terça-feira, 13 de agosto de 2024

Aluguel residencial sobe 9,23% no ano, três vezes mais que a inflação; veja preço por cidade

 


São Paulo é a capital com maior aluguel do Brasil (Crédito: Julio Cesar Bazanini/USP Imagens)

 

A FipeZAP lançou, nesta terça-feira, 13, a edição do mês de julho do índice para aluguel residencial. O levantamento apontou que o aluguel subiu, em média, 9,23% em 2024, mais de três vezes a inflação medida pelo IPCA, que fechou em 2,87% no período. Em julho o aumento foi de 1,12%.

Tomando como base os preços de locação residencial em 36 cidades brasileiras, o índice registrou uma desaceleração em relação a junho, que registrou aumento de 1,43%. Preços de locação de imóveis que de dois dormitórios apresentaram uma valorização mais acentuada (+1,24%), contrastando com o incremento menos expressivo entre unidades com quatro ou mais dormitórios (+0,89%).

Entre as localidades acompanhadas, 31 apresentaram valorização do aluguel residencial, incluindo 19 das 22 capitais incluídas nesse rol, onde as variações foram as seguintes: Porto Alegre (+4,30%); Campo Grande (+3,49%); Salvador (+2,42%); Belém (+1,91%) e Recife (+1,39%). Por outro lado, houve retração no valor do aluguel residencial nas seguintes capitais: Teresina (-0,82%); Aracaju (-0,59%); e São Luís (-0,15%).

Esse foi o primeiro mês do índice de locação que contou com a entrada de seis novas capitais: Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

O preço médio do aluguel de apartamentos prontos foi calculado em R$ 46,41/m². Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis de um dormitório (R$ 60,84/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 40,20/m²). Comparando-se os resultados nas 22 capitais, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 55,69/m²), seguida por: Florianópolis (R$ 53,72/m²); Recife (R$ 52,14/m²), Maceió (R$ 50,43/m²) e São Luís (R$ 49,55/m²).

Confira a lista de preços por cidade

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sindusfarma: Rejeição em registros com a Anvisa foi de 73% em junho, com operação de servidores

 


O número de indeferimentos nos registros de medicamentos no Brasil chegou a 73,33% dos pedidos avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho, de acordo com levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e da BMJ Consultores e Associados. A entidade sindical avalia que há relação direta com a mobilização dos servidores das agências reguladoras e fala em “atraso no acesso” a medicamentos no país.

O porcentual de rejeição das petições em maio deste ano foi de 31,25% e nos três meses anteriores ficou abaixo de 10%, de acordo com o balanço. Ainda segundo a Sindusfarma, algumas áreas da Anvisa, incluindo a de medicamentos, não estão mais agendando reuniões de parlatório – audiência das empresas com a área técnica para embasar os pedidos de registros -, o que contribui para a desaprovação das solicitações.

A Anvisa foi procurada, mas não respondeu até o momento. A operação dos servidores das agências foi intensificada a partir de maio deste ano. Desde então o governo busca uma saída para atender a demanda de aumento salarial e reestruturação da carreira. A próxima reunião é amanhã, às 16h.

De acordo com a BMJ Consultores e Associados, o valor potencial dos medicamentos que aguardam registro na Agência (filas de análise) estava estimado em R$ 20 bilhões em janeiro de 2024, com a tendência de aumento ou estagnação dessa “fila de espera” a partir da mobilização dos servidores. Esse cálculo é feito considerando o potencial se os produtos já estivessem em comercialização.

Há também atraso no processo de liberação nos portos. Em dados divulgados em julho, pelo sindicato farmacêutico, é estimada que a liberação da importação, antes do “estado de greve”, demorava entre 1 a 4 dias em média, a depender do posto.

Agora, de acordo com consultas realizadas com as empresas e os despachantes aduaneiros, os processos nesses pontos atingem, em média, 14 dias de atraso – em comparação ao tempo médio anteriormente identificado.

