quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Superintendência do Cade aprova aquisição pela EDFR de projetos de energia solar da LDA

 

Grupo EDF no Brasil | EDF Brasil

 

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela EDFR de direitos e ativos referentes a projetos de energia fotovoltaica ainda em desenvolvimento pela LDA Energia.

A empresa atua no desenvolvimento de projetos de geração de energia elétrica na Bahia e é subsidiária integral da Volga Energia – do Grupo Pattac.

O despacho do Cade foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

“Como justificativa para a realização da operação, as requerentes explicam que, para a EDFR, ela representa uma boa oportunidade de ampliação do seu portfólio de investimentos em matrizes energéticas renováveis a partir do desenvolvimento de novos projetos de energia fotovoltaica no Estado da Bahia. Para a LDA, a operação é uma boa oportunidade de negócio, possibilitando a monetização de ativos e retorno pelos investimentos realizados no desenvolvimento dos projetos”, afirmaram as empresas no processo.

 

Alta do dólar não é fator de preocupação para executivos de Embraer, JBS e Votorantim

Antonio Carlos Garcia, CFO da Embraer (Crédito: Reprodução/Linkedin)

 

Executivos de três dos principais grupos empresariais brasileiros indicaram nesta quarta-feira que o avanço recente do dólar ante o real tem sido positivo para seus negócios, e não um fator de preocupação. Em 2024, o dólar à vista acumula alta de 15,5% ante o real.

Durante evento da agência de classificação de risco Moody’s, em São Paulo, o CFO da Embraer, Antônio Carlos Garcia, afirmou que a companhia não está assustada com o câmbio no curto prazo. Ao contrário, o dólar mais alto favorece a fabricante de aeronaves, que têm boa parte dos clientes no exterior.

“A gente só vai ganhar dinheiro”, afirmou Garcia. Segundo o executivo, a empresa não enxerga “nenhuma crise à vista” por enquanto. “Nunca vendemos tantos jatos”, acrescentou.

Exportação e crescimento econômico

O Global CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, avaliou que o cenário atual revela mais oportunidades do que desafios para a maior produtora de carnes do mundo. Ele lembrou que a JBS, assim como a Embraer, é uma empresa exportadora e que, por isso, se beneficia do avanço do dólar.

Cavalcanti também minimizou eventuais impactos da redução do crescimento econômico. “Mesmo quando tem recessão, a pessoa deixa de comprar carne de boi, mas compra carne de frango”, afirmou. “Temos sempre uma geração de caixa muito boa, independente do ciclo econômico.”

Estrutura financeira

Também no painel, o CFO da Votorantim, Sergio Malacrida, lembrou que a companhia tem 106 anos de história no Brasil. “A gente não pisca muito mais quando vê esses picos de dólar”, comentou, acrescentando que o controle do nível de alavancagem e a diversificação de produtos são os “remédios” para situações de volatilidade cambial.

“Hoje já temos 30% dos ativos em países desenvolvidos e 70% em mercados emergentes, com concentração mais em Brasil. Mas vemos o portfólio, nestes momentos de maior crise, se equilibrando”, afirmou, acrescentando que a empresa tem hoje uma “estrutura de capital bastante robusta”.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Antaq: Movimentação portuária cresceu 4,28% no 1º semestre, com maior volume em 13 anos

 ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários | LinkedIn


A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou nesta quarta-feira, 7, balanço da movimentação de cargas nos portos brasileiros entre janeiro e junho deste ano. Com 644,76 milhões de toneladas movimentadas, o setor registrou aumento de 4,28% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo também o maior volume movimentado desde 2010, igualmente em recorte dos seis primeiros meses de cada ano.

Na avaliação dos dados, a Antaq diz que o aumento foi impulsionado principalmente por cargas conteinerizadas e pelo crescimento no transporte de granéis sólidos e líquidos. No período, as cargas conteinerizadas apresentaram recorde para o período, atingindo movimentação de 73,3 milhões de toneladas, 22,72% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os granéis sólidos, que representam cerca de 60% de tudo que é movimentado pelos portos, tiveram alta de 3,65% frente ao primeiro semestre de 2023. No período, foram registradas 383 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os granéis líquidos e gasosos ficaram com indicadores estabilizados. As cargas gerais apresentaram um recuo de 2,02%.

Recorte por região

Os portos localizados na região Sudeste apresentaram os melhores resultados no semestre. Com 322,5 milhões de toneladas movimentadas, o Estado registrou alta de 6,1% no indicador. O destaque foram as movimentações de petróleo e derivados – sem óleo bruto (+19,62%) e o minério de ferro (+10%).

Os complexos portuários da região Sul movimentaram 90,8 milhões de toneladas de cargas nos primeiros seis meses do ano. O valor corresponde a um crescimento de 4,6%, com altas predominantes no transporte de açúcar (+77,60%) e soja (+18,31%).

