segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Alckmin destaca que haverá novo recorde comercial em 2024 na relação Brasil-China

 

Candidate for Brazil's Vice-presidency Geraldo Alckmin speaks during a rally with evangelic leaders at Centro Cultural Seven Music on September 09,...

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira, 5, que o ano de 2024 deverá marcar um novo recorde comercial na relação entre Brasil e China. O comércio entre os dois países cresceu 7,4% no acumulado de janeiro a julho deste ano, segundo Alckmin, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

“Há 14 anos a China é o maior e mais importante parceiro comercial do Brasil”, destacou o presidente em exercício, durante sua participação, de forma remota, na conferência anual do Conselho Empresarial Brasil e China (CEBC) que, neste ano, celebrou os 50 anos das relações comerciais entre Brasil e China.

Alckmin destacou que o Brasil exporta muitos alimentos à China e que isso traz segurança alimentar para o país asiático.

O presidente em exercício citou ainda os embarques brasileiros de petróleo, ferro e celulose e lembrou que o Brasil importa diversos itens da China.

Alckmin salientou que “novas oportunidades” devem aparecer na relação comercial entre Brasil e China à frente, citando iniciativas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em áreas como infraestrutura, logística, ferrovias, portos e energia.

Retrato em 2023

A China respondeu no ano passado por 52% de todo o superávit comercial brasileiro, informou o embaixador e presidente do CEBC, Luiz Augusto de Castro Neves, ao fazer a abertura do evento.

De acordo com o embaixador, no Brasil, de norte a sul e de leste a oeste, tem projetos chineses. No decorrer das últimas décadas a China vem investindo em 200 projetos em solo brasileiro somando US$ 70 bilhões.

“Nosso país está entre os dez no mundo que mais recebem investimentos chineses”, disse Castro Neves emendando que o setor energético é o que mais atrai investimentos da China no Brasil e que a infraestrutura responde por um quarto de todos os projetos de investimentos chineses no Brasil.

E continua sendo o setor energético o mais promissor para a China no Brasil na esteira da transição energética já que o Brasil tem vantagens comparativas muito significativas em relação a outros países quando se trata de economia verde por causa da sua grande vocação para produção do hidrogênio verde.

“A China também está de olho na setor de tecnologia brasileiro e tem feito investimentos neste segmento”, disse o presidente do CEBC, destacando a entrada de big techs chinesas no Brasil.

Fluxo comercial

Em termos de fluxo comercial, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 104 bilhões em 2023. No entanto, de acordo com o embaixador, nos últimos 50 anos a pauta de exportação brasileira para a China pouco mudou. Continua ainda muito focada em agro de baixo valor agregado.

“Em termos históricos, a nossa pauta de exportações para a China quase não mudou. A pouca inovação se deu no setor do agro”, disse o embaixador.

Por lado, disse ele, as importações brasileiras provenientes da China vem toda da indústria da transformação “É notável que a China tem aumentado a sua pauta de exportações de maior valor agregado para o Brasil. Carros chineses tem entrado no País”, disse o presidente do CEBC.

Desafios

Também participante do evento, o diretor de Gestão Corporativa da Apex Brasil, Floriano Pesaro, destacou que o grande desafio hoje na relação bilateral Brasil-China é ampliar o leque de setores e produtos comercializados entre os dois países.

Do lado das exportações, Pesaro citou que os embarques de soja, petróleo e minério de ferro representam cerca de 75% de tudo que é exportado para a China.

Já nas importações, o diretor citou que o Brasil atende por apenas 5% do mercado chinês. “Podemos ampliar muito isso”, frisou.

Na avaliação de Pesaro, esse desequilíbrio na relação bilateral é um desafio do Brasil e o papel da Apex é auxiliar nessa mudança.

O diretor pontuou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito um papel importante nesse sentido, fazendo uma verdadeira “diplomacia comercial”, que é importante para aumentar o fluxo econômico brasileiro no mundo.

Mercado eleva previsão para inflação e para Selic ao fim de 2025, aponta Focus

 


Vista do prédio do Banco Central em Brasília

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram novamente suas projeções para a alta da inflação neste ano e no próximo, assim como subiram sua expectativa para a Selic ao fim de 2025, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 5.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que agora a expectativa para o IPCA ao final de 2024 é de alta de 4,12%, ante previsão de avanço de 4,10% na semana anterior. No próximo ano, o índice é visto em alta de 3,98%, de 3,96% anteriormente.

O centro da meta oficial para a inflação para este ano e o próximo é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O novo aumento na projeção acompanha o resultado deste mês para o IPCA-15. O indicador, apesar de ter desacelerado em relação ao mês anterior, subiu mais do que o esperado na base mensal, 0,30%, com a taxa em 12 meses se aproximando do teto da meta de inflação em 4,45%.

Os dados do IPCA para o mês de julho inteiro serão divulgados na quinta-feira, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,35% na base mensal e avanço de 4,47% em 12 meses.