“O setor de medicamentos já está constatando que alguns produtos farmacêuticos ativos estão sendo travados nos portos, e já está atrasado em até um mês o estoque de medicamentos do setor farmacêutico”, cita Maíra Oliveira, consultora de Bens de Consumo e Saúde da BMJ Consultores Associados, em conversa com o Broadcast.

O sindicato calcula que cada dia de atraso representa uma taxa ad valorem de 2,1% nos produtos com exportação autorizada pela Anvisa. Assim, ao considerar apenas o volume de importação de junho, o prejuízo estimado é de R$ 3,3 bilhões.

Docinhos de casamento por até R$ 1,20, a nova aposta de linha premium da Cacau Show

 


A rede Cacau Show, conhecida pelos chocolates, anunciou nesta segunda-feira, 12, a expansão de sua linha Petit Deli para festas e eventos, a Petit Deli.

A linha oferece doces por até R$ 1,20 a unidade em compras a partir de 42 unidades. Segundo a empresa, o preço no mercado para esse tipo de doce varia entre R$ 2 e R$ 10.

Originalmente criada para ser uma linha premium de doces-finos para presentear, a empresa disse que a linha Petit Deli acabou sendo procurada para serem servidas em casamentos, após viralização de vídeos no TikTok mostrando noivas optando pela linha. São oferecidos doces nos sabores: cookies and cream, torta holandesa, brigadeiro, mil-folhas e bem-casado.

A empresa projeta faturar R$ 2,8 milhões em 2024 com a linha Petit Deli.

Alckmin: Governo vai cumprir arcabouço; rigor fiscal é social, não é economicista

 

Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) / X

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a assegurar nesta segunda-feira, 12, que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal, e frisou que o rigor com as contas públicas é “social, não é economicista”.

“Com rigor fiscal, vamos ter mais investimento e mais emprego, vamos ter menor inflação e melhor renda da população”, disse Alckmin durante participação no Warren Institutional Day, evento da Warren Investimentos na capital paulista.

O vice-presidente observou que a inflação, que é pressionada quando falta responsabilidade com as contas públicas, não é socialmente neutra, uma vez que seus efeitos mais perversos se dão na população de menor renda.

Chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin também aproveitou o evento para fazer um balanço das políticas voltadas ao crescimento da indústria, setor que, segundo ele, vai fazer diferença no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “A indústria vai ajudar o PIB a dar uma melhorada. Estamos fazendo esforço grande para ajudar a indústria.”

Ao falar da abertura de novos mercados no exterior, Alckmin disse estar muito confiante na concretização do acordo do Mercosul com a União Europeia. Há, frisou, um “empenho de 24 horas” para a conclusão do acordo de comércio não apenas com a União Europeia, mas também com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Alckmin destacou também que a melhora da confiança de empresários, somada à queda da ociosidade na indústria, ajuda a antecipar investimentos. Nesse sentido, citou investimentos de R$ 130 bilhões, R$ 120 bilhões e R$ 100 bilhões anunciados, respectivamente, pelas indústrias de automóveis, de alimentos e do aço.

Galípolo: Em nenhum momento quis passar a mensagem de que alterei o tom

 Autonomia do Banco Central não significa 'virar as costas' ao ...


O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 12, que em nenhum momento quis passar a mensagem de que alterou o tom ao referir-se a suas últimas declarações, que agradaram ao mercado ao reforçar o compromisso com a meta de inflação.

Galípolo afirmou que ficou satisfeito com a reação do mercado à sua última fala pública, feita na quinta-feira, mas que o tom é coerente com o de comentários feitos anteriormente pelo diretor, assim como com seus votos no Comitê de Política Monetária (Copom). “Fala e ação de diretor de política monetária têm que ser coerentes … Olhar para um lado e tocar para o outro fica bem para o Ronaldinho Gaúcho”, brincou.

Durante o Warren Institutional Day, evento da Warren Investimentos, Galípolo ressaltou que tem até 2027, fim de seu mandato, para mostrar o quanto preza pela credibilidade da instituição. Chamando atenção à autonomia do BC, o diretor de política monetária observou que as decisões da instituição se darão cada vez mais de maneira colegiada – ou seja, sem dissensos.

