sexta-feira, 5 de abril de 2024

‘SUS da Cultura’: entenda o Sistema Nacional de Cultura, sancionado por Lula

 


 

Em viagem ao Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia para marcar a sanção do projeto de lei que institui marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC), na noite desta quinta-feira (4).

O evento lotou o Teatro Luiz Mendonça, na capital pernambucana, e contou com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, de autoridades, artistas e realizadores culturais.

Previsto na Constituição Federal, o SNC é definido pelos princípios de diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais.

A estrutura de governança do sistema é dividida de forma colaborativa entre diferentes entes da Federação (União, estados e municípios), por meio de órgãos gestores, conselhos, conferências, comissões, planos de cultura, entre outros instrumentos de política pública e participação social.

Sistema Nacional de Cultura

Em discurso, o presidente destacou o papel do Congresso Nacional na aprovação da medida que, “apesar de ser maioria conservadora, teve a competência de entender que a cultura é parte da alma de uma nação”.

“O que seria do mundo se não fosse a cultura, se não fosse a arte, a música, a dança, a pintura? Se não fossem vocês? Aquela pessoa que levanta todo dia de manhã tentando fazer alguma coisa para despertar o interesse em outra pessoa”, afirmou Lula à uma plateia repleta de artistas e fazedores de cultura.

Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado, também explicou como vai funcionar o SNC.

“Este sistema, a exemplo do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Único de Segurança Pública, dá as condições para a estruturação de uma política cultural no Brasil, onde a União, os estados e os municípios têm papeis bem definidos e muito claros. Todos cumprindo uma ação de financiar esse sistema, mas cada um com suas responsabilidades na execução da política pública”, 

O PL 5.206/2023, como nomeado durante a tramitação, foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado.

Consolidação do Ministério da Cultura

A ministra Margareth Menezes lembrou que o SNC era uma anseio do setor cultural pelo menos desde 2005, e agora consolida a existência permanente do Ministério da Cultura, pasta que havia sido extinta pelo governo anterior.

“A chegada do nosso Sistema Nacional de Cultura efetivará a existência do Ministério da Cultura no Brasil”, disse. Ela anunciou a abertura de escritório do ministério em todos os estados e comparou o Sistema Nacional de Cultural com o SUS.

“Teremos representação do MinC em todos os estados do Brasil. E teremos os agentes culturais, para chegar naqueles lugares onde nunca chegaram as ações culturais. Será como o agente [de saúde] do SUS”.

 

Menezes também destacou o papel das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, que, juntas, preveem fomento cultural de quase R$ 7 bilhões ao longo dos próximos anos, para financiar atividades culturais e assegurar repasses para que estados e municípios executem a política pública na ponta.

Cantora e compositora baiana, a ministra da Cultura se emocionou durante o discurso na cerimônia de sanção do SNC e defendeu o setor como importante no desenvolvimento da economia do país.

“Somos mais de 5 milhões de pessoas que trabalham nas indústrias das economias criativas. O setor cultural é responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto [PIB] do Brasil. Essa perseguição, a dúvida sobre o porquê investir na cultura, essa é a resposta. Nós participamos do desenvolvimento da economia, damos retorno na economia brasileira”, destacou.

Ainda segundo Margareth, a pasta encomendou uma pesquisa para avaliar o retorno das políticas culturais na geração de emprego e renda.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

STF muda parte de decisão sobre ‘coisa julgada’ para afastar aplicação de multa

 STF - Supremo Tribunal Federal


O Supremo Tribunal Federal (STF) afastou, por 6 a 5, a aplicação de multas moratórias e punitivas decorrentes do não pagamento de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) desde 2007. Os ministros decidiram manter a decisão que autorizou a cobrança retroativa de valores não pagos no passado por força de sentença definitiva (a chamada “quebra da coisa julgada”), mas entenderam que não cabe punição aos contribuintes que deixaram de recolher o imposto.

Em fevereiro do ano passado, a Corte deliberou que decisões que autorizaram contribuintes a não pagar tributos perdem eficácia se a Corte se pronunciar, tempos depois, em sentido contrário. No caso concreto, que discutia sobre a CSLL, os ministros entenderam que a cobrança deve retroagir até 2007, data em que o Supremo considerou o tributo constitucional. Os contribuintes queriam que a cobrança começasse a partir de 2023.

A decisão desta quinta muda parte daquela decisão, que havia autorizado a Receita a cobrar os tributos não pagos desde 2007 com juros e multas. Agora, o Supremo reafirmou que o tributo é devido, mas entendeu que não cabe a cobrança de multa.

De acordo com o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, 24 contribuintes tinham decisões com trânsito em julgado para não recolher o imposto e são afetados com a decisão. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) questionou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) sobre o impacto financeiro da decisão, mas o órgão não retornou até a publicação desta matéria.