Selic

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda os analistas passaram a ver a Selic fechando 2025 em um patamar mais alto, agora em 9,75% ao ano, de 9,50% há uma semana.

Pela sétima semana consecutiva, por outro lado, os economistas mantiveram a projeção para a taxa básica de juros ao fim deste ano em 10,50% ao ano.

A nova projeção vem na esteira da mais recente reunião de política monetária do Banco Central na semana passada, quando as autoridades decidiram manter a Selic em 10,50% ao ano pelo segundo encontro consecutivo. A ata da reunião será divulgada na terça-feira.

Dólar e PIB

Houve manutenção também na expectativa para o dólar em 2024, projetado para encerrar o ano em 5,30 reais. Segundo o Focus, a estimativa para a divisa norte-americana ao final de 2025 também ficou em 5,30 reais, uma elevação sobre os 5,25 reais previstos na semana anterior.

Para o PIB, houve novo avanço sobre a projeção para este ano, agora em alta de 2,20%, de 2,19% anteriormente. Em 2025, a expectativa é que o número desacelere para alta de 1,92%, ante 1,94% na semana anterior.

 

(Por Fernando Cardoso)

sábado, 3 de agosto de 2024

Algodão: Bahia mostra produção desta safra para compradores estrangeiros

 Lavoura de algodão: conheça práticas que elevam a produtividade

 

 

 Estadão Conteúdoi

Uma comitiva com cerca de 23 representantes de indústrias têxteis de países como Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia está na Bahia desde a quarta-feira, 31, para conhecer a produção do oeste do Estado. Segundo a Associação Baiana dos Produtores do Algodão (Abapa), a missão, promovida pelos cotonicultores brasileiros, por meio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), tem o objetivo de ampliar as exportações.

“Estamos abrindo caminhos para que compradores de todo o mundo tenham a oportunidade de observar a tecnologia avançada aplicada à produção sustentável e ao sistema produtivo, ao mesmo tempo em que destacamos o algodão de qualidade produzido na Bahia”, disse em nota o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

“A receptividade dos compradores tem sido excelente. Eles viram que nosso algodão melhorou muito nos últimos anos, investimos em pesquisas, melhoramentos genéticos e boas práticas nas lavouras algodoeiras para obtermos uma das melhores qualidades do mundo”, disse o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do País. Na safra 2023/2024, em andamento, a previsão é que sejam colhidas 662,8 mil toneladas de pluma e caroço de algodão, com uma produtividade de 1.919 kg de pluma por hectare.

Grafite, cobalto e lítio podem impulsionar economias emergentes, aponta OMC

 

 OMC: o que é, objetivos, países-membros - Mundo Educação

 

Os países em desenvolvimento com recursos minerais, como grafite, cobalto e lítio – fundamentais das baterias dos veículos elétricos – podem se beneficiar do aumento da demanda dos materiais para a transição verde, informou a Organização Mundial do Comércio (OMC) em relatório divulgado na quinta-feira, 1º.

O texto revela que, enquanto as economias desenvolvidas obtêm tarifas mais baixas ao longo da cadeia de valor dos veículos elétricos, as economias em desenvolvimento enfrentam tarifas mais altas, o que dificulta o crescimento na cadeia de valor.

Para capitalizar sobre a crescente demanda por minerais críticos, o relatório sugere que as economias em desenvolvimento atraiam investimentos em refinamento e processamento, além de aumentar a transferência de tecnologia. Isso não apenas apoiaria a transição global para energia limpa, mas também promoveria o desenvolvimento sustentável, garantindo uma distribuição justa dos benefícios econômicos, ao mesmo tempo em que se consideram as implicações ambientais e sociais.

KPMG: Fusões e aquisições no Brasil saltam 16,7% no 2º trimestre e têm maior número em 2 anos

 O close-up dos empresários chegou a um acordo no escritório.

O volume de fusões e aquisições de empresas brasileiras voltou a subir e retomou a tendência de recuperação iniciada no segundo semestre do ano passado. De abril a junho, foram registradas 426 operações no Brasil, maior número em um trimestre em dois anos, mostra um levantamento da KPMG obtido com exclusividade pelo Broadcast sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Depois da queda de 5,9% no primeiro trimestre, as aquisições envolvendo companhias brasileiras subiram 16,7% no comparativo do último dado trimestral com igual período do ano passado. Com isso, o primeiro semestre terminou com 776 transações, 5,3% a mais do que nos seis primeiros meses de 2023.

A maior parte das operações – 60% do total registrado no segundo trimestre – são domésticas, ou seja, entre empresas brasileiras. Mas também há uma participação importante, equivalente a 28%, de aquisições feitas por estrangeiros de empresas sediadas no Brasil.

O novo pico de operações é atribuído a oportunidades abertas pela desvalorização cambial, que torna o valor das empresas brasileiras mais baixo em dólar.