O Nordeste, que representa 23,1% de tudo que é movimentado no País, cresceu 4,1% no transporte de cargas, com 149,2 milhões de toneladas. Os itens com maior movimentação no período foram ferro (+6,16%) e petróleo e derivados (+2,38%).

No Norte, foram movimentados 79,5 milhões de toneladas de cargas, um acréscimo de 0,6% nos seis primeiros meses de 2024. Os dois destaques foram milho (+17,92%) e bauxita (+3,16%).

Ibovespa se descola de NY e recupera nível dos 127 mil pontos

 Ibovespa: o que é, como funciona e para que serve

O Ibovespa se descolou de Wall Street, acelerou alta e recuperou o nível dos 127 mil pontos no período da tarde, com 66 papéis (de 85) no azul. O vértice positivo foi liderado por ações cíclicas, que se beneficiaram da queda dos juros futuros em boa parte da sessão, e a melhora também foi amparada pelo setor financeiro, visto que as ações preferenciais do Itaú e do Bradesco apagaram as perdas da manhã. Contudo, Banco do Brasil (-1,31%) fechou em queda antes do balanço, que será divulgado após o fechamento.

Nem mesmo o recuo das bolsas de Nova York limitou a recuperação da referência da B3. “Nossa bolsa passa a ter mais atratividade pelas relações de preço e lucro – vemos os preços ainda muito comprimidos, especialmente pela saída massiva do capital estrangeiro no ano, enquanto os resultados dos balanços continuam apresentando fundamentos sólidos”, afirma Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital.

As ações cíclicas, consideradas mais sensíveis a juros, lideraram o campo positivo da referência da B3, com CVC (+9,94%), Localiza (+9,00%) e GPA (+8,42%), na esteira da curva de juros, que se ajustaram após o governo do Japão minimizar o risco de novo aperto monetário enquanto durar a volatilidade dos ativos, o que acabou trazendo alívio ao câmbio.

Entre as blue chips, destaque para valorização de Itaú PN (+0,27%) e Bradesco PN (+0,21%), que conseguiram inverter o sinal depois de passarem boa parte do pregão realizando lucros. A Unit do BTG Pactual, por sua vez, subiu 3,39%, na máxima intradia de R$ 33,55.

No setor financeiro, contudo, Banco do Brasil, que reporta balanço após o fechamento, cedeu 1,31%. “A queda do BB, mais forte desde cedo, pode ser causada pela expectativa com a qualidade dos resultados, com expectativa de provisões elevadas para cobrir possíveis inadimplências do setor rural, além de um salto nas despesas administrativas”, comenta Inácio Alves, analista da Melver.

Dentre as blue chips de commodities, Vale cedeu 0,19% com pressão do minério de ferro, que caiu 2,41% em Dalian. Já os papéis da Petrobras ON (-0,14%) e PN (-0,15%) ignoraram a alta de mais de 2% do petróleo e fecharam em leve baixa, à medida em que o mercado se prepara para balanço do segundo trimestre de 2024, que será divulgado amanhã.

O Ibovespa fechou em alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos, após máxima (+0,99%) aos 127.517,18 pontos e mínima (0,00%) aos 126.267,70 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,0 bilhões. O índice acumula alta de 1,32% na semana e queda de 0,11% no mês.

‘Taxação olímpica’: Receita diz que não pode abrir mão de IR sobre premiação de medalhistas

 


Rebeca Andrade

Rebeca ainda pode ganhar mais três medalhas (Crédito: Divulgação/ CBG)

Em meio à polêmica sobre a mordida de Imposto de Renda sobre a premiação em dinheiro dos medalhistas olímpicos brasileiros, a Receita Federal divulgou nota nesta quarta-feira, 7, na qual afirma que não pode abrir mão deste recolhimento “pois isso somente pode ser feito por meio de lei aprovada pelo Congresso Nacional.”

O Fisco esclarece que a premiação é tributada “como qualquer outra remuneração de qualquer outro(a) profissional, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda (hoje em dois salários mínimos)” e que se trata “da mesma norma aplicável a todos(as) os(as) trabalhadores brasileiros(as)”.

A ginasta Rebeca Andrade, por exemplo, acumulou uma premiação bruta de R$ 826 mil do Comitê Olímpico do Brasil, já que ganhou o bronze na categoria por equipes,  prata no individual geral e no salto, e ouro na categoria solo. Descontados os 27,5% de IR (e a dedução de R$ 896), porém, premiação cairá para R$ 599,746. O leão aqui comerá fartos 226,254 mil.

O ex-atleta e deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) propôs, na segunda-feira, 5, um projeto de lei para isentar os medalhistas olímpicos de pagar o Imposto de Renda das suas premiações.

Segundo o texto, as premiações dos medalhistas olímpicos, dados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ou por órgãos do governo federal, vão entrar no rol de rendimentos que estão isentos do pagamento do imposto. Atualmente, a isenção é garantida para bolsas de estudo, indenização por rescisão de contrato de trabalho, caderneta de poupança, dividendos, herança, entre outros.

Confira a íntegra da nota da Receita Federal

“Nenhum(a) atleta brasileiro(a) precisa pagar imposto pelas medalhas recebidas nos jogos olímpicos. Elas são os prêmios oficiais recebidos e não são tributadas pelo imposto de renda.

Além das medalhas, os(as) atletas podem também receber remunerações pagas pelo comitê olímpico brasileiro, federações esportivas, clubes, empresas e outros patrocinadores, pela participação ou desempenho em eventos desportivos. Isso é tributado como qualquer outra remuneração de qualquer outro(a) profissional, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda (hoje em dois salários mínimos).

Trata-se da mesma norma aplicável a todos(as) os(as) trabalhadores brasileiros(as). A Receita Federal não pode dispensar o pagamento, pois isso somente pode ser feito por meio de lei aprovada pelo Congresso Nacional.”

Produção de veículos sobe 34,8% em julho contra julho de 2023, revela Anfavea

 


A produção de veículos subiu 34,8% no mês passado, frente a julho de 2023, somando 246,7 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na margem – ou seja, de junho para julho -, a produção das montadoras cresceu 16,9%.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 7, pela Anfavea, a associação que representa as montadoras.

Com o resultado do mês passado, as montadoras passaram a acumular aumento de 5,3% da produção desde o início do ano, somando 1,38 milhão de veículos de janeiro a julho.

Vendas

As vendas de carros seguem em crescimento, mostrando no mês passado o maior volume do ano: 241,3 mil veículos, crescimento de 12,6% frente a junho. Na comparação com julho de 2023, os licenciamentos de veículos no País subiram 7,0%.

No acumulado desde janeiro, 1,385 milhão de veículos zero quilômetro foram vendidos no País, 13,2% a mais do que nos sete primeiros meses de 2023.

Exportações

As exportações, por outro lado, seguem em baixa, somando 204,4 mil veículos no acumulado de janeiro a julho deste ano, queda de 21,7% na comparação com o mesmo período de 2023.

No mês de julho, porém, as exportações somaram 39,1 mil unidades, avanço de 35% em relação a junho e alta de 28,3% na comparação com o mesmo mês de 2023

Emprego nas montadoras

O balanço da Anfavea mostra ainda que 545 vagas de trabalho foram abertas no mês passado nas montadoras, que empregam agora um total de 104.566 pessoas.

CNA pede ao governo investigação de dumping contra leite em pó argentino

Confederação da Agricultura e Pecuária – Wikipédia, a ...


A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu ao governo brasileiro investigação sobre a prática de dumping contra o leite em pó da Argentina. A petição foi protocolada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com requisição de regime de urgência, informou a entidade em nota. A confederação alega que a produção de leite argentina é subvencionada, o que gera distorções ao mercado.

O prazo máximo para abertura da investigação é de 90 dias. A CNA alega que a medida visa a correção dessas “distorções”.

“Em que pese a prevalência do livre mercado, a Argentina, principal país de origem, responsável por metade do volume, aplicou subsídios diretos à produção de leite, gerando artificialidade nos preços e concorrência desleal com o produto brasileiro”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, Guilherme Dias, na nota.

Para a CNA, a internalização de leite em pó subvencionado argentino prejudica a produção de leite nacional, reduz as margens dos pecuaristas e limita o crescimento do setor.

De acordo com a entidade, o Brasil importou o recorde de 2,18 bilhões de litros de lácteos em 2023, ante 4,29 bilhões de litros nos últimos três anos. O leite em pó é o principal produto lácteo importado, equivalente a 71% dos lácteos que entraram no País no ano passado. Já o Mercosul responde por 97% dos lácteos internalizados pelo Brasil, segundo a CNA.

A confederação afirma que espera tramitação acelerada do pedido no Departamento de Defesa Comercial do MDIC. “Após aberto, o processo de investigação é longo, pode durar até 18 meses, e a abertura sinaliza apenas o começo do processo. Serão ainda demandadas diversas informações complementares, mas temos a certeza de que o caso é robusto”, acrescentou o assessor técnico da entidade.

Desde o ano passado, entidades do setor produtivo vêm acusando a Argentina de dumping para favorecimento da exportação de leite em pó. A reação do setor ocorre após aumento expressivo das importações de leite, o que pressionou os preços locais e levou a uma crise na pecuária leiteira.

O governo brasileiro já havia sinalizado ao setor que o pedido de investigação antidumping deveria partir das entidades representantes do agronegócio, embasado em um amplo estudo comprovado da prática, que necessita ser encaminhado no âmbito do Mercosul.