Para Barroso, que mudou seu entendimento para votar contra a aplicação de multa, o não recolhimento do imposto deu uma “vantagem competitiva” às empresas. Mas ele ponderou que não é possível dizer que houve má-fé. “Entendo que nossa decisão foi correta, porém, acho legítimo não punirmos contribuintes nesse caso”, disse o ministro. André Mendonça, Kássio Nunes Marques, Edson Fachin, Luiz Fux, e Dias Toffoli também votaram nesse sentido.

O ministro Cristiano Zanin, favorável à multa, disse que os contribuintes que optaram por não recolher o imposto “estavam de certa forma buscando vantagem competitiva em relação àquelas que recolheram”. Os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Rosa Weber também defenderam a cobrança de multa.

“Estaríamos a prestigiar empresas que deixaram de recolher o tributo, mas poderiam ter agido diferente se tivessem feito análise diferente do cenário jurídico. Falar de surpresa ao contribuinte me parece exagerado”, defendeu Zanin.


Banco do Brasil renegocia R$ 2 bi através do Faixa 1 do Desenrola

 

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O Banco do Brasil renegociou R$ 2 bilhões em dívidas de 600 mil clientes através da chamada Faixa 1 do Desenrola, que contempla os clientes com renda mensal de até dois salários mínimos. O atendimento do programa do governo federal a este público foi prorrogado até maio deste ano. O BB dá descontos de até 96% nas dívidas, com taxa de 1,99% ao mês e prazo de até 60 meses.

“O Programa Desenrola é destaque da atuação pública aliada à atuação comercial do BB, contribuindo para que milhões de brasileiros saiam da inadimplência”, afirma em nota a presidente do banco, Tarciana Medeiros. “Nós colaboramos com ampliação do alcance para famílias de todas as regiões do país e com soluções, seja nos contatos físicos ou por meios digitais do Banco do Brasil, para facilitar o acesso ao Programa.”

Ao todo, o BB renegociou R$ 28 bilhões através do que chama de Desenrola ampliado. Esse dado inclui as faixas 1 e 2, esta, encerrada no final do ano passado.

Além disso, o banco também renegociou débitos de micro e pequenas empresas sob as mesmas condições do Desenrola.

Ao todo, foram mais de 3,1 milhões de clientes atendidos.

O programa do governo federal inclui apenas clientes pessoas físicas.

CEO do Banco Master debaterá empreendedorismo na Brazil Conference em Harvard e MIT

 


Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master

Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master (Crédito: Divulgação)

 

O sócio e presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, será um dos debatedores da Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros de Harvard e do MIT, que acontece neste sábado, 6, e domingo, 7, em Cambridge (EUA). O portal IstoÉ exibirá ao vivo alguns dos painéis do evento.

O executivo participará, às 12h05 de sábado, do painel que debaterá como os jovens empreendedores podem contribuir para a transformação social e econômica no Brasil.

Vorcaro tem mais de 20 anos de experiência em negócios, investimentos, fusões e aquisições. Iniciou sua carreira muito jovem, criando um modelo que se tornou a marca de sua trajetória profissional: a reestruturação de empresas.

O Banco Master tem como produto de destaque o Credcesta, cartão de benefícios consignado que democratiza o acesso ao crédito e já alcançou mais de 4,5 milhões de pessoas em todo o país.

Na vertical de atacado, Vorcaro também criou o Banco Master de Investimento e no setor de seguros é sócio da Kovr Seguradora. Recentemente, Banco Voiter e Will Bank também passaram a somar ao ecossistema de soluções financeiras do Banco Master.

Ele também é mantenedor do Instituto Relute Mais, dedicado a causas socioeducativas de grande impacto para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, e integra, desde 2022, o Conselho da Brazil Foundation.

Personalidades e artistas na programação

Com o tema “O Encontro de Vários Brasis”, o evento chega à sua 10ª edição e pretende discutir ideias e soluções para os desafios sociais enfrentados pelo país. A programação do evento inclui a participação de personalidades como o presidente do STF, Roberto Barroso, e o ministro Luiz Fux; a ministra Sonia Guajajara, os governadores Raquel Lyra (PE) e Helder Barbalho (PA), o senador Alessandro Vieira e a deputada Tabata Amaral; os influenciadores Gil do Vigor, Juliette e Jade Picon; personalidades da TV como Luciano Huck e Regina Casé; bem como os empreendedores Jorge Paulo Lemann, Linda Rottenberg, Flavio Augusto, Alexandre Birman e o empreendedor do direito e ex-juiz federal Erik Navarro.