Sócio da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, Paulo Guilherme Coimbra conta ainda que muitos dos deals – ou seja, acordos – vieram de investidores que, ao perceberem que os juros não cairiam tanto quanto o esperado, desistiram de esperar pelo melhor momento para sair dos negócios.

Esse ambiente propiciou que as transações fossem concretizadas a preços mais baixos do que os colocados na mesa de negociação até seis meses atrás. “Temos visto vendas realizadas no momento de estresse, por empresas com dificuldade em ir ao mercado para captar dívida, e acabam sendo vendidas. Então, temos visto acontecer mais deals de oportunidade”, afirma Coimbra.

“Quando eu falo que a transação está mais atraente para quem está comprando, é porque tem uma pressão maior em cima do vendedor. O momento está mais favorável para quem é comprador e para quem tem liquidez”, acrescenta o sócio da KPMG.

Segundo ele, a tendência é de bom movimento de fusões e aquisições nos próximos trimestres, já que muitas das operações estão represadas. O estudo considera acordos superiores a R$ 50 milhões.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Governo divulga nova lista de marcas de café impróprias para consumo

 


Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta sexta-feira, 2, uma nova lista de marcas de café torrado que foram desclassificadas após a detecção de matérias estranhas e impurezas ou elementos estranhos acima do limite permitido.

São 16 marcas (veja lista abaixo) que devem ser recolhidas pelas empresas responsáveis, pois estão impróprias para consumo, conforme resultado de análises dos laudos laboratoriais, e são consideradas de risco à saúde pública. A adição de matérias estranhas ou elementos estranhos ao café é considerada fraude que gera dano ao consumidor, explica o Ministério.

O Mapa orienta aos consumidores que  tenham adquiridos esses produtos, que deixem de consumi-los. Conforme determinado pelo Código de Defesa do Consumidor, eles podem solicitar uma substituição.

Outra orientação é para que seja comunicado pelo canal oficial  fala.br caso encontrem alguma dessas marcas sendo comercializadas. Deve-se informar o estabelecimento e o endereço.

Veja a lista dos cafés impróprios para o consumo:

Efeito Kamala Harris: sistema facilita doações a políticos e partidos no Brasil

 


Pessoa mexendo no celular

A candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, arrecadou US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) em apenas uma semana de campanha. Os doadores de primeira viagem foram responsáveis por 66% do valor, após uma onda de entusiasmo com a desistência do presidente Joe Biden de disputar a reeleição. O potencial do apoio em dinheiro por micro doadores começa a inspirar candidatos a prefeito e vereadores no Brasil.

Plataformas de “vaquinha virtual” estão desenhando estratégias para atrair esses candidatos e, junto com eles, estimular o eleitor pessoa física a se engajar na corrida eleitoral de outubro. O fenômeno de doações para a vice-presidente americana pode se repetir no Brasil, superando o engajamento do doador individual de pequenos valores assistido na disputa presidencial de 2022, quando as ferramentas ainda eram menos conhecidas.

A doação individual nos EUA existe desde os primórdios da democracia por lá. Mas é algo novo no Brasil. O financiamento coletivo por meio de plataformas e sites foi instituído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2017, após mudanças na legislação realizadas pelo Congresso Nacional. A modalidade autoriza o eleitor a depositar seu dinheiro em candidatos e, aos poucos, cresce no país.

Houve aumento de 34% neste tipo de doação por pessoas físicas entre as eleições de 2020 (R$ 15,8 mihões) e 2022 (R$ 21,2 milhões), conforme dados do TSE. “Este ano, esse volume pode ser muito maior, dada a capilaridade das eleições municipais”, afirma João Reis, CEO da Azul Pagamentos, solução de arrecadação para candidatos homologada pelo TSE.

Democratizar mandatos

O crescimento expressivo do volume de micro doações está aquém do potencial de um país do tamanho do Brasil, onde as eleições municipais de 2020 custaram mais de R$ 9,9 bilhões. De acordo com o TSE, cerca de 44% do total teve origem privada concentrada em repasses de empresários.

O mecanismo é visto como importante para democratizar o financiamento de campanhas e aproximar mais o eleitor dos candidatos. “O micro doador doa para se engajar a uma causa, é mais humano. O financiamento individual dá mais poder ao povo, que passa a ter um registro documentando que o cidadão, como eleitor e doador, é parte do mandato do político. Existe um vínculo que estimula mais cobrança sobre o mandato”, avalia Reis.

Mas o desafio é dialogar com candidatos ainda presos ao modelo público de financiamento, especialmente postulantes a vereador – cargo para o qual os recursos do fundo partidário costumam ser repassados à conta gotas pela legenda. “Fizemos um material para facilitar o entendimento dos candidatos sobre como funciona a doação individual, que existe para ajudar o candidato a cativar o eleitor a aderir a sua estratégia de campanha”, diz o CEO da Azul Pagamentos.

Saiba mais em:
https://www.azulpagamentos.com.br/