostar no “jogo longo”.

“Quando a Zoho começou, em 1994, Microsoft e Apple já eram empresas grandes e com muito poder em seus mercados. E hoje, 30 anos depois, mesmo vivendo períodos de altos e baixos, elas estão entre as maiores empresas do mundo. A Apple domina a área de computação pessoal, enquanto a Microsoft é a mais forte na área de software para empresas. Isso ocorre pois ambas fazem apostas de longo prazo. E isso é o que fazemos na Zoho”, disse Vembu durante o evento ZohoDay, voltado para analistas que ocorreu na semana passada em McAllen (EUA).

Para Vembu, as empresas que dão certo são aquelas que apostam em inovação e mantêm seus custos sob controle. “Vemos muitas startups que têm vida curta. Elas criam serviços totalmente dependentes de grandes plataformas de nuvem, gastam muito em marketing e aquisição de usuários. Tudo na esperança de serem compradas por alguma Big Tech. Mas no fim das contas essas empresas não criam nada de novo, nenhuma tecnologia relevante. E por isso não são compradas por ninguém”, afirmou.

Uma empresa diferente

A Zoho tem algumas características que a diferenciam da maioria das empresas de tecnologia. Para começar, o fundador continua à frente da empresa após 28 anos. Vembu, um indiano de fala calma que usa trajes tradicionais de seu país em apresentações corporativas, não mora no Vale do Silício, mas em uma vila no interior da Índia.

Outra grande diferença entre a Zoho e outras empresas de software é a total ausência de anúncios em seus produtos. Nem mesmo as versões grátis têm publicidade. Essa escolha permitiu que a empresa passasse ao largo das polêmicas sobre privacidade dos últimos anos e mantivesse seu seu modelo de negócio após as aprovações de leis de proteção de privacidade, como a GDPR europeia e a LGPD brasileira.

A Zoho se diferencia ainda por manter seus próprios data centers em tempos de nuvem pública. A empresa tem atualmente 14 data centers e pretende expandir esta área, inclusive com um data center a ser construído neste ano na América Latina, possivelmente no Brasil.

Por fim, enquanto muitas startups procuram um sucesso rápido para fazer seu IPO e lucrarem com venda de ações, a Zoho é uma empresa de capital fechado e pretende continuar assim. “Muitas empresas de capital aberto se submetem a pressões do mercado e acabam não buscando projetos de longo prazo e inovadores”, explica Vembu.

Disputa pelo escritório

O mercado de software de produtividade para empresas fechou o ano de 2022 com US$ 53 bilhões em investimentos em todo o mundo, e deve crescer em média 14% ao ano até 2030, de acordo com dados da consultoria Grand View Research. Este mercado inclui aplicativos de e-mail, comunicação, planilhas, programas de controle financeiro e relacionamento com clientes (CRM), entre outros. Entre as gigantes desse setor estão Microsoft, Google, Salesforce e Intuit.

Com mais de 50 aplicativos online, a Zoho compete com todos esses gigantes. A companhia tem foco maior em empresas de pequeno e médio porte, e trabalha com preços mais acessíveis em relação a concorrentes maiores. O Zoho Workplace, pacote básico de software de produtividade, tem preço de R$ 30 por mês por usuário na sua versão profissional. Para efeito de comparação, pacotes similares da Microsoft e do Google ficam entre R$ 70 e R$ 80.

“Na Zoho privilegiamos a flexibilidade, todos os aplicativos podem ser contratados separadamente ou em pacotes. Não há contratos com multas para saída nem outros mecanismos que ‘prendam’ os clientes aos nossos serviços”, ressaltou Vijay Sundaram, chefe global de estratégia da Zoho.

Por enquanto a cobrança dos produtos da Zoho é feita em dólar, e a cobrança em reais é um dos projetos deste ano da Zoho Brasil. O principal escritório da empresa no Brasil fica em Florianópolis (SC) e comporta cerca de 100 funcionários.

