A
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou nesta
quarta-feira, 7, balanço da movimentação de cargas nos portos
brasileiros entre janeiro e junho deste ano. Com 644,76 milhões de
toneladas movimentadas, o setor registrou aumento de 4,28% em relação ao
mesmo período do ano anterior, sendo também o maior volume movimentado
desde 2010, igualmente em recorte dos seis primeiros meses de cada ano.
Na
avaliação dos dados, a Antaq diz que o aumento foi impulsionado
principalmente por cargas conteinerizadas e pelo crescimento no
transporte de granéis sólidos e líquidos. No período, as cargas
conteinerizadas apresentaram recorde para o período, atingindo
movimentação de 73,3 milhões de toneladas, 22,72% a mais na comparação
com o mesmo período do ano passado.
Os
granéis sólidos, que representam cerca de 60% de tudo que é movimentado
pelos portos, tiveram alta de 3,65% frente ao primeiro semestre de
2023. No período, foram registradas 383 milhões de toneladas de cargas
movimentadas. Os granéis líquidos e gasosos ficaram com indicadores
estabilizados. As cargas gerais apresentaram um recuo de 2,02%.
Recorte por região
Os
portos localizados na região Sudeste apresentaram os melhores
resultados no semestre. Com 322,5 milhões de toneladas movimentadas, o
Estado registrou alta de 6,1% no indicador. O destaque foram as
movimentações de petróleo e derivados – sem óleo bruto (+19,62%) e o
minério de ferro (+10%).
Os complexos portuários da região Sul
movimentaram 90,8 milhões de toneladas de cargas nos primeiros seis
meses do ano. O valor corresponde a um crescimento de 4,6%, com altas
predominantes no transporte de açúcar (+77,60%) e soja (+18,31%).
O
Nordeste, que representa 23,1% de tudo que é movimentado no País,
cresceu 4,1% no transporte de cargas, com 149,2 milhões de toneladas. Os
itens com maior movimentação no período foram ferro (+6,16%) e petróleo
e derivados (+2,38%).
No Norte, foram movimentados 79,5 milhões
de toneladas de cargas, um acréscimo de 0,6% nos seis primeiros meses de
2024. Os dois destaques foram milho (+17,92%) e bauxita (+3,16%).