A conferência é desenvolvida e mantida por quase 100 estudantes brasileiros voluntários de algumas das mais prestigiadas universidades do mundo. A Brazil Conference em Harvard e MIT é organizada por Navarro e os Co-Presidentes Eduardo Vasconcellos, Joao Grynberg e Marcela Lucchesi. Entre os sponsors, estão marcas globais como iFood, Nomad, YouTube e Google, Fundação Lemann, SCS, Ambev, e outros.

Ao todo, serão mais de 80 palestrantes, incluindo acadêmicos, líderes e representantes de diversos setores e empresas para diálogos abrangentes, que contemplam desde sociedade e política até economia e cultura.

Em 2023, mais de 420 participantes estiveram presentes no evento. Para 2024, já estão previstas cerca de 1.200 pessoas. Os ingressos para a 10ª edição da Brazil Conference em Harvard e MIT já estão disponíveis pelo site.


Bens agrícolas estão com cotação menor, levando à queda de preço nas exportações, diz MDIC

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O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, destacou nesta quinta-feira, 4, que a cotação menor de bens agrícolas influenciou a redução das exportações registradas em março, sobretudo pela queda no preço da soja.

No mês passado, as exportações somaram US$ 7,1 bilhões na agropecuária, contra US$ 9 bilhões fechados em igual período do ano passado. O valor caiu 20,8%, impactado principalmente pelo recuo de 19,2% nos preços, contra queda de apenas 1,5% no volume exportado no mês neste segmento.

No caso da soja, as vendas caíram 26,7% em valor, com redução de 23,1% no preço. Brandão ainda lembrou que, em março de 2023, as exportações tiveram uma performance excepcional, o que elevou muito a base de comparação para o período neste ano.

Além das mercadorias agrícolas, pesou na queda das exportações a redução das vendas de petróleo, também pela base alta de comparação do ano passado. O volume caiu 28%, enquanto os preços reduziram em 10,4%.

Ford anuncia expansão de oferta de veículo elétrico híbrido; no pré-mercado, ação sobe quase 2%

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A Ford Motor Co. anunciou nesta quinta-feira, 4, que está expandindo sua oferta de veículos elétricos híbridos, em resposta ao aumento da demanda. “Até o final da década, a empresa espera oferecer motorizações híbridas em toda sua linha Ford Blue na América do Norte”, disse a montadora norte-americana, em comunicado.

No primeiro trimestre de 2024, as vendas de veículos elétricos da Ford tiveram expansão de 86% ante igual período do ano passado, enquanto as de híbridos avançaram 42%.

A montadora também vai reprogramar o lançamento de veículos elétricos na sua fábrica de Oakville, em Ontario, em um momento em que desenvolve um sistema avançado para a produção de uma nova geração desse tipo de automóvel.

Às 10 horas (de Brasília), a ação da Ford subia 1,7% nos negócios do pré-mercado de Nova York.

Intenção de investimento sobe de 43% para 57% das empresas da indústria paulista, diz Fiesp

 

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela uma melhora na intenção da indústria paulista em realizar investimentos. Conforme o levantamento, 57% das empresas industriais pretendem realizar investimentos em 2024, mais do que os 43% que planejavam investir um ano atrás.

Quanto maior o porte, maior a proporção de empresas que pretendem investir: 78% das grandes empresas da indústria do Estado pretendem investir neste ano, enquanto nas médias e pequenas os porcentuais são, respectivamente, de 60% e 43%.

Segundo mostra o levantamento, a intenção, na média, é direcionar a investimentos 5,1% do faturamento, o que, se confirmado, significará um retorno da indústria ao padrão de investimento observado nos últimos dez anos. Na grande indústria, o plano é investir 8,7% do faturamento.

Foram consultadas, entre os dias 31 de janeiro e 8 de março, 403 empresas (pequenas, médias e grandes) da indústria de transformação do Estado. O investimento em máquinas, equipamentos e instalações é o principal destino dos investimentos planejados – 3,5% do faturamento -, sendo o maior responsável pela melhora na disposição da indústria em investir.

O dado vem na esteira de estímulos do governo federal à atualização do parque produtivo, como a depreciação acelerada dos investimentos em bens de capital, o programa federal de incentivos a montadoras e os financiamentos de R$ 300 bilhões previstos na nova política industrial.

Um terço (34,4%) das empresas que pretendem investir neste ano tem como principal objetivo aumentar a produtividade, o que leva a um diagnóstico de que é preciso trocar máquinas e equipamentos obsoletos. A cada cinco empresas, praticamente uma (19,4%) tem plano de expandir a capacidade de produção.

A avaliação da Fiesp é de que existe um ambiente mais favorável ao investimento, com melhora nos índices de confiança do empresário industrial. Contudo, a carga tributária elevada ainda é apontada pelas empresas como o principal obstáculo aos investimentos.

Para as pequenas empresas, a dificuldade de acesso a linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é considerado tão limitante quanto a carga tributária para a realização de investimentos.