Cautela com IA

Como outras empresas do ramo, a Zoho também investe em integrar recursos de Inteligência Artificial em seus produtos. Mas as soluções são implementadas de forma cautelosa, a fim de evitar brechas de dados dos clientes. “Mesmo nos anos 1990 quando lançamos nossos primeiros produtos, não incluímos anúncios neles por respeito à privacidade dos clientes. E mantemos essa mesma abordagem no uso da IA”, afirma Ramprakash Ramamoorthy, diretor de Pesquisa de IA da Zoho.

Ramamoorthy explica ainda que, como parte da filosofia verticalizada da empresa, a Zoho não usa o ChatGPT nem outros modelos de linguagem natural (LLM) em seus produtos. “Todos os nossos modelos de IA são feitos internamente. Já temos modelos pequenos e médios para executar tarefas mais simples, e estamos desenvolvendo um LLM de maior porte para integrar em nossas ferramentas. Também estamos investindo em processadores e data centers para rodar esse modelo”, diz.

* O jornalista viajou a convite da Zoho

Conselho de Segurança deve ser pacifista e não fomentar guerras, diz Lula no Egito

 


Lula cumprimenta Abdel Fattah al-Sisi , presidente do Egito, durante visita diplomática (Crédito: AFP) 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) devem ser atores pacifistas e não atores que fomentam guerras.

Em visita ao Cairo, capital do Egito, Lula voltou a defender mudanças na governança global, durante declaração à imprensa ao lado do presidente do país, Abdel Fattah Al-Sisi.

Desde que assumiu o mandato, no ano passado, em discursos em diversas instâncias internacionais, Lula vem defendendo que o modelo atual de governança, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não representa mais a geopolítica do século 21.

Para o presidente, é preciso uma representação adequada de países emergentes, como da África e América Latina, em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU.

Atualmente, esse conselho reúne apenas Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – países que podem vetar decisões da maioria. Outros países também participam como membros rotativos, mas sem poder de veto.

“É preciso que tenha uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra. As últimas guerras que nós tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão à Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a Rússia não passou pelo Conselho de Segurança para fazer guerra com Ucrânia e o Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza”, disse Lula.

Crise no Oriente Médiio

O presidente falou ainda sobre o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Para Lula, os israelenses tradicionalmente não cumprem decisões da ONU.

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, matando cerca de 1,2 mil civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros.

Em resposta, Israel vem bombardeando várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica. Os ataques israelenses já deixaram mais de 22 mil de mortos, sendo a maioria mulheres e crianças, além de feridos e desabrigados.

A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

“Eu não encontro uma explicação porque que a ONU não tem força suficiente para evitar que essas guerras aconteçam, antecipando qualquer aventura. Porque a guerra não traz benefício a ninguém, ela traz morte, destruição e sofrimento”, disse Lula. O Brasil defende um cessar-fogo imediato e sustentável na região e a criação de um Estado Palestino.

“O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e ao sequestro de centenas de pessoas. E nós condenamos e chamamos de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças”, argumentou o presidente, reforçando que o Brasil está empenhado em fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global.

“A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas ao que me parece, Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas, então é preciso que a gente tome decisão”, acrescentou.

Até dezembro deste ano, o Brasil ocupa a presidência do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, e uma das prioridades é discutir a atuação das instâncias internacionais.

Durante a declaração à imprensa, Lula ainda agradeceu o presidente egípcio pela colaboração na retirada de brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza, via Rafah, cidade palestina que faz fronteira com o Egito. Foram quatro missões de repatriação específica com pessoas que estavam no lado palestino do conflito, quando 149 brasileiros e parentes próximos foram resgatados.

O presidente brasileiro está em visita ao Egito e hoje participou de reunião com o presidente Abdel Fattah Al-Sisi e assinatura de atos bilaterais em agricultura e ciência e tecnologia. Ainda nesta quinta-feira, Lula terá agenda na sede da Liga dos Estados Árabes.

Ao fim do dia, a comitiva brasileira embarca para Adis Abeba, capital da Etiópia, onde o presidente Lula participará, como convidado, da Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, nos dias 16 e 17.