Ele frisou que a política monetária faz parte de um arcabouço legal e institucional, e não depende de posições idiossincráticas de um diretor A ou B. Cotado ao cargo, Galípolo reconheceu que se sente constrangido ao ser tratado como futuro presidente do BC. “Preciso reforçar que o presidente do BC é Roberto Campos Neto.”

O diretor do BC aproveitou ainda o evento para, em nome de todo o BC, prestar solidariedade à família e aos amigos do economista Delfim Neto, que faleceu hoje.

Padilha diz que governo fará esforço concentrado para aprovar tributária e fechar desoneração

 

Deputado Federal Alexandre Padilha - Portal da Câmara dos ...

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo busca avançar nesta semana a votação do segundo projeto da regulamentação da reforma tributária e avançar no acordo para compensar a renúncia fiscal com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e de pequenas e médias prefeituras beneficiados pela medida, com a volta dos trabalhos no Legislativo. De acordo com o ministro, a expectativa é de votar o segundo projeto de regulamentação da tributária nos próximos dias na Câmara.

A declaração do ministro se deu após reunião que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 12, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do governo no Congresso. Participaram, além de Padilha, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Laércio Portela (Secom).

A agenda foi de coordenação do governo para organizar a semana, com o retorno das atividades na Câmara e no Senado. De acordo com o ministro, Lula reforçou que não só a coordenação política e os líderes, como os ministros também devem ter interlocução com o Congresso para garantir o esforço concentrado na aprovação das pautas econômicas.

“A expectativa que o governo tem dessa semana do esforço concentrado da Câmara e do Senado é que a gente continue avançando nas pautas que ajudam o Brasil a manter essa retomada do crescimento econômico, a redução do desemprego, o controle da inflação”, comentou Padilha a jornalistas. “Que a gente possa votar, esta semana ainda, o segundo projeto de lei da regulamentação da reforma tributária, que está na Câmara, que teve uma discussão bastante rica durante o primeiro semestre.”

Segundo Padilha, já há um acordo entre os líderes sobre o projeto de regulamentação da reforma tributária. “Vamos trabalhar para votar esta semana”, reforçou. Na Câmara, o ministro também deu destaque para a conclusão da votação da Medida Provisória (MP) do Programa Acredita.

Já no Senado, o chefe das Relações Institucionais disse que as prioridades são o projeto de lei (PL) dos “combustíveis do futuro”, o programa de apoio à transição energética e todo o debate sobre o mercado de crédito de carbono. “Prioridade absoluta nossa”, comentou.

O ministro também comentou sobre a discussão com o Senado para compensar a renúncia fiscal com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e de pequenas e médias prefeituras beneficiadas pela medida.

Segundo Padilha, com a volta dos trabalhos no Senado, a expectativa é que a discussão avance. “Nós estamos incorporando todas as sugestões feitas pelo Senado. A ideia é que todas as sugestões sejam incorporadas no relatório do senador Jaques Wagner”, comentou.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, o governo avançou na discussão do tema, mas só quer fechar um acordo depois de acertar também com a Câmara dos Deputados. Nesta segunda-feira, Padilha confirmou que a articulação sobre o projeto não deve ser só com o Senado, mas também com a Câmara sobre qualquer tipo de mudança.

Governo deve rever crescimento do PIB para acima de 2,5%, diz Haddad

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do G20 no Rio de Janeiro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que a pasta deve elevar em breve sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto em 2024, atualmente em 2,5%.

A afirmação foi feita em evento da Warren Investimentos, do qual Haddad participou virtualmente.

No mês passado, o ministro já havia afirmado que a projeção deveria ser revista para cima, mas o ministério atualizou seus parâmetros macroeconômicos em seguida mantendo o dado em 2,5%, após Haddad ter dito que pediu cautela à área técnica, apesar de dados econômicos que considerava